Você está na página 1de 35

Estado do Rio de Janeiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL


GABINETE DO PREFEITO

LEI COMPLEMENTAR Nº. 001, de 16 de outubro de 1997.


Publicada no Informativo nº. 14, de 31 de outubro de 1997.

Alterada pela:
LEI COMPLEMENTAR Nº. 007, de 26 de dezembro de 2013.

Código de Obras e Edificações do Município de Pinheiral-RJ

Dispõe sobre as construções no


Município de Pinheiral, Estado do Rio
de Janeiro, e dá outras providências.

O Prefeito Municipal de Pinheiral,


Faço saber que a Câmara Municipal de Pinheiral aprova e eu sanciono a
seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Qualquer construção ou reforma, de iniciativa pública ou privada,


somente poderá ser executada após exame, aprovação do projeto e concessão
de licença de construção pela Prefeitura Municipal, de acordo com as exigências
contidas neste Código e mediante responsabilidade profissional legalmente
habilitado.

Parágrafo único – As demolição atenderão ao disposto nos artigos 67 e 68


desta Lei.

Art. 2º - Para os efeitos deste Código ficam dispensadas de apresentação


do projeto, ficando, contudo, sujeitas à concessão de licença, as construções, as
edificações destinadas a habitação,assim como as pequenas reformas, desde
que apresentem as seguinte características:

I – área de construção igual ou inferior a 60,00 m² (sessenta metros


quadrados);

II – não determinem reconstrução ou acréscimo que ultrapasse a área de


18,00 m² (dezoito metros quadrados);

III – não transgridam este Código.

IV – não alterem a tipologia e estrutura do imóvel. .......................(NR)

Parágrafo único – Para a concessão de licença, nos casos previstos neste


artigo, serão exigidos croquis e cortes esquemáticos, contendo dimensões e
áreas traçadas em formulários fornecidos pela Prefeitura Municipal.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 3º - Os edifícios públicos deverão possuir condições técnicas-


construtivas que assegurem aos deficientes físicos, pleno acesso e circulação
nas suas dependências.

Art. 4º – O responsável por instalação de atividade que possa ser


causadora de poluição, ficará sujeito a apresentar, ao órgão estadual que trata
de controle ambiental, o projeto de instalação para prévio exame e aprovação,
sempre que a Prefeitura Municipal julgar necessário.

Art. 5º - Os projetos deverão estar de acordo com esta Lei e com a


legislação correlata, em especial a referente ao parcelamento do solo.

CAPÍTULO II

DAS CONDIÇÕES RELATIVAS A APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

SEÇÃO I

DO PROJETO

Art. 5º-A - Visando exclusivamente a observância das prescrições


edilícias do Município e legislação correlata pertinente, a Prefeitura
Municipal de Pinheiral licenciará os projetos e fiscalizará
administrativamente a execução e manutenção das condições de
estabilidade, segurança e salubridade das obras e edificações, não se
responsabilizando por qualquer sinistro ou acidente decorrente de
deficiência de projeto, de execução ou de utilização da obra.

Art. 6º - Os projetos deverão ser apresentados ao órgão competente da


Prefeitura Municipal, contendo os seguintes elementos:

I – planta de situação a localização na escala mínima de 1:500 (um para


quinhentos) onde constarão:

a) a projeção da edificação ou das edificações dentro do lote,


figurando rios, canais e outros elementos que possam orientar a
decisão das autoridades municipais;

b) as dimensões das divisas do lote e as dos afastamentos da


edificação em relação às divisas e à outra edificação porventura
existente;

c) as cotas de largura do (s) logradouro (s) e dos passeios


contíguos ao lote;
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

d) orientação do norte magnético;

e) indicação da numeração do lote a ser construído e dos lotes


vizinhos;

f) relação contendo área do lote, área de projeção de cada


unidade, cálculo da área total de cada unidade e taxa da
ocupação.

II – planta baixa de cada pavimento da construção, na escala mínima de


1:100 (um para cem), determinando:

a) as dimensões e áreas exatas de todos os compartimentos,


inclusive dos vãos de iluminação, ventilação, garagens e áreas
de estacionamento;

b) a finalidade de cada compartimento;

c) os traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais;

d) indicação das espessuras das paredes e dimensões externas


totais da obra;

III – cortes, transversal e longitudinal, indicando a altura dos


compartimentos, níveis dos pavimentos, alturas das janelas e peitoris, e demais
elementos necessários à compreensão do projeto, na escala mínima de 1:100
(um para cem);

IV – planta de cobertura com indicação do caimento na escala mínima de


1:200 (um para duzentos);

V – elevação da fachada ou fachadas voltadas para a via pública, na


escala mínima de 1:100 (um para cem).

VI – documentos indispensáveis, conforme Anexo II. .............(NR)

§ 1º - Haverá sempre escala gráfica, o que não dispensa a indicação de


cotas.

§ 2º - Em qualquer caso, as pranchas exigidas no caput do presente artigo


deverão ser moduladas, tendo o módulo mínimo as dimensões de 0,22x0,33 m
(vinte e dois por trinta e três centímetros).

§ 3º - No caso de reforma ou ampliação deverá ser indicado no projeto o


que será demolido, construído ou conservado de acordo com as seguintes
convenções de cores:
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

I – cor natural da cópia heliográfica para as partes existentes a conservar;

II – cor amarela para as partes a serem demolidas;

III – cor vermelha para as partes novas acrescidas.

§ 4º - Nos casos de projetos de edificações de grande porte, as escalas


mencionadas no caput deste artigo poderão ser alternadas, devendo, contudo,
ser consultado previamente, o órgão competente da Prefeitura Municipal.

SEÇÃO II

DO PROPRIETÁRIO

Art. 6º-A - O proprietário, a qualquer título, é responsável pela


manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do
imóvel, bem como pela observância das prescrições deste Código e
legislação correlata, sendo a ele assegurado o acesso a todas as
informações cadastradas na Prefeitura Municipal de Pinheiral relativas à
sua propriedade.

Parágrafo único – Compete ao proprietário, em seu benefício, a


atualização das informações cadastradas na Prefeitura Municipal de
Pinheiral, comunicando-a sempre que houver mudança significativa das
características do imóvel para manutenção eficiente dos seus dados.

Art. 6º-B - Quando houver necessidade de apresentação de qualquer


documento, o proprietário responderá civil e criminalmente pela sua
veracidade, não implicando sua aceitação, por parte da Prefeitura
Municipal de Pinheiral, em reconhecimento do direito de propriedade.

SEÇÃO III

DO TÉCNICO RESPONSÁVEL

Art. 6º-C - É obrigatória a assistência de um Responsável Técnico na


elaboração de projetos, na execução e na implantação de obras, sempre
que assim o exigir a legislação federal relativa ao exercício profissional, ou
a critério da Prefeitura Municipal de Pinheiral sempre que entender
conveniente tal assistência, ainda que a legislação federal não o exija.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

CAPÍTULO III

DA APROVAÇÃO DO PROJETO

Art. 7º - Para efeito de aprovação dos projetos ou concessão de licença, o


proprietário deverá apresentar à Prefeitura os seguintes documentos:

I – requerimento solicitando a aprovação do projeto assinado pelo


proprietário ou procurador bastante, acompanhando o requerimento do
instrumento de mandato;

II – projeto de arquitetura, conforme especificação do Capítulo II deste


Código, apresentado em 03 (três) jogos completos de cópias heliográficas
assinados pelo proprietário, pelo autor do projeto e pelo responsável pela obra,
sendo que após o visto, dois jogos serão devolvidos ao requerente junto com a
respectiva licença, enquanto o outro jogo será arquivado na Prefeitura.

