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Montesquieu
Charles-Louis de Secondat, senhor de La Brède ou barão de Montesquieu foi um
aristocrata que nasceu no castelo de La Brède, próximo de Bordéus em 18 de
janeiro de 1689 e faleceu em Paris, a 10 de fevereiro de 1755.
A sua teoria política está exposta na obra L' Esprit des Lois datada de 1748 e
inspirada em Locke e no estudo das instituições políticas inglesas.
A obra está dividida em 6 partes, cada qual com vários livros, composta de
muitos capítulos.
O livro fala das instituições e das leis e tenta compreender as diversas
legislações existentes em diferentes lugares e épocas – influência de Aristóteles -
mas já com marcas da investigação ou análise sociológica devido ao rigor do
método que é comparativo-indutivo e ainda hoje é dominante na Ciência
Política.
Principais ideias:
As leis escritas ou não que governam os povos não são fruto do capricho ou do
arbítrio de quem legisla. Ao contrário, decorrem da realidade social e da História
concreta própria do povo considerado.
Não existem leis justas ou injustas. O que existe são leis mais ou menos
adequadas a um determinado povo e a uma determinada circunstância de época
ou lugar (relativismo histórico).
O autor procura estabelecer a relação das leis com as sociedades, ou ainda, com
o espírito dessas.
Para a Sociologia jurídica não interessa a perspectiva da letra da lei, mas sim o
seu espírito e as consequências que as formas políticas, económicas e sociais
exercem sobre o Direito. Por isso, não interessa estudar as leis em si mesmas.
Estes direitos exigem que o poder político esteja limitado pelo Direito e
repartido por vários órgãos.
Os abusos do poder resultam do facto de quem tem poder o usar até onde
encontrar limites.
É necessário que o poder trave o poder.
Para Montesquieu existem três poderes: executivo (ao qual juntou o federativo
de Locke), legislativo e judicial.
Estes três poderes não podem estar reunidos numa pessoa porque conduziria a
abusos de poder.
O poder judicial não poderá estar ligado ao executivo para o juiz não se tornar
um opressor e não pode estar unido ao legislativo para que o juiz não seja o
legislador porque isso levaria a que a vida e a liberdade dos cidadãos não
estivessem salvaguardadas.
Jean-Jacques Rousseau
Nasceu a 28 de Junho de 1712, em Genebra e morreu a 2 de Julho de 1778 em
Ermenonville, perto de Paris. Era filho de um relojoeiro calvinista descendente
de um huguenote que tinha fugido da França para Genebra durante a perseguição
ao protestantismo em França.
A soberania do poder deve estar nas mãos do povo, através do corpo político dos
cidadãos e a população tem que tomar cuidado ao transformar seus direitos
naturais em direitos civis porque o homem nasce bom e é a sociedade que o
corrompe.
A política deixa de ser vista na óptica de quem manda e passa a ser encarada na
ótica dos governados porque a política passa a assentar na igualdade de todos
perante a lei, ou seja, o princípio da soberania popular.
"Tudo está bem ao sair das mãos do autor das coisas; tudo degenera entre as
mãos do homem".
Frase: "As injúrias são as razões dos que não têm razão".
O contrato social é celebrado entre o povo para tentar preservar o que for
possível da liberdade primitiva.
O Estado surgiu do contrato social para que os homens não se destruam uns
aos outros quando passam a viver em sociedade.
A soberania não se aliena nem se delega e, por isso, não pode haver
representação política.
A maioria tem sempre razão e a minoria tem de ser obrigada pela força a
obedecer.
Quando alguém em minoria é obrigado a obedecer estamos a obrigá-lo a ser
livre – «democracia» totalitária.