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DESENVOLVIMENTO DA

PERSONALIDADE

CINCO FASES UNIVERSAIS


DO DESENVOLVIMENTODA
P E R S O N A L I D A D E
ÍNDICE
Capítulo 1 DESENVOLVIMENTO 01

03
Capítulo 2 FREUD É FORTEMENTE CRITICADO
05
Capítulo 3 O PROBLEMA DA FRUSTAÇÃO
06
Capítulo 4 AS 5 FASE S - REFORÇO TEMÁTICO;
12
Capítulo 1

DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE

Os conhecimentos de Freud, o desenvolvimento da personalidade


sobre a influência da infância, as fases universais do desenvolvimento

Um dos maiores conhecimentos que Freud trouxe à psicologia foi


quando mencionou que a experiência da infância tem uma forte
influência sobre a personalidade adulta. “O desenvolvimento da
personalidade envolve uma série de conflitos entre o indivíduo,
que quer satisfazer os seus impulsos instintivos, e o mundo social
(principalmente a família), que restringe este desejo.”

1
Capítulo 1
O nascimento aos doze meses de vida!
Existem cinco fases universais do desenvolvimento
que são chamadas de fases psicossexuais.

Freud acreditava que a personalidade estaria


essencialmente formada ao fim da terceira fase,
por volta dos cinco anos de idade, quando o
indivíduo possivelmente já desenvolveu as
estratégias fundamentais para a expressão dos
seus impulsos, estratégias essas que estabelecem
o núcleo da personalidade.

Na fase oral, o desenvolvimento ocorre desde o


nascimento aos doze meses de vida. Nesta fase a
zona de erotização é a boca, as atividades
prazerosas são em torno da alimentação (sucção).

Quando o bebê aprende a associar a presença da


mãe à satisfação da pulsão da fome, a mãe vem a
ser um objeto à parte, ou seja, o bebê começa a
diferenciar entre si próprio e os outros.

Uma fixação nessa fase provoca o


desenvolvimento de um tipo de personalidade
de caráter oral, do qual os traços fundamentais
são o otimismo, a passividade e a dependência.

Para Freud, os transtornos alimentares


poderiam se dar às dificuldades na fase oral.

A fase anal ocorre durante o segundo e o


terceiro ano de vida, onde o prazer está no ânus.
Nessa fase a criança tem o desejo de controlar os
movimentos esfincterianos e começa também a
entrar em conflito com a exigência social de
adquirir hábitos de higiene. Uma fixação nessa
fase pode causar conflitos para o resto da vida em
torno de questões de controle, de guardar para si
ou entregar.

A O caráter anal é caracterizado por três traços que


são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia.

2
Capítulo 2
Na fase fálica que ocorre dos três aos cinco
anos, a área erógena fundamental do corpo é a
zona genital. Freud sustenta que nessa fase o pênis
é o órgão mais importante para o
desenvolvimento, tanto dos homens quanto das
mulheres, por isso Freud é fortemente criticado e
acusado de ser falocêntrico.

O desejo de prazer sexual expressa-se por meio da


masturbação, acompanhada de importantes
fantasias.

Nessa fase fálica também ocorre o complexo de


Édipo, que consiste no menino desejar a própria
mãe, mas por medo da castração abandona esse
desejo, igualmente ocorre com a menina mudando
apenas os papéis, onde o pai seria o seu objeto de
desejo.

Uma não resolução nessa fase pode ser


considerada como a causa de grande parte
das neuroses.

A psicanálise certifica que a fixação na fase fálica


tem como conseqüência dificuldades na formação
do superego (regras sociais), na identidade do
papel sexual e até mesmo na sexualidade,
envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual
e homossexualismo.

Dificuldades como a identificação de papéis


sexuais podem derivar de dificuldades nesta fase.

Freud propôs que os homens homossexuais tem


uma forte angústia de castração, mas Freud é
novamente criticado por não levar em conta as
questões sociais que mudam de uma cultura para a
outra e que influenciam o desenvolvimento das
preferências sexuais.

Ele acreditava também que a tendência


homossexual poderia ser de caráter hereditário.

3
Capítulo 2

Freud declara que em grande parte a personalidade se forma durante


esses primeiros três estágios psicossexuais, quando são estabelecidos os
mecanismos essenciais do ego para lidar com os impulsos libidinais.

A fase de latência que ocorre desde os 5 anos e vai até a puberdade é


considerado um período de relativa calma na evolução sexual, sendo que
pouco é colocado por Freud com relação a tensão libidinal.

Na fase genital que tem início na puberdade, o indivíduo desenvolve a


capacidade de obter satisfação sexual com um parceiro do sexo oposto.

“O caráter genital é o ideal freudiano do desenvolvimento pleno, que se


desenvolve na ausência de fixações ou depois da sua resolução por meio
de uma psicanálise.”

(CLONINGER, 1999, p.63). Contudo, o indivíduo livre de conflitos pré-


edípicos significativos, aprecia uma sexualidade satisfatória preocupando-
se com a satisfação do companheiro sexual, evitando assim a manifestação
de um narcisismo egoísta. Assim sua energia psíquica sublimada fica
disponível para o trabalho, que é prazeroso.