Art. 8º - As modificações introduzidas no projeto já aprovado deverão ser


requeridas antecipadamente à Prefeitura Municipal, que, após exame, poderá
fazer a exigência para deferir as alterações pretendidas.

Art. 9º - Após a aprovação do projeto e comprovado o pagamento das


taxas devidas à Prefeitura, será concedida a licença consubstanciada em alvará
de construção válido por 02 (dois) anos, podendo o interessado requerer
revalidação, após o vencimento desse prazo.

Parágrafo único – As construções que por sua natureza consumirem


tempo superior a 02 (dois) anos para a sua conclusão, poderão ter ampliado o
prazo previsto no caput deste artigo, mediante o exame de cronograma pela
Prefeitura Municipal.

Art. 10 – A Prefeitura terá o prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar


da data da protocolização de requerimento para se pronunciar quanto ao projeto
apresentado.

CAPÍTULO IV

DA EXECUÇÃO DA OBRA

Art. 10-A - As obras de construção em edificações realizadas no


Município serão identificadas de acordo com a seguinte classificação:

I - Construção: obra de edificação nova, autônoma, sem vínculo


funcional com outras edificações por ventura existentes no lote;
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

II - Reforma sem alteração de área construída: obra de substituição


parcial dos elementos construtivos e/ou estruturais de uma edificação, não
modificando sua área, forma ou altura;

III - Reforma com alteração de área: obra de substituição parcial dos


elementos construtivos ou estruturais de uma edificação, com alteração de
sua área, forma ou altura, quer por acréscimo ou decréscimo.

Art. 11 – A execução da obra somente poderá ser iniciada depois de


aprovado o projeto e expedido o alvará de licença para construção.

Art. 12 – Uma obra será considerada iniciada assim que estiver com os
alicerces prontos.

Art. 12 - Uma obra será considerada iniciada assim que for


constatada qualquer movimentação de terra, intervenção física no terreno,
ou ainda atividades preparatórias para fundação. (NR)

Parágrafo único – Considera-se também iniciada, a obra com o serviço de


terraplenagem tais como: corte de terreno, carga e descarga de terra, aterro,
reaterro e serviços análogos.

Art. 13 – Deverá ser mantida na obra, placa contendo as especificações, o


alvará de licença juntamente com o jogo de cópias do projeto apresentado à
Prefeitura e por ela visado, para exibição quando solicitado pelos fiscais de
obras ou a outras autoridades competentes da Prefeitura.

Art. 14 – Quando expirar o prazo do alvará e a obra não estiver concluída


deverá ser requerida nova licença que poderá ser concedida pelo prazo de 01
(um) ano, após vistoriada a obra por agente do órgão municipal competente.

Art. 15 – Não será permitida, sob pena de multa ao responsável pela obra,
a permanência de qualquer material de construção na via pública por tempo
maior que o necessário para sua descarga e remoção.

Art. 15 – Não será permitida, sob pena de multa, definida no Anexo III
desta Lei, ao proprietário da obra e ao responsável técnico, a permanência
de qualquer material de construção na via pública por tempo maior que o
necessário para sua descarga e remoção. (NR)

Art. 16 – Nenhuma construção ou demolição poderá ser executada no


alinhamento predial sem que seja obrigatoriamente protegida por tapume que
assegurem a segurança de quem transita pelo logradouro.

Art. 17 – Tapumes e andaimes não poderão ocupar mais do que a metade


da largura do passeio, deixando a outra inteiramente livre e desimpedida para os
transeuntes.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 17-A - A não retirada de projetos aprovados, após comunicação


ao interessado pela Prefeitura Municipal de Pinheiral, implicará no seu
arquivamento.

Parágrafo único – Nos casos de legalização imobiliária o imóvel


deverá ser cadastrado como irregular antes do arquivamento.

Art. 17-B - Dependerão obrigatoriamente de licença as seguintes


obras ou serviços:

I - construção de novas edificações, obras de arte ou qualquer obra


de engenharia civil;

II - reformas, com ou sem alteração de área construída, que afetem os


elementos construtivos e estruturais, ou que interfiram na segurança,
estabilidade e conforto das construções;

III - movimentação de terra;

IV - construção de muro de arrimo;

V - execução de demolições;

VI - reparos e pequenas obras.

Art. 17-C - Estão isentas de licença as seguintes obras ou serviços:

I - em edificações residenciais unifamiliares a limpeza e conservação


geral do imóvel, a pintura interna ou externa e a aplicação de sinteco, os
pequenos consertos nas instalações, em telhados, na calçada interna e
externa e a impermeabilização de lajes descobertas, ou similares aos
citados;

II - nos demais imóveis, além dos citados no inciso anterior, a


conservação e manutenção preventiva e corretiva em instalações elétricas,
hidráulicas e sanitárias, de telecomunicações e nas esquadrias e pisos,
bem como em equipamentos operacionais, ou similares aos citados;

III - construção de abrigos provisórios para operários ou materiais


nos canteiros de obras.

Parágrafo único - Ficam suspensas as isenções de que trata este


artigo quando a obra ou serviço a executar, interferir no logradouro
público ou em propriedades de terceiros, com risco à segurança das
pessoas, das construções ou à fluidez do trânsito.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

CAPÍTULO V

DA CONCLUSÃO E ENTREGA DAS OBRAS

Art. 18 – Uma obra é considerada concluída quando tiver condições de


habitabilidade, estando em funcionamento as instalações hidrossanitárias e
elétricas.

Art. 19 – Concluída a obra, o proprietário deverá solicitar à Prefeitura


Municipal a sua vistoria.

Art. 20 – Procedida a vistoria e constatando que a obra foi realizada em


consonância com o projeto aprovado, obriga-se a Prefeitura a expedir o habite-
se no prazo de 15 (quinze) dias, a partir da data de entrega do requerimento.

Art. 21 – Poderá ser concedido habite-se parcial, a juízo do órgão


competente da Prefeitura Municipal.

Parágrafo único – O habite-se parcial poderá ser concedido nos seguintes


casos:
I – quando se tratar de prédio composto de parte comercial e parte
residencial e puder cada uma das partes e ser utilizada independentemente da
outra;

II – quando se tratar de prédio de apartamento, em que uma parte esteja


completamente concluída, sendo que, se a unidade a ser ocupada estiver acima
da quarta laje, será necessário que pelo menos um elevador esteja funcionando,
hipótese em que deverá ser apresentando o respectivo certificado de
funcionamento, fornecido pelo fabricante;

III – quando se tratar de mais de uma construção feita


independentemente, mas no mesmo lote:

IV – quando se tratar de edificação em vila, estando seu acesso


devidamente concluído.

Art. 22 – Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja procedida
a vistoria pela Prefeitura e expedido o respectivo habite-se.

CAPÍTULO VI

DAS CONDIÇÕES GERAIS RELATIVAS ÀS CONSTRUÇÕES


Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

SEÇÃO I

DAS FUNDAÇÕES

Art. 23 – As funções serão executadas de modo que a carga sobre o solo,


não ultrapasse os limites indicados nas especificações da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT).

§ 1º - As fundações não poderão invadir o leito da via pública;

§ 2º - As fundações das construções deverão ser executadas de maneira


que não prejudiquem os imóveis vizinhos, devendo ser totalmente independente
e situadas nos limites do lote.

