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Introdução
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1. PROCESSOS PSÍQUICOS OU COGNITIVOS

Processos cognitivos são processos que tem como característica mais saliente
representar o sujeito, um objecto ou fenómeno, em geral, exterior ao próprio sujeito. O
seu conjunto constitui a vida cognitiva ou intelectual. Os processos cognitivos
possibilitam o Homem realizar a actividade mental como a inteligência, capacidades,
habilidades. O seu mau funcionamento compromete a actividade mental. São processos
cognitivos:

1.1. Sensação

É o fenómeno elementar da consciência resultante da excitação de um órgão dos


sentidos provocados opor um estímulo interno ou externo. Consiste em refletir as
características (propriedades) isoladas dos objectos.

1.1.1. Importância da sensação

Tomamos conhecimentos do mundo em redor (sons, cores, tamanhos, cheiro), graças


aos órgãos dos sentidos. São os primeiros elementos que nos poem em contacto com a
realidade e facilitam a apreensão da mesma. Os órgãos dos sentidos recebem,
seleccionam e acumulam a informação e, transmitem ao cérebro surgindo reflexo
adequado do mundo circundante e ao próprio organismo.

1.2. Percepção

É o acto de organizar dados sensoriais pelo qual conhecemos “a presença actual de um


objecto exterior”: temos consciência da existência de objectos e suas qualidades.

1.2.1. Importância da percepção

A percepção no PEA está relacionada com a compreensão e interpretação, análise


intelectual do aprendido. A percepção ajuda a compreensão, análise profunda do
fenómeno e a chegar da conclusão sobre o mesmo.

A percepção está ligada a atenção. A atenção constitui a fase inicial da percepção e a


principal forma de organização da actividade cognitiva. A atenção é inalienável a
percepção, interpretação, compreensão, imaginação, assimilação, recordação e
reprodução. Durante a realização de qualquer actividade, a atenção ajuda a compreensão
da essência das tarefas, ajuda a sua resolução e verificação.
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1.3. Memória

É a capacidade de lembrar o que foi de algum modo vivido. Ela corresponde as


seguintes operações ou processos: a aquisição, a afixação, a evocação, o
reconhecimento e a localização das informações resultantes de percepções e
aprendizagem. A memória facilita a organização, fixação e retenção do aprendido,
assim como na sua evocação, quando essa informação for necessária. Não haveria
evolução dos nossos conhecimentos se na medida que os adquiríssemos, os
perdêssemos. A memoria conserva o passado e permite incorpora-lo na estrutura
cognitiva do sujeito.

1.3.1. Processos da memória

Aquisição: consiste no contacto com a informação.

Fixação: para a fixação exige além da adequada aquisição, a repetição.

Evocação ou reprodução: consiste na lembrança do material fixado. É a reaparição na


consciência de um fenómeno passado. As informações armazenadas tentam a ser
invocadas junto das informações falsas.

Reconhecimento: identificação e uso de informações corretas, e as que vierem unidas


são rejeitadas. Consiste em referir ao passado as nossas lembranças enquadrando-as no
contexto de factos da nossa experiencia pessoal.

Localização: consistem em situar as recordações no trama da nossa história anterior,


em dispô-las umas as outras, de formam a marcar-lhes o local próprio no tempo e no
espaço, para estabelecer a sua cronologia intima e pessoal.

A fixação e a evocação serão tanto maiores quanto maior for o significado do material.

Diferentes partes da matéria devem ser relacionadas, matérias diferentes devem ser
articuladas.

A memória é condição do progresso intelectual: não haveria a evolução dos nossos


conhecimentos se a medida que os adquiríssemos, os perdêssemos;

A linguagem seria impossível sem a memória, porque para falar é necessário reter as
palavras e o seu sentido;
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Permite aperfeiçoar os nossos actos;

A personalidade não existiria sem a memória, pois é ela que conserva o nosso passado e
permite incorporar no “eu” o que se vai lecionando para organização da personalidade.

Quando o aluno não armazena o material aparece o esquecimento. Pois o esquecimento


é o fracasso do esforço evocativo ou impossibilidade de produzir o passado.

1.3.2. Factores do esquecimento


 Vastidão da matéria;
 Irrelevância do conteúdo;
 Doenças da memória;
 Falta de interesse;
 O tempo (as repetições devem ser curtas): a primeira repetição deve ser na aula;
 Cansaço

1.4. Pensamento

O processo cognitivo que permite a resolução de tarefas (processo de analise e síntese).


Permite refletir de forma generalizada a realidade objetiva sob a forma de conceitos,
leis, teorias e suas relações.

1.4.1. Importância do pensamento


 O pensamento ajuda o indivíduo a superar as suas dificuldades desde as mais
triviais até as mais complexas;
 Planificação e organização lógica dos procedimentos e a ter em conta na aula;
 Reflexão sobre uma tarefa para encontrar as mais adequadas soluções;
 Mudança de métodos habituais de resolução de tarefas colocadas;
 Avaliação de diversas variantes de resolução para encontrar uma resolução mais
racional;
 É um factor de ligação entre os concretos e abstratos.

1.4.2. O pensamento e a linguagem

O pensamento está socialmente condicionado e ligado indissoluvelmente com a


linguagem, a fala. O pensamento humano é impossível sem a linguagem. Qualquer
pensamento surge e se desenvolve em ligação indissolúvel com a linguagem. Quando
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mais profundo e bem ponderado é um certo pensamento, tanto mais clara e precisa é a
sua expressão em palavras. O Homem quando resolve um problema pensa de si para si
como se estive-se a conversar consigo mesmo.

1.5. Imaginação

É o processo psíquico cognitivo exclusivo ao Homem, mediante ao qual se criam


(elaboram) imagens e noções que não existem na experiencia anterior, ou seja a
habilidade que os indivíduos possuem de formar representações constituir imagens
mentais acerca do mundo real ou mesmo de situações não directamente vivenciadas.

A base da imaginação é noções da memória que se completam por novas percepções,


transformando-se em novas percepções e noções.

1.5.1. Importância da imaginação


 Permite conceber o resultado do trabalho antes do início;
 Alarga os horizontes da memória e percepção;
 Permite antecipar e construir o futuro e o nível de desenvolvimento da
capacidade inventiva. É parte do processo técnico-científico, literário;
 Desenvolve nos alunos a atitude criadora através e da análise e compreensão do
actual estado da ciência.
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Conclusão
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Referência bibliográfica

 DAVIDOFF, Linda. Introdução à Psicologia. S. Paulo. Brasil editora Mcgraw-


hillDA, 1987
 SARAIVA, A. Psicologia. 2a edição. Plátano editora, Lisboa 1977.

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