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A Personalidade

(Psicologia Diferencial)
A Personalidade

Muitos Psicólogos definem personalidade


como um padrão singular de pensamentos,
sentimentos, e comportamentos de um
individuo que persiste através do tempo e das
situações
A Personalidade
Há dois pontos muito importantes nesta
definição:
Por um lado a personalidade refere-se a
diferenças singulares, ou seja, aqueles
aspectos que distinguem uma pessoa de
todas as outras e
Por outro lado, e definição afirma que a
personalidade é relativamente estável e
duradoura
Como se estuda a personalidade?
Os psicólogos abordam o estudo da
personalidade de várias maneiras.
- Alguns tentam identificar as suas
características mais importantes,
- Outros procuram entender por que razão
existem diferenças de personalidade
Como se estuda a personalidade?
Dos que estudam as razão das diferenças de
personalidade, identificam a família como o
factor mais importante no desenvolvimento
da personalidade de um individuo e
Outros enfatizam as influencias ambientais
externas á família e há ainda outros que
consideram a personalidade como resultado
da maneira como aprendemos a pensar a
respeito de nós mesmos.
Como se estuda a personalidade?
De todas estas abordagens surgem as quatro
principais categorias da teoria da personalidade:
- Teorias psicodinâmicas, Consideram que as
origens da personalidade estão nas motivações e
nos conflitos inconscientes frequentemente
sexuais.
- Teorias Humanistas, concentram-se nas
motivações positivas para o crescimento e na
realização do potencial na formação da
personalidade.
Como se estuda a personalidade?
- Teorias de traços: categorizam as
personalidades e descrevem de que maneira
elas diferem.
- Teorias da aprendizagem cognitivo-social:
encontram as raízes da personalidade nos
modos como as pessoas pensam o ambiente,
agem sobre ele e reagem a ele.
Novas tendências para o estudo da
personalidade
- Teorias biológicas: enfatizam a base genética
dos traços da personalidade
Teorias psicodinâmicas da
personalidade
As teorias psicodinâmicas vêm o
comportamento como produto de forças
psicológicas que interagem dentro do individuo,
frequentemente fora do seu estado de
consciência. Freud baseou-se na Física da sua
época para cunhar o termo Psicodinâmica. Assim
como a termodinâmica é o estudo do calor, da
energia mecânica e da transformação de um em
outro, a psicodinâmica é o estudo da energia
psíquica e da sua transformação e manifestação
no comportamento.
Os Cinco pontos principais das teorias
psicodinâmicas
1) Muito da vida mental é inconsciente e como
resultado, as pessoas podem comportar-se de
maneira que elas próprias não entendem.
2) Os processos mentais tais como emoções,
motivações, e pensamentos agem paralelamente e
podem, assim, ocasionar sentimentos conflituantes.
3) Não são somente os padrões estáveis da
personalidade que se começam a formar na infância
mas as primeiras experiencias também influenciam
bastante o desenvolvimento desses padrões
Os Cinco pontos principais das teorias
psicodinâmicas
4) As representações mentais que fazemos de
nós mesmos, dos outros e dos nossos
relacionamentos tendem a orientar as nossas
interacções com outras pessoas.
5) O desenvolvimento da personalidade envolve
aprender a regular sentimentos sexuais e
agressivos assim como tornar-se socialmente
interdependente em vez de dependente
Principais representantes das teorias
psicodinâmicas
- Sigmund Freud
- Carl Jung
- Alfred Adler
- Karen Horney
- Erick Erikson
Estruturação da personalidade
segundo Freud
Freud afirma que a personalidade forma-se a volta de três
estruturas:
- Id, Ego, e Superego
Segundo ele, o Id é a única estrutura presente na altura do
nascimento e é completamente inconsciente. Age de acordo
com o principio do prazer isto é procura obter prazer
imediato e evitar a dor. Assim que surge o instinto o Id
procura logo satisfaze-lo entretanto como não está em
contacto directo com o mundo real age de duas maneiras:
a) De forma reflexa (Por ex: Tossir para aliviar a sensação
desagradavel
b) E a outra é em forma de fantasia a que Freud chamou de
realização do desejo
Estruturação da personalidade
segundo Freud
Freud concebeu o Ego como o mecanismo psíquico
que controla todas as actividades de pensamento e de
raciocínio. O Ego age de maneira parcialmente
consciente, pré-consciente e inconsciente (Pré-
consciente refere-se ao conteúdo que não se encontra
ao nível do consciente mas pode ser facilmente
recuperado)
O ego aprende a respeito do mundo externo através
dos órgãos dos sentidos e procura satisfazer os
impulsos do Id no mundo esterno. Porem, em vez de
agir de acordo com o principio do prazer, ele age de
acordo com o principio da realidade.