SEÇÃO II

DAS PAREDES E DOS PISOS

Art. 24 – As paredes, tanto as internas como as externas, quando


executadas em alvenaria de tijolo comum, deverão ter espessura mínima de
0,15 m (quinze centímetros).

Parágrafo único – As paredes de alvenaria de tijolo comum que


constituírem divisões entre economias distintas, e as construídas na divisa de
lotes, deverão ter espessura mínima de 0,25m (vinte e cinco centímetros).

Art. 25 – As espessuras mínimas de paredes referidas no artigo anterior


poderão ser alteradas, quando utilizado material de natureza diversa desde que
possuam, comprovadamente, no mínimo, os mesmo índices de resistência,
impermeabilidade e isolamento térmico e acústico, conforme o caso.

Art. 26 – As paredes de banheiro, despensas e cozinhas deverão ser


revestidas, no mínimo, até a altura de 1,50 m (um metro e cinqüenta
centímetros) de material impermeabilizante, lavável, liso e resistente.

Art. 27 - Os pisos dos compartimentos assentados diretamente sobre o


solo deverão ser convenientemente impermeabilizados.

Art. 28 – Os pisos de banheiros e cozinhas deverão ser


impermeabilizados.

SEÇÃO III

DAS ESCADAS E RAMPAS


Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 29 – Nas construções, em geral, as escadas ou rampas para


pedestres, assim como os corredores deverão ter largura mínima de 1,20 m (um
metro e vinte centímetros), livres.

Parágrafo único – Nas edificações residenciais serão permitidas escadas


e corredores privados, para cada unidade, com largura mínima de 0,80 m
(oitenta centímetros), livres.

Art. 30 – O dimensionamento dos degraus obedecerá a uma altura


máxima de 0,18 (dezoito centímetros), e uma profundidade mínima de 0,25
(vinte e cinco centímetros).

Parágrafo único – Não serão permitidas escadas em leques nas


edificações de uso coletivo.

Art. 31 – Nas escadas de uso coletivo, sempre que a altura a vencer for
superior a 2,80 (dois metros e oitenta centímetros), será obrigatório intercalar um
patamar de largura mínima igual à largura adotada para a escada.

Art. 32 – As rampas, para pedestres, de ligação entre dois pavimentos,


não poderão ter declividade superior a 15% (quinze por cento)

Art. 33 – As escadas de uso coletivo deverão ter superfície revestida com


material antiderrapante.

SEÇÃO IV

DAS FACHADAS

Art. 34 – É livre a composição das fachadas, excetuando-se as localizadas


em zonas tombadas, devendo, neste caso, ser ouvido o órgão federal, estadual
ou municipal competente.

SEÇÃO V

DAS COBETURAS

Art. 35 – As coberturas das edificações serão executadas com material


que assegure perfeita impermeabilidade e isolamento térmico.

Art. 36 – As águas pluviais provenientes das coberturas serão esgotadas


dentro do limite do lote, não sendo permitido o deságüe sobre lotes vizinhos ou
logradouros.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Parágrafo único – Os edifícios situados no alinhamento deverão dispor de


calhas e condutores, para que sejam as águas canalizadas por baixo do
passeio.

SEÇÃO VI

DAS MARQUISES E BALANÇOS

Art. 37 – A construção de marquise na testada de edificações construídas


no alinhamento, não poderão exceder a ¾ (três quartos) da largura do passeio.

§ 1º - Nenhum de seus elementos estruturais ou decorativos deverá estar


a menos de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) acima do passeio
público.

§ 2º - A construção de marquises não poderá prejudicar a arborização e a


iluminação pública.

Art. 38 – As fachadas construídas no alinhamento ou as que dele ficarem


recuadas, em virtude do recuo obrigatório, poderão ser balanceadas a partir do
segundo pavimento.

Parágrafo único – O balanço a que se refere o caput deste artigo não


poderá exceder à medida corresponde de ¾ (três quartos) da largura do
passeio.

SEÇÃO VII

DOS MUROS, CALÇADAS E PASSEIOS

Art. 39 – A Prefeitura Municipal poderá exigir dos proprietários, a


construção dos muros de arrimo e de proteção, sempre que o nível do terreno
for superior ao logradouro público ou quando houver desnível entre os lotes que
possa ameaçar a segurança pública.

Art. 40 – Os terrenos baldios nas ruas pavimentadas deverão ser fechados


com muros de alvenaria ou cercas vivias.

Art. 41 – Os proprietários dos imóveis que tenham frente para logradouros


públicos pavimentados ou dotados de meio fio são obrigados a pavimentar e
manter em bom estado os passeios em frente de seus lotes.

Parágrafo único - A Prefeitura Municipal poderá determinar a


padronização dos passeios, por razões de ordem técnica e estética.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

SEÇÃO VIII

DA ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

Art. 42 – Todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando-se


diretamente com o logradouro, ou espaço livre, dentro do lote, para fins de
iluminação e ventilação.

Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica a corredores e


caixas de escada.

Art. 43 – Não poderá haver aberturas em paredes levantadas sobre a


divisa ou a menos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) da mesma.

Art. 44 – Aberturas para iluminação ou ventilação dos cômodos de longa


permanência, confrontadas em economias diferentes, e localizadas no mesmo
terreno, não poderão ter entre elas distância menor que 3,00 (três metros),
mesmo que estejam num único edifício.

Art. 45 – Os poços de ventilação não poderão, em qualquer caso, ter área


menos que 1,50 m2 (um metro e cinqüenta centímetros quadrados), nem
dimensão menor que 1,00 (um metro), devendo ser revestidos internamente e
visitáveis na base somente sendo permitidos para ventilar compartilhamento de
outra permanência.

Art. 46 – São considerados de permanência prolongada os


compartimentos destinados a dormitórios, salas, comércio e atividades
profissionais.

Parágrafo único – Os demais compartimentos são considerados de curta


permanência.

SEÇÃO IX

DOS ALINHAMENTOS E DOS AFASTAMENTOS

Art. 47 – Todos os prédios construídos ou reconstruídos dentro de


perímetro urbano deverão obedecer ao alinhamento e ao recuo obrigatório,
fornecidos pela Prefeitura Municipal.

Art. 48 – Os afastamentos mínimos previstos serão:

a) afastamento frontal: 3,00 m (três metros);


b) afastamento laterais: 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), quando
existir abertura lateral para iluminação e ventilação.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

SEÇÃO X

DAS INSTALAÇÕES HIRDRÁULICAS E SANITÁRIAS

Art. 49 – As instalações hidráulicas deverão ser feitas de acordo com as


especificações fornecidas pelo órgão competente.

Art. 50 – É obrigatória a ligação da rede domiciliar às redes de água e


esgoto, quando tais redes existirem na via pública onde se situa a edificação.

Art. 51 – Enquanto não houver rede de esgoto as edificações serão


dotadas de fossas sépticas afastadas de, no mínimo, 5,00 (cinco metros) das
divisas do lote e com capacidade proporcional ao número de pessoas na
ocupação do prédio.

§ 1º - depois de passarem pela fossa séptica, as águas serão infiltradas


no terreno por meio de sumidouro convenientemente construído.

§ 2º - as águas provenientes de pias de cozinhas e de copa deverão


passar por caixa de gordura antes de serem lançadas no sumidouro.

