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Carlos

Esménia Rosa João Saela

Juliet Luís Mbié

Rivaldo Gonçalo Manuel

Samuel Jamine

Teoria do desenvolvimento psicossocial

Licenciatura em Educação Visual

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo, Abril de 2023


Carlos

Esménia Rosa João Saela

Juliet Luís Mbié

Rivaldo Gonçalo Manuel

Samuel Jamine

Teoria do desenvolvimento psicossocial

Licenciatura em Educação Visual

Trabalho a ser apresentado na FET –


Faculdade de Engenharia e Tecnologias na
cadeira de Psicologia Geral

Docente: Dra. Tima Fátima Dinis Langa

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo, Abril de 2023


Índice

Introdução…………………………………………………………………………………… 1

Biografia…………………………………………………………………………………….. 2

Aspectos metodológicos…………………………………………………………………….. 3

Teoria Eriksoniana…………………………………………………………………………... 3

Estágios do desenvolvimento psicossocial………………………………………………….. 4

 1 estágio………………………………………………………………………….. 4
 2 estágio………………………………………………………………………….. 4
 3 estágio………………………………………………………………………….. 5
 4 estágio………………………………………………………………………….. 5
 5 estágio………………………………………………………………………...... 5
 6 estágio………………………………………………………………………….. 6
 7 estágio………………………………………………………………………….. 6
 8 estágio………………………………………………………………………….. 6

Conclusão…………………………………………………………………………………… 7

Bibliografia………………………………………………………………………………….. 8
Introdução

Para o presente trabalho abordamos a teoria do desenvolvimento psicossocial do Erik Erikson,


esta que chega a ser uma grande contribuição até para outros autores para o desenvolvimento
humano. Encontram-se aqui também os métodos recorridos pelo Erikson para a sua teoria, esses
métodos serviram de distinção em comparação à teoria do Freud.

No âmbito do ser humano procurar entender a si mesmo, a teoria do Erikson chega a ser uma das
melhores contribuições para tal. A vida do Erikson também impulsionou para este
desenvolvimento em sua teoria.

No meio desta teoria deparamo-nos com oito estágios Eriksonianos que acompanham o
desenvolvimento humano desde a sua nascença até o fim da sua vida útil, cada um desses
estágios, possui força básica, esta que pode ser desenvolvida positivamente (sendo vantagem
para o avanço saudável) ou negativamente (significando o contrário)
Biografia

Erik Humburguer Erikson, nasceu em 1902 e faleceu em 1994. Foi um psicólogo Alemão, e
psicanalista conhecido por sua teoria sobre o desenvolvimento psicossocial do ser humano.

Ele ficou conhecido por cunhar o termo "crise da identidade". Erikson foi professor em
instituições de destaque como, Harvard e Yall, ele é mais conhecido por seus escritos sobre
psicologia infantil, e desenvolveu uma teoria de estágio muito parecido com os estágios de
desenvolvimento psicossexual de Freud, mas em vez de impulsos sexuais, Erik estava
preocupado mais com os aspectos sociais do desenvolvimento. Ele desenvolveu sua teoria
psicossocial e divide ela em 8 etapas.

Através de suas teorias, o termo "crise de identidade" foi derivado como ele viu cada fase tendo
um resultado negativo ou positivo.

A mudança do nome, alteração do país e o fato de estar inserido em uma nova realidade, fizeram
com que Erik repensasse sobre sua vida. O que provocou diversas dúvidas, diversas crises de
identidade, tanto que quando se tornou maior de idade se autodenominou Erik Erikson, é
perceptível que o psicanalista tinha muitos conflitos em relação a sua identidade, por ter nascido
de um pai que não o assumiu como filho, por também ter mudado de país e toda alteração de
sobrenome. Ele decidiu baptizar-se de "ERIK ERIKSON" onde significa filho dele mesmo.
Aspectos metodológicos

Erik Erikson influenciado pelo Sigmund Freud para o desenvolvimento da sua teoria, pretendidar
a continuidade na teoria psicossexual do Freud, pois o objectivo era mesmo de expandir a teoria
Freudiana no ciclo da vida humana, isto é, ao longo da vida útil.

