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Universidade Rovuma
Nampula
2021
Brendina Umeme Massono
Gaspar António Julião
Universidade Rovuma
Nampula
2021
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
3. Conclusão...............................................................................................................................14
4. Referências Bibliográficas.....................................................................................................15
Introdução
Para a efectivação deste trabalho recorreu-se a consulta de fontes que trata do mesmo tema.
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1. Teoria do Desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson
1º estágio: Confiança/Desconfiança
É caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (os impulsos) e as normas e regras
sociais que a criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o
meio deve estimular a criança a fazer as coisas de forma autónoma, não sendo alvo de extrema
rigidez, que deixará a criança com sentimentos de vergonha. A atitude dos pais aqui é
importante, eles devem dosear de forma equilibrada a assistência às crianças, o que vai contribuir
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para elas terem força de vontade de fazer melhor. De facto, afirmar uma vontade é um passo
importante na construção de uma identidade. -Manifesta-se nas "birras"; nos porquês; querer
fazer as coisas sozinho.
3º Estágio: Iniciativa/Culpa
É o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter
capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer. Este estágio marca a
possibilidade de tomar iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança
experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de
ser “outro” que não “os outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de
que pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir culpa. Neste estágio a criança tem uma
preocupação com a aceitabilidade dos seus comportamentos, desenvolve capacidades motoras,
de linguagem, pensamento, imaginação e curiosidade.
A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste
estágio, a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e
iniciativa, a criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento
de inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos, descrença quanto às suas capacidades e a
atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na escola, uma vez que este é
um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes.
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Virtude social desenvolvida: competência.
Vertente negativa nesse desenvolvimento: formalismo, a repetição obsessiva de formalidades
sem sentido algum em determinadas ocasiões
É neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o
seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição
dos elementos de identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência. Fatores que
contribuem para a confusão da identidade são: perda de laços familiares e falta de apoio no
crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares; dificuldades em
lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que permitem o reconhecimento
de outras perspectivas) e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e
as figuras de ligação.
6º Estágio: Intimidade/Isolamento
Questão chave deste estágio: Deverei partilhar a minha vida ou viverei sozinho?
Virtude social desenvolvida: amor.
A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer
compromissos nem troca de afectos com intimidade.
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7º Estágio: Generatividade/Estagnação
35 - 60 anos - (Adulto)
8º Estágio: Integridade/Desespero
Erik Erikson considera as 4 primeiras fases freudianas psicossexuais (Oral, anal, fálica e
latência) e acrescenta mais 4, completando o ciclo do desenvolvimento humano.
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2. Teoria do Desenvolvimento Moral de Kohlberg
A teoria do desenvolvimento moral é a mais conhecida de Kohlberg. Sua teoria, assim como a de
Piaget, é universalista. Não afirma a universalidade das normas, mas a das estruturas que
permitem a aplicação das normas em contextos precisos e proporcionam critérios para o juízo
moral. Acredita que através de um processo maturacional e interactivo, todos os seres humanos
têm a capacidade de chegar à plena competência moral, medida pelo paradigma da moralidade
autónoma, ou, como prefere Kohlberg, pela da moralidade pós-convencional.
Os seis estágios de Kohlberg podem ser, generalizadamente, agrupados em três níveis de dois
estágios cada: pré-convencional, convencional, e pós-convencional.
Nível 1 (Pré-Convencional)
(Normas sociais)
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(Orientação "bom moço"/"boa moça")
4. Orientação "manutenção da ordem social e da autoridade"
(Consciência principiada)
Nesse estágio, a moralidade para a criança consiste em observar literalmente as regras, obedecer
à autoridade e evitar o castigo. Por exemplo, uma acção é vista como errada apenas porque
aquele que a cometeu foi punido. "Da última vez que fiz tal coisa, apanhei, então não farei de
novo". Quanto pior a punição, pior é visto o ato. O ponto de vista é egocêntrico, o actor não
distingue entre seus interesses e os dos outros, que o ponto de vista dos outros pode ser diferente
do seu. Há uma deferência para aqueles vistos como de maior poder ou prestígio.
O comportamento moral consiste em seguir regras quando forem do interesse imediato do actor,
e em reconhecer que os outros também têm seus próprios interesses, o que pode justificar uma
troca entre atores, integrando interesses recíprocos, mas apenas até o ponto em que isso serve aos
interesses do próprio actor. O ponto de vista inclui, portanto, o de outros indivíduos, numa base
instrumental, ocorrendo uma certa descentração, embora mínima. O respeito pelos outros não
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está baseado em lealdade ou respeito mútuo, mas no sentido de "uma mão lava a outra". A falta
de perspectiva do estágio 2 também não pode ser confundida com o estágio 5, pois aqui todas as
acções têm o propósito de servir os próprios interesses ou necessidades do próprio indivíduo.
