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10/3/2017 LEI N.

071/PMC/85 — CÂMARA MUNICIPAL DE CACOAL-RO - LEGISLANDO EM BENEFICIO DO POVO DE CACOAL

LEI N. 071/PMC/85
Dispões sobre as construções do município de Cacoal-RO, e da outras providências

LEI N. 071/PMC/85 de 12 de dezembro de


1985.

CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO

Dispões sobre as construções do município de Cacoal-RO, e da outras providências.

O Prefeito Municipal de Cacoal,

Faço saber que a Câmara Municipal de Cacoal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º- Qualquer construção ou reforma, de iniciativa pública ou provada somente poderá ser executada
após exame, aprovação do projeto e concessão de licença de construção pela Prefeitura Municipal, de acordo
com as exigências contidas neste Código e mediante o reconhecimento da responsabilidade de profissional
legalmente habilitado, firmado pelo órgão competente em todas as vias do projeto.

Art. 2º- Para os efeitos deste Código, ficam dispensados de apresentação de projeto, ficando contudo sujeitas
a Concessão de licença, a construção de edificações destinadas a habilitação e as pequenas reformas com as
seguintes características:

I. Terem área de construção igual ou inferior a 50,00 m² (cinqüenta metros


quadrados);

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II. Não determinarem reconstrução ou acréscimo que ultrapassem a área de 18,00 m²


(dezoito metros quadrados);

III. Não possuírem estrutura especial, nem exigirem cálculo estrutural.

IV. Não transgredirem este Código.

Parágrafo Único- Para concessão de licença, nos casos previstos no “caput” deste artigo serão exigidos
croquis e cortes esquemáticos contendo dimensões e áreas, traçadas em formulários fornecidos pela
Prefeitura Municipal, podendo ser autorizado tal edificação apenas uma vez.

Art. 3º- Os edifícios públicos de acordo com a Emenda Constitucional nº 12, de 17/10/1978, deverão possuir
condições técnicas construtivas que assegurem aos deficientes físicos – pleno acesso e circulação nas suas
dependências.

Art. 4º- O responsável por instalação de atividade que possa ser causadora de poluição, ficará sujeito a
apresentar o projeto ao órgão estadual ou federal que trata do controle – ambiental para exame e aprovação,
sempre que a Prefeitura Municipal julgar necessário.

Art. 5º- Os projetos deverão estar de acordo com esta Lei e Legislação vigente sobre Zoneamento e
Parcelamento do Solo.

CAPÍTULO II

DAS CONDIÇÕES RELATIVAS À APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

Art. 6º- Os projetos deverão ser apresentados ao órgão competente da Prefeitura Municipal contendo os
seguintes elementos:

I. Planta de situação e localização na escala mínima de 1:500 (um por quinhentos),


onde constarão:

a) A projeção da edificação ou das edificações dentro do lote, figurando rios, canais e outros elementos
que possam orientar a decisão das autoridades municipais;

b) As dimensões das divisas dos lotes e as dos afastamentos da edificação e relação às divisas e à outra
edificação porventura existente;

c) As cotas de largura do (s) logradouro (s) e dos passeios contíguos ao lote;

d) Orientação do norte magnético;

e) Indicação da numeração do lote a ser construído e dos lotes vizinhos;

f) Relação contendo área do lote, área de projeção da área total de cada unidade, taxa de ocupação.

II. Planta baixa de cada pavimento que comportar a construção na escala mínima de
1:100 (um por cem), determinando:

a) As dimensões e áreas exatas de todos os compartimentos, inclusive dos vãos de iluminação, ventilação,
garagens e áreas de estacionamento;

b) A finalidade de cada compartimento;

c) Os traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais;


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d) Indicação das espessuras das paredes e dimensões externas totais da obra.