A vida do Erik Erikson influenciou muito para que ele adoptasse alguns métodos de
desenvolvimento distintos dos de Freud, a citar a observação directa de crianças no período do
seu trabalho, na escola de Ana Freud, a experiência etnográfica (estudo as pessoas a partir de
análise profunda dos seus comportamentos, as crenças nos costumes, …) aquando da sua
vivência entre as tribos Sioux e Yurok, e também o estudo biográfico de personalidades.

Esta expansão metodológica chega a distinguir a teoria de Erikson da do Freud por essa
considerar todo ciclo de vida humana desde os factures históricos, culturais e sociais na
formação de identidade.

Teoria Eriksoniana

A teoria de Erikson é muito partilhada por outros autores para melhor entendimento nas suas
identidades. O ego proposto por Freud encontra-se mais desenvolvido na teoria do Erikson, no
período em que procurava entender o ser humano na sociedade.

O Erik Erikson sem descordar com o Freud, ele defende mais o ego sendo uma força positiva e
unificadora, isto é, ele defende que o ego aponta mais para a identidade do indivíduo, a sua
forma de agir, a singularidade, a sua interacção com a sociedade.

O Erik no seu âmbito de desenvolver o ego, detalha este em três aspectos.

O primeiro aspecto é o corpo egóico, esta por sua vez está mais relacionadas as habilidades com
o corpo, a identidade física, mas para que o corpo consiga desenvolver. O segundo aspecto, o ego
ideal está relacionado a auto identificação para que possa estabelecer uma comparação com um
ideal proposto. O terceiro aspecto, a identidade egóica referente ao ser que o sujeito constrói
dentre os diversos papéis que desempenha na sociedade.

O Erik Erikson em comparação com os outros autores, não se afasta tanto das ideias destes, pois
estabeleceu alguns estágios chamados psicossociais para o desenvolvimento humano, sendo que
neste processo de desenvolvimento envolve o enfrentamento de momentos em que há tomada de
decisões, momentos em que o sujeito deverá escolher entre a vertente positiva e a negativa, a
positiva que será útil para o âmbito do seu bom desenvolvimento, a negativa que poderá servir de
retrocesso ainda neste desenvolvimento. É importante ter em conta que as duas vertentes são
necessárias, pois nem sempre deverá se focar na vertente positiva, a negativa é necessária
também.
Estádios de Desenvolvimento Psicossocial

A teoria psicossocial de Erik Erikson defendeu que o desenvolvimento da personalidade é mais


influenciado pela sociedade, esta personalidade que de se desenvolve seguindo os estágios dos
desenvolvidos pelo Erikson, sendo que em cada estágio o indivíduo enfrenta as crises ̸ conflitos.

1 Confiança básica versus Desconfiança básica (de 0 até aos 12 ̸ 18 meses)

Este é o primeiro estádio que o ser humano, pois é logo à sua nascença que encontra a crise
deste estágio. A confiança básica para o bebé é a vertente positiva que gera um bom
desenvolvimento, enquanto que a desconfiança básica expressa o contrário, esta leva ao
desenvolvimento destrutivo. A confiança e a desconfiança vêm dependendo de como o bebé é
tratado, a criança adquire ou não a confiança e a segurança sobre si e ao ambiente em que se
encontra, dependendo da qualidade da relação que a mãe ̸ cuidador primário estabelece.

O bebé desenvolve autodesconfiança através da sensação de ser aceite pelos outros e da


resposta sensível das suas necessidades de alimento, conforto e carinho. No caso do sentimento
de desconfiança for mais poderoso, maior é a probabilidade de se tornar um adulto frustrado,
isolado, hostil, apreensivo e descrente em relação a si próprio e aos outros.

