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AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

AULAS
PROF. SASSUCO
Referências Bibliográficas
1. Piaget, Jean (1975) - A formação do Símbolo
na Criança;
2. Lyons, John (1989) – Linguagem e Linguística:
Uma Introdução;
3. Fiorin, José Luiz (2011) – Introdução a
Linguística: I. Objetos Teóricos;
4. Martellota, Mario Eduardo(2011) – Manual de
Linguística.
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
NOÇÃO DA SÍLABA
Noção da sílaba
Estruturas silábicas
Sequências silábicas
Sequência silábica
1. TEORIA BEHAVIORISTA
1. TEORIA BEHAVIORISTA
2. TEORIA INATISTA
2. TEORIA INATISTA
2. TEORIA INATISTA
3. TEORIA MATURACIONAL
3. TEORIA MATURACIONAL
4. TEORIA COGNITIVISTA CONSTRUTIVA
4. TEORIA COGNITIVISTA CONSTRUTIVA
4. TEORIA CONSTRUTIVA
4. TEORIA CONSTRUTIVISTA
TEORIA CONSTRUTIVISTA
• A partir desta estrutura de pensamento é possível
a dialéctica, que permite que a linguagem se dê a
nível de discussão para se chegar a uma conclusão.
• Piaget divide a linguagem em dois grandes grupos:
a) A linguagem egocêntrica, que por sua vez se
divide em três partes:
 A repetição (ecolalia)- repetição de sílabas ou
palavras, não direccionadas a ninguém, restos do
balbucio dos bebés.
Teoria construtivista
 O monólogo- a criança fala em voz alta para si.
 O monólogo a dois ou colectivo- conversa de duas ou mais
crianças sem preocupação de serem respondidas ou
compreendidas.
b) Linguagem socializada divide-se em cinco categorias:
 A informação adaptada- crianças trocam pensamentos com
as outras, em busca de objectivo comum, ou seja, preocupa-
se com o ponto de vistas do interlocutor.
 A crítica ou zombaria- trata-se da acção de uma criança
sobre a outra num contexto de discussões, brigas, ou
rivalidades.
Teoria construtivista
 As ordens, súplicas e ameaças- são tais acções
de uma criança sobre a outra.
 As perguntas- perguntas que uma criança faz a
outra.
 As respostas- respostas dadas às perguntas.
Teoria construtivista
Piaget conclui:
• A criança é mais egocêntrico do que o adulto, fala
muito sem se dirigir a ninguém; indica uma maior
necessidade de comunicar seu pensamento.
• O adulto consegue ficar mais tempo concentrado
sem quebrar o silêncio.
• Ates dos 7 a 8 anos, a criança não possui vida social.
Essa afirmação tem sido criticada há muito tempo
por outros pesquisadores: Lev Semenovitch Vigotsky.
4. TEORIA CONSTRUTIVISTA
4. TEORIA CONSTRUTIVISTA
5. TEORIA INTERACIONISTA SOCIAL
5. Teoria interacionista social
5. Teoria interacionista
5.Teoria interacionista social
5. Teoria Interacionista social
5. Teoria Interacionista social
Vigotsky resume suas ideias assim:
• A linguagem é social
• Estreita relação entre pensamento e linguagem.
• A aquisição da linguagem passa por três fases:
 A linguagem social- que possui a função de denominar
e comunicar, sendo a primeira linguagem que surge;
 A linguagem egocêntrica-
 A linguagem interior- intimamente ligada ao
pensamento.
5. Teoria Interacionista social
• A linguagem egocêntrica progride da fala social para a
fala interna, ou seja, para o processamento de perguntas
e respostas dentro de nós mesmos- o que estaria bem
próximo ao pensamento, representado a transição da
função comunicativa para a função intelectual.
• A fala egocêntrica constitui uma linguagem para a
pessoa mesma, e não uma linguagem social, com
funções de comunicação e interacção. Esse “falar
sozinho” é essencial porque ajuda a organizar melhor as
ideias e planificar melhor as acções.
5. Teoria Interacionista social
Discurso interior e pensamento
• É quando as palavras passam a ser pensadas,
sem que necessariamente sejam faladas. É um
pensamento em palavras.
• Já o pensamento é um plano mais profundo
do discurso interior, que tem por função criar
conexões e resolver problemas, o que não é,
necessariamente, feito em palavras.
5. Teoria Interacionista social
• O pensamento não se reflecte na palavra; realiza-se nela, na
medida em que é a linguagem que permite a transmissão do
pensamento de uma pessoa para outra (Vygotsky, 1998).
• A relação entre o pensamento e a fala passa por várias
mudanças ao longo do desenvolvimento. Apesar de terem
origem e se desenvolverem independentes, em determinado
momento o pensamento e a linguagem se encontram e dão
origem ao funcionamento psicológico complexo.
• A conquista da linguagem representa um marco no
desenvolvimento humano.
5. Teoria Interacionista social
• O pensamento não é o último plano analisável
da linguagem. Podemos encontrar um último
plano interior: a motivação do pensamento, a
esfera motivacional de nossa consciência, que
abrange nossas inclinações e necessidades,
nossos interesses e impulsos, nossos afectos e
emoções. Tudo isso vai reflectir imensamente
na nossa fala e no pensamento (Vigotsky,
1998).
6. TEORIA DE SIGNOS LINGUÍSTICOS
• A discussão sobre a aquisição da linguagem
focalizando os processos mentais já havia sido
evidenciada por Ferdinand de Saussure (1857-1913)
no livro Curso de linguística geral (1916).
• A ideia só ganhou destaque anos mais tarde, com
Noam Chomsky.
• Saussure considerava a língua um sistema de signos,
uma entidade bifacial que compreendia um
significante e um significado definidos em termos
psicológicos.
Teoria de signos
• O signo linguístico é uma realidade percebida
pelos sentidos humanos, que se refere a uma
realidade que não está presente. Este sinal é
composto de um significante, significado e
referente, entre as quais existe uma relação
inseparável.(Ex.: uma bicicleta)
Teoria de signo
• Língua (Langue): é o sistema de uma língua, a língua
como sistema de forma social.
• Fala (parole): é a fala real, os actos de fala individual.
• Assim, o signo é uma unidade psíquica, abstracta e
com duas faces: significado (conceito) e o significante
(imagem acústica, memória do som na mente do
falante). Estes dois elementos, o significante e o
significado, estão intimamente unidos e são regidos
por dois princípios: a linearidade e a arbitrariedade.
Teoria de signo
• A linearidade significa que o discurso se
organiza em linha recta, respeitando uma
ordem, pois não há como se pronunciar dois
sons ao mesmo tempo.
• A arbitrariedade diz respeito à conexão de
uma ideia a um nome.
Teoria de signo
Outras importantes oposições da linguagem
• Sincronia: funcionamento da língua em um dado
período do tempo.
• Diacronia: estudo histórico, através do tempo.
• Sintagma: combinação de formas mínimas numa
unidade linguística superior, que surge a partir da
linearidade do signo.
• Paradigma: banco de reservas da língua fazendo
com que suas unidades se oponham, pois uma
exclui a outra.
SIGNO LINGUÍSTICA
• A linguagem não uma nomenclatura, seus conceitos não são
preexistentes, mas conceitos mutáveis e contingentes que
variam de um estado de uma língua para outra.
• Como a relação entre significante e significado é arbitrária,
não há nenhuma razão para um conceito, em vez de outro,
ser ligado a determinado significante.
• O significado associado a um significante pode tomar
qualquer forma.
• Relações associativas: Paradigmáticas (substituição:
paradigma)
• Relações sequenciais: Sintagmáticas (Combinação: Sintagma)
7. Teoria Psicanalítica
Linguagem e Psicanálise
• “O inconsciente é estruturado como uma linguagem.”(Jacques Lacan).