III. Cortes, transversal e longitudinal, indicando a altura dos compartimentos, níveis


dos pavimentos, alturas das janelas e peitoris, e demais elementos necessários à compreensão do projeto, na
escala mínima de 1:100 (um por cem);

IV. Planta de Cobertura com indicação do caimento na escala mínima de 1:200 (um por
duzentos);

V. Elevação da fachada ou fachadas voltadas para a via pública ns escala mínima de


1:100 ( um por cem);

§ 1º- Haverá sempre escala gráfica, o que não dispensa a indicação de cotas;

§ 2º- Em qualquer caso as pranchas exigidas no “caput” do presente artigo, deverão ser moduladas, tendo o
módulo mínimo as dimensões de 0,22 X 0,33 m (vinte e dois por trinta e três centímetros);

§ 3º- No caso de reforma ou ampliação deverá ser indicado no projeto o que será demolido, construído ou
conservado de acordo com as seguintes convenções de cores;

I. Cor natural da copa heliográfica para as partes existentes e a conservar;

II. Cor amarela para as partes a serem demolidas;

III. Cor vermelha para as partes novas e acrescidas.

§ 4º- Nos casos de projetos para construção de edificações de grandes proporções, as escalas mencionadas no
“caput” deste artigo poderão ser alteradas, devendo contudo ser consultado previamente o órgão competente
da Prefeitura Municipal.

CAPÍTULO III

DA APROVAÇÃO DO PROJETO

Art. 7º- Para efeito de aprovação de projetos ou concessão de licença, o proprietário deverá apresentar à
Prefeitura Municipal os seguintes documentos:

I. Requerimento solicitando a aprovação do projeto, assinado pelo proprietário ou


procurador legal;

II. Projeto de arquitetura, conforme especificações do Capítulo II deste Código, que


deverá ser apresentado em 3 (três) jogos completos de cópia heliográfica, assinados pelo proprietário, pelo
autor do projeto e pelo responsável técnico pela obra, dos quais após visados, um jogo completo será
devolvido ao requerente junto com a respectiva licença, ficando os demais arquivados;

III. Certidão negativa de débitos municipais.

Art. 8º- As modificações introduzidas em projeto já aprovado deverão ser notificadas à Prefeitura Municipal,
que após exame poderá exigir detalhamento das referidas modificações.

Art. 9º- Após a aprovação do projeto e comprovado o pagamento das taxas devidas, a Prefeitura fornecerá
alvará de construção, válido por 1 (um) ano, ressalvando ao interessado requerer revalidação.

§ 1º- As construções licenciadas que não forem iniciadas dentro de 6 (seis) meses, a contar da data de
expedição do alvará, deverão revalidar o mesmo e submeter o projeto a qualquer modificação que tenha sido
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feita na Legislação Municipal, não cabendo à Prefeitura nenhum ônus mesmo que seja necessário alterar o
projeto original por essa razão.

§ 2º- As obras que por sua natureza exigirem prazos superiores para construção, poderão ter o prazo previsto
no “caput” do artigo, ampliado, mediante exame do organograma pela Prefeitura Municipal.

Art. 10- A Prefeitura terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data de entrega do processo, para
se pronunciar quanto ao projeto apresentado.

CAPÍTULO IV

DA EXECUÇÃO DA OBRA

Art. 11- A execução da obra somente poderá ser iniciada depois de aprovado o projeto e expedido o alvará de
licença para a construção.

Art. 12- Uma obra será considerada iniciada assim que estiver com os alicerces prontos.

Art. 13- Deverá ser mantido na obra o alvará de licença juntamente com o jogo de cópias do projeto
apresentado a Prefeitura e por ela visado, para apresentação quando solicitado, aos fiscais de obras ou a
outras autoridades competentes da Prefeitura.

Art. 14- Quando expirar o prazo do alvará e a obra não estiver concluída, deverá ser providenciada a
solicitação de uma nova licença que poderá ser concedida em prazo de 6 (seis) meses sempre após vistoria da
obra pelo órgão municipal competente.

