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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO CATOLICO DE BENGUELA

TRABALHO INVESTIGATIVO DE PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

TEMA:

Psicologia Do Desenvolvimento Segundo Segmund Freud

Elaborado pelo grupo n⁰2

 1 ano
 Turma B-3 sala de conferência
 Período: Tarde
 Especialidade: Psicologia

DOCENTE

____________________

BENGUELA/2023

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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO CATÓLICO

TRABALHO INVESTIGATIVO DE PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

TEMA:

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO SEGUNDO SEGMUND FREUD

Elementos do grupo:

 António Ngangawe Jamba


 Claudimila Lidjiane Calei Tonito
 Delfina Mendes Cambengala
 Eduardo Tchinesi
 Jorge João Missão
 Maria Esperança Kapawa
 Miriam Odete Pires De Sousa
 Rosalina Keisaque Fundanga
 Verónica Domingas Kwamboka
 Zeferino Kalumbo

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AGRADECIMENTO

3
DEDICATÓRIA

4
ÍNDICE GERAL

5
INTRODUÇÃO
Neste trabalho iremos abordar os aspectos relacionados com a psicanálise ou
ainda se pode dizer a teoria do desenvolvimento psicossexual de Segmund
Freud apresentando de forma simples, objetiva concreta e completa.
Partindo deste pressuposto começamos por definir psicanálise como uma linha
teórica de investigação e explicação da psique humana. E também podemos
entende-la como um campo clínico de atuação.
A psicanálise começou com o médico neurologista e psiquiatra Sigmund Freud
(1856-1939).
Psicossexual o que é relacionado a aspectos psicológicos e sexuais.
Visto que o sexo é visto como tabu em muitas comunidades, as propostas de
Freud foram alvo de polêmicas e controvérsias. Contudo, uma coisa é certa:
seus levantamentos abriram portas para muitos estudiosos desenvolverem
novas e úteis teorias. Assim, foi e é possível compreender de maneira mais
global a psicanálise.
Nesse contexto, conheça mais sobre desenvolvimento psicossexual, um dos
estudos mais marcantes da psicanálise.

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1. MOTIVOS QUE LEVARAM FREUD A CRIAÇÃO DA
TEORIA PSICOSSEXUAL

A sexualidade é uma dimensão humana essencial, e deve ser entendida na


totalidade dos seus sentidos como tema e área de conhecimento. O primeiro
teórico a falar sobre a sexualidade infantil foi Sigmund Freud.
Freud (2006) desenvolveu a teoria da sexualidade infantil, durante tratamentos
clínicos em seu consultório, nos quais observou transtornos psicológicos
apresentados por seus pacientes já adultos. Ele buscava tratar os distúrbios de
histeria. Neste sentido, pode-se perceber que a criança não foi o ponto de
partida, nem tão pouco o desejo de estudo de Freud (1905), mas a busca por
solucionar os problemas emocionais apresentados por seus pacientes.
Nos dias atuais, a sexualidade, se configura como uma área de estudos e
pesquisas. De acordo com Freud (2006) a sexualidade nos acompanha desde
o nascimento até a morte. Ao publicar seu primeiro estudo sobre a sexualidade
infantil, Freud (2006) chocou a sociedade de sua época, que possuía uma ideia
de não existência de sexualidade nesta faixa etária. Neste trabalho, o fundador
da psicanálise expõe que desde seu nascimento, o indivíduo é dotado de afeto,
desejo e conflitos.
A fim de entender sobre sexualidade infantil torna-se importante primeiramente
compreender a diferença existente entre “sexo” e “sexualidade”. Enquanto o
Sexo é entendido a partir do biológico, remetendo-se a ideia de gênero,
feminino e masculino, a sexualidade vai além das partes do corpo,
constituindo-se como uma característica que está estabelecida e está presente
na cultura e história do homem.
Neurose: doença nervosa causada por trauma. Segundo Freud: uma afecção
ligada a um conflito psíquico inconsciente de origem infantil e dotada de uma
causa sexual. Ela resulta de um mecanismo de defesa contra a angústia e de
uma formação de compromisso entre essa defesa e a possível realização do
desejo.
Segundo o autor, é durante a infância que ocorre o surgimento de transtornos
emocionais, que ao serem internalizados evoluem trazendo à tona diversos
tipos de neuroses que surgem, normalmente na fase adulta. Desta forma, para
Freud (2006), o grande erro dos estudiosos da teoria clássica é que não
buscam compreender os problemas que o indivíduo carrega em seu ser, tendo
como ponto de partida a infância, mas conduzem suas investigações tendo por
base a hereditariedade.
Observa-se atualmente uma escassez de estudos voltados para o papel dos
pais na educação sexual das crianças desde a primeira infância, para que
estes possam chegar à adolescência seguros e conscientes de sua maturação
sexual e tendo consciência de sua sexualidade. O objetivo deste artigo e