§ 3º - as fossas com sumidouro deverão ficar a uma distância mínima de


15,00 m (quinze metros) de raio de poços de captação de água, situados no
mesmo terreno ou terreno vizinho.

CAPÍTULO VI

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

SEÇÃO I

DAS CONDIÇÕES GERAIS

Art. 52 – Os compartimentos de edificações para fins residenciais


conforme sua utilização obedecerão as seguintes condições quanto as
dimensões mínimas:
ÁREA MÍNIMA
DOS VÃO S
PORTAS
ÁREA LARGURA PÉ DIREITO DE
COMPARTIMENTO LARGURAS
MÍMIMA (M2) MÍNIMA MÍNIMO ILUMINAÇÃO
MÍNIMAS (M)
EM RELAÇÃO A
ÁREA DE PISO
Sala 10,00 2,50 2,70 0,80 1/5
Quarto 9,00 2,50 2,70 0,70 1/5
Cozinha 4,00 2,00 2,40 0,80 1/8
Copa 4,00 2,00 2,40 0,70 1/8
Banheiro 2,50 1,20 2,40 0,60 1/8
Halo - - 2,40 - 1/10
Corredor - 0,90 2,40 - 1/10
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

§ 1º - Poderá ser admitido um quarto de serviço com área inferior àquela


prevista no presente artigo, e com largura de 2,00 (dois metros).

§ 2º - Os banheiros que contiverem apensa um vaso e um chuveiro ou um


vaso e um lavatório, poderão ter área mínima de 1,50 (um metro e cinqüenta
centímetros quadrados) e largura mínima de 0,90 (noventa centímetros).

§ 3º - As portas terão 2,10 (dois metros e dez centímetros) de altura no


mínimo, sendo suas larguras variáveis segundo especificações do “caput” do
artigo.

SEÇÃO II

DOS EDIFÍCIOS DE APARTAMENTOS

Art. 53 – Além de outras disposições do presente código que lhes forem


aplicáveis, os edifícios de apartamentos deverão obedecer as seguintes
condições:

I – possuir local centralizado para coleta de lixo com terminal em recinto


fechado;

II – possuir equipamento para extinção de incêndio;

III – possuir área de recreação coberta ou não, proporcional ao número de


compartimentos de permanência prolongada, possuindo:

a) proporção mínima de 1,00 m2 (um metro quadrado) por


compartimento de permanência prolongada, porém, não
podendo ser inferior a 50.00 m2 (cinquenta metros quadrados);

b) continuidade, não podendo seu dimensionismo ser feito por


adição de áreas parciais isoladas;

c) acesso através de partes comuns, afastado dos depósitos


coletores de lixo e isolado de passagem de veículos.

SEÇÃO III

DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM

Art. 54 – Além de outras disposições deste Código e das demais leis


municipais, estaduais e federais que lhes forem aplicáveis, os estabelecimentos
de hospedagem deverão obedecer às seguintes exigências:

I – hall de recepção, com serviços de portaria;


Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

II – entrada de serviço independente da entrada de hóspedes;

III – lavatório com água corrente em todos os dormitórios;

IV – instalações sanitárias do pessoal de serviço independentes e


separadas das destinadas aos hóspedes;

V – local centralizado para coleta de lixo com terminal em recinto fechado.

CAPÍTULO VIII

DAS EDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS

Art. 55 – A construção, reforma ou adaptação de prédios para uso


industrial somente será permitida em áreas previamente aprovadas pela
Prefeitura Municipal.

Art. 56 – As edificações de uso industrial deverão atender, além das


demais disposições deste Código que lhes forem aplicáveis, as seguintes:

I – terem afastamento mínimo de 3.00 (três metros) das divisas laterais;

II – terem afastamento mínimo de 5,00 (cinco metros) da divisa frontal,


sendo permitido neste espaço o pátio de estacionamento;

III – serem as fronteiras de calor, ou dispositivos onde se concentram as


mesmas convenientemente dotadas de isolamento térmico e afastadas pelo
menos 0,50 (cinqüenta centímetros) das paredes;

IV – terem os depósitos de combustíveis locais adequadamente


preparados;
V – serem as escadas e os entepisos de material incombustível;

VI – terem nos locais de trabalho, iluminação natural através de cobertura


com área natural mínima de 1/7 (um sétimo) da área do piso, sendo admitidos
lanternins ou “shed”;

VII – terem compartimentos sanitários em cada pavimento devidamente


separados para ambos os sexos.

Parágrafo único – Não será permitida a descarga de esgotos sanitários de


qualquer procedência e despejos industriais “in natura” nas valas coletoras de
água pluviais, ou em qualquer curso d´água.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

SEÇÃO II

DAS EDIFICAÇÕES DESTINADAS AO COMÉRCIO, SERVIÇO E ATIVIDADES


PROFISSIONAIS

Art. 57 – Além de outras disposições do presente Código que lhes forem


aplicáveis, as edificações destinadas ao comércio, serviço e atividades
profissionais, deverão ser adotadas de:

I – reservatório de água, de acordo com as exigências do órgão ou


empresa encarregada do abastecimento de água, totalmente independente da
parte residencial quando se trata de edificações de uso misto;

II – instalações coletoras de lixo nas condições exigidas para os edifícios


de apartamentos, quando tiverem mais de 2 (dois) pavimentos;

III – aberturas de ventilação e iluminação na proporção de no mínimo 1/6


(um sexto) da área do compartimento;

IV – instalações sanitárias privadas em todos os conjuntos ou salas com


área igual ou superior a 20.00 m2 (vinte metros quadrados).

Parágrafo único – A natureza do revestimento do piso e das paredes das


edificações destinadas ao comércio dependerá da atividade a ser desenvolvida,
devendo ser executados de acordo com as leis sanitárias do Estado.

SEÇÃO III

DOS ESTABELECIMENTOS HOSPITALARES E LABORATÓRIOS

Art. 58 – As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares e de


laboratórios de análise e pesquisa devem obedecer às condições estabelecidas
pela Secretaria de Saúde do Estado, além das disposições deste Código, que
lhes forem aplicáveis.

SEÇÃO IV

DAS ESCOLAS E DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

Art. 59 – As edificações destinadas a estabelecimentos escolares deverão


obedecer às normas estabelecidas pela Secretaria de Educação do Estado,
além das disposições deste Código, que lhes forem aplicáveis.

SEÇÃO V
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

DOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS

Art. 60 – Além das demais disposições deste Código, que lhes forem
aplicáveis, os edifícios públicos deverão obedecer ainda às seguintes condições
mínimas para cumprir o previsto no artigo 3º da presente Lei.

I – rampas de acessos ao prédio deverão ter declividade máxima de 8%


(oito por cento), possuir piso antiderrapante e corrimão na altura de 0,75 m
(setenta e cinco centímetros).

II – na impossibilidade de construção de rampas, a portaria deverá ser no


mesmo nível da calçada;

III – quando da existência de elevadores, estes deverão ter dimensões


mínimas de 1,10 x 1,40 m (um metro e dez centímetros, por um metro e
quarenta centímetros);

IV – os elevadores deverão atingir todos os pavimentos, inclusive


garagens e sub-solo;

V – todas as portas deverão ter largura mínima de 0,80 m (oitenta


centímetros);

VI – os corredores deverão ter largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte


centímetros);

VII – a altura máxima dos interruptores, campainhas e painéis de


elevadores será de 0,80 m (oitenta centímetros).