Art. 15- Não será permitida sob pena de multa ao responsável pela obra, a permanência de qualquer material
de construção na via pública por tempo maior que o necessário para sua descarga e remoção.

Art. 16- Nenhuma construção ou demolição poderá ser executada no alinhamento predial, sem que seja
obrigatoriamente protegida por tapumes que garantam a segurança de quem transita no logradouro.

Art. 17- Tapumes e andaimes não poderão ocupar mais do que a metade da largura do passeio, deixando a
outra inteiramente livre e desimpedida para os transeuntes.

CAPÍTULO V

DA CONCLUSÃO E ENTREGA DAS OBRAS

Art. 18- Uma obra é considerada concluída quando tiver condições de habitabilidade, estando em
funcionamento todas as instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas.

Art. 19- Concluída a obra, o proprietário deverá solicitar à Prefeitura Municipal a vistoria da edificação.

Art. 20- Procedida a vistoria e constatado que a obra foi realizada em consonância com o projeto aprovado
obriga-se a Prefeitura expedir o “habite-se” no prazo de 15 (quinze) dias, a partir da data de entrega do
requerimento.
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Art. 21- Poderá ser concedido o “habite-se” parcial a juízo do órgão competente da Prefeitura Municipal.

Parágrafo Único- O “habite-se” parcial poderá ser concedido nos seguintes casos:

I. Quando se tratar de edificação composta de parte comercial/serviços e parte


residencial e, puder cada uma, ser utilizada independentemente da outra;

II. Quando se tratar de mais de uma construção feita independentemente no mesmo


lote;

III. Quando se tratar de edificação em vila, estando seu acesso devidamente concluído.

Art. 22- Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem quer seja procedida a vistoria pela Prefeitura e
expedido o respectivo “habite-se”.

CAPÍTULO VI

DAS CONDIÇÕES GERAIS RELATIVAS À EDIFICAÇÃO

SEÇÃO I

Das Fundações

Art. 23- As fundações serão executadas de modo que a carga sobre o solo não ultrapasse os limites indicados
nas especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

§ 1º- As fundações não poderão invadir o leito da via pública.

§ 2º- As fundações das edificações deverão ser executadas de maneira que não prejudiquem os imóveis
vizinhos e sejam totalmente independentes e situadas dentro dos limites do lote.

SEÇÃO II

Das Paredes e dos Pisos

Art. 24- As paredes tanto externas como internas, quando executadas em alvenaria de tijolo comum, deverão
ter espessura mínima de 0,10 m (dez centímetros).

Parágrafo Único- As paredes de alvenaria de tijolo comum que constituírem divisões entre economias
distintas, e a construídas nas divisas dos lotes, deverão ter espessura mínima de 0,20 m (vinte centímetros).

Art. 25- As espessuras mínimas de paredes constantes no artigo anterior poderão ser alteradas, quando
forem utilizados materiais de natureza diversa, desde possuam, comprovadamente, no mínimo, os mesmos
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índices de resistência, impermeabilidade e isolamento térmico e acústico, conforme o caso.

Art. 26- As paredes de banheiros, despensas e cozinhas deverão ser revestidas no mínimo até a altura de 1.50
m (um metro e cinqüenta centímetros) de material impermeabilizante, lavável, liso e resistente.

Art. 27- Os pisos dos compartimentos assentados diretamente sobre o solo deverão ser convenientemente
impermeabilizados.

Art. 28- Os pisos de banheiros e cozinhas deverão ser impermeáveis e laváveis.

SEÇÃO III

Dos Corredores, Escadas e Rampas

Art. 29- Nas construções em geral as escadas ou rampas para pedestres, assim como os corredores, deverão
ter a largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) livres.

Parágrafo Único- Nas edificações residenciais os corredores e escadas deverão ter a largura mínima de
0,90 m (noventa centímetros) livres.