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explanar sobre o desenvolvimento sexual segundo a vertente psicanalítica,
explicitando as fases psicossexuais proposta por Freud (2006), a saber: fase
oral, fase anal, fase fálica e fase genital. Entre a fase fálica e a genital, Freud
(2006) postula um período, denominado por ele de latência.
Cada estágio representa a fixação da libido (traduzida também como
“impulsos” ou “instintos sexuais”) em uma área diferente do corpo.
Libido (do latim, significando "anseio ou desejo") é caracterizada como
a energia aproveitável para os instintos de vida. De acordo com Freud, o ser
humano apresenta uma fonte de energia separada para cada um dos instintos
gerais.
"Sua produção, aumento ou diminuição, distribuição e deslocamento devem
propiciar-nos possibilidades de explicar os fenômenos psicossexuais
observados"
A libido apresenta uma característica importante que é a sua mobilidade, ou a
facilidade de alternar entre uma área de atenção para outra.
À medida que uma pessoa cresce fisicamente, certas áreas do corpo se tornam
importantes como fontes de uma frustração em potencial, fontes de prazer ou
fontes de ambas, tanto prazer como frustração.
Freud (1905) acreditava que a vida era construída em torno de tensão e prazer.
Ele também acreditava que toda a tensão se devia ao acúmulo de libido,
a energia sexual, e que todo o prazer vinha de sua descarga.
Ao descrever o desenvolvimento da personalidade humana como psicossexual,
Freud quis dizer que o que se desenvolve é a maneira pela qual a energia
sexual do id (a parte mais instintiva da mente) se acumula e é descarregada à
medida que amadurecemos biologicamente.
Freud usou o termo “sexual” de uma maneira muito geral para significar todas
as ações e pensamentos prazerosos.
Freud enfatizou que os primeiros cinco anos de vida são cruciais para a
formação da personalidade adulta.
O id deve ser controlado para satisfazer demandas sociais; isso cria um conflito
entre desejos frustrados e normas sociais.
O ego e o superego se desenvolvem para exercer esse controle e direcionar a
necessidade de gratificação para canais socialmente aceitáveis.
A gratificação se centra em diferentes áreas do corpo em diferentes estágios
de crescimento, tornando o conflito em cada estágio psicossexual.
O ID É a fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionado
aos instintos.É a primeira que aparece na nossa vida e que rege nosso
comportamento na primeira infância.

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O EGO É o aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos
instintos. À medida que crescemos e completamos 3 ou 4 anos, nosso conceito
de realidade e nossa necessidade de sobreviver no meio que nos cerca vão
aparecendo.
Assim, com o desenvolvimento desse “Ego” também aparece uma
necessidade: a de controlar a cada instante o “Id” ou a realização de ações
para satisfazer os impulsos de um modo aceitável e correto socialmente.
O SUPEREGO É o aspecto moral da personalidade, produto da internalização
dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade.
O superego surge a partir da socialização, da pressão dos nossos pais, dos
esquemas do contexto social que nos transmitem normas, padrões, guias de
comportamento.
Ele tem um fim último muito específico: zelar pelo cumprimento das regras
morais.