Art. 61 – Em pelo menos um gabinete sanitário de cada banheiro


masculino e feminino deverão ser obedecidas as seguintes condições:

I – dimensões mínimas de 1,40 x 1,85 m (um metro e quarenta


centímetros, por um metro e oitenta e cinco centímetros);

II – o eixo do vaso sanitário deverá ficar a uma distância de 0,45 m


(quarenta centímetros) de largura;

III – as portas não poderão abrir para dentro dos gabinetes sanitários,
tendo no mínimo 0,80 m (oitenta centímetros) de largura;

IV – a parede lateral mais próxima ao vaso sanitário, bem como o lado


interno da porta deverão ser dotadas de alça de apoio, a uma altura de 0,80 m
(oitenta centímetros);

V – os demais equipamentos não poderão ficar a alturas superiores a 1,00


m (um metro).
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

SEÇÃO VI

DOS POSTES DE ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS

Art. 62 – Além de outros dispositivos deste Código que lhes forem


aplicáveis, os postos de abastecimento de veículos estarão sujeitos aos
seguintes itens:

I – apresentação de projetos detalhados dos equipamentos e instalações;

II – construção em materiais incombustíveis;

III – construção de muros de alvenaria de 2,00 m (dois metros) de altura,


separando-os das propriedades vizinhas;

IV – construção de instalações franqueadas ao público, separadas, para


ambos os sexos.

Parágrafo único – As edificações para postos de abastecimento de


veículos deverão observar ainda, as normas concernentes à legislação vigente
sobre inflamáveis.

SEÇÃO VII

DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO

Art. 63 – As condições para o cálculo do número de vagas de veículos


serão na proporção abaixo discriminadas, por tipo de uso das edificações:

I – residência unifamiliar; 1 (uma) vaga por unidade residencial;

II – residência multifamiliar; 1 (uma) vaga por unidade residencial;

III – supermercado com área superior a 200,00 m² (duzentos metros


quadrados); 1 (uma) vaga para cada 25,00 m² (vinte e cinco metros quadrados)
de área útil;

IV - restaurantes, churrascarias ou similares, com área superior a 250,00


m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados); 1 (uma) vaga para cada 40,00 m²
(quarenta metros quadrados) da área útil;

V – hotéis, albergues ou similares; 1 (uma) vaga para cada 2 (dois)


quartos;
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

VI – motéis; 1 (vaga) por quarto;

VII – hospitais, clínicas e casas de saúde; 1 (uma) vaga para cada 100,00
m² (cem metros quadrados) de área útil.

Parágrafo único – Será considerada área útil para os cálculos referidos


neste artigo, as áreas utilizadas pelo serviço público, ficando excluídos,
depósitos, cozinhas, circulação de serviços ou similares.

Art. 64 – A área mínima por vaga será de 15,00 m² (quinze metros


quadrados), com largura mínima de 3 m (três metros).

Art. 65 – Será permitido que as vagas de veículos exigidas para


edificações, ocupem as áreas liberadas pelos afastamentos laterais ou de
fundos.

Art. 66 – As áreas de estacionamento, que porventura não estejam


previstas neste Código, serão estabelecidas, por semelhança, pelo órgão
competente da Prefeitura Municipal.

CAPÍTULO IX

DOS PROJETOS DE REFORMA, ACRÉSCIMO OU DEMOLIÇÃO

SEÇÃO I

DAS DEMOLIÇÕES

Art. 66-A - Nenhuma demolição de edificação poderá ser efetuada


sem comunicação prévia ao órgão competente do Município, que expedirá
as condições para a demolição e a respectiva licença após o cumprimento
das exigências.

Art. 66-B - Não é permitida a mudança de destinação do uso de


qualquer construção sem a autorização prévia da Prefeitura, sob pena de
sanção cabível, nos termos da presente Lei.

SEÇÃO II

DA LEGALIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Art. 66-C - Será considerado como imóvel ilegal toda obra edificada,
com finalidade habitacional, comercial ou industrial, sem o respectivo
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Alvará de Construção e que não possua a autorização municipal para a sua


ocupação ou utilização.

§ 1º – Aplica-se esta definição indistintamente às obras


existentes antigas, novas ou a acréscimos, concluídas ou não.

§ 2º – Toda ação ou omissão que resulte em obra edificada


ilegalmente, sujeitará o proprietário do imóvel a multa definida no Anexo
III.

Art. 67 – A demolição de qualquer edifício, só poderá ser executada


mediante licença expedida pelo órgão competente da Prefeitura Municipal.

Parágrafo único – O requerimento de licença para demolição deverá ser


assinado pelo proprietário da edificação a ser demolida.

Art. 68 – A Prefeitura Municipal poderá, a juízo do órgão técnico


competente, obrigar a demolição de prédios que estejam ameaçando de
desabamento ou de obras em situação irregular, cujos proprietários não
cumpram as determinações deste Código.

CAPÍTULO X

DAS CONSTRUÇÕES IRREGULARES

Art. 69 – Qualquer obra, em qualquer fase, sem a respectiva licença


estará sujeita a multa, embargo, interdição, demolição e apreensão.

Art. 69 – Qualquer obra, em qualquer fase, sem a respectiva licença


estará sujeita a multa, embargo, interdição, demolição e apreensão..(NR)

Art. 70 – A fiscalização, no âmbito de sua competência, expedirá


notificações de autos de infração endereçada ao proprietário da obra ou ao
responsável técnico, para o cumprimento das disposições deste Código.

Art. 71 – As notificações serão expedidas apenas para o cumprimento de


alguma exigência acessória contida no processo, tais como regularização do
projeto, da obra ou por falta de cumprimento das disposições deste Código.

§ 1º - Expedida a notificação, esta terá o prazo de 15 (quinze) dias para


ser cumprida.

§ 2º - Esgotado o prazo de notificação, sem que a mesma seja atendida,


lavrar-se-á o auto de infração.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 72 – Independerá de notificação, devendo o infrator ser imediatamente


autuado:
I – quando iniciar a obra sem a devida licença da Prefeitura Municipal;

II – quando não cumprir a notificação no prazo regulamentar;

III – quando houver embargo ou interdição;

Art. 73 – A obra em andamento, seja ela de reparo, reconstrução, reforma


ou construção, será embargada, sem prejuízo das multas e outras penalidades,
quando:

I – estiver sendo executada sem licença ou alvará da Prefeitura Municipal,


nos casos em que o mesmo for necessário conforme previsto na presente Lei;

II – for desrespeitado o respectivo projeto;

III – o proprietário ou responsável pela obra recusar-se a atender a


qualquer notificação da Prefeitura Municipal, referente às disposições deste
Código;

IV – não forem observados o alinhamento e nivelamento;

V – estiver em risco sua estabilidade.

Art. 74 – Para embargar uma obra deverá o fiscal, ou funcionário


credenciado pela Prefeitura Municipal, lavrar um auto de embargo.

Art. 75 – O embargo somente será levantado após o cumprimento das


exigências consignadas no auto de embargo.

Art. 76 – O prédio, ou qualquer de suas dependências, poderá ser


interditado provisória ou definitivamente pela Prefeitura Municipal, nos seguintes
casos:

I – ameaça à segurança e estabilidade das construções próximas;

II – obras em andamento com risco para o público ou para o pessoal da


obra.

Art. 77 – Não atendida a interdição, não realizada a interdição ou


indeferido o respectivo recurso, terá início a competente ação judicial.

CAPÍTULO XI

DA FISCALIZAÇÃO
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

SEÇÃO I

DOS FISCAIS

Art. 77-A - A fiscalização das obras será exercida pela Prefeitura


Municipal de Pinheiral através da Fiscalização de Obras e de Posturas.

