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Este trabalho surge no âmbito da cadeira de Psicologia Geral, cujo tema é Teorias da
Personalidade e Propriedades individuais da personalidade.
Falaremos das algumas teorias que abordam o tema acima citado, nomeadamente Teoria
Psicodinâmica, Teoria fenomenológica, Teoria disposicional e Teoria Behaviorista.
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Teorias de Personalidade
A personalidade exprime a totalidade de um ser, tal como aparece aos outros e a si próprio, na
sua unidade na sua singularidade e na sua continuidade. É o modo relativamente constante e
peculiar de perceber, pensar, sentir e de agir do indivíduo. Inclui as atitudes, habilidades,
crenças, emoções, desejos, o modo de se comportar e inclusive os aspectos físicos do indivíduo.
Teorias Psicodinâmica
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Teoria Psicanalítica de Sigmund Freud
Enquanto Freud (1856-1936) tratava de seus pacientes neuróticos buscava insights sobre a
personalidade humana. Gradativamente, elaborou uma teoria, que chamou de psicanálise.
Instintos e libidos
Embora Freud não fizesse uma lista de instintos (pulsões) acreditava que todos se enquadravam
em duas categorias: instintos da vida e da morte.
Os instintos da vida, como fome, sexo e sede, ajudam as pessoas a sobreviver e a reproduzir.
Estes desempenham seu trabalho gerando energia, chamada libido. Esta é semelhante a energia
física, mas supre a energia necessária para o pensamento e o comportamento.
Próximo ao fim da vida, Freud descreveu um segundo sistema de motivação. Este que era
responsável pela morte e destruição (de si mesmo e de outros). Foi chamado de instinto da morte
ou destrutivo, ou thanatos. Freud supunha que as pessoas têm um desejo inconsciente de morrer.
Também sugeria que os seres humanos são agressivos porque esse desejo de morte é bloqueado
pelos instintos da vida.
Modelo da mente
Para Freud a mente enfrenta continuamente três conjuntos de demandas conflitivas: as que
partem do corpo, da realidade exterior e das restrições morais. Um componente distintivo da
personalidade (id, ego, superego) lida com cada domínio.
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aceita frustrações e não conhece inibição. O id é a estrutura básica e mais central, é a sede das
pulsões e dos desejos recalcados e representações recalcadas (recalcamento = processo mental
pelo qual pensamentos insuportáveis ao eu consciente são reprimidos). Não conhece juízos de
valor, nem o bem do mal, nenhuma moralidade. O id não suporta energia de muita tensão e seu
objectivo é reduzir a tensão dolorosa aos baixos níveis possíveis. Para atingir seu objectivo de
evitar dor e obter prazer, o id tem sob seu comando dois processos: as acções reflexivas e o
processo primário. As acções reflexivas são reacções inatas e automáticas como espirrar e
pescar, e geralmente, reduzem a tensão imediatamente. O processo primário envolve uma
reacção psicológica um pouco mais complicada. Ele tenta descarregar a tensão, formando a
imagem de um objecto que vai remover a tensão. Por exemplo, o processo primário apresenta a
pessoa faminta a imagem mental de um alimento.
O ego emerge nas crianças em desenvolvimento, a medida que elas aprendem que há uma
realidade distinta das próprias necessidades e desejos. Tendo sido parte do id o ego evolui para
lidar com o mundo. O ego é lógico e controlado. O ego é dominado pelo princípio da realidade
(pensamentos objectivos, actos socializados, actividade racional e verbal). É esse princípio que
introduz a razão, o planeamento e a espera ao comportamento humano. Também caracteriza-se
pelo estabelecimento mecanismo de defesa contra as invasões da pulsão. As funções básicas do
ego são: percepção, memoria, sentimento, pensamento. Em suma tem a função de ajustar o
homem ao meio em da realidade física e social em que vive. O ego usa o processo secundário do
pensamento, estratégias de solução de problemas.
É a parte moral da mente humana e representa os valores da sociedade. À medida que as crianças
identificam-se com os pais e internalizam valores e padrões, o superego separa-se do ego. O
superego funciona de forma independente, lutando para perfeição e admirando o idealismo, o
auto-sacrifício e o heroísmo, o superego influencia o ego para atender aos objectivos morais e
forçar o id a inibir seus impulsos animais. Quando o ego comporta-se moralmente superego é
satisfeito. Quando as acções ou os pensamentos do ego vão contra os princípios morais, superego
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gera sentimentos de culpa. O superego divide-se em dois subsistemas: ego ideal, que dita o bem
a ser procurado, e a consciência que determina o mal a ser evitado.
