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PSICANÁLISE
GLEYSER TURATTI
Votuporanga
2021
FASES PSICOXESSUAIS FREUDIANAS
Declaro que sou autor deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído,
seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas
consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados
resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste
trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos
direitos autorais.
1 DESENVOLVIMENTO
Logo cedo, ainda aos três anos, a criança entra na fase fálica, que é
caracterizada por focalizar as áreas genitais do corpo. Freud afirmava que essa
fase é melhor caracterizada por “fálica” uma vez que é o período em que uma
criança compreende que tem um pênis ou da falta de um. É a primeira fase em
que as crianças se tornam conscientes que existem as diferenças sexuais.
O sentimento de desejo de ter um pênis e a aparente descoberta de que
lhe falta “algo” constituem um momento crítico no desenvolvimento feminino,
daí partem três linhas de desenvolvimento possíveis: uma conduz à inibição
sexual ou à neurose, outra à modificação do caráter no sentido de um
complexo de masculinidade e a terceira, à feminilidade normal (FADIMAN,
1986).
Algumas diferenças psicológicas que se processam entre o sexo
masculino e feminino fundamentam-se na divergência dos complexos de Édipo,
pois, enquanto que na menina o complexo é ínfimo, no menino aparece de
forma mais coarctada (AGUIAR; FARIAS e NANTES, 2015). De acordo com o
relato das autoras, o complexo de Édipo é o principal marco dessa fase;
afirmam que o fenômeno se estrutura a partir das práticas masturbatórias
decorrentes de fantasias eróticas que a criança desenvolve em sua vida: o
objeto de excitação é, em geral, um dos pais. Complementam a sua descrição
acentuando as caracterizações deste portento: o desejo do menino é
canalizado para a figura materna e o da menina à efígie paterna, com isso
dá-se a aspiração de ambos em retirar do seu caminho todo o protagonismo
que lhes ajuízam emulação. Descrevem também que o próprio Freud chegou a
reconhecer o complexo de Édipo como uma de suas maiores conquistas no
estudo da sexualidade.
Freud se esforçou para compreender as tensões que uma criança
vivencia quando sente excitação “sexual”, isto é, o prazer a partir da
estimulação de áreas genitais. Na mente da criança, esta excitação está ligada,
à presença física próxima de seus pais. O desejo deste contato torna-se cada
vez mais difícil de ser satisfeito, ela batalha pela intimidade que seus pais
compartilham entre si. Esta fase caracteriza-se pelo desejo que a criança sente
de ir para a cama de seus pais e pelo ciúme da atenção que seus pais dão um
ao outro, ao invés de dá-la à criança (FADIMAN, 1986).
Esta fase ocorre com o início da puberdade, se caracteriza por mais uma
vez volta a sua energia sexual para seus órgãos genitais, nesta fase deve ser
liquidado o complexo de Édipo para uma sexualidade equilibrada e uma vida
psíquica saudável possam ser constituídas.
É, portanto, a última fase do desenvolvimento biológico e psicológico
que ocorre com o início da puberdade e com o consequente retorno da energia
libidinal para os órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas já estão
ambos conscientes de suas identidades sexuais diferentes e começam a
buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais
(FADIMAN, 1986).
Segundo Zimerman (1999) a representação cronológica da latência é
marcada pelo período estabelecido entre os 6 aos 12 anos de idade. O autor
também afirma que, nesta fase, emerge, sistematicamente, duas
características distintas: a repressão da sexualidade infantil e a estruturação de
um reforço das aquisições do ego; esclarece ainda que, da combinação desses
dois elementos resulta a sublimação das pulsões sexuais, que, por sua vez, é
canalizada para o desenvolvimento moral, social e intelectual da criança. Deste
modo conclui-se que é neste interim que se regula a construção do caráter.
3 CONCLUSÃO
Com o findar deste trabalho, com base na breve exposição das etapas
iniciais do desenvolvimento psicossexual foi possível perceber que a
sexualidade infantil, é mais do que um estudo sobre a genitalidade ou
distúrbios sexuais, pois envolve a compreensão do ser humano nas raízes de
sua personalidade. Personalidade que é fruto de experiências bem conduzidas
na infância ou da repressão e fixação de algumas das fases, que determina
muitos atos e manias que expressamos em nosso cotidiano. São reflexos
inconscientes de alguma fase que não foi bem vivida e que geraram em nós
sentimentos que foram se acumulando.
Este artigo se propõe investigar a relação do caráter do adulto com
possíveis fixações as fases sexuais não elaboradas que tende à agir de
maneira estereotipada. Fixação e regressão são fenômenos dinâmicos e
relacionados. Frente a uma dificuldade atual de lidar com uma situação de vida,
o sujeito regride até seu ponto de fixação, passando a utilizar os mecanismos
de defesa próprios da época. Traços de ganância ou independência se devem
a conflitos não superados na fase oral, enquanto o excesso de ordem,
parcimônia e obstinação são traços característicos de fixação na fase anal. Já
a fixação a fase fálica poderia ser representar pelo movimento de poder ou
submissão para com o objeto de desejo.
Compreender e saber detectar os característicos elementos de cada
fase do desenvolvimento psicossexual ajuda a conduzir bem as crianças
durante o seu desenvolvimento para que cresçam com mais saúde mental, de
forma que possa contribuir para relações mais sadias.
4 REFERÊNCIAS