1.1. O papel do conflito no desenvolvimento


psicossexual
Cada um dos 5 estágios psicossexuais está associado a um conflito específico.
Esse conflito deve ser resolvido antes que o indivíduo possa avançar com êxito
para o próximo estágio.
A resolução de cada um desses conflitos requer o gasto de energia sexual e
quanto mais energia é gasta em um estágio específico, mais as características
importantes desse estágio permanecem com o indivíduo, à medida que ele
amadurece psicologicamente.
Analogia das tropas militares
Para explicar isso, Freud sugeriu a analogia das tropas militares na marcha.
À medida que as tropas avançam, elas são enfrentadas por oposição ou
conflito. Se eles tiverem grande sucesso em vencer a batalha (resolver o
conflito), a maioria das tropas (libido) poderá passar para a próxima batalha
(estágio).
Porém, quanto maior a dificuldade encontrada em qualquer ponto específico,
maior a necessidade de as tropas ficarem para trás para lutar e, portanto,
menos serão capazes de prosseguir para o próximo confronto.

1.2. O problema da frustração ou do excesso de


cuidados
Algumas pessoas parecem não conseguir sair de um estágio e prosseguir para
o próximo.

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Uma razão para isso pode ser que as necessidades do indivíduo em
desenvolvimento em qualquer estágio específico podem não ter sido
adequadamente atendidas, caso em que há frustração.
Ou, possivelmente, as necessidades da pessoa podem ter sido tão bem
satisfeitas que relutam em deixar os benefícios psicológicos de um estágio
específico em que há excesso de cuidados.
Geralmente isso ocorre na infância associado a uma mãe tóxica, ou um pai
castrador ou ausente.
Tanto a frustração quanto o excesso de indulgência (ou qualquer combinação
dos dois) podem levar ao que os psicanalistas chamam de fixação em um
estágio psicossexual particular.

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Fases do desenvolvimento psicossexual de Fre

Fase Oral
(Nascimento até 1 ano)
No primeiro estágio do desenvolvimento da personalidade, a libido é centrada
na boca do bebê.
Nos primeiros anos de vida que a criança tem suas mais puras reações.
Sabem expressar dor e alegria, demonstram amor, ciúmes e outros
sentimentos que vivenciam com muita intensidade. Desta forma se pode
observar que em nenhuma outra fase da vida a capacidade de recepção e
imitação é maior do que os anos da infância. O ser humano nasce sexuado e
desde bebê tem início seu auto-conhecimento, de forma natural e
espontaneamente, mas ele necessita da ajuda do meio em que se está inserido
para encontrar as respostas das questões que tanto lhe angustiam.
Segundo Freud (2006) a sexualidade é construída durante as primeiras
experiências afetivas do bebê. Quando nasce, a percepção do bebê é
sensorial, todo contato com seus pais ou cuidadores passa a compor as
primeiras sensações sexuais e será a base para a construção dos vínculos
afetivos e do desejo de aprender.
Essa construção ocorrerá por meio da energia afetiva, que levará o organismo
a perseguir seus objetivos.
Os lábios e a língua do bebê tornam-se zona erógena pela qual, ao sugar o
leite, a criança sente prazer em se alimentar e desta forma, a sensação
prazerosa fica associada à necessidade de alimento.
Ele fica muito satisfeito ao colocar todo tipo de coisa em sua boca para
satisfazer a libido.
Isso significa que nesta fase da vida, seus prazeres são orais ou orientados
para a boca, como sucção, mordida e amamentação.
Neste momento a energia libidinal, está organizada em torno da boca. Esta
fase
Freud (2006) denominou de “oral”, pois tudo que a criança pega leva a boca,
esta é o primeiro vínculo que a criança estabelece com o mundo. Ao
abandonar o seio da mãe e começas a sugar o dedo ou até mesmo a própria
língua ocorre o início da auto-erotização pela criança, quando se pode afirmar
uma sexualidade que se desvia do instinto.
Com o passar dos meses a necessidade da satisfação dissocia-se da
necessidade de se alimentar, nesta fase a criança busca em seu corpo uma
forma de encontrar o prazer antes sentido no seio de sua mãe. A criança passa

