Você está na página 1de 12

Política, Poder e Estado

Prof. Fernando Queiroz


▪ Na Grécia antiga, a palavra política (do
grego politikós) referia-se às questões
relativas à vida da cidade. O participar da
política era uma atividade constitutiva do
cidadão, ou seja, o indivíduo não seria um
cidadão se não se interessasse pela política
e não a praticasse. (Aristóteles)

▪ A prática política significa exercer um papel


de liderança no Estado, ou na luta pelo
poder, seja entre Estados, seja entre grupos
dentro do Estado. Dessa forma, política e
poder estão diretamente relacionados, pois
o poder é recurso inerente para o exercício
da política.

▪ Política é a busca pelo poder.


▪ As relações de poder estão disseminadas por toda a
sociedade.
▪ Estão presentes nas relações mais simples (entre dois
indivíduos) e nas mais complexas (em uma empresa,
cidade ou país). Têm em comum o fato de serem meios
de influenciar a conduta alheia.
▪ São numerosas as formas de exercício do poder.
Podemos destacar três predominantes: o poder
econômico, o ideológico e o político
▪ Dominação tradicional:
“Quando se obedece porque sempre foi assim”,
Hábitos transmitidos pelas gerações e pelos Exemplos de lideres
costumes. Monarquias por exemplo. carismáticos:
Adolf Hitler
▪ Dominação racional-Legal:
Martin Luther King
É a dominação que se baseia na crença de que é
correto obedecer a lei, não por inspiração divina ou
por concordar com todos detalhes, mas por
acreditar que é benéfico a todos.
▪ Dominação Carismática:
Se baseia na crença de que o líder possui
qualidades excepcionais, dons extraordinários,
quando exerce poder de influenciar as pessoas. Os
liderados podem estar enganados...
▪ Uma característica marcante do modelo de
organização do Estado moderno é a
racionalização da gestão do poder. Isso se
consolidou a partir da separação das esferas
política e religiosa, que se tornou um
princípio das revoluções liberais do século
XVIII, destacadamente a Revolução
Francesa.

▪ A autoridade que administra o Estado é o


governo. A forma de governo é o meio pelo
qual é instituída a relação entre governantes
e governados (estruturas e relações de
poder).
▪ O estado detém o poder da “violência
legítima”.

▪ A violência das forças armadas é


considerada legítima em qualquer
circunstância ou somente quando segue
a lei?

▪ Impor sua vontade , mesmo que contra a


vontade dos outros.

▪ As classes populares e sua articulação


para uma política moderna.
▪ “A origem do estado está na guerra
e na conquista”

▪ O estado é uma forma de


dominação e essa dominação
precisa ser legítima, precisa
convencer quem obedece de que é
certo obedecer.

▪ Com o surgimento do estado


moderno vários pensadores
tentaram resolver quando o estado
é legítimo.
▪ Para Hobbes o medo é a base que levaria as pessoas a fundar o
Estado, abrindo mão de sua liberdade para que o estado
garantisse a paz e a lei.
▪ Hobbes diz que o Estado deveria ser forte e centralizado para
garantir a segurança de todos, mesmo que usando da violência
pois o homem é naturalmente selvagem.

“O homem é o lobo do homem, em guerra


contra todos”
O leviatã – Obra de
Hobbes
▪ Locke tinha uma visão mais otimista em
relação ao estado de natureza do homem,
acreditava que naturalmente nós já teríamos
direito a propriedade em que produzissemos
algo.
“Não se revolta um povo inteiro
▪ Para Locke o estado deveria ser responsável quando a opressão não é geral”
para resolver os conflitos sobre quem teria
direito a quê, pois ninguém é bom juiz de si
mesmo.
▪ O estado só poderia ter legitimidade se
garantisse a liberdade e a propriedade.
▪ Rousseau acreditava que o estado deveria
garantir a igualdade e bem estar da população
▪ O estado mereceria ser considerado legitimo
quando suas leis fossem criadas pela vontade
geral
▪ Caso o estado tivesse objetivo de garantir o
ideal de poucos funcionaria mal.

“O homem é bom por natureza,


mas a sociedade o corrompe”
Como seria a vida Por que se O que as pessoas
sem o estado? formaria o estado? poderiam esperar
do Estado?
Hobbes Violenta e pobre (a O medo de morrer Que a paz e a ordem
guerra de todos faria as pessoas fossem garantidas.
contra todos) aceitarem uma
autoridade que
garantisse a ordem.
Locke As pessoas já teriam Ninguém é bom juiz Que os direitos e as
direitos naturais de si mesmo, e o liberdades
Estado seria individuais fossem
necessário para preservados.
decidir conflitos
entre as pessoas.
Rousseau As pessoas seriam Para defender a Que os cidadãos
livres e se propriedade, que possam participar
contentariam com daria inicio a ativamente das
pouco desigualdade entre decisões do Estado,
as pessoas. em nome do
interesse de todos.
▪ WEBER, Max. Os tipos de dominação. In: WEBER, Max., DF; Editora da Universidade
de Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. Brasília,
1991. p.139-198.
▪ Vários autores. Sociologia em movimento 2ª ed. São Paulo: Ed. Moderna, 2016

Você também pode gostar