Art.30- O dimensionamento dos degraus obedecerá a uma altura máxima de 0,18 m (dezoito centímetros) e
uma profundidade mínima de 0,25 m (vinte e cinco centímetros).

Parágrafo Único- Não serão permitidas escadas em leque nas edificações de uso coletivo.

Art. 31- Nas escadas de uso coletivo sempre que a altura a vencer for superior a 2,80 m (dois metros e
oitenta centímetros) será obrigatório intercalar um patamar de largura mínima igual a largura adotada para a
escada.

Art. 32- As rampas para pedestres, de ligação entre dois pavimentos, não poderão ter declividade superior a
15% (quinze por cento).

Art. 33- As escadas de uso coletivo deverão ser executadas de forma a apresentar superfície em materiais
anti-derrapantes.

SEÇÃO IV

Das Fachadas

Art. 34- É livre a composição das fachadas, respeitados os recuos e afastamentos obrigatórios, presentes
neste Código.

SEÇÃO V
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Das Coberturas

Art. 35- As coberturas das edificações serão construídas com materiais que possuam perfeita
impermeabilidade e isolamento térmico, respeitando o caimento ideal de cada tipo de material empregado.

Art. 36- As águas pluviais provenientes das coberturas serão esgotadas dentro dos limites dos lotes, não
sendo permitida o deságüe sobre lotes vizinhos ou logradouros.

§ 1º- O órgão municipal competente poderá exigir, a seu juízo, o emprego de calhas e condutores de águas
pluviais que se fizerem necessários.

§ 2º- Os proprietários de imóveis que tenham frente para logradouros públicos pavimentados ou dotados de
meio-fio, se obrigam a dispor de calhas e condutores, e as águas deverão ser canalizadas por baixo do passeio.

§ 3º- As edificações deverão possuir beirais com no mínimo 0,70 m (setenta centímetros) de largura, de
modo a a proteger as paredes da ação da chuva e do sol.

SEÇÃO VI

Das Marquises

Art. 37- Construção de marquises nas testadas das edificações comerciais ou de serviços deverá obedecer a
fraca mínima de 1/3 (um terço) de largura do passeio.

§ 1º- Caberá ao órgão municipal competente exigir a construção de marquises, quando julgar necessário.

§ 2º- Nenhum de seus elementos, estruturais ou decorativos, poderá estar a menos de 2,50 m (dois metros e
cinqüenta centímetros) acima do passeio público.

§ 3º- A construção de marquises não poderá prejudicar a arborização e a iluminação públicas.

SEÇÃO VII

Dos Muros, Calçadas e Passeios

Art. 38- A Prefeitura Municipal poderá exigir dos proprietários a construção de muros de arrimo e de
proteção sempre que o nível do terreno for superior ao logradouro público, ou quando houver desnível entre
os lotes que possam ameaçar a segurança pública.

Art. 39- Os terrenos baldios nas ruas pavimentadas ou que possuam meio-fio deverão ser fechados com
muros de alvenaria ou cercas vivas, e os passeios deverão ser pavimentados.

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Art. 40- Os proprietários dos imóveis que tenham frente para logradouros públicos pavimentados ou
dotados de meio-fio, são obrigados a pavimentar e manterem em bom estado os passeios em frente de seus
lotes.

Parágrafo Único- Em determinadas vias, a Prefeitura Municipal poderá determinar a padronização da


pavimentação dos passeios, por razões de ordem técnica e estética.

SEÇÃO VIII

Das Da Iluminação e Ventilação

Art. 41- Todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando com o logradouro ou espaço livre
dentro do lote para fins de iluminação e ventilação.

Parágrafo Único- Somente excetuam-se desta obrigatoriedade as edificações unifamiliares de no máximo


dois pavimentos que contenham caixa de escada e corredor interno com 10,00 metros ou menos de
comprimento.

Art. 42- Não deverá haver abertura em paredes levantadas sobre a divisa com lote contíguo, ou a menos de
1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) de divisa.