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a sugar parte de seu corpo, isso se torna mais cômodo dando a ela a sensação
de independência do mundo externo.
Assim sendo, para Freud (2006), o sugar que surge no lactente pode persistir
por toda a vida do indivíduo e consiste na repetição rítmica de sucção com a
boca e não tem nenhum propósito de nutrição. Nesse período qualquer parte
de seu corpo (parte dos lábios, língua, dedo das mãos ou dos pés, ou ponto da
pele) pode ser usado como objeto para sucção.
Em muitos casos o sugar com deleite combina-se com a fricção de alguma
parte sensível do corpo, como os seios ou as genitálias externas.
Desta forma, se pode notar que a pulsão não se dirige a outra pessoa, mas ao
próprio corpo, pois é auto-érotica, e o prazer é relembrado por meio de sucção
rítmica de alguma parte da pele ou da mucosa. Para Freud (2006) a pulsão é a
representação psíquica de uma fonte endossomática de estimulação que flui
segundo a estimulação produzida por excitações esporádicas e externas.
A criança sugadora busca em seu corpo alguma parte que estimulará
buscando produzir uma excitação prazerosa que depois, por hábito, se tornará
a preferida. Diversas crianças passam do sugar para a masturbação. As zonas
erógenas nem sempre proporcionam um generoso prazer. Assim sendo, a
criança passa a explorar seu corpo cada vez mais, e se depara com as regiões
excitáveis que são representadas por seus genitais e, saem da sucção para a
masturbação. Percebem-se portanto, bem visíveis as manifestações sexuais na
infância.
Como vimos, Freud disse que a frustração em obter esta satisfação, ou a
estimulação oral exagerada pode levar a uma fixação oral mais tarde na vida.
As pessoas que podem ter esta “personalidade oral” seriam os fumantes, os
roedores de unhas e chupadores de polegar. Estas pessoas se envolvem em
tais comportamentos orais, principalmente quando estão sob estresse.
Obviamente, nem todos que têm este tipo de comportamento são
“personalidades orais”. Como o próprio Freud disse quando indagado se seu
hábito de fumar charutos era uma atividade simbólica: Às vezes um charuto é
apenas um charuto.
Sigmund Freud

Fase Anal
(1 a 3 anos)
Segundo Freud, nesta fase a libido se concentra no ânus, e a criança sente
grande prazer em ddefecar.
A criança agora está plenamente consciente de que é uma pessoa por si só, e
que seus desejos podem colocá-la em conflito com as demandas do mundo
exterior (ou seja, seu ego se desenvolveu).

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Freud acreditava que esse tipo de conflito tende a surgir no treinamento do uso
do vaso sanitário, no qual os adultos impõem restrições sobre quando e onde a
criança pode defecar.
A natureza desse primeiro conflito com a autoridade pode determinar o futuro
relacionamento da criança com todas as formas de autoridade.
O treinamento precoce ou rigoroso com o vaso sanitário pode levar a criança a
se tornar uma personalidade anal-retentiva.
Este tipo de personalidade é a que odeia a bagunça, é obsessivamente
arrumada, pontual e respeitosa da autoridade. Eles podem ser teimosos e
rígidos no trato com o dinheiro e suas posses.
Tudo isso está relacionado ao prazer de segurar as fezes quando crianças. A
mãe então insiste que a criança se livre dessas fezes de modo adequado,
colocando-a no vaso sanitário até que se aliviem!
A personalidade anal-expulsiva, por outro lado, passou por um regime liberal
de treinamento do banheiro durante o estágio anal.
Na idade adulta, o anal expulsivo é a pessoa que deseja compartilhar as coisas
com você.
Eles gostam de doar coisas. Em essência, eles não estão retendo de si, mas
expulsando e ‘compartilhando’ de si com o mundo.
Interessante notar que, se essa liberalidade for demasiada, esta pessoa anal-
expulsiva pode se tornar confusa, desorganizada e rebelde.

