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RESUMO:
Sigmund Freud, o pai da psicanálise e uma das principais mentes científicas da sua época,
originalmente, utilizou a hipnose com seus pacientes de neurose e histeria, incentivando-os a
falar sobre aquilo o que lhes viesse à mente. Na análise das histéricas Freud verificou uma
série de traumas relacionados a lembranças sexuais, então passou a buscar respostas mais
profundas no campo da sexualidade, nesse contexto verificou que a infância possuía grande
influência na formação da personalidade. A partir daí, inclinou-se a estudar o que chamou de
Desenvolvimento Psicossexual, na busca de entender os aspectos sexuais da infância. A teoria
do desenvolvimento psicossexual de Freud é uma das mais conhecidas na psicologia. Afirma
que a personalidade de um indivíduo é estabelecida já na idade de 6 anos e que, quando uma
sequência predeterminada de fases é concluída com sucesso, o resultado seria uma
personalidade saudável e madura, enquanto o fracasso levaria a uma personalidade doentia.
Freud acreditava que as fases em sequência eram baseadas em zonas erógenas. Dividiu o
desenvolvimento em fases e as nomeou: fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência e
fase genital. É de fundamental importância que os cuidadores conheçam as fases do
desenvolvimento psicossexual na infância, dessa forma favorecendo um ambiente saudável
para o desenvolvimento de forma adequada promovendo o bem-estar emocional e sexual da
criança.
Introdução:
Sigmund Freud, pai da psicanálise, criou a teoria do desenvolvimento da
personalidade humana, composta por cinco fases psicossexuais: oral, anal, fálico, latência e
genital. Segundo Freud, nossa personalidade se desenvolve durante a infância e é moldada
pelas cinco fases, que ele chamou de teoria do desenvolvimento psicossexual.
Objetivo:
O objetivo deste estudo é fornecer uma visão resumida sobre a teoria do
desenvolvimento psicossexual, segundo Sigmund Freud, e sobre as fases do desenvolvimento
psicossexual na infância e qual a importância desse conhecimento aos cuidadores, como
promoção do desenvolvimento saudável.
Metodologia:
Este estudo baseia-se em uma revisão da literatura psicanalítica, incluindo as obras e
fundamentos psicanalíticos, teorias, técnicas clínicas originais de Freud e interpretações
contemporâneas de sua teoria. Foram examinados textos acadêmicos, artigos, livros e sites
que abordam os principais temas da psicanálise freudiana, sua teoria do desenvolvimento
psicossexual e respectivamente as cinco principais fases.
Resultados:
“Que a paciente de Breuer, Anna O., chamou de ‘cura pela fala"'.(KLEINMAN, 2020,
p.22).
O relacionamento com Breuer foi extremamente importante para o desenvolvimento
do trabalho de Freud, que escreveu estudos sobre a histeria em coautoria com Breuer e, em
seguida, viajou para Paris para aprender mais sobre hipnose com o renomado neurologista
francês Jean-Martin Charcot. Em 1886, Freud voltou a Viena e começou a atender em um
consultório particular. Originalmente, utilizou a hipnose com seus pacientes de neurose e
histeria, incentivando-os a falar sobre aquilo o que lhes viesse à mente, método conhecido
como “associação livre". (FREUD, 1900, p. 540). Dessa forma, Freud acreditava que
conseguiria analisar o que foi dito e determinar qual acontecimento traumático do passado era
responsável pelo sofrimento atual do paciente. Na análise das histéricas Freud verificou uma
série de traumas relacionados a lembranças sexuais, foi quando passou a buscar respostas
mais profundas no campo da sexualidade, nesse contexto verificou que a infância possuía
fundamental influência na formação da personalidade. A partir de então, Freud inclinou-se a
estudar o que chamou de Desenvolvimento Psicossexual, na buscar entender os aspectos
sexuais da infância.
“Freud nunca realizou análise em crianças, seus estudos foram baseados na aplicação
dos métodos psicanalíticos como a regressão, análise e escuta nos seus pacientes, e a
observação de seus filhos e netos”. (SÉDAT, 2006, n.p.).
A teoria do desenvolvimento psicossexual de Freud é uma das mais conhecidas na
psicologia. Freud acreditava que a personalidade de um indivíduo é estabelecida já na idade
de 6 anos e que, quando uma sequência predeterminada de fases é concluída com sucesso, o
resultado seria uma personalidade saudável e madura, enquanto o fracasso levaria a uma
personalidade doentia. Freud acreditava que as fases em sequência eram baseadas em zonas
erógenas.