Parágrafo único – O Fiscal de Obras e de Posturas, antes de iniciar


qualquer procedimento, deverá se identificar perante o proprietário da
obra, Responsável Técnico ou de seus prepostos.

SEÇÃO II

DAS INFRAÇÕES

Art. 77-B - Constitui infração toda ação ou omissão contraria às


disposições deste Código ou de outras leis ou atos baixados pelo
Município no exercício regular do seu poder de polícia.

§ 1º – Ao Município assiste o dever de, em qualquer tempo, exercer a


função fiscalizadora no sentido de verificar a observância dos preceitos
estabelecidos no Plano Diretor.

§ 2º – Em nenhuma hipótese poderá ser suspenso a ação fiscal,


desde que no decurso da fiscalização sejam comprovados indícios de
infração à legislação urbanística.

§ 3º – Os servidores públicos investidos em função fiscalizadora


poderão, observadas as formalidades legais, inspecionar bens e
documentos de qualquer espécie, desde que relacionados com a
legislação urbanística.

§ 4º – Quando vítimas de embaraço ou de desacato no exercício de


suas funções, ou quando seja necessária à efetivação de medidas
acauteladoras do interesse do fisco, ainda que não se configure como fato
definido como crime, os agentes fiscalizadores, diretamente ou por
intermédio da sua chefia imediata, poderão requisitar auxílio das
autoridades policiais.

SEÇÃO III

DO AUTO DE INFRAÇÃO
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 77-C - Auto de Infração é o instrumento no qual é lavrada a


descrição da ocorrência que, por sua natureza, características e demais
aspectos peculiares, denote ter a pessoa física ou jurídica, contra a qual é
lavrado o auto, infringido os dispositivos deste Código.

Art. 77-D - O Auto de Infração, lavrado com precisão e clareza, sem


entrelinhas, emendas ou rasuras, deverá conter as seguintes informações:

I - a indicação do dia e lugar em que se deu a infração, ou em que


esta foi constatada pelo autuante;

II - o fato ou ato que constituiu a infração;

III - o nome e assinatura do infrator, ou na sua falta, denominação


que o identifique, e endereço;

IV - nome e assinatura do autuante, bem como sua função e cargo;

Parágrafo único – As omissões ou incorreções do Auto de Infração


não acarretarão sua nulidade quando do processo constar elementos
suficientes para a determinação da infração e do infrator.

Art. 77-E - O Auto de Infração será lavrado em 3 (três) vias, assinadas


pelo autuado e pela autoridade fiscal que verificar a infração, sendo 2
(duas) retidas por esta e a 01 (uma) entregue ao autuado.

Parágrafo único – Quando o autuado não for encontrado ou se


recusar a assinar o respectivo auto, o fato deverá nele ser registrado e a
notificação poderá ser feita por via postal, com aviso de recebimento, ou
posteriormente por edital.

Art. 77-F - Lavrado o Auto de Infração, o infrator poderá apresentar


defesa escrita dirigida à autoridade municipal competente, no prazo
máximo de 5 (cinco) dias, a contar de seu recebimento, findo o qual será o
auto encaminhado para cobrança da multa, sem prejuízo de outras
penalidades.

Art. 77-G - A lavratura do Auto de Infração independe de testemunhas


e o servidor público municipal que o lavrou assumirá inteira
responsabilidade por sua emissão.

SEÇÃO IV

DAS PENALIDADES
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 77-H - As infrações aos dispositivos deste Código serão


sancionadas com as seguintes penalidades:

I - multa;

II - embargo de obra;

III - interdição de edificação ou dependência;

IV – demolição;

V - apreensão.

§ 1º – A imposição das penalidades não se sujeita à ordem em que


estão relacionadas neste artigo.

§ 2º – A aplicação de uma das penalidades previstas neste artigo não


prejudica a aplicação de outra, se cabível.

§ 3º – A aplicação de penalidade de qualquer natureza não exime o


infrator do cumprimento da obrigação a que esteja sujeito.

SEÇÃO V

DAS MULTAS

Art. 78 – A aplicação das penalidades previstas no Capítulo X da presente


Lei, não eximem o infrator da obrigação do pagamento de multa por infração,
nem da regularização da mesma.

Art. 78 - A aplicação das penalidades previstas no inciso I, do artigo


anterior, não eximem o infrator da obrigação de regularização da obra ou
construção.(NR)

Art. 79 – As multas serão calculadas em Unidade Fiscal de Pinheiral


(UFIP), e obedecerão os seguintes valores:

I – iniciar ou executar obras incluindo serviço de terraplenagem sem


licença da Prefeitura Municipal:
a) edificações com área até 60,00 m² (sessenta metros quadrados),
04 UFIP;
b) edificações com área entre 61,00 m² (sessenta e um metros
quadrados) e 75,00 m² (setenta e cinco metros quadrados), 06
UFIP;
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

c) edificações com área entre 76,00 m² (setenta e seis metros


quadrados) e 100,00 m² (cem metros quadrados), 12 UFIP;
d) edificações com área acima de 100,00 m² (cem metros
quadrados), 24 UFIP;
e) serviços de terraplenagem, 10 UFIP.

II – executar obras em desacordo com o projeto aprovado, 12 UFIP;


III – construir em desacordo com o termo de alinhamento, 12 UFIP;
IV – omitir, no projeto, a existência de cursos d’água ou topografia
acidentada que exijam obras de contenção de terreno, 12 UFIP;
V – demolir prédios sem licença da Prefeitura Municipal, 05 UFIP;
VI – não manter no local da obra, projeto ou alvará de execução da obra,
04 UFIP;
VII – deixar material sobre o leito do logradouro público, além do tempo
necessário para descarga e remoção, 06 UFIP;
VIII – deixar de colocar tapumes e andaimes em obras que atinjam o
alinhamento, 04 UFIP;

Art. 79 - Pelas infrações às disposições deste Código serão aplicadas


ao Responsável Técnico e ao proprietário, as penalidades previstas no
quadro do Anexo III.

Parágrafo único – As multas serão calculadas em Unidade de


Referência Fiscal - URF.(NR)

Art. 79-A - Imposta a multa, será dado conhecimento da mesma ao


infrator, no local da infração ou na sede da empresa construtora, mediante
a entrega da primeira via do Auto de Infração, na qual deverá constar o
despacho da autoridade municipal competente que a aplicou.

§ 1º – O infrator terá prazo de 30 (trinta) dias para efetuar o


pagamento da multa.

§ 2º – Decorrido o prazo estipulado no § 1°, a multa não paga será


inscrita em dívida ativa e cobrada por via executiva judicial, sem prejuízo
de outras penalidades.

Art. 79-B - As multas pagas dentro do prazo de vencimento terão


desconto de 50% (cinquenta por cento), sobre o valor.

Art. 80 – O contribuinte terá prazo de 30 (trinta) dias, a contar da intimação


ou autuação, para legalizar a obra ou a sua modificação, sob pena de ser
considerado reincidente.

Art. 81 – Na reincidência, as multas serão aplicadas em dobro.


Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 81 - As reincidências terão o valor da multa multiplicado


progressivamente de acordo com o número de vezes em que for verificada
a infração.(NR)

SEÇÃO VI

DO EMBARGO DA OBRA

Art. 81-A - Obras em andamento de qualquer natureza serão


embargadas, sem prejuízo das multas quando:

I - estiverem sendo executadas sem o respectivo alvará ou licença,


nos casos em que o mesmo for necessário;

II - o respectivo projeto for desrespeitado em qualquer de seus


elementos essenciais;

III - não for respeitado o alinhamento predial ou seu recuo mínimo;

IV - estiver sendo executada sem a responsabilidade de profissional


matriculado na Prefeitura Municipal de Pinheiral, quando for o caso;

V - o responsável técnico sofrer suspensão ou cassação do órgão


fiscalizador profissional;

VI - estiver em risco sua estabilidade, com perigo para o público ou


para o pessoal que a execute.

Art. 81-B - A verificação da infração será feita mediante vistoria


realizada pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos e pela
Secretaria Municipal de Governo, através da Fiscalização de Obras e de
Postura, que emitirá notificação ao responsável pela obra e fixará o prazo
para sua regularização, sob pena de embargo.

§ 1º – Feito o embargo e lavrado o respectivo auto, o responsável


pela obra poderá apresentar defesa no prazo de 5 (cinco) dias, e somente
depois deste prazo, com ou sem defesa, o processo será julgado pela
autoridade competente para aplicação das penalidades correspondentes.

§ 2º – O embargo somente será suspenso quando forem eliminadas


as causas que o determinaram.

SEÇÃO VII

DA INTERDIÇÃO
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 81-C - Uma edificação, ou qualquer uma de suas dependências,


poderá ser interditada em qualquer tempo, com impedimento de sua
ocupação, quando oferecer iminente perigo de caráter público.

Art. 81-D - A interdição será imposta por escrito pela autoridade


municipal competente, após vistoria efetuada pelo respectivo
departamento.

§ 1º – Não atendida a interdição e não interposto recurso ou


indeferido este, a Prefeitura Municipal de Pinheiral tomará as medidas
legais cabíveis.

§ 2º – A interdição só será suspensa quando forem eliminadas as


causas que a determinaram.

SEÇÃO VIII

DA DEMOLIÇÃO

Art. 81-E - A demolição parcial ou total da edificação será imposta


quando:

I - a obra estiver sendo executada sem projeto aprovado e sem alvará


de licenciamento, e não puder ser regularizada nos termos da legislação
vigente;

II - houver desrespeito ao alinhamento e não houver possibilidade de


modificação na edificação para ajustá-la à legislação vigente;

III - houver risco iminente de caráter público e o proprietário não


quiser tomar as providências determinadas pela Prefeitura Municipal de
Pinheiral para a sua segurança.

Art. 81-F - Quando a obra estiver licenciada, a demolição dependerá


de anulação ou revogação da licença para construção.

§ 1º – O procedimento descrito no caput deste artigo depende de


prévia notificação ao responsável pela obra, o qual terá o prazo de 15
(quinze) dias para apresentar defesa, e somente após este prazo, com ou
sem defesa, o processo será julgado para comprovação da justa causa
para demolição da obra, para as hipóteses previstas nos incisos I e II do
artigo anterior.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

§ 2° – Na hipótese do inciso III do artigo anterior, poderá a Prefeitura


Municipal de Pinheiral proceder a demolição imediata da edificação, desde
que respaldada em laudo de vistoria emitido pela Defesa Civil que
justifique a providência.

Art. 81-G - Deverá ser executada a demolição imediata de toda obra


clandestina, mediante ordem sumária do órgão competente da Prefeitura
Municipal de Pinheiral.

§ 1º – Entende-se como obra clandestina toda aquela que não


possuir licença para construção.

§ 2º – A demolição poderá não ser imposta para a situação descrita


no caput deste artigo, desde que a obra, embora clandestina, atenda às
exigências deste Código e demais leis urbanísticas municipais e que se
providencie a legalização formal da documentação, com o pagamento das
multas devidas.

Art. 81-H - Caso a Fiscalização Municipal constate construções em


ruínas ou estado precário de conservação, a Prefeitura Municipal de
Pinheiral poderá exigir sua recuperação ou demolição.

§ 1° – O proprietário, possuidor ou ocupante de qualquer tipo de


edificação como a que se refere o caput deste artigo deverá iniciar dentro
de 15 (quinze) dias, a partir da intimação, os serviços de recuperação ou
demolição, conforme o caso.

§ 2° – Não sendo iniciados os serviços, nos termos do parágrafo


anterior, a Prefeitura Municipal de Pinheiral tomará as providências para
realizá-lo, e as despesas decorrentes serão cobradas do proprietário, sem
prejuízo das sanções cabíveis.

SEÇÃO IX

DA APREENSÃO

Art. 81-I - A apreensão consiste na tomada de todos e quaisquer


objetos, materiais e ferramentas, que constituem prova material da
infração aos dispositivos estabelecidos neste Código, leis, decretos ou
regulamentos municipais.

§ 1º - Havendo prova, ou fundada suspeita, de que os objetos,


materiais e ferramentas se encontram em residência particular ou lugar
utilizado como moradia, serão promovidas a busca e apreensão judicial,
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

sem prejuízo das medidas necessárias para evitar a continuidade das


infrações.

§ 2º - Nos casos de apreensão, as coisas apreendidas serão


recolhidas aos depósitos da Prefeitura Municipal de Pinheiral.

§ 3º - Quando as coisas apreendidas não puderem ser recolhidas ao


depósito da Prefeitura Municipal de Pinheiral, poderão ser depositadas em
mãos de terceiros, se idôneos.

§ 4º - A devolução da coisa apreendida somente será feita depois que


o infrator pagar as multas que tiverem sido aplicadas, e indenizar a
Prefeitura Municipal de Pinheiral das despesas que tiverem sido realizadas
com a apreensão, o transporte e o depósito, devidamente apuradas e
comprovadas em processo administrativo.

§ 5º - No caso de não serem reclamadas e retiradas dentro do prazo


de 15 (quinze) dias, as coisas apreendidas serão, leiloadas, incorporadas
ao patrimônio do Município ou doadas a instituições de assistência social
sem fins lucrativos, devidamente inscritas na Prefeitura Municipal de
Pinheiral;

§ 6º - A importância apurada no leilão das coisas apreendidas será


aplicada na indenização das multas, tributos e das despesas, e o saldo
revertido em favor do Município ou doadas a instituições de assistência
social sem fins lucrativos, devidamente inscritas na Prefeitura Municipal de
Pinheiral.

Art. 81-J - Da apreensão lavrar-se-á auto que conterá a descrição das


coisas apreendidas e a indicação do lugar onde ficarão depositados, e
ainda:

I - a indicação do dia e lugar em que se deu a apreensão;

II - o nome e assinatura do infrator, ou na sua falta, denominação que


o identifique, e endereço;

III - nome e assinatura da autoridade;

Parágrafo único – As omissões ou incorreções do Auto de


Apreensão não acarretarão sua nulidade quando do processo constar
elementos suficientes para a determinação da infração e do infrator.

CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Art. 82 – A numeração de qualquer prédio ou qualquer unidade residencial


será estabelecida pela Prefeitura Municipal.

Art. 83 – É obrigação do proprietário a colocação de placa de numeração


que deverá ser fixada em lugar visível.

Art. 83-A - É vedada a construção de qualquer tipo de edificação,


mesmo que provisória próximo a rodovias, estradas vicinais, dutos de
serviços e linhas de transmissão de energia elétrica; sendo obrigatória a
manutenção de uma distância mínima de segurança de 15,00m (quinze
metros) do eixo imaginário da via.