Fase Fálica
(3 a 6 anos)
A sensibilidade agora na fase fálica se concentra nos órgãos genitais, e
a masturbação (em ambos os sexos) se torna uma nova fonte de prazer.
A masturbação (onanismo) que surge nesta fase é desencadeado buscando
eliminar o estímulo e provocar a satisfação.
A criança toma consciência das diferenças anatômicas sexuais, que
desencadeiam o conflito entre atração erótica, ressentimento, rivalidade, ciúme
e medo.
Freud chamou isso de complexo de Édipo nos meninos, e complexo de
Electra nas meninas.
Esse conflito é resolvido através do processo de identificação, no qual a
criança adota as características dos pais do mesmo sexo.

O Complexo de Édipo
O aspecto mais importante da fase fálica é o complexo de Édipo.

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Já vou avisando que essa é uma das idéias mais controversas de Freud e que
muitas pessoas rejeitam completamente.
O nome do complexo de Édipo deriva do mito grego em que Édipo, um jovem,
mata seu pai e se casa com sua mãe. Ao descobrir isso, ele abre os olhos e
fica cego. Este Édipo é o termo genérico (isto é, geral) para os complexos
Édipo e Electra.
No menino, o conflito de Édipo surge porque ele desenvolve desejos sexuais
(agradáveis) para com sua mãe. Ele quer “possuir” sua mãe exclusivamente.
Para isso, ele deseja (irracionalmente) se livrar do pai para que possa atender
a esse desejo.
O garoto então (inconscientemente) entende que, se o pai descobrisse tudo
isso, o pai levaria o que mais ama. Durante a fase fálica, o que o garoto mais
ama é o pênis.
Portanto, o menino desenvolve ansiedade de castração.
O menino então decide resolver esse problema imitando, copiando e
participando de comportamentos masculinos do pai. Isso se
chama identificação, e é assim que o menino de três a cinco anos resolve seu
complexo de Édipo.
Identificação significa adotar internamente os valores, atitudes e
comportamentos de outra pessoa.
A conseqüência disso é que o menino assume o papel de gênero masculino e
adota um ideal e valores do ego que se tornam o superego.
Freud ofereceu o estudo de caso Little Hans como evidência do complexo de
Édipo.

O Complexo de Electra
No passado, foi usado o termo “complexo de Electra” para se referir ao
complexo de Édipo feminino, porém esse termo caiu em desuso.
O Complexo de Édipo é o nome do conflito tanto para meninos como para
meninas, que funcionaria de forma análoga em relação ao progenitor com o
mesmo sexo da menina, ou seja, sua mãe.
Resumidamente, a menina deseja o pai, mas percebe que ela não tem um
pênis. Isso, segundo esta teoria, leva ao desenvolvimento da inveja do pênis e
ao desejo de ser menino.
A menina resolve isso reprimindo seu desejo por seu pai e substituindo o
desejo por um pênis pelo desejo por um bebê. A menina (inconscientemente)
culpa a mãe por seu “estado castrado”, e isso cria uma grande tensão.
A menina então reprime seus sentimentos (para remover a tensão) e se
identifica com a mãe para assumir o papel de gênero feminino.