• A linguagem humana e o termo entre o eu e o


outro. Entre o sujeito que fala e seu ouvinte
existe um anteparo, uma protecção, uma
espécie de muralha que se ergue, mesmo
quando há silêncio. Entre dois seres humanos
existe sempre a muralha da linguagem
(LONGO, 2006, p. 7).
Linguagem e psicanálise.
• Lacan, ao fazer uma releitura da obra de
Freud, concebe um inconsciente estruturado
pela linguagem e propõe uma supremacia do
significante sobre o significado.
Metáfora e Metonímia
• Lacan, ao conceber um inconsciente estruturado
pela linguagem, propõe duas leis de funcionamento
para este: a metáfora e a metonímia. A metáfora
seria o equivalente a condensação freudiana, e a
metonímia, ao deslocamento.
• A formação de uma metáfora consiste na
superposição de um significante por outro, tendo em
vista algum tipo de ligação entre o que os dois
termos designam.
• Ex.: Amor é um fogo que arde sem ver. (Camões)
Metáfora e Metonímia
• A metonímia é uma figura de linguagem que
consiste na substituição de um termo por outro,
com o qual possua algum tipo de ligação.
• Ex.: Dá-me um copo bem gelado!
• A aproximação da psicanálise com a linguística
parece ficar cada vez mais clara na medida em que
percebemos na linguagem a possibilidade de jogar
com a palavra, onde o inconsciente fala o tempo
todo e o discurso é sempre o discurso do outro.

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