CLONINGER, Susan C. Teorias da Personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.


4
Capítulo 3
O problema da frustração ou do excesso de cuidados

Algumas pessoas parecem não conseguir sair de um


estágio e prosseguir para o próximo.

VOCÊ JÁ REPAROU NISSO?

Uma razão para isso pode ser que as necessidades


do indivíduo em desenvolvimento em qualquer
estágio específico podem não ter sido
adequadamente atendidas, caso em que há
frustração.

Ou, possivelmente, as necessidades da pessoa


podem ter sido tão bem satisfeitas que relutam em
deixar os benefícios psicológicos de um estágio
específico em que há excesso de cuidados.

Geralmente isso ocorre na infância associado a


uma mãe tóxica, ou um pai castrador ou ausente.

Tanto a frustração quanto o excesso de indulgência


(ou qualquer combinação dos dois) podem levar ao
que os psicanalistas chamam de:
fixação em um estágio psicossexual particular.

TECNICAMENTE FALANDO, FIXAÇÃO É O


FENÔMENO EM QUE UMA PARTE DA LIBIDO
DO INDIVÍDUO FOI PERMANENTEMENTE
“INVESTIDA” EM UM ESTÁGIO ESPECÍFICO
DE SEU DESENVOLVIMENTO.

5
Capítulo 4
AQUI VAMOS REFORÇAR COM O RESUMO DOS ESTÁGIOS
PSICOSSEXUAIS, AS 5 FASES QUE FREUD PROPÔS.

FASE ORAL - (NASCIMENTO ATÉ 1 ANO);

No primeiro estágio do desenvolvimento da


personalidade, a libido é centrada na boca do
bebê.

Ele fica muito satisfeito ao colocar todo tipo de


coisa em sua boca para satisfazer a libido.

Isso significa que nesta fase da vida, seus prazeres


são orais ou orientados para a boca, como sucção,
mordida e amamentação.

Como vimos, Freud disse que a frustração em obter


esta satisfação, ou a estimulação oral exagerada
pode levar a uma fixação oral mais tarde na vida.

As pessoas que podem ter esta “personalidade


oral” seriam os fumantes, os roedores de unhas
e chupadores de polegar. Estas pessoas se
envolvem em tais comportamentos orais,
principalmente quando estão sob estresse.

Obviamente, nem todos que têm este tipo de


comportamento são “personalidades orais”. Como
o próprio Freud disse quando indagado se seu
hábito de fumar charutos era uma atividade
simbólica:

ÀS VEZES UM CHARUTO É APENAS UM CHARUTO.


-Sigmund Freud-

6
Capítulo 4
FASE ANAL - (1 A 3 ANOS);

Segundo Freud, nesta fase a libido se concentra no


ânus, e a criança sente grande prazer em defecar.

(Pois é… concordo que é um pouco estranho


pensar dessa forma, mas é assim que a psicanálise
entende o desenvolvimento psicossexual.)

A criança agora está plenamente consciente de que


é uma pessoa por si só, e que seus desejos podem
colocá-la em conflito com as demandas do mundo
exterior (ou seja, seu ego se desenvolveu).

Freud acreditava que esse tipo de conflito tende a


surgir no treinamento do uso do vaso sanitário, no
qual os adultos impõem restrições sobre quando e
onde a criança pode defecar.

A natureza desse primeiro conflito com a


autoridade pode determinar o futuro
relacionamento da criança com todas as formas
de autoridade.

O treinamento precoce ou rigoroso com o vaso


sanitário pode levar a criança a se tornar uma
personalidade anal-retentiva.

Este tipo de personalidade é a que odeia a


bagunça, é obsessivamente arrumada,
pontual e respeitosa da autoridade. Eles
podem ser teimosos e rígidos no trato com
o dinheiro e suas posses.

Tudo isso está relacionado ao prazer de segurar as


fezes quando crianças.

A mãe então insiste que a criança se livre dessas


fezes de modo adequado, colocando-a no vaso
sanitário até que se aliviem!

Perceba que este conceito não é tão tolo quanto parece.

7
FASE ANAL - (1 A 3 ANOS);

Capítulo 4

A personalidade anal-expulsiva, por outro lado, passou por um regime


liberal de treinamento do banheiro durante o estágio anal.

Na idade adulta, o anal expulsivo é a pessoa que deseja compartilhar as


coisas com você.

Eles gostam de doar coisas. Em essência, eles não estão retendo de si,
mas expulsando e ‘compartilhando’ de si com o mundo.

Interessante notar que, se essa liberalidade for demasiada, esta pessoa


anal-expulsiva pode se tornar confusa, desorganizada e rebelde.

8
Capítulo 4
FASE FÁLICA - (3 A 6 ANOS);

A sensibilidade agora na fase fálica se concentra


nos órgãos genitais, e a masturbação (em ambos
os sexos) se torna uma nova fonte de prazer.

A criança toma consciência das diferenças


anatômicas sexuais, que desencadeiam o conflito
entre atração erótica, ressentimento, rivalidade,
ciúme e medo.