A primeira crise é gerada entre a confiança e a desconfiança. Quando a vertente positiva é mais
poderosa, surge a primeira força básica que é a esperança (para a criança, há esperança de que
tudo tenha solução sempre satisfatória). A insuficiência da esperança gera a retracção que deixa
o ser humano frágil para com os desafios da próxima etapa do desenvolvimento e poderá
provocar perturbações na forma como a pessoa se vê à sociedade. O Erikson acreditava mais que
para o indivíduo se adaptar ao mundo, deveria passar da confiança e desconfiança.

2 Autonomia versus Vergonha e Dúvida (dos 18 meses à 2 ̸ 3 anos)

Estas são as qualidades mais positivas e mais negativas do segundo estágio deste
desenvolvimento Eriksoniano. A força básica deste estágio é a vontade, para esta etapa da vida a
vontade é entendida como um estado de independência inicial, o princípio do controlo sobre o
ambiente, o começo de sentido de direcção pessoal.

Nesta etapa da vida há ganhos significativos em termos do crescimento e da maturação


corporal, o desenvolvimento da linguagem, tornam-se a chave para descoberta na exploração de
objectos, dos acontecimentos e das pessoas, situações que possivelmente são favoráveis à
exploração da auto-expressão e a autoconfiança.

A criança começa a assumir importantes responsabilidades como a de cuidar pessoalmente,


comer, vestir-se e treino do bacio, estes são os desafios propostos à crianças que provavelmente
devolvem sentimentos de confiança e de autocontrolo, coloca o desafio de que ela consegue
fazer pessoalmente. A criança desenvolve sentimentos negativos quando esta encontra-se em um
ambiente não encorajador para a exploração e liberdade, num ambiente restritivo com muita
punição, ou mesmo protector demais, faz com que a criança tenha a consciência de estar a ser
observada, não se sente livre no âmbito de querer explorar o mundo, no caso a "vergonha", ou
não desenvolver a certeza em relação as capacidades para lidar com as realidades sociais, no caso
a "dúvida".

3 Estagio iniciativa versus culpa (3 a 5/6)


E o estagio do desenvolvimento psicossocial. E onde a criança demonstra a vontade de planear,
empreender e realizar acções ou tarefas.

Sente a culpa por desejar ou empreender actividades que percebe como proibidas ou
desadequada ou que lhes traz consequências imprevistas e negativas. A força básica desde a
etapa e o propósito. O excesso de iniciativa pode gerar dificuldades em termos de comparação e
adopção de princípios morais e na culpa tende a dominar, aparece a proibição e as crianças
podem ser excessivamente moralista.

4 Estágio diligência versus inferioridade (6 – 12 anos)


É no quarto estágio onde a criança com um desenvolvimento psicossocial bem-sucedido percebe-
se como uma pessoa trabalhadora, sente-se competente em todas áreas tanto no campo social,
como no campo académico. A forca básica desta etapa é a competência. Em regra, é nesta etapa
que ela enfrenta um novo munda físico e social, deve aprender a confiar e iniciar acções em
conformidade com as regras do novo ambiente. Se nos estágios anteriores a criança não teve
confiança, autonomia e iniciativa, ela não poderá afirmar-se e nem sentir-se capaz. Uma criança
com desenvolvimento psicossocial com dificuldades, poderá manifestar sentimentos de falha, de
inadequação, de inferioridade. O excesso de sentimento de inferioridade, também excesso de
destreza, pode levar a bloqueios cognitivos a uma alienação de si, das tarefas e a atitudes
regressivas.

5 Identidade versus confusão de identidade (12-15)

É no quinto estágio onde, dos ganhos do desenvolvimento cognitivo, o indivíduo procura a sua
identidade, fazendo o esforço de responder a pergunta "quem sou eu?". O sentido de identidade é
explorado da recapitulação e integração de diferentes identificações trazidas da infância, como
no conforto com novos papéis, na possibilidade de fazer escolhas e experimentação e domínio de
certas tarefas de desenvolvimento.