Art. 43- Aberturas para iluminação ou ventilação dos cômodos de longa permanência confrontantes em
economias diferentes, e localizados no mesmo terreno, não poderão ter entre elas distância menor que 3,00
m (três metros), mesmo que esteja em um mesmo edifício.

Parágrafo Único – São considerados de permanência prolongada os compartimentos destinados a:


dormitórios, salas, comércio e atividades profissionais.

Art, 44- Pelo menos metade da área das aberturas de iluminação deverá servir para ventilação.

Art. 45- Os postos de ventilação não poderão, em qualquer caso, ter área menor que 2,00 m² (dois metros
quadrados), nem dimensão menor que 1,00 m (um metro) devendo ser revestido internamente e visitáveis na
base.

Parágrafo Único- Somente poderão ser ventilados por meio de poços, os gabinetes sanitários, consultórios,
banheiros, caixas de escada e garagens de edifícios com mais de 2 (dois) pavimentos.

SEÇÃO IX

Dos Alinhamentos e dos Afastamentos

Art. 46- Todos os prédios construídos ou reconstruídos dentro do perímetro urbano deverão obedecer ao
alinhamento e ao recuo obrigatório, quando for o caso, fornecidos pela Prefeitura Municipal.

Art. 47- Os afastamentos mínimos previstos serão:

a) Afastamento frontal: 4,00 m (quatro metros);


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b) Afastamentos laterais: 1,50 m (um metros e cinqüenta centímetros) quando existir abertura lateral
para iluminação e ventilação.

SEÇÃO X

Das Instalações Hidráulicas, Sanitárias, Elétricas e Telefônicas

Art. 48- As Instalações hidráulicas e sanitárias deverão ser feitas de acordo com as especificações do órgão
competente, à concessionária estadual de águas e esgotos.

Art. 49- É obrigatória a ligação da rede domiciliar às redes gerais de água e esgoto, quando tais redes
existirem na via pública onde se situa a edificação.

Art. 50- Enquanto não houver rede de esgoto, as edificações serão dotadas de fossas sépticas afastadas de,
no mínimo 2,0 m (dois metros) das divisas do lote e com capacidade proporcional ao número de pessoas na
ocupação do prédio, conforme tabela:

DIMENSÕES INTERNAS (M)


NÚMERO DE CAPACIDADE
PESSOAS (LITROS)
COMPRIMENTO LARGURA PROFUNDIDADE

4 1,80 0,90 1,50 1.900

6 1,90 0,90 1,50 2.270

8 2,30 1,10 1,50 2.850

10 2,60 1,10 1,70 3.400

12 2,60 1,20 1,70 4.150

§ 1º- Depois de passarem pela fossa séptica, as águas serão infiltradas no terreno por meio de sumidouro
convenientemente construído.

§ 2º- As águas provenientes de pias de cozinha e de copa deverão passar por uma caixa de gordura, antes de
serem lançadas no sumidouro.

§ 3º- As fossas com sumidouro deverão ficar a uma distância mínima de 15,00 m (quinze metros) de raio de
poços de captação de água, situados no mesmo terreno ou em terreno vizinho.

Art. 51- No caso de se verificar a exalação do mau cheiro ou qualquer outro tipo de inconveniência pelo mau
funcionamento de uma fossa numa edificação já existente ou de edificação que venha a ser construída, o
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órgão municipal competente poderá requerer que sejam feitas as reparações necessárias ou a substituição da
fossa pelo responsável.

Art. 52- As instalações elétricas deverão ser feitas em conformidade com o que prescreve o órgão estadual
competente, a CERON (Centrais Elétricas de Rondônia).

Art. 53- As instalações telefônicas deverão ser feitas de acordo com o que prescreve a entidade
concessionária dos serviços de Telecomunicação no Estado, a TELERON.