Freud chamou isso de complexo de Édipo nos


meninos, e complexo de Electra nas meninas.

Esse conflito é resolvido através do processo de


identificação, no qual a criança adota as
características dos pais do mesmo sexo.

EXPLICANDO O COMPLEXO DE ÉDIPO:

O nome do complexo de Édipo deriva do mito grego


em que Édipo, um jovem, mata seu pai e se casa
com sua mãe. Forte não?

Ao descobrir isso, ele abre os olhos e fica cego. Este


Édipo é o termo genérico (isto é, geral) para os
complexos Édipo e Electra.

No menino, o conflito de Édipo surge porque ele


desenvolve desejos sexuais (agradáveis) para com
sua mãe.

Ele quer “possuir” sua mãe exclusivamente. Para


isso, ele deseja (irracionalmente) se livrar do pai
para que possa atender a esse desejo.

9
Capítulo 4

O garoto então (inconscientemente) entende que,


se o pai descobrisse tudo isso, o pai levaria o que
mais ama. Durante a fase fálica, o que o garoto mais
ama é o pênis.

O Portanto, o menino desenvolve ansiedade de


castração.

O menino então decide resolver esse problema


imitando, copiando e participando de
comportamentos masculinos do pai.

Isso se chama identificação, e é assim que o menino


de três a cinco anos resolve seu complexo de Édipo.

Identificação significa adotar internamente os


valores, atitudes e comportamentos de outra
pessoa.

A conseqüência disso é que o menino assume o


papel de gênero masculino e adota um ideal e
valores do ego que se tornam o superego.

Freud ofereceu o estudo de caso Little Hans como


evidência do complexo de Édipo.

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Capítulo 4
SOBRE O COMPLEXO DE ELECTRA;

No passado, foi usado o termo “complexo de Electra” para se referir ao


complexo de Édipo feminino, porém esse termo caiu em desuso.

O Complexo de Édipo é o nome do conflito tanto para meninos como para


meninas, que funcionaria de forma análoga em relação ao progenitor com
o mesmo sexo da menina, ou seja, sua mãe.

Resumidamente, a menina deseja o pai, mas percebe que ela não tem um
pênis. Isso, segundo esta teoria, leva ao desenvolvimento da inveja do
pênis e ao desejo de ser menino.

A menina resolve isso reprimindo seu desejo por seu pai e substituindo o
desejo por um pênis pelo desejo por um bebê. A menina
(inconscientemente) culpa a mãe por seu “estado castrado”, e isso cria
uma grande tensão.

A menina então reprime seus sentimentos (para remover a tensão) e se


identifica com a mãe para assumir o papel de gênero feminino

8
Capítulo 4
FASE DE LATÊNCIA - (6 ANOS À PUBERDADE);

Latente significa “oculto”. Isso significa que nesta


fase não há mais desenvolvimento psicossexual.

A LIBIDO ESTÁ ADORMECIDA.

Freud pensou que a maioria dos impulsos sexuais é


reprimida durante o estágio latente. Assim, a
energia sexual é sublimada.

Isso quer dizer que grande parte da energia da


criança é canalizada para o desenvolvimento de
novas habilidades e a aquisição de novos
conhecimentos.

E nesta fase, as brincadeiras são feitas em sua


maioria com outras crianças do mesmo sexo.

11
Capítulo 4
FASE GENITAL - (PUBERDADE PARA ADULTO);

Este é a última fase da teoria do desenvolvimento


psicossexual de Freud e começa na puberdade.

É um momento de experimentação sexual


adolescente, cuja resolução bem-sucedida é
estabelecer um relacionamento amoroso com outra
pessoa nos nossos 20 anos.

O instinto sexual é direcionado ao prazer obtido


através do outro, ao invés do prazer próprio, como
no estágio fálico.

Para Freud, a saída apropriada do instinto sexual em


adultos era por meio de relações amorosas.

Fixação e conflito podem impedir isso, tendo


como conseqüência as perversões sexuais.

Por exemplo, a fixação no estágio oral pode resultar


em uma pessoa obtendo prazer sexual
principalmente por beijos e sexo oral, em vez de
relações sexuais.

Na época, as idéias de Freud foram recebidas com


críticas. E hoje não é diferente. Isso em parte é por
causa de seu foco na sexualidade como o principal
motor do desenvolvimento da personalidade
humana.

Carl Gustav Jung, por exemplo, utilizou o conceito de


libido de Freud para a sua teoria (a Psicologia
Analítica), porém expandiu esse conceito para além
da sexualidade, atrelando-o à ideia de energia
psíquica de dimensões artísticas ou espirituais,
por exemplo.

12
Segundo Freud, nossa personalidade se desenvolve
durante a infância e é moldada pelas cinco fases, que
ele chamou de teoria do desenvolvimento psicossexual.

O importante é entendermos que cada teoria psicológica tem, a seu


modo, uma forma de olhar para os mesmos conflitos e comportamentos
humanos, e que podemos – com o devido cuidado epistemológico –
ter uma visão cada vez mais rica do desenvolvimento humano.

DESENVOLVIMENTO DA

PERSONALIDADE

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