O correto é atender às expectativas das pessoas de referência, ser um "bom moço", no papel de
filho, irmão ou amigo, tendo sido ensinado que há um valor inerente a tal comportamento. O
ponto de vista inclui as perspectivas dos outros e sentimentos compartilhados, que têm
precedência sobre os interesses individuais. A argumentação do estágio 3 pode julgar a
moralidade de uma acção valorando as suas consequências em termos dos relacionamentos de
uma pessoa, a qual agora começa a incluir coisas como respeito, gratidão, e a "regra de ouro".
Desejo de manter as regras e autoridade existe apenas para manter esses papéis sociais. As
intenções das acções desempenham um papel mais significante na argumentação neste estágio;
"eles têm boas intenções…".
4º Estágio: é aquele em que a pessoa se move com base na obediência a autoridade e ordem
social. O correto é cumprir seu dever na sociedade, preservar a ordem social, e manter o bem-
estar da sociedade ou do grupo.
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deve aprender a transcender necessidades individuais. Um ideal (ou ideais) central
frequentemente prescreve o que é certo ou errado, como no caso do fundacionalismo. Se uma
pessoa viola uma lei, talvez todo mundo possa – portanto, há uma obrigação e um dever em
manter leis e regras. A maioria dos membros activos da sociedade permanecem no estágio
quatro, onde a moralidade é predominantemente ditada por uma força externa.
consiste dos estágios cinco e seis do desenvolvimento moral. Há uma crescente percepção de que
os indivíduos são entes separados da sociedade, e de que a perspectiva do próprio indivíduo pode
tomar precedência sobre a visão da sociedade; eles podem desobedecer regras inconsistentes com
princípios universais que possam ser justificados. Essas pessoas vivem de acordo com seus
próprios princípios abstractos sobre o certo e o errado – princípios que tipicamente
incluem direitos humanos básicos. Devido ao fato desse nível colocar a "natureza do ser antes
dos outros", o comportamento de indivíduos pós-convencionais, especialmente daqueles no
estágio seis, podem ser confundido com o daqueles no nível pré-convencional. As pessoas que
exibem uma moralidade pós-convencional vêem as regras como necessárias e como mecanismos
mutáveis – idealmente, as regras podem ajudar a manter a ordem social geral e a proteger os
direitos humanos. As regras não são ditos absolutos que devem ser obedecidos sem
questionamentos, podendo ser desobedecidas ou modificadas com base em justificativas
universais.
A visão de mundo de quem está neste estágio é a de que no mundo existem pessoas de diferentes
opiniões, direitos, e valores. O correto é apoiar os direitos, valores e contractos jurídicos de uma
sociedade, mesmo quando estão em conflito com as normas concretas do grupo. As leis são
consideradas como contractos sociais em vez de um mandamento rígido. Aquelas que não
promovem o bem-estar geral devem ser modificadas quando necessário para adequar-se ao "bem
máximo para o maior número de pessoas". Isso é atingido através da decisão da maioria, e do
comprometimento inevitável. Muitos dos actos de um governo democrático são baseados no
estágio cinco.
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As leis e acordos sociais só são válidos na medida em que derivam de tais princípios. Assim,
quando a lei viola esses princípios, é preciso agir de acordo com eles. Os princípios em questão
são os da igualdade dos seres humanos e o respeito por sua dignidade como indivíduos,
considerados como fins e não enquanto meios, como na filosofia de Immanuel Kant. Existe uma
capacidade de se imaginar no lugar do outro. [16] O ponto de vista é universalista, transcendendo
grupos e sociedades particulares, e se baseia numa ética válida para todos, da qual derivam
arranjos e instituições concretas. Os direitos escritos formalmente não são necessários, pois os
contractos sociais não são essenciais para a acção moral de ôntica. O indivíduo age porque é o
correto a ser feito, não porque tal acção é instrumental, esperada, legal, ou foi previamente
acordada. Para Kohlberg, raras pessoas atingem este estágio.
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3. Conclusão
E para Kohlberg a maturidade moral é atingida quando o indivíduo é capaz de entender que a
justiça não é a mesma coisa que a lei; que algumas leis existentes podem ser moralmente
erradas e devem, portanto, ser modificadas.
Criou a teoria dos estádios morais, pois acreditava que o nível mais alto da moralidade exige
estruturas lógicas novas e mais complexas do que as apresentadas por Piaget Assim, segundo o
autor, existem três níveis da moralidade (nível pré-convencional, nível convencional e nível pós-
convencional).
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4. Referências Bibliográficas
Erikson, E.H. (1976): Identidade: Juventude e crise (2ª ed.). (A. Cabral, Trad.). Rio de Janeiro:
Zahar;
Kohlberg, Lawrence (1974), "Education, Moral Development and Faith". Journal of Moral
Education;
Piaget, Jean (1994), O juízo moral na criança. 4.ed. São Paulo: Summus;
Rabello, E. e Passos, J. (200X): Erikson e a teoria psicossocial do desenvolvimento. Disponível
em <http://www.josesilveira.com> .
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