Desenvolvimento da personalidade
Freud acreditava que a personalidade é moldada pelas primeiras experiências, quando as crianças
passam por um conjunto de fases psicossexual.
De acordo com Freud as crianças passam por quatro fases psicossexual; oral, anal, fálica e
genital.
1. Fase oral
No primeiro ano de vida, os bebes derivam o prazer basicamente a boca. A libido concentra-se
nos prazeres orais: comer, sugar, morder, levar objectos a boca, balbuciar e outros. O desmame é
o principal conflito na fase oral. Quando mais difícil for deixar o seio a mamadeira e seus
prazeres para os bebes, mais libido serão fixados, as crianças podem sugar o polegar, comer
demais ou roer as unhas.
2. Fase anal
Durante o segundo e o terceiro ano de vida, o prazer é obtido basicamente da região anal. A
criança gosta de urinar e de defecar e da formação e alívio da tensão que acompanha a excreção.
A liberação, em especial, evoca repugnância e raiva por parte de quem cuida da criança, que
exige que esta tenha autocontrolo e saiba esperar. À medida que elas começam o treino de
toalete, o conflito central da fase anal desenvolve-se. O conflito relacionado a esta fase poderá
manifestar-se no adulto em comportamentos de excessiva limpeza, pontualidade, obstinação, etc.
3. Fase fálica
Freud acredita que, em alguns momentos entre 3 a 5 anos, na fase fálica as crianças pequenas
descobrem que os genitais fornecem prazer. Acreditava que a maioria das crianças pequenas
começa a se masturbar nesse período.
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A criança ama o pai do sexo oposto excessivamente e sente rivalidade intensa com o progenitor
do mesmo sexo. No caso das mulheres, o conflito é conhecido como Complexo de Electra; nos
meninos Complexo de Édipo.
O menino experimenta um desejo de hostilidade para o pai e um desejo de amor para com a mãe.
O menino por medo da castração, supera este conflito através de um processo de identificação
com pai, mediante o qual ele assimila e faz o seu comportamento paterno. Na menina verifica-se
um processo em parte análogo, primeiro de hostilidade para com mãe e amor para com o pai e,
portanto em seguida, de identificação com a figura materna.
Período de latência
Para Freud, quando a fase fálica termina, por volta dos 5 anos, a personalidade está
essencialmente formada. Nos 6 anos subsequentes, aproximadamente as necessidades sexuais
ficam dormentes. A criança orienta ou dirige os próprios interesses ao ambiente.
4. Fase genital
Os interesses sexuais são despertados novamente no inicio da puberdade. Durante a fase genital,
que se estende por toda a adolescência e a fase adulta, as pessoas orientam-se para os outros e
formam relacionamentos sexuais satisfatórios. Ate então, estavam absorvidas no próprio corpo e
necessidades. Freud via um vínculo heterossexual maduro como a marca da maturidade. Se a a
energia esta ligada a estágios de desenvolvimento inferiores, os adolescentes não podem
enfrentar esse desafio.
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O inconsciente impessoal: localiza-se abaixo da consciência, pertence ao indivíduo.
Consiste em todas as lembranças, desejos e outras experiencias da vida da pessoa que
foram reprimidos ou esquecidos.
Inconsciente colectivo: localiza-se abaixo do inconsciente pessoal. O inconsciente
colectivo compreende conteúdos que segundo Jung constituem o depósito de modos
reagir típico da humanidade, por exemplo, o medo do mal, relação entre os sexos, entre
pais e filhos, situações típicas que o indivíduo enfrenta ao longo da sua existência.
Horney associou distúrbios neuróticos à ansiedade básica, cuja raiz são frustrações iniciais
referentes as demandas paternas. Sullivan, também, focalizou a família especialmente suas
expectativas durante a segunda década de vida. Hartmann e os psicólogos do ego dirigiram sua
atenção e as funções adaptadas do ego. Erikson ressaltou as implicações sociais e psicológicas da
teoria de desenvolvimento de Freud e ampliou seu escopo para abranger a vida adulta.
Teoria fenomenológica
O self é o ponto central da personalidade, em torno do qual todos os outros sistemas constelados.
Ele mantém esses sistemas unidos e dá a personalidade unidade, equilíbrio e estabilidade.
