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DELIBERAÇÃO NORMATIVA CODEMA Nº 01 DE 15 DE

DEZEMBRO DE 2016.

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO EM 22


DE DEZEMBRO DE 2016.

INSTITUI O TERMO DE REFERÊNCIA PARA


ELABORAÇÃO DE LAUDO DE MEDIÇÕES DE NÍVEIS DE
PRESSÃO SONORA.

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do Município de Betim –


CODEMA, no uso de suas atribuições regimentais conferidas no art. 13 da Lei
Municipal no 3.274, de 20 de dezembro de 1999; e:

Considerando o art. 225 da Constituição da República Federativa do Brasil, que


dispõe que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.

Considerando o art. 162 da Lei Orgânica do Município de Betim;

Considerando a Lei Municipal n٥ 5.921 de 10 de julho de 2015, que dispõe sobre o


controle de ruídos, sons e vibrações no Município de Betim é dá outras
providências;

Considerando a necessidade de criar um termo de referência para orientar as


pessoas sujeitas à elaboração de laudo de medições de níveis de pressão sonora
no âmbito do Município de Betim, bem como buscar melhorarias e eficiência no
controle ambiental das atividades que produzem sons e ruídos;

RESOLVE:

Art. 1º - Fica instituído o termo de referência para elaboração de laudo de


medições de níveis de pressão sonora, nos termo do Anexo Único desta
Deliberação;

Art. 2º - Os casos omissos serão resolvidos pela Secretaria Municipal de Meio


Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Art. 3º – Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Luciano Flório da Silveira


Presidente do CODEMA
ANEXO ÚNICO: TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE
LAUDO DE MEDIÇÕES DE NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA

1. OBJETO

1.1. Constitui objeto deste Termo de Referência definir as diretrizes e


orientações necessárias para a elaboração do Laudo de medição de níveis de
pressão sonora a ser apresentado para análise da SEMMAD – Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável- das possíveis
fontes de poluição sonora, visando garantir que os resultados obtidos por meio
das medições sejam representativos.

1.2. Os níveis de pressão sonora no ponto de medição devem atender aos


critérios e padrões estabelecidos pela Norma NBR 10151 - “Acústica -
Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade -
Procedimento” da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, bem
como a Lei Municipal nº 5.921, de 10 de julho de 2015.

1.3. O não atendimento de um ou mais itens listados poderá implicar


anulação do laudo com a exigência de apresentação de novo laudo ou
requisição de informações complementares.

2. CONTEÚDO DO LAUDO DE MEDIÇÃO DE NÍVEIS DE PRESSÃO


SONORA

2.1. O laudo deve conter as informações exigidas pela NBR ABNT10.151,


item 7.

2.2. INFORMAÇÕES GERAIS:

2.2.1. Nome do empreendimento e razão social;


2.2.2. CPF/CNPJ;
2.2.3. Tipo de atividade e porte do empreendimento;
2.2.4. Endereço da empresa e telefone de contato;
2.2.5. Responsável legal;
2.2.6. Horário de funcionamento e intervalos no horário de funcionamento,
quando houver;
2.2.7. Responsável técnico pelo laudo (Nome, telefone e e-mail).

2.3. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

2.3.1. Descrição das instalações do empreendimento;


2.3.2. Descrição dos equipamentos geradores de sons e/ou ruídos;
2.3.3. Apresentar o arranjo físico/croqui com os pontos de medição,
caracterizando a área do entorno.

2.4. RESPONSABILIDADES

2.4.1. O laudo deverá conter a identificação, registro profissional, anotação de


responsabilidade técnica (ART) e a assinatura do responsável pelas medições,
constando ainda, a identificação dos profissionais envolvidos nas medições de
forma minuciosa, especificando a responsabilidade de cada atividade realizada.
2.4.2. Os documentos apresentados previamente e no decorrer da medição
dos níveis de pressão sonora devem ser rubricados em todas as páginas e
devidamente assinados pelo (a) responsável no final.
2.4.3. No caso das medições de nível de pressão sonora realizada por pessoa
física, estas não estão sujeitas às exigências de acreditação ou homologação.