Estruturação da personalidade
segundo Freud
Superego: Uma personalidade constituída
apenas de Id e Ego seria totalmente egoísta.
Iria se comportar de maneira eficaz mas
insociável. Um comportamento adulto não
somente deve ser governado pela realidade
mas também pela moralidade, isto é pela
consciência do individuo ou pelos padrões
morais que o individuo desenvolve na
interacção com os seus pais e a sociedade.
Função do Superego
O Superego não está presente na altura do
nascimento. As crianças pequenas são amorais e
fazem o que lhes da prazer. Conforme
amadurecemos, porém assimilamos ou
adoptamos como nossas as opiniões dos nossos
pais a respeito do que é bom e do que é mau.
Com o tempo a repressão externa aplicada pelos
nossos pais da lugar a nossa própria auto
repressão O Superego finalmente agindo como a
consciência, assume a tarefa de observar e guiar
o Ego assim como os pais um dia observaram e
guiaram os filhos
Desenvolvimento da personalidade
segundo Freud
A teoria de Freud do desenvolvimento da
personalidade concentra-se na maneira como
satisfazemos o instinto sexual no decorrer da
vida. Freud considerava o instinto sexual de
forma ampla, como um forte desejo de obter
todo o tipo de prazer sensual. Ele denominava a
energia gerada pelo instinto sexual de libido. A
medida que os bebés crescem, a energia libidinal
concentra-se numa determinada região do corpo
a que ele chamou de zona erógena
Desenvolvimento da personalidade
segundo FreudSuperego
Se uma criança é privada do prazer ou lhe é
permitida muita gratificação da região do corpo
que domina uma determinada fase de
desenvolvimento, parte da sua energia sexual
pode ficar fixada aquela região do corpo em vez
de seguir uma sequência normal para permitir ao
individuo uma personalidade inteiramente
integrada. Isso chama-se fixação a qual Freud
considerava ser forma imatura de sexualidade e a
certos traços característicos de personalidade.
O s cinco estádios de Desenvolvimento da
personalidade .
1- Estádio Oral: (Do nascimento aos 18 messes), os
bebés dependem completamente de outras pessoas
para satisfazer as suas necessidades, aliviam as suas
tensões sexuais ao sugar e engolir. Quando nascem os
primeiros dentes, eles sentem prazer oral ao mastigar
e morder. De acordo com Freud os bebés que recebem
muita gratificação oral nesta fase tornam-se adultos
demasiadamente optimistas, e dependentes. Aqueles
que recebem muito pouca gratificação tornam-se
pessimistas e hostís.
A fixação nesta fase está relacionada a características
de personalidade tais como falta de confiança, gula,
sarcasmo e disposição para brigas.
O s cinco estádios de
Desenvolvimento da personalidade .
2- Estádio Anal (Aproximadamente dos 18 meses aos
três anos e meio) A fonte primária de prazer sexual
passa para o ânus. Justamente quando as crianças
aprendem a sentir prazer de reter ou excretar as fezes
e começa a ser inculcados os hábitos de higiene que
impõem a capacidade de regular esse novo prazer. Na
visão de Freud se os pais forem muito rígidos com as
exigências, algumas crianças começam a ter excessos
de raiva e podem levar uma vida autodestrutiva
quando adultos, outras tornam-se obstinadas,
avarentas, excessivamente organizadas. Se os pais
forem muito permissivos os filhos podem tornar-se
desorganizados, desordenados e pouco asseados.
O s cinco estádios de
Desenvolvimento da personalidade .
3- Estádio Fálico: Quando as crianças entram para
o estádio fálico descobrem os seus órgãos
genitais e desenvolvem uma forte ligação com o
progenitor do sexo oposto, ao mesmo tempo
que sentem ciúme do progenitor do mesmo
sexo. Freud chamou a este conflito Complexo de
édipo em homenagem a personagem da
mitologia grega que matou o pai e casou-se com
a mãe. As meninas passam pelo complexo
equivalente que se chama de Complexo de
Electra que envolve o amor possessivo pelo pai e
o ciúme da mãe.
O s cinco estádios de
Desenvolvimento da personalidade .
A maioria das crianças resolve finalmente este
conflito na identificação com o progenitor do
mesmo sexo. Entretanto Freud sustentava que a
fixação nesta fase leva a vaidade e ao egoísmo
na idade adulta, os homens vangloriam-se das
suas proezas sexuais e tratam as mulheres com
desprezo e as meninas tornam-se levianas e
promiscuas, a fixação fálica também pode gerar
sentimentos de baixa auto-estima, timidez e
desvalorização.
O s cinco estádios de
Desenvolvimento da personalidade .
