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Justiça relativa:
Virtude e dducação cívica: bom cidadão é aquele que se integra no conceito de justiça
da comunidade
Estes mesmos regimes (puros) são sempre justos na perspetiva relativa dos Homens, a
cada regime existe um ponto de vista interno entre governadores e governados que o
leva a aceitar o regime.
A cada regime está presente um critério de justiça aceito por governantes e
governados, e também um ponto de vista.
Numa democracia os livres (não escravos) pensam que são iguais, embora não tenham
qualquer qualidade para o efeito da política.
22/09/23.
Segunda grande teoria dos regimes políticos: Montesquieu- Modernidade (séc. XVIII)
Os americanos são guiados pelo interesse e não virtude, levando à criação de grupos
impolíticos (segundo Madison). Então é necessário criar instituições para as ambições
controlarem as ambições: Congresso, Presidente e o seu gabinete, Tribunais.
O que garante a moderação de um governo são as instituições.
27/09/23
Linguagem política situada no poder do estado, desenvolvida nos séculos XVI e XVII. A
nova linguagem é prescritiva, diferente de Aristóteles que é descritiva.
Esta linguagem é uma criação intelectual que se tornou estruturante do mundo
ocidental.
Tudo começa com O Príncipe de Maquiavel. Antes a palavra estado era diretamente
associado a posse. Maquiavel usa-a para falar de poder. É príncipe aquele que saiba
ganhar e manter esse poder. Antes o estado era uma derivação do governante, um
estatuto patrimonial, agora o príncipe passa a ser uma extensão do estado, um poder
impessoal e publico. O poder do estado corresponde agora a um poder publico. Quem
quer ser príncipe tem de cumprir esse papel. Alguém e transformado de privado a
príncipe, quando cumpre o papel (Maquiavel, capítulo VI de O Príncipe).
Os homens são mortais, mas o estado/o poder é imortal. O poder é soberano e define
o papel que aquele que e investido na soberania, deve exercer. Para alem de perpétuo,
é absoluto, seja, supremo. Não derivando, também, de outro poder.
Hobbes diz que este poder equivale a uma pessoa artificial que representa um povo.
No sentido aristotélico, um regime era uma estrutura de organização de poder com
uma conceção de justiça. O regime político agora é uma forma de poder. Este poder
pode ser detido titular por um só, poucos ou muitos. O estado é uma realidade
abstrata que se define pelo seu poder.
A racionalidade do estado tem haver com a utilidade, uma racionalidade instrumental.
Uma racionalidade é uma logica de ação, uma lógica interiorizada que leva a tomar
decisões. A logica de ação já não é uma de justiça (Aristóteles), a logica vais ser de
utilidade, age bem aquele que age segundo os bens de utilidade.
Guerra civil determinada por motivos religiosos.
Se em Hobbes o estado corresponde a uma pessoa artificial, agora essa pessoa é mais
complexa, uma abstração pura, que se desdobra nos poderes previstos na constituição.
Cada vez que os poderes agem, o representante do estado age e assim também o
povo. Em Hobbes a pessoa artificial representa o povo, agora a pessoa jurídica
representa uma nação (corpo de cidadãos com direitos), pessoa que se desdobra em
órgãos de ação previstos na constituição, para haver a desejada separação de poderes.
A isto chamamos Linguagem Constitucionalista.
Surgimento a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), fazendo surgir a
nova linguagem constitucionalista: artigo 2º, 3º, 16º
3º-A nação é soberana, mas ninguém tem a soberania da nação.
A nação soberana é uma associação política que existe na linguagem constitucionalista,
que visa preservar os direitos dos cidadãos, ganhando existência quando esta
linguagem e internalizada pelas pessoas, onde se entendem como cidadãos desta
nação soberana.
A nação existe na linguagem, como princípio, não em mais lado nenhum. Nenhum
individuo se poderá dizer soberano.
O estado deve deixar a sociedade funcionar segundo a sua dinâmica própria.
Constitucionalismo liberal e Liberalismo Económico
O constitucionalismo é um seguimento da linguagem Hobbesiana, estruturando se em
logica contratualista. Absorve também os pressupostos do liberalismo económico.
Mantem também a racionalidade instrumental do discurso Hobbesiano.
A legitimidade do poder é uma qualidade que o torna aceitável, um conceito relacional
em que o poder é concebido como uma relação aos quais se dirige, conformando-se no
âmbito dessa relação.
Max Vember(problema da legitimidade):
Legitimidade carismática
Legitimidade tradicional: o poder e legitimo porque e exercido como sempre foi-
racionalidade valorativa, traduz valores que se encontram aceites na comunidade
política correspondente
Legitimidade legal racional: poder é legitimado por ser exercido nas normas da
constituição.