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A criança é desprovida de vergonha e apresenta uma satisfação em se despir,
principalmente as partes sexuais. E é nesse período que surge a curiosidade
por ver os órgãos genitais de seus pares. Sobre o entusiasmo da sedução o
desejo de ver passa a apresentar grande importância na vida sexual da
criança. Nesta fase, as crianças começam a perceber as diferenças em termos
de gênero: masculino e feminino.
O recém nascido traz consigo traços sexuais que se desenvolvem por certo
tempo,mas logo sofre uma supressão progressiva que pode ser justificada pelo
desenvolvimento sexual ou por características individuais. Não se pode afirmar
o período certo em que ocorre essa supressão sexual, mas por volta dos três
ou quatro anos a criança costuma expressar de forma clara sua sexualidade.
De três a cinco anos, se pode observar o quanto a sexualidade está presente
na criança e é devido a este período que se inicia a atividade da busca do
saber ou de investigar.
De acordo com Freud:
Suas relações com a vida sexual entretanto, são particularmente significativas,
já que constatamos pela psicanálise que, na criança, a pulsão de saber é
atraída, de maneira insuspeitadamente precoce e inesperadamente intensa,
pelos problemas sexuais, e talvez seja até despertada por eles.
O sentimento de ameaça que ela sofre pela chegada de um bebê, o medo da
perda dos cuidados e do amor dos pais acaba por levar a criança a se tornar
reflexiva e observadora. O primeiro problema que a confronta não tem sua
origem nas questões das diferenças sexuais, mas sim no grande enigma; “de
onde vêm os bebês?”
Outro fator que a leva a reflexão é sua curiosidade pela forma que os bebês
nascem. São diversas as conclusões, chegam a acreditar que todas as
pessoas, homens ou mulheres, possam gerar uma criança em seu ventre, e
que isso pode ter acontecido devido à ingestão de algum tipo de alimento.
[...] eles sairiam do seio, ou se recortariam do ventre, ou o umbigo se abriria
para deixá-lo passar. [...] os filhos chegam quando se come determinada coisa
(como nos contos de fadas) e nascem pelo intestino, como na eliminação de
fezes.
Algumas crianças também trazem consigo a curiosidade de descobrir em que
consiste a relação sexual, ou seja, em que consiste ser casado e acabam por
relacionar a solução deste mistério a alguma atividade voltadas às funções de
micção ou defecação.

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Fase de latência
(6 anos à puberdade)
Latente significa “oculto”. Isso significa que nesta fase não há mais
desenvolvimento psicossexual.
A libido está adormecida.
Freud pensou que a maioria dos impulsos sexuais é reprimida durante o
estágio latente. Assim, a energia sexual é sublimada. Isso quer dizer que
grande parte da energia da criança é canalizada para o desenvolvimento de
novas habilidades e a aquisição de novos conhecimentos.
E nesta fase, as brincadeiras são feitas em sua maioria com outras crianças do
mesmo sexo.
Portanto, o Período da Latência pode se dar por completo ou parcialmente.
Nesse período o psicológico ganha mais força, podendo fazer com que mais
adiante no processo de desenvolvimento sexual da criança aconteçam
obstáculos a serem vencidos, pois é ai que aparecem as inibições sexuais, que
fazem com que nessa fase aconteça o desgosto, a moralidade, o pudor e o
desejo estético. É considerado que a infância acontece do nascimento da
criança até o Período da Latência, que pode ser tida como o intermédio da
infância com a puberdade

Fase genital
(puberdade para adulto)
Este é a última fase da teoria do desenvolvimento psicossexual de Freud e
começa na puberdade.
É um momento de experimentação sexual adolescente, cuja resolução bem-
sucedida é estabelecer um relacionamento amoroso com outra pessoa nos
nossos 20 anos.
O instinto sexual é direcionado ao prazer obtido através do outro, ao invés do
prazer próprio, como no estágio fálico.
Para Freud, a saída apropriada do instinto sexual em adultos era por meio de
relações amorosas. Fixação e conflito podem impedir isso, tendo como
conseqüência as perversões sexuais.
Por exemplo, a fixação no estágio oral pode resultar em uma pessoa obtendo
prazer sexual principalmente por beijos e sexo oral, em vez de relações
sexuais.
Na adolescência aparecem às primeiras manifestações de atração sexual a
outras pessoas, é maior a socialização do indivíduo, cresce o interesse
profissional, e também aparece a preparação para o casamento e para a

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constituição de família. Quando a adolescência chega ao fim, esses interesses
se tornam estáveis e é então que o indivíduo deixa para trás a ideia de criança
narcisista que só pensa nela mesma e passa a se tornar um adulto socializável,
que está preparado para enfrentar as realidades e obstáculos da vida adulta.
Mesmo com a chegada do período Genital, as fases que o indivíduo passou
anteriormente não são apagadas e nem substituídas, pois os mesmos se
juntam para formar os impulsos genitais. Como já citado, no período Genital a
pessoa está em momento de preparação para constituir uma família, sendo
que o principal exercício do Estágio Genital é a reprodução. Para que isso
aconteça o psicológico trabalha de uma forma que lhe dê segurança e
estabilidade para tal responsabilidade.
Assim, se o individuo passou por todas as fases de forma adequada, chegará
na última sabendo ter equilíbrio em diversas áreas da vida.

