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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE

Fichamento - Cap. 11 - Política, Poder e Estado

ALUNO: ABRAÃO BYLLYGRAN VELEZ DE SOUZA


PROFESSOR: FABIOLA TAISE DA SILVA ARAUJO

1- POLÍTICA E PODER
O conceito fundamental da Ciência Política é o conceito de poder. Segundo a definição
do sociólogo alemão Max Weber, centro da atividade política é a busca pelo poder. A
política é a luta por participar do poder ou influenciar sua repartição. Em um conceito
comum, tem poder quem manda, quem é capaz de impor sua vontade sobre a dos outros.
Essa é a definição clássica de poder: a possibilidade de impor sua própria vontade, mesmo
que contra a vontade dos outros. (Pág. 251).
O poder pode ser imposto de diversas formas. Há a possibilidade de impor poder sobre
uma pessoa ou até mesmo em um grupo com o uso da violência, mas é algo volátil. Para o
poder se estabelecer sobre muitas pessoas por um tempo razoável, é preciso que elas
obedeçam mesmo quando não se veem explicitamente ameaçadas, seria um poder legítimo.
Essa probabilidade de encontrar obediência em um grupo de pessoas, Weber chamou
de dominação. Com isso, ele identificou três tipos de dominação legítima:
 Dominação tradicional: é uma dominação baseada no costume, ou em hábitos
que prezamos para que não nos deviemos deles. Tal como obedecer aos pais e
os líderes religiosos.
 Dominação racional-legal: é a dominação justificada pelo que é certo segundo a
lei. Não deve ser obedecida porque se baseia numa entidade ou ordem divina,
mas porque a lei deve ser cumprida.
 Dominação carismática: dominação baseada na crença de que o líder possui
qualidades excepcionais. O líder pode ate não ter essas qualidades, mas
enquanto convence as pessoas disso, impõe poder sobre elas.

2- O ESTADO
A definição de Estado mais utilizada pelos especialistas também foi formulada por Max
Weber: estado é o detentor do monopólio da violência legítima em um determinado
território. Ele tenta ser a única instituição à qual a população reconhece o direito de, em
determinadas ocasiões, praticar a violência. A palavra monopólio, nesse caso, afirma que o
Estado quer se tornar a única instituição capaz de praticar a violência legítima naquele
território. (pág. 255)
Atualmente, na sociedade moderna, o poder não é exercido apenas pelo governo, pela
polícia, pelos tribunais, pela violência. A disputa pelo poder passa pela disputa de ideias,
pela produção de cultura, de notícias. As diferentes classes e os diferentes grupos sociais
lutam, entre outras coisas, para convencer a sociedade de que suas ideias representam o
interesse de todos.
Na pratica muitos desses grupos criam alianças para que um maior número de pessoas
sejam beneficiados por seu projeto político. Gramsci chamou esse processo de luta pela
hegemonia da sociedade. Parte importante da política moderna é a disputa entre os vários
projetos políticos pela hegemonia. Na democracia, esses diversos projetos se enfrentam
sem ter o direito de se imporem pela força.
3- OS CONTRATUALISTAS: O QUE O ESTADO PODE FAZER?
O fato do estado ser formado por meio de uma conquista na guerra, os contratualistas se
questionavam da possibilidade de criar um estado de acordo com a vontade, assim ele seria
realmente legitimo e todos iriam obedecer. Mas Contratualistas como os ingleses Thomas
Hobbes (1588-1679) e John Locke (1632-1704) e o franco-suíço Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778) se perguntaram como seria a vida sem o Estado.
Para Hobbes, a vida no estado de natureza seria violenta, pobre e curta. Se você vivesse
no estado de natureza, teria medo de ser atacado pelas outras pessoas e viveria apenas para
de defender. Sem poder trabalhar muito para se alimentar, e sempre preocupado em fazer
guerra contra as outras pessoas, não é provável que você conseguisse sobreviver por muito
tempo. Assim, o medo levaria as pessoas a fundar o Estado. Ele deveria garantir a paz e a
lei.
Para Locke, as pessoas no estado da natureza as pessoas estariam livres e já teriam
direito à propriedade do que produzissem - se você plantar em determinada área, logo tudo
seria seu – dessa forma muitas vezes iriam surgir conflitos sobre quem teria direito a quê.
Dessa forma, seria preciso fundar o Estado para que ele fosse o juiz nesses casos.
4- REGIME S POLÍTICOS: A DEMOCRACIA
Segundo o Dicionário de política um regime político é o conjunto de instituições, leis e
valores que regulam a luta pelo poder em determinada sociedade. Os regimes políticos
democráticos se organizam em três poderes fundamentais: legislativo, executivo e
judiciário. Um regime político em um estado só é considerado democrático quando tem as
seguintes características: O chefe de governo do Poder Executivo é eleito pelo voto; os
membros do Poder Legislativo são eleitos pelo povo; há mais de um partido.
Mesmo em países democráticos, os regimes podem ser parlamentares, onde os
cidadãos votam nos deputados e eles elegem o chefe do poder executivo; e os regimes
presidenciais que o poder legislativo também é eleito pelo povo.
5- PARTIDOS POLÍTICOS
Na democracia, todos devem ser ouvidos e dar suas propostas. Porém, com o intuito de
apenas uma pessoa ampliar sua influência, foram criados os partidos políticos que tem o
objetivo de disputar o poder político. Assim, quando decidimos filiar a um certo partido,
concordamos com suas ideias e opiniões.
Com o tempo foi se criando diversos partidos com ideias diferentes e princípios
diversos, logo o cientista político francês Maurice Duverger (1917-2014) notou que em
muitos países modernos a disputa costumaria ocorrer entre dois grandes partidos:
 Partido esquerdista: defende a cobrança de impostos dos mais ricos para
oferecer benefícios aos mais pobres. São os partidos socialistas e semelhantes;
 Partido de direita: defende que o Estado não interfira muito na economia, para
que ela cresça mais. São os partidos liberais ou conservadores.

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