Parágrafo único – Será tolerada, a título precário, a legalização de


imóvel com distância inferior à fixada no caput deste artigo, desde que
haja autorização por escrito do órgão interessado.

Art. 83-B - O Responsável Técnico da obra apresentará, quando da


abertura do processo, declaração de que serão seguidas todas as normas
e legislações específicas referentes ao tipo de edificação que será
construída ou legalizada, isentando o Município de qualquer
responsabilidade pelo descumprimento das normas vigentes.

Art. 84 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 85 – Revogam-se as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Pinheiral, 16 de outubro de 1997.

Aurelino Gonçalves Barbosa


Prefeito Municipal
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

ANEXO I

Para fins deste Código adotam-se as seguintes definições técnicas:


I – acréscimo – aumento de uma edificação quer no sentido vertical, quer no
sentido horizontal, realizado após a conclusão da mesma;
II – afastamento – distância entre a construção e as divisas do lote em que está
localizada, podendo ser frontal, lateral ou de fundos;
III – alinhamento – linha projetada e locada ou indicada pela Prefeitura
Municipal, para marcar o limite entre o lote e o logradouro público;
V – andaime – estrado provisório de madeira ou de material metálico para
sustentar os operários em trabalhos, acima do nível do solo;
VI – área de construção – área total de todos os pavimentos de uma edificação,
inclusive o espaço ocupado pelas paredes;
VII – balanço – avanço de construção sobre o alinhamento do pavimento térreo;
VIII – cota – número que exprime em metros, ou outra unidade de comprimento,
a distância vertical ou horizontal;
IX – declividade – inclinação do terreno;
X – divisa – linha limítrofe de um lote ou terreno;
XI – embargo – paralisação de uma construção em decorrência de
determinações administrativas e judiciais;
XII – fossa séptica – tanque de alvenaria ou concreto onde se depositam as
águas de esgoto e as matérias sofrem processo de desintegração;
XIII – fundação – parte de estrutura localizada abaixo do nível do solo e que tem
por função distribuir as cargas ou esforços da edificação pelo terreno;
XIV – habite-se – autorização expedida pela autoridade municipal para a
ocupação e uso das edificações concluídas;
XV – interdição – ato administrativo que impede a ocupação de uma edificação;
XVI – logradouro público – parte da superfície da cidade, destinada ao trânsito
ou ao uso público, oficialmente reconhecido por uma designação própria;
XVII – marquises – estrutura em balanço destinada à cobertura e proteção de
pedestres;
XVIII – muros de arrimo – muros destinados a suportar os esforços do terreno;
XIX – nivelamento – regularização do terreno através de cortes e aterros;
XX – passeio – parte do logradouro destinado à circulação de pedestre (o
mesmo que calçada);
XXI – pé-direito – distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento;
XXII – recuo – incorporação ao logradouro público, de uma área de terreno, em
virtude de recuo obrigatório;
XXIII – sumidouro – poço destinado a receber afluente da fossa séptica e
permitir sua infiltração subterrânea;
XIV – tapume – proteção de madeira que cerca toda extensão do canteiro de
obras;
XXV – taxa de ocupação – relação entre a área do terreno ocupada pela
edificação, e a área total do terreno;
XXVI – vaga – área destinada à guarda de veículos, dentro dos limites do lote;
XXVII – vistoria – diligência efetuada por funcionário credenciado pela Prefeitura,
para verificar as condições de uma edificação ou obra em andamento.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

ANEXO II

Relação de Documentos Necessários para Aprovação de Projeto

Aprovação de projeto de Arquitetura, Regularização e


Parcelamento de Solo

 Requerimento de Aprovação de Projeto;


 Procuração, quando for o caso;
 Documento de Identidade e CPF do proprietário;
 Comprovante de residência do proprietário;
 Certidão de Dados Cadastrais;
 Certidão Atualizada do Cartório de Registro de Imóveis competente e/ou
Instrumento de legitimação e o exercício da posse em favor do requerente;
 Carteira de Registro do CREA ou CAU do RT, com declaração de regularidade;
 Certidão Negativa de Débitos Municipais do imóvel, do requerente e do RT;
 Original da ART ou RRT paga;
 3 vias do Projeto;
 Taxa de abertura de processo.

Habite-se

 Requerimento de Habite-se;
 Procuração, quando for o caso;
 Documento de Identidade e CPF do proprietário;
 Comprovante de residência do proprietário;
 Certidão de Dados Cadastrais;
 Certidão Atualizada do Cartório de Registro de Imóveis competente e/ou
Instrumento de legitimação e o exercício da posse em favor do requerente;
 Carteira de Registro do CREA ou CAU do RT, com declaração de regularidade;
 Certidão Negativa de Débitos Municipais do imóvel, do requerente e do RT;
 Alvará de Construção;
 1 Cópia do Projeto de arquitetura e condomínio, quando for o caso,
aprovado(s);
 Taxa de abertura de processo.
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Condomínio

 Requerimento de Aprovação de Projeto;


 Procuração, quando for o caso;
 Documento de Identidade e CPF do proprietário;
 Comprovante de residência do proprietário;
 Certidão de Dados Cadastrais;
 Certidão Atualizada do Cartório de Registro de Imóveis competente e/ou
Instrumento de legitimação e o exercício da posse em favor do requerente;
 Carteira de Registro do CREA ou CAU do RT, com declaração de regularidade;
 Certidão Negativa de Débitos Municipais do imóvel, do requerente e do RT;
 Alvará de Construção;
 3 vias do Projeto de condomínio;
 1 Cópia do Projeto de arquitetura;
 Cópia do habite-se;
 Taxa de abertura de processo.

Anexo III

Tabela de Infrações e Penalidades

Multa ao Multa Valor


Infração Embargo Interdição Demolição
Prop. ao RT (URF)

Omissão no projeto da
existência de curso
d’água, topografia
● ● 76
acidentada ou elementos
de altimetria relevantes
ou qualquer informação
essencial à análise.

Início de obra sem


Responsável Técnico, de ● ● 76
acordo com as
prescrições deste código.

Ocupação de obra sem o


● ● 76
Habite-se

Execução de obra sem a


● ● ● ● ● 115
licença exigida

Ausência do Projeto
aprovado e demais
● ● ● 40
documentos exigidos no
local da obra
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Execução da obra em
desacordo com o projeto
aprovado e/ ou alteração ● ● ● ● 95
de elementos
geométricos essenciais.

Construção ou instalação
executada de maneira a
por em risco a
estabilidade da obra ou a ● ● ● ● 190
segurança desta, do
pessoal empregado ou da
coletividade

Inobservância do
alinhamento e nivela- ● ● ● 40
mento

Colocação de materiais
no passeio ou via ● ● 40
pública.

Imperícia, com prejuízos


ao interesse público na
● ● 190
execução da obra ou
instalação

Danos causados à
coletividade ou ao
interesse público
provocados pela má
● ● 190
conservação das
fachadas, marquises ou
corpos em balanço ou
similares

Inobservância deste
código quanto à mu- ● ● 40
dança de RT

Utilização da edificação
para fins diversos do
● ● 40
declarado no projeto de
arquitetura

Não atendimento ou
descumprimento a
● 115
documentos de ação
fiscal
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRAL
GABINETE DO PREFEITO

Prefeitura Municipal de Pinheiral – RJ, 16 de outubro de 1997.

Aurelino Gonçalves Barbosa


Prefeito

Você também pode gostar