“As zonas erógenas são áreas do corpo que, devido à alta concentração de terminações
nervosas sensíveis ao prazer, são especialmente propensas a gerar sensações eróticas e
excitação sexual”. (MASTERS et al., 1966, p. 68).
O fracasso na conclusão de uma fase deixaria a criança com fixação nessa zona
erógena. Isso levaria a pessoa ao excesso ou à falta de gratificação quando atingisse a idade
adulta. Fase oral (do nascimento até 18 meses) nessa fase a criança está voltada para prazeres
orais, como chupar, pois, eles criam uma sensação de conforto e confiança. Se houver pouca
gratificação ou gratificação demais nessa fase, a criança desenvolverá uma personalidade oral
ou fixação oral e ficará inquieto com comportamentos orais. De acordo com Freud, as pessoas
com esse tipo de personalidade são mais propensas a roer as unhas, fumar, beber ou comer
demais, e serão ingênuos, dependerão de outras pessoas e sempre serão seguidores. Fase anal
(18 meses a 3 anos) durante essa fase, o foco principal de uma criança volta-se para o controle
da bexiga e do intestino, e ela obtém prazer por controlar essas atividades. Freud acreditava
que o sucesso nessa fase seria alcançado se os pais fizessem elogios e recompensas durante o
uso do banheiro, deixando o filho sentir-se capaz e produtivo — esse comportamento levaria a
criança a ter uma personalidade competente e criativa na vida. Se os cuidadores fossem
negligentes demais com o filho durante o treinamento do uso do banheiro, ele acreditava que
isso poderia levar a uma personalidade anal-expulsiva e que a criança seria destrutiva, confusa
e desperdiçadora. Se os pais adotassem uma abordagem muito rígida, ou forçassem muito
cedo o treinamento do uso do banheiro, isso poderia levar a uma personalidade anal-retentiva,
e a criança desenvolveria uma obsessão com a perfeição, limpeza e controle. Fase fálica (3 a
6 anos) nessa fase, Freud acreditava que as zonas de prazer se voltavam para os órgãos
genitais, dando origem a uma de suas ideias mais famosas, a do complexo de Édipo. Freud
acreditava que nessa fase um menino desenvolve inconscientemente um desejo sexual pela
mãe, vê o pai como um competidor pelo carinho dela e deseja substituí-lo. Além disso, o
menino desenvolve uma ansiedade de castração quando começa a ver o pai como alguém que
está tentando puni-lo por seus sentimentos edipianos. Em vez de brigar com o pai, porém, o
menino se identifica com ele em um esforço para, indiretamente, possuir a mãe. Freud
acreditava que a fixação nessa fase poderia levar a desvios sexuais e tornar a pessoa confusa
ou com uma fraca identidade sexual. Período de latência (6 anos até a puberdade) nessa fase,
os impulsos sexuais são reprimidos e a energia sexual da criança é dirigida a outras trocas,
como as interações sociais e as atividades intelectuais. Durante essa fase, elas brincam
principalmente com crianças do mesmo sexo, não ocorrendo desenvolvimento psicossexual
ou fixação. Fase genital (da puberdade até a idade adulta) A última fase no modelo de Freud
envolve o despertar dos impulsos sexuais e um interesse sexual no sexo oposto. Se todas as
fases anteriores foram concluídas com êxito, a pessoa será atenciosa e bem equilibrada, e o
prazer estará centrado nos genitais. Se houver fixação nessa fase, o indivíduo pode ter
perversões sexuais. Naturalmente, a teoria de Freud tem seus críticos. Ele centrou-se quase
exclusivamente no desenvolvimento do sexo masculino. Sua pesquisa não se baseou no
comportamento das crianças, e sim naquilo que lhe contaram seus pacientes adultos.
Conclusão:
REFERÊNCIAS:
KLEINMAN, Paul. Tudo que você precisa saber sobre Psicologia. São Paulo: Editora
Exemplo, 2020.
FREUD, SIGMUND. A interpretação dos sonhos. Tradução de Renato Zwick. São Paulo:
Companhia das Letras, 2010.
MASTERS, William H.; JOHNSON, Virginia E. Human Sexual Response. Little, Brown
and Company, 1966.
FREUD, Sigmund. (1905) Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Rio de Janeiro:
Imago, 1977.
Almeida, Marina S.R. Freud e a teoria da sexualidade. Instituto inclusão Brasil. Disponível
em https://institutoinclusaobrasil.com.br/freud-e-teoria-da-sexualidade/. Acesso em 26 mar
2024.