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CONCLUSÃO

Segundo Freud, nossa personalidade se desenvolve durante a infância e é


moldada pelas cinco fases, que ele chamou de teoria do desenvolvimento
psicossexual.
Durante cada fase, uma criança é confrontada com um conflito entre impulsos
biológicos e expectativas sociais. Se ela passar de forma bem-sucedida por
esses conflitos internos, acabará tendo domínio de cada estágio de
desenvolvimento e, finalmente, obterá uma personalidade totalmente madura.
Na época, as idéias de Freud foram recebidas com críticas. E hoje não é
diferente. Isso em parte é por causa de seu foco na sexualidade como o
principal motor do desenvolvimento da personalidade humana. Carl Gustav
Jung, por exemplo, utilizou o conceito de libido de Freud para a sua teoria (a
Psicologia Analítica), porém expandiu esse conceito para além da sexualidade,
atrelando-o à ideia de energia psíquica de dimensões artísticas ou espirituais,
por exemplo.
O importante é entendermos que cada teoria psicológica tem, a seu modo, uma
forma de olhar para os mesmos conflitos e comportamentos humanos, e que
podemos – com o devido cuidado epistemológico – ter uma visão cada vez
mais rica do desenvolvimento humano.

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CONTRIBUTO DO António Ngangawe Jamba

Ao descrever o desenvolvimento da personalidade humana como psicossexual,


Freud quis dizer que o que se desenvolve é a maneira pela qual a energia
sexual líbido (a parte mais instintiva da mente)se acomula e descarrega a
medida q amadurecemos biologicamente.
De acordo com Freud as crianças passam por cinco fases do
desenvolvimento:
1-Fase oral(0 à 1 ano)
2-Fase anal(1 á 3 anos)
3-Fase fálica (3 à 6 anos)
4-Fase da Latência (6 anos á puberdade)
5Fase genital(puberdade á vida adulta)
Periodo da adolescência como vimos a divisão da vida em etapas arbitrárias o
conceitos de adolescência e recentes.segundo dicionário etmologi o

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CONTIBUTO DE Claudimila Lidjiane Calei Tonito

A teorias psicanalítica de Freud


Começo primeiramente por definir a psicanálise- sendo assim uma teoria da
mente humana e uma prática terapêutica. Foi fundada por Sigmund Freud
entre 1885-1939 e continua sendo desenvolvida por psicanalistas ao redor do
mundo.
Há um tratamento psicanalítico para aqueles que sentem-se aprisionados em
problemas psíquicos recorrentes que impedem o seu potencial para e
experimentar a felicidade com seus parceiros,familiares e amigos como por ex:
A psicanálise da muita importância as experiências vividas pelo indivíduo na
sua relação com os outros essencialmente na infância apesar que n ignora os
factores relacionados com a maturação e com a socioculturalidade do
indivíduo.
O inconsciente é todos aqueles processos mentais que ocorrem sem que o
indivíduo se dê conta;sem q tenha consciência sobre ele.Para Freud o
inconsciente seria como a caixa preta da pessoa.ela n seria a parte mais
profunda da consciência,nem a que possui me os lógica.
Mais uma outra estrutura q se destingue da consciência. Também é a zona do
psiquismo onde incluem a agressividade,recalcamentos,medos e desejos.
A Psicanálise de Freud deu uma forte contribuição para o desenvolvimento da
psicologia ao afirmar q para além do comportamento há o inconsciente.
Consciente é a zona da razão onde estão presente na nossa consciência os
racionais,as percepções e os pensamentos.
Subconsciente ou pre-consciente é a zona de passagem do inconsciente para
o consciente,onde se encontram as nossas lembranças.
Em 1923 Freud desenvolveu um modelo estrutural da personalidade em 3
instâncias:o ID que é a fonte de energia psíquica onde estão contidas todas as
nossas funções e instintos.
O ego representa razão ou racionalidade.
O superego é a parte moral da mente humana e representa os valores da
sociedade.