A confusão de identidade surge quando se sente incapazes de seleccionar, eleger ou preferir. Ao


longo da vida, pode manifestar-se as tarefas de carreira do tipo flutuação ou deambulação. A
semelhança deste estágio, como a incerteza, hesitação, perplexidade, atrapalhação,
vulnerabilidade ou desconcerto referente a si próprio, é natural durante o desenvolvimento
psicossocial. A força básica é a fidelidade que resulta da interacção saudável entre a identidade e
confusão de identidade.
6 Estágio Intimidade versus Isolamento

O indivíduo, agora um adulto jovem, pode estar pronto para unir a sua identidade à de outra
pessoa sem se sentir ameaçada. Para isso é preciso que ele tenha vivenciado as fases anteriores
de forma positiva, construindo um ego forte, saudável e autónomo que aceite conviver com outro
ego sem se sentir ameaçado ou anulado.

Quando o ego não está suficientemente seguro, o indivíduo pode preferir o isolamento em
detrimento da intimidade. O risco nesta etapa é o adulto jovem desenvolver elitismo, restringindo
seus contactos sociais a indivíduos com personalidades parecidas.

7 Generatividade ou produtividade versus estagnação

Preocupa-se em criar novos seres, novas ideias e diligência. A estagnação é o sentimento de não
ter feito algo para o bem-estar daqueles que estão sob responsabilidade do próprio, ocorre auto
absorção por auto-indulgência. No sentimento de insatisfação associados a diferentes esferas da
vida, surge a crise da meia-idade. A força básica desta etapa é o cuidado. É um desejo natural
que surge no conflito ganho da generalidade sobre a estagnação, para zelar as coisas que o
individuo aprendeu a preocupar-se. O cuidado de princípio é um doseamento harmonioso entre a
criatividade, diligência, auto absorção e auto-indulgência. É necessário a presença de
características distónicas para haver um equilíbrio.

8 Estágio integridade versus desespero (60 anos ao fim da vida)

Os adultos mais velhos lembram das suas vidas e tudo o que fizeram. Quando a retrospectiva é
positiva, desenvolve uma compreensão e aceitam o que viveram, e isto é o sentido de
integridade. Mas, quando a retrospectiva é negativa, eles caiem no arrependimento sobre aquilo
que deveriam ter ou não feito, renegam o seu passado.

Neste caso os sentimentos prevalecem, causam a falta de esperança ou desesperança. O conflito


entre a integridade e o desespero dá origem à sabedoria, sempre que a primeira for mais poderosa
que a segunda.

A sabedoria é a aceitação dos limites finitos da vida e o interesse activo pela mesma.
Conclusão

A teoria Eriksoniana representa o desenvolvimento humano em estágios. Os estágios que estão


ligados a infância são muito mais úteis para a formação da identidade essencialmente na fase da
adolescência. A forma como o ser humano vai desenvolver os seu ser e juntamente com as suas
tarefas, é mais positiva se tiver sucesso para que haja uma boa revisão já chegado no 8° estágio
que é o final.

Assim a teoria do desenvolvimento psicossocial do Erik Erikson defende que a formação da


personalidade não acontece do nada, mas sim para tal o ser humano precisa enfrentar os 8
estágios. O individuo precisa manter um certo grau entre as duas vertentes (positiva e negativa)
de cada estágio para melhor desenvolvimento e saúde mental. Assim é muito importante que o
ser humano conheça-se para que possa entender o outro, no caso de este estar a presenciar um
certo comportamento negativo em outras pessoas.

Bibliografia
VEIGA, Feliciano H., Psicologia da Educação: Teoria, investigação e aplicação, CLIMEPSI
Editores, Lisboa, 2013

DAVIDOFF, Linda L., Introdução à Psicologia, 3ª Edição, Pearson Education, São Paulo, 2001

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_desenvolvimento_psicossocial (Acesso em: 25 de


Março de 2023/10h55)

https://josesilveira.com/wp-content/uploads/2018/07Erikson-e-a-teoria-psicossocial-do-
desenvolvimento.pdf (Acesso em: 27 de Março de 2023/15h27)

youtu.be/GjNf1BwBU (Acesso em: 30 de Março de 2023/08h40)

youtu.be/GjN2Gf1BwBU (Acesso: 30 de Março de 2023/12h23)

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