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1.CONSTITUCIONALISMO
Foi por isso que os homens não imaginaram, originalmente, que o Estado,
que é uma ilustração simbólica cuja força se efetiva pelas mãos do homem, se voltaria
contra os próprios homens, tornando-se opressor e violento. Não se imaginava que a
vontade por mais segurança e justiça acabaria trazendo outras formas de insegurança
e injustiça, forjando a humanidade a lutar contra o próprio Estado.
1.1.Conceito
André Ramos Tavares, por sua vez, estabelece quatro sentidos para o
constitucionalismo: “numa primeira acepção, emprega-se a referência ao movimento
político-social com origens históricas bastante remotas que pretende, em
especial, limitar o poder arbitrário. Numa segunda acepção, é identificado com a
imposição de que haja cartas constitucionais escritas. Tem-se utilizado, numa
terceira acepção possível, para indicar os propósitos mais latentes e atuais da função
e posição das constituições nas diversas sociedades. Numa vertente mais
restrita, o constitucionalismo é reduzido à evolução histórico-constitucional de um
determinado Estado”.
a) sentido amplo: constitucionalismo significa que todo Estado sempre possui uma
Constituição, seja em qualquer época da humanidade. Mesmo não havendo um
documento formal chamado de Constituição, há uma constituição, na sociedade, de
regulamentações, mesmo que costumeiras. Este sentido amplo enfatiza que sempre
haverá regulamentações para as condutas, sempre haverá limites, em decorrência da
cultura da sociedade e dos diversos métodos de controle social e de relacionamento
humano;
Já Carl Schmitt defende que a Magna Charta não pode ser considerada a
primeira Constituição, pois não era direcionada para todos, mas apenas para a elite
formada por barões feudais. Dessa forma, a primeira Constituição propriamente dita
seria o Bill of Rights (Inglaterra, 1688/1689), que previa direitos para todos os
cidadãos, e não apenas uma classe deles.
A maior prova disto é que Adam Smith havia publicado o seu livro A
Riqueza das Nações, no ano de 1776, que iniciou a consolidação do capitalismo ao
sustentar que a iniciativa privada em busca do busca do lucro é uma força imensa que
incrementa a capacidade e a criatividade humana, produzindo riquezas,
desenvolvimento, libertação do ser humano e bem estar comum.
2.NEOCONSTITUCIONALISMO