2.5. CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÕES

2.5.1. Os equipamentos utilizados nas medições devem estar devidamente


calibrados por laboratórios certificados ou homologados.
2.5.2. Os certificados de calibração devem estar em dia com sua calibração
por laboratório acreditado pelo INMETRO e/ou pertencente à Rede Brasileira
de Calibração - RBC.
2.5.3. Os aparelhos utilizados na medição deverão passar pelos
procedimentos de calibração:
2.5.3.1. Calibração elétrica do medidor de nível sonoro;
2.5.3.2. Calibração do microfone, quando este não for embutido no
medidor;
2.5.3.3. Calibração do calibrador acústico.
2.5.4. Devem constar nos laudos de medição as cópias dos certificados de
calibração.
2.5.5. Observação:A ABNT NBR 10151/2000 determina que a cada dois ano
no máximo seja realizada a calibração periódica de todo o conjunto de
medição.

3. DIRETRIZES PARA ESTAS MEDIÇÕES:

3.1. Somente será aceita instrumentação que atenda a norma da IEC nº


61672-3/2006,vedada a medição que utiliza o medidor dosímetro para
medições de nível de pressão sonora.
3.2. O laudo deve indicar no mínimo 4 (quatro) pontos de medições do
entorno da fonte sonora específica. Situações que inviabilizam medições em 4
(quatro) pontos deverão ser justificadas.

3.3. Deve apresentar o registro fotográfico com no mínimo duas fotos de


cada ponto das medições realizadas. Uma das fotos deve representar a visada
do microfone para a fonte sonora específica.

3.4. Definir / caracterizar as principais fontes de somaudíveis em cada ponto


de medição.

3.5. Caso o equipamento não execute a medição automática de LAeq, deve


ser utilizado o procedimento contido no Anexo A da NBR ABNT10.151/2000,
sendo ele o método alternativo para determinação do LAeq, com registro
detalhado das medições realizadas com os respectivos horários (tabelas e
gráficos).

3.6. Deve constar no laudo todos os critérios estabelecidos na Lei Municipal


nº 5.921/2015, especialmente os contidos no Capítulo II, sendo desnecessário
apresentar a cópia ou descrição integral das legislações/normas.
3.6.1. Quando o evento tratar-se de disposto no Capítulo IV, o responsável
pelo evento deverá incluir no laudo de automonitoramento da Lei Municipal n o.
5.921/2015, documento que comprove sua participação no Calendário Oficial
de Eventos do Município de Betim – COFEM.

3.7. Episódio que ocasione a ultrapassagem dos limites estabelecidos pela


legislação em vigor deve ser informado juntamente com o encaminhamento
das medidas mitigadoras a serem adotadas com respectivo cronograma de
execuçãoe justificativas que apontem as prováveis causas do episódio.

3.7.1. Após executadas as medidas mitigadoras, deve ser realizada nova


medição dos níveis de pressão sonora, apresentados os registros,
comprovando que os sons estão dentro dos parâmetros exigidos na Lei.
3.7.2. No caso de evento temporário, as medidas mitigadoras deverão ser
adotadas imediatamente, apresentados os registros no mesmo laudo,
comprovando que os sons estão dentro dos parâmetros exigidos na Lei.
3.7.3. Não caberá penalização para a pessoa caso as medidas mitigadoras
sejam executadas e eficazes.

3.8. O laudo deve ser apresentado no idioma oficial do Brasil, com fonte
entre 10 e 14.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

4.1. Resolução CONAMA nº 01/1.990.


4.2. Lei Estadual nº 10.100/1990.
4.3. NBR ABNT10.151/2000.
4.4. Deliberação Normativa COPAM nº 167/2011.
4.5. NBR ABNT 16.313/2014.
4.6. Lei Municipal nº 5.921/2015.

5. TERMINOLOGIA

5.1. A terminologia “Som Residual” é sinônima das terminologias “Ruído de


Fundo” e “Ruído Ambiente”.
5.2. A terminologia “Ruído de Fonte Específica” é sinônima da terminologia
“Ruído da Fonte”.

COMISSÃO RESPONSÁVEL
Nome Órgão/Entidade
Carlos Wagner Horta Divisão de Licenciamento e Fiscalização
Santos Pereira Ambiental
Taís Santos Sebe Muzzi Assessoria Técnico-Jurídica

Vitor de Andrade Coelho Divisão de Licenciamento e Fiscalização


Ambiental
PESSOAS COLABORADORAS
Hugo Henrique Novais da Seção de Apoio Administrativo
Silva
Cláudia Melo de Assis Divisão de Licenciamento e Fiscalização
Ambiental
Júlio César Gomes Divisão de Licenciamento e Fiscalização
Marques Ambiental
Karen Vieira Costa Divisão de Licenciamento e Fiscalização
Ambiental
Gustavo Miranda Franco Divisão de Licenciamento e Fiscalização
Ambiental
Stephânia Mayara TCA – Tecnologia em Controle Ambiental Ltda.
Machado Marques

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