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Segundo Rogers, a personalidade é formada com base nas experiencias individuais de cada
pessoa e tem inicio na infância. As crianças, ao longo do seu desenvolvimento vão identificando
algumas características constantes da sua forma de ser que se vão mantendo ao longo da vida. No
entanto, com a convivência em sociedade, os indivíduos numa tentativa de ser aceite pelos
outros, vão alterar algumas características próprias de acordo com a imagem que os outros têm
de si. É através destas adaptações ao meio que se vai formando a personalidade.
O conceito do é “eu” exprime um modelo interno que vai formando a partir das interacções que
as pessoas tem com os vários contextos onde se movem. E padrão organizado de percepções,
sentimentos, atitudes, que o individuo acredita ser exclusivamente seu.
O “eu” como objecto da consciência: inclui o conceito de si, o conceito do próprio esquema
corpóreo, conceito das próprias qualidades, tudo aquilo que o indivíduo sente como seu.
Teoria disposicional
Muitas teorias disposicionais são baseadas em pesquisas de laboratório que se utilizam de testes
ou classificações objectivas. Raymond Cattell, teórico de traços, usou a análise factorial para
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identificar 16 traços originais e desenvolver testes de personalidade. Sua pesquisa, que examina
relações entre traços, tem sido sucesso em explicar e prever uma gama de comportamentos.
William Sheldon, teórico de tipos, mostrou que as pessoas podem ser descritas em termos de
tipos corporais e de personalidade, os quais estão associados.
Teoria Behaviorista
A personalidade segundo teóricos behavioristas é fruto dos condicionamentos que o sujeito sofre
a partir de suas experiencias desde que nasce. Teóricos behavioristas supõem que métodos
científicos rigorosos são essenciais ao entendimento das razoes pelas quais as pessoas
comportam-se de uma determinada forma ou de outra. Eles enfocam o comportamento
observável e seus determinantes ambientais, especialmente o condicionamento. Segundo B. F.
Skiner, behaviorista radical, a conduta vária de uma situação para outra. Skinner tratou
principalmente do comportamento modificável. Ele não se interessava muito por características
comportamentais que parecem ser relativamente permanentes. Essa atitude decorre
principalmente de sua ênfase de controlo do comportamento. Em vez de estudar traços, os quais
ele considerava míticos, psicólogos, ele acreditava, deveriam explorar os antecedentes
ambientais e as consequências da conduta. A teoria de aprendizagem social de Albert Bandura
propõe que as pessoas são seres complexos e activos que aprendem muito por meio da
observação em contextos sociais. Elas estão continuamente regulando o próprio comportamento.
Os sentimentos da eficácia são centrais para a saúde mental.
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Rigidez emocional e labilidade – estabilidade e mobilidade. Essas propriedades
reflectem a capacidade de uma pessoa experimentar sentimentos após o desaparecimento
do estímulo (rigidez) e a capacidade de se adaptar rapidamente à mudança de situação
(labilidade).
Sustentabilidade emocional – é considerada em dois aspectos: situação (capacidade de
suprimir emoções) e pessoal (falta de resposta a estímulos emocionais).
Expressividade – uma forma de expressar os sentimentos através de expressões faciais,
gestos, etc.
Resposta emocional – o grau de percepção, o nível de sensibilidade de uma pessoa.
Características permanentes
Características peculiares
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Conclusão
Concluindo, fica claro a “personalidade exprime a totalidade de um ser, tal como aparece aos
outros e a si próprio, na sua unidade na sua singularidade e na sua continuidade”. Para teóricos
da psicodinâmica como Freud destacam que a maioria dos pensamentos, sentimentos e desejos
de uma pessoa são inconscientes e sexualidade é uma pulsão dominante, já outros teóricos
psicodinâmicos enfatizam as influências sociais na personalidade. Teóricos fenomenológicos
concentram-se no entendimento do self total. Os behaviorista supõem que métodos científicos
rigorosos são essenciais ao entendimento das razoes pelas quais as pessoas se comportam de uma
determinada forma ou de outra.
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Bibliografia
DAVIDOFF, Linda. L, Introdução a Psicologia, 3ª edição, Pearson Makron Books, São Paulo,
2001, pp. 505-535.
HALL, Calvin S., LINDZEY, Gardiner, CAMPBELL, Jonh B., Teorias da Personalidade, 4ª
edicao, Artmed Editora S.A, São Paulo, 1998
https://www.passeidireito.com>arquivo
www.pt.m.wikipedia.org/wiki/Teoria_psicanalitica
www.pt.rowland98.com>psihologiya
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