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Administração Directa do Estado .

Administração Directa é o conjunto de órgãos integrados na estrutura administrativa da entidade pública a


que se refere (União, estados ou municípios). Os órgãos que compõem a administração directa são
aqueles subordinados directamente ao chefe do poder.

Administração indirecta é o conjunto de entes (personalizados) que, vinculado a um órgão da


administração directa, prestam serviços públicos ou de interesse público.

As entidades que compõem a administração Indirecta são:


 As autarquias;
 As fundações Publicas;
 Sociedades de Economia Mista;
 As empresas Publicas.

Autarquia
É a expressão de um serviço público desenraizado da União, dos Estados ou dos municípios, dotada de
personalidade jurídica do direito publico, instituído por lei, com autonomia administrativa e financeira,
sujeita ao controle (tutela) do Estado.

Poderes e funções da administracao directa do estado


Incluem-se, obrigatoriamente, na Administração Directa do Estado os serviços de cujas atribuições
decorra o exercício de poderes de soberania, autoridade e representação política do Estado.

Funções da admnistracao directa do estado - estudo e concessão, coordenação, apoio e controle ou


fiscalização de outros serviços administrativos.

Autarquia local

1. Na organização demográfica do estado, o poder local compreende a existência de autarquias


locais.
2. As autarquias locais são pessoas colectivas publicas dotadas de órgãos representativos próprios
que visão a prossecução dos interesses das populações respectivas, em prejuízo dos interesses
nacionais e da participação do Estado.
3. As autarquias locais desenvolvem as suas actividades no quadro da unidade do Estado e organiza-
se com pleno respeito da unidade do poder político e do ordenamento jurídico nacional.
Tutela
1. As autarquias locais estão sujeitas a tutela administrativa do Estado, segundo as formas e nos
casos previstos na Lei.
2. A tutela administrativa sobre as autarquias locais consiste na verificação da legalidade dos actos
administrativos dos órgãos autárquicos nos termos fixados na Lei.
3. O exercício do poder tutelar pode ser ainda aplicado sobre o mérito dos actos administrativos,
apenas nos casos e nos termos expressamente previsto na Lei.
4. As autarquias locais podem impugnar contenciosamente as ilegalidades cometidas pela
autoridade tutelar no exercício dos poderes de tutela,

Órgão de tutela

1. O exercício de tutela administrativa sobre as autarquias locais é efectuado através de órgão


próprio cuja acção se desenvolva em todo o território nacional.
2. Os pressupostos, requisitos, processo e forma de exercício dos podes tutelares e seus efeitos são
definidos por Lei.

Poder regulamentar
As autarquias locais dispõem de poder regulamentar próprio sobre matéria integrada no quadro das suas
atribuições, nos limites da Constituição, da lei e de regulamentos emeados das autoridades com poder
tutelar.

Receitas
1. As receitas das autarquias locais classificam-se, pela sua natureza, em correntes e de capital e,
consoante a sua proveniência, são próprias ou subvencionadas.
2. São receitas próprias correntes:
a) O produto da cobrança de imposto de natureza eminentemente autárquica já existentes ou que
venham a ser criados;
b) Um percentual de certos impostos cobrados pelo Estado, nos termos a definir por Lei;
c) O produto integral da cobrança de imposto que, pela sua natureza, que venha a reconhecer
dever ser transferido para as autarquias locais;
d) O produto da cobrança de taxas ou tarifas resultantes da prestação de serviço ou da concessão
de licenças das autarquias locai;
e) O produto de multas ou coimas que caibam as autarquias locais por lei, regulamento ou
postura;
f) O produto de heranças, legados, doações e outras liberalidades.
O procedimento administrativo é a via formal dos actos em que se realiza a acção administrativa para a
realização de um fim.

A finalidade do procedimento admnistrativo - consiste na emissão de um acto administrativo.

Os princípios gerais do procedimento administrativo são quatro:


 O princípio da unidade,
 O princípio da contradição,
 O princípio da imparcialidade
 O princípio da oficialidade.

O princípio da unidade sustenta que o procedimento é um processo único que tem um começo e um fim
(deve resolver-se independentemente da sua forma inicial).

O princípio da contradição defende que a resolução do procedimento tem por base os factos e os
fundamentos de direito, o que é feito pela observância dos factos e das provas.

O princípio da imparcialidade garante que a acção terá lugar sem margens para favoritismos ou
inimizades. Os funcionários devem abster-se caso tenham interesses pessoais no caso, algum grau de
parentesco ou amizade/inimizade manifesta, ou ainda se forem testemunhas do procedimento.