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CONTRIBUTO DE MIRIAM
Segmund Freud fez o estudo sobre a psicanálise e a teoria do desenvolvimento
psicossexual infantil.
Freud desenvolveu a teoria da sexualidade infantil,durante tratamentos clínicos
em seu consultório no qual observou transtornos psicológicos apresentados por
seus pacientes adultos,ele tratava os distúrbios de histeria. Assim pude
perceber q a criança não foi o seu ponto de partida,mais sim serviu como bisca
para solucionar os problemas emocionais apresentados por seus pacientes.
Segundo Freud a sexualidade nos acompanha desde o nascimento até a
morte.quando publicou o seu primeiro estudo sobre sexualidade infantil chocou
a sociedade de sua época e que achavam que não havia existência de
sexualidade nesta faixa etária. Mais ele defende de que o indivíduo é dotado de
afectos,desejos e conflitos.Para enterdermos de sexualidade temos de saber a
diferença de sexo e sexualidade.
Sexo:é algo biológico,remetendo-se a ideia do género.
Sexualidade:tem haver com as partes do corpo ou as características presente
na cultura e na história do homem.
Freud diz também que é durante a infância q ocorrem o segmento de
transtornos emocionais,que ao serem internalizados trazem vários tipos de
neurose que surgem na fase adulta.Onde ele diz q neurose é uma doença
nervosa causada por um trauma.
Freud acreditava que a vida era construída em torno de tensão e prazer.
Porque a medida q uma pessoa cresce fisicamente certas áreas do corpo se
tornam importantes como fonte de frustração em potencial e prazer.
Ele também acreditava q a tensão se dura ao acúmulo de líbido (energias
sexual) ,e que todo prazer descendia de sua descarga.
Líbido:são impulsos ou instintos sexuais em uma área diferente do corpo.
Freud ao desenvolver a teoria da personalidade humana psicossexual.,afirma
que o que se desenvolve é a maneira pela qual a energia sexual do ID se
acomula e é descarregada a medida q amadurecemos biologicamente. Disse
também q os primeiros 5 anos de vida são cruciais para a formação da vida
adulta.Por isso o ID deve ser controlado para satisfazer as demandas
socias.Frizou também no ego e o superego que se desenvolve para exercer
esse controle e direcionar a necessidade de gratificação para canais
socialmente aceitáveis.
Freud falou de 5 fases do desenvolvimento psicossexual:
Fase oral-(Nascimento até 1 ano)

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É o primeiro estágio de desenvolvimento da personalidade,a líbido é centrada
na boca do bebê,o seu foco é a amamentação.
Fase anal-(1 á 3 anos)
Nesta fase a líbido é centrada no ânus e a criança sente prazer em defecar,o
seu ego nesta fase se desenvolveu.
Fase fálica-(3 à 6 anos)
Nesta fase a sensibilidade concentra-se nos órgãos genitais e a masturbação
(em ambos os sexos)se torna uma nova fonte de prazer.
nesta fase tem uma aspecto muito importante que é o Édipo. O complexo de
Édipo é a tendência dos rapazes mostrarem o sentimento de amor pela mãe.
Fase de latência-(6 anos á puberdade)
Nesta fase não há mais desenvolvimento psicossexual,a líbido está
adormecida.
Fase genital-(puberdade para adulto)
É a fase de experimentação sexual adolescente. Nesta fase o indivíduo deixa
para trás a ideia de criança e passa para adulto q esta preparado para
enfrentar os obstáculos da vida adulta.
A personalidade humana desenvolve-se durante a infância e é moldada pelas
5 fases q ele chamou de teoria de Desenvolvimento psicossexual.

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