CAPÍTULO VII

DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

SEÇÃO I

Das Condições Gerais

Art. 54- Os compartimentos das edificações para fins residenciais conforme sua utilização, obedecerão às
seguintes condições quanto às dimensões mínimas:

PÉ- PORTAS –
ÁREA LARGURA ÁREA MÍNIMA DOS VÃOS
DIREITO Larguras
COMPARTIMENTO MÍNIMA MÍNIMA DE ILUMINAÇÃO EM
MÍNIMO mínimas
(M²) (M) RELAÇÃO À ÁREA DO PISO
(M) (m)

Sala 12,00 3,00 3,00 0,80 1/5

Quarto 9,00 2,50 3,00 0,70 1/5

Cozinha 4,00 2,00 2,80 0,80 1/8

Copa 4,00 2,00 2,80 0,70 1/8

Banheiro 2,50 1,20 2,80 0,60 1/8

Hall - - 2,80 - 1/10

Corredor - 0,90 2,80 - 1/10

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§ 1º- Poderá ser admitido um quarto de serviço com área inferior àquela prevista no presente artigo, e com
largura mínima de 2,00 m (dois metros);

§ 2º- Os banheiros que contiverem apenas um vaso e um chuveiro, ou um vaso e um lavatório, poderão ter
área mínima de 1,50 m² (um metro e cinqüenta centímetros quadrados) e largura mínima de 0,90 m
(noventa centímetros);

§ 3º- As portas terão 2,10 m (dois metros e dez centímetros) de altura no mínimo, sendo suas larguras
variáveis segundo especificações do “caput” do artigo.

Art. 55- Nas aberturas de iluminação, a distância, os pés-direitos deverão ser medidos do piso até a parte
inferior das mesmas.

Art. 56- Quando houver vigas aparentes no forro, os pés-direitos obedecerão à altura prevista na tabela do
artigo 54, computando-se para sua medida a altura da viga, obedecendo, no entanto, a altura mínima de 2,60
m (dois metros e sessenta centímetros).

Art. 57- Não poderá haver porta de comunicação direta do gabinete sanitário para as salas, cozinhas ou
despensas.

SEÇÃO II

Dos Edifícios de Apartamentos

Art. 58- Além de outras disposições do presente Código que lhe forem aplicáveis, os edifícios de
apartamentos deverão obedecer às seguintes condições:

I. Possuir local centralizado para coleta de lixo, com terminal em recinto fechado;

II. Possuir equipamento para extinção de incêndio;

III. Acesso através de partes comuns afastados dos depósitos coletores de lixo e isolados
das passagens de veículos;

IV. Existir, em cada apartamento, uma área de serviço – destinada ao tanque de lavar
roupa;

V. As caixas de escada deverão ser construídas de forma a permitir livre circulação


independente de passagens pelos corredores.

SEÇÃO III

Dos Estabelecimentos de Hospedagem

Art. 59- Além de outras disposições deste Código e das demais leis municipais, estaduais e federais que lhes
foram aplicáveis, os estabelecimentos de hospedagem deverão obedecer às seguintes exigências:

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I. Hall de recepção independente de entrada de hóspedes;

II. Entrada de serviço independente da entrada de hóspedes;

III. Lavatório com água corrente em todos dormitórios;

IV. Instalações sanitárias do pessoal de serviço independentemente e separadas das


destinadas aos hóspedes;

V. Local centralizado para coleta de lixo, com terminal em recinto fechado.

Art. 60- Os dormitórios de hotéis e estabelecimentos de hospedagem deverão obedecer ás dimensões


mínimas abaixo especificadas:

a) Os dormitórios para duas pessoas deverão ter área mínima de 10,00 m² (dez metros quadrados) e
dimensão mínima de 3,00 m (três metros);

b) Os dormitórios para uma pessoa deverão ter área mínima de 9,00 m² (nove metros quadrados) e
dimensão mínima de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros).