Por fim, o princípio da oficialidade defende que o procedimento deve ser desenvolvido de ofício em
todos os seus trâmites.

Tipos de procedimento administrativos

 Procedimento administrativo pública – é desencadeada pela administração publica


 Procedimento administrativo privado – é desencadeada por um particular

As fases do procedimento administrativo:


 Fase inicial;
 Fase de instrução;
 Fase da audiência dos interessados;
 Fase de preparação da decisão;
 Fase de decisão;
 Fase complementa
Acto e fato administrativo

acto administrativo é uma declaração voluntária que se realiza no exercício da função pública e que
produz efeitos jurídicos individuais de forma imediata.

Um acto administrativo pode classificar-se


 De acordo com a sua origem (pode ser simples ou complexo)
 O seu conteúdo,
 A sua forma,
 Os seus efeitos,
 Os seus destinatários ou o seu vínculo com uma norma pré-existente.

Facto administrativo - é qualquer ocorrido dentro da administração pública, independentemente da


vontade humana, que gere efeitos jurídicos, como exemplo a morte de um servidor;

Em síntese, podemos constatar que os fatos administrativos podem ser:


 Voluntários (actos administrativos, condutas administrativas)
 Naturais.
Elementos de actos administrativos:
 Sujeito (Competência)
 Objecto
 Forma
 Motivos
 Finalidade .

Diferença entre acto administrativo e fato administrativo

O fato administrativo é qualquer ocorrido dentro da administração pública, independentemente da


vontade humana, que gere efeitos jurídicos, como a morte de um servidor;

Ato administrativo é praticado pela administração pública ou por quem a represente sob regime jurídico
de direito público que produz efeito jurídico imediato e é passível de controlo.

Actos administrativos unilaterais - São os que aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade.
Exemplo Testamento, promessa de recompensa

Actos Administrativos Bilaterais - São os negócios em que há uma reciprocidade de vontades, sempre
fácil perfazem com ambas manietações de vontades, coincidentes sobre o objectos.
Classificação dos actos administrativos bilaterais

 Actos bilaterais simples podem ser compreendidos como um negocio jurídico em que há uma
reciprocidade, onde só uma das partes tem ónus (obrigação) e a outra parte aufere vantagens. EX:
a doação, aceitação de vontade.
 Actos bilaterais sinalagmáticos é o negocio jurídico em que há uma reciprocidade de direito e
obrigações. Ex: um acordo

Acto administrativo tácito

O Acto Tácito decorre do silêncio da Administração e, cumulativamente, do decorrer do prazo em que


esta tenha o dever de se pronunciar sobre determinado acto, num caso concreto.

Classificação dos actos tácitos:

 Positivos;

 Negativos.

1. Os actos tácitos positivos ocorrem, por exemplo, quando existe um pedido de um particular à
Administração resolvido pelo silêncio desta última, quando decorrido o prazo. Considera-se desta
forma que o pedido do particular foi satisfeito.

2. Por outro lado, o acto tácito negativo (ou indeferimento tácito) determina que, passado o prazo e
perante a inércia da Administração, o pedido do particular foi recusado, tendo este o direito de
recorrer contra o indeferimento da sua pretensão.

Estrutura do Acto Administrativo

São quatro as ordens de elementos que compõem a estrutura do acto administrativo:

 Os elementos subjectivos
 Os elementos formais;
 Os elementos objectivos; e
 Os elementos funcionais.

Privilégio de execução previa é poder ou capacidade legal de executar actos administrativos definitivos
e executórios, antes da decisão jurisdicional sobre o recurso interposto pelos interessados

Principio gerais de execução previa


 Principio de legalidade da execução - Toda execução coactiva por via administrativa tende ser
feita com fundamento na lei e pelas formas e nos termos por ela previstos
 Principio do acto administrativo prévio - A administração não pode realizar operações matérias
e executivas designadamente pelo uso da força
 Principio da Proporcionalidade – na execucao coativa dos actos administrativos deve se se
usar medidas que garantam a realizacao dos objectivos
 Principio da subsidiariedade da execução administrativa – administracao impõe o uso de
forcco somente depois de esgotado todas as possibilidades.
 Principio da humanidade da execução – administracao não pode usar a forca e não pode usar
meios de coacao asssim como ameaças.

Condições da execução de um acto administrativo pela administracao

 Existência de um acto administrativo exequente;


 Tipicidade legal das formas e dos termos de execução ;
 Notificação do destinatário.

Fins e formas da execução

 O pagamento de quantia certa;


 A entrega de coisa certa;
 A prestação de um facto.