4- Estádio de Latência: Freud acreditava que
no final da fase Fálica as crianças perdem o
interesse pelo comportamento sexual e
entram em um período de latência. Durante
esse período, que começa por volta dos cinco
ou seis anos e termina aos 12, 13 anos os
meninos brincam com as meninas e as
meninas brincam com os meninos e nenhum
dos sexos mostra muito interesse pelo outro.
O s cinco estádios de
Desenvolvimento da personalidade .
4- Estádio Genital: Na puberdade o individuo entra
na sua ultima fase de desenvolvimento da
personalidade, a que Freud chamou de Estádio
Genital. Nesta fase os impulsos genitais são
novamente despertados. Ao fazer amor o
adolescente e o adulto são capazes de satisfazer
desejos não realizados na infância. De maneira
ideal a gratificação imediata desses desejos leva
a sexualidade madura da qual fazem parte o
adiamento da gratificação, o senso de
responsabilidade, e o cuidado por outra pessoa.
A perspectiva Humanista
(Abraham Maslow-1908-1970 e Carl Roger-1902-
1987)
Maslow propôs que somos motivados po uma
hierarquia de necessidades.
 Se as nossas necessidades fisiológicas são
atendidas ficamos preocupados com
segurança pessoal
 Se atingimos um senso de segurança,
buscamos então amar, ser amados e amar a
nós mesmos.
A perspectiva Humanista
(Abraham Maslow-1908-1970 e Carl Roger-
1902-1987)
 Com a nossa necessidade de amar satisfeita
procuramos auto-estima.
 Tendo alcançado a auto-estima, procuramos
finalmente a auto-realização
A perspectiva Humanista
(Abraham Maslow-1908-1970 e Carl Roger-
1902-1987)
Maslow, (1970) desenvolveu as suas ideias
estudando pessoas saudáveis e criativas em vez de
casos clínicos complicados. Ele baseou a sua
descrição de auto-realização em um estudo de
pessoas notáveis por terem levado uma vida rica e
produtiva, entre eles Abraham Lincolin, Thomas
Jefferson, e Eleanor Rosevelt. Maslow relatou que
essas pessoas tinham em comum certas
caracteristicas. Aceitavam-se tal como eram e
tinham consciencia de si mesmas.
A perspectiva Humanista
(Abraham Maslow-1908-1970 e Carl Roger-
1902-1987)
Eram francas e espontâneas, afectuosas e solicitas, e
não se deixavam afectar pela opinião dos outros.
Seguras por saberem quem eram os seus interesses
eram centrados nos problemas e não neles mesmos.
Elas concentravam as suas energias numa tarefa que
com frequência viam como sua missão de vida. A
maioria desfrutava de poucos relacionamentos íntimos
em vez de muitos relacionamentos superficiais. Muitos
foram movidos por grandes experiencias pessoais e
espirituais que vão para além da experiencia comum
A perspectiva Humanista
(Abraham Maslow-1908-1970 e Carl Roger-
1902-1987)
Maslow dizia que estas são qualidades adultas,
maduras, qualidades que se encontram em pessoas
que aprenderam o suficiente sobre a vida para
serem compassivas para terem superado os seus
sentimentos confusos em relação aos pais, para
terem descoberto a sua vocação por terem
adquirido coragem bastante para serem
impopulares, por não se envergonharem de serem
abertamente virtuosas etc.
Carl Roger-1902-1987 e a perspectiva centrada
na pessoa
Segundo Rogers Autenticidade, Aceitação e Empatia
são a agua, o sol e os nutrientes que possibilitam as
pessoas crescerem como vigorosas arvores, pois, na
medida em que são aceites e valorizadas tendem a
desenvolver uma atitude mais favorável em relação a
si mesmas. Na medida em que as pessoas são
ouvidas com empatia”torna-se possível para elas
escutar com mais precisão o fluxo de experiencias
interiores.”
A perspectiva humanista
Rogers, sustentava que a autenticidade, a
aceitação, e a empatia nutriam o crescimento
não só nas relações entre terapeuta e cliente,
mas também entre pais e filhos, líder e grupo,
professor e aluno, gerente e funcionário; na
verdade entre dois seres humanos.
A perspectiva humanista
Para Maslow e mais ainda para Rogers, a característica
central da personalidade é o auto conceito; Todos os
pensamentos e sentimentos, que temos são-nos em resposta
a pergunta: “quem sou eu”? Se o nosso auto conceito for
positivo, tendemos a agir e a ver o mundo positivamente. Se
for negativo, se aos nossos olhos estivermos muito longe do
nosso eu ideal disse Rogers, sentimo-nos insatisfeitos e
infelizes. Um objectivo meritório para terapeutas, pais,
professores e amigos é portanto disse ele ajudar os outros a
se conhecerem, a se aceitarem e a serem verdadeiros
consigo próprios .

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