Contrato Administrativo – é o acordo pelo qual uma pessoa, trabalhador, se obriga a prestar a sua
actividade a outra pessoa empregada, sob autoridade e direção desta, mediante a remuneração.

Conforme o EGFAE, os requisitos gerais para contratos na função pública são:

 Idade não inferior a 18m anos e não superior a 35 anos;


 Não ter sido apresentado ou reformado;
 Não ter sido expulso da administração pública;
 Não ter sido condenado a pena de prisão maior, por crime contra a segurança de estado por crime
desonroso ou por outros crimes manifestantes incompatível com o exercício de funções de
administração pública
 Situação Militar regularizada;
 E habilitações literárias de segundo grau de nível primário do sistema nacional de elevação ou
equivalente ou habilitações especificamente exigidas na perspectiva qualificada.
Exemplos:

 Contrato de obra pública (ex. escolas, hospitais, pontes, barragens, rodovias e praças);
 Contrato de fornecimento (medicamentos, livros didáticos, material de expediente);
 Contrato de prestação de serviços contínuos (limpeza, vigilância, organizações de eventos,
jardinagem e manutenção).

Sujeitos do Contrato de Trabalho

 O empregador e o empregado são os sujeitos do contrato de trabalho;


 Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da
actividade económica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço;
 O empregador é uma empresa que visa lucro, assume o risco da actividade e;
 O empregador dirige a actividade do trabalhador e detém o poder diretivo.

Requisitos do empregado segundo Amauri Mascaro Nascimento são:

 A pessoa física;
 A continuidade;
 A subordinação;
 O salário;
 E a pessoalidade.

Características do Contrato Administrativo


Caracteristicas do contrato

 Consensual (bilateral);
 Formal;
 Oneroso;
 E Comutativo;
Empreitada:

 Preço unitário: unidades determinadas;


 Preço global: obra como um todo;
 Preço integral: empreendimento como um todo (obra, serviços e instalações)

Contratos administrativos de prestação de serviços


 Serviços comuns;
 Serviços técnicos profissionais;
 Serviços técnicos profissionais especializados;
 E Trabalho artísticos.

Contrato Administrativo de Fornecimento

 Integral: entregues em uma única parcela;


 Parcelado: entregue de forma parcelada;
 E Contínuo: entregues de forma contínua, no período de vigência contratual, conforme
necessidade da administração.

Contrato de Administrativo de concessão:

 De serviços públicos (transporte urbano);


 De serviços públicos precedido de obra pública (construção de rodovia-pedágio);
 Parceiras público-privados (centro administrativo e metrô subsidiado).

Exigências de Instrumento de Contrato quando:

1. Licitações na modalidade de concorrência e tomada de preço;


2. Dispensa ou inexigibilidade, caso o valor esteja nos limites da modalidade de concorrência e
tomada de preços;
3. Contratações que resultem em obrigações futuras.

Quando for facultativo podem ser substituído por:

1. Carta-contrato;
2. Nota de empenho de despesa;
3. Autorização de compra;
4. Ordem de execução de serviço.
Cláusulas Obrigatórias:

1. Definição do objecto; 6. Prazo de execução;


2. Regime de execução da obra; 7. Prazo de conclusão;
3. Preços e condições de pagamento; 8. Prazo de entrega do objecto de contrato;
4. Critério de reajustamento e atualização 9. Dotação orçamentária;
monetária/condições de pagamento; 10. E garantia, se houver.
5. Prazo de início;

Regras gerais quanto a vigência do contrato contatual

 Nenhum contrato pode ser firmado por prazo indeterminado;


 O prazo de vigência não pode ultrapassar os limites de vigência dos créditos orçamentários.

Prorrogação dos contratos

 Objectos contemplados nas metas do plano plurianual;


 Prestação de serviços a serem executados de forma continua-60 meses;
 Alugueres de equipamentos e à utilização de programas de informática-48 meses;
 Prorrogação dos prazos de início da execução, conclusão e entrega (aditivos, culpa da
administração, caso fortuito, fato ou ato de terceiro, atraso nos pagamentos).

Extinção dos Contrato Administrativo


A extinção dos contratos administrativos ocorre por diversas causas. Pode-se dizer que as causas de
extinção desse tipo de avença dividem-se em: extinção por cessação dos efeitos do contrato;

a) A cessação dos efeitos é a forma natural de extinção dos contratos administrativos, e corresponde
ao término de sua execução.

No tocante à extinção do prazo de vigência, há dois tipos de contrato administrativo: o contrato por prazo
determinado e o contrato por escopo.

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