CAPÍTULO VII

DAS EDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS

SEÇÃO I

Das Edificações para uso Industrial

Art. 61- A construção, reforma ou adaptação de prédios para uso industrial, somente será permitida em
áreas previamente aprovadas pela Prefeitura Municipal.

Art. 62- As edificações de uso industrial deverão atender, além das demais disposições deste Código que lhes
forem aplicáveis, às seguintes condições:

I. Terem afastamento mínimo de 4,00 m (quatro metros) nas divisas laterais;

II. Terem afastamento mínimo de 10,00 m (dez metros) da divisa frontal, sendo
permitido neste espaço, pátio de estacionamento;

III. Serem as fontes de calor ou dispositivos onde se encontrem as mesmas,


convenientemente dotadas de isolamento térmico, e, afastados pelo menos 0,50 m (cinqüenta centímetros)
das paredes;

IV. Terem depósitos de combustíveis, em locais adequadamente preparados;

V. Serem as escadas e os entrepisos de material incombustível;

VI. Terem nos locais de trabalho iluminação natural, através de abertura com área
mínima de 1/7 (um sétimo) da área do piso, sendo admitidos lanternins ou “shed”;

VII. Terem compartimentos sanitários devidamente separados para ambos os sexos.


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§ 1º- Não será permitida a descarga de esgotos sanitários de qualquer procedência e despejos industriais “in
natura” nas valas coletoras de águas pluviais, ou em qualquer curso d’água.

§ 2º- A natureza do revestimento do piso e das paredes das edificações destinadas à indústrias dependerá da
atividade a ser desenvolvida, devendo ser executados de acordo com as leis existentes.

SEÇÃO II

Das Edificações destinadas ao Comércio, Serviço e Atividades Profissionais

Art. 63- Além das disposições do presente Código que lhes forem aplicáveis, as edificações destinadas ao
comércio, serviço e atividades profissionais, deverão ser dotadas de:

I. Reservatório de água de acordo com as exigências do órgão competente do Estado,


totalmente independente da parte residencial, quando se tratar de edificações de uso misto;

II. Instalações coletoras de lixo, nas condições exigidas para os edifícios de


apartamentos, quando tiverem mais de 2 (dois) pavimentos;

III. Aberturas de ventilação e iluminação na proporção de no mínimo 1/6 (um sexto) da


área do compartimento;

IV. As lojas deverão ter pé-direito mínimo de 3,70 m (três metros e setenta centímetros);

V. Pé-direito mínimo de 6,00 m (seis metros) quando da previsão de jirau no interior da


loja, sendo que o mesmo não poderá ocupar mais de 50% (cinqüenta por cento) da área, nem ter pé-direito
inferior a 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros);

VI. Instalações sanitárias privativas para todos os conjuntos ou salas com área igual ou
superior a 20,00 m² (vinte metros quadrados).

Parágrafo Único- A natureza do revestimento do piso e das paredes das edificações destinadas ao
comércio, dependerá da atividade a ser desenvolvida, devendo ser executadas de acordo com as leis sanitárias
estaduais.

SEÇÃO III

Dos Estabelecimentos Hospitalares e Laboratórios

Art. 64- As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares e de laboratórios de análise e pesquisa,


devem obedecer às condições estabelecidas pela Secretaria de Saúde do Estado e do Município, além das
disposições deste Código que lhes forem aplicáveis.

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SEÇÃO IV

Das Escolas e dos Estabelecimentos de Ensino

Art. 65- As edificações destinadas a estabelecimentos escolares, deverão obedecer às normas estabelecidas
pela Secretaria de Educação do Estado e do Município, além das disposições deste Código que lhes forem
aplicáveis.

SEÇÃO V

Dos Edifícios Públicos

Art. 66- Além das demais disposições deste Código que lhes forem aplicáveis, os edifícios públicos deverão
obedecer, ainda, às seguintes condições mínimas para cumprir o previsto no artigo 3º da presente Lei:

I. Rampas de acesso ao prédio deverão ter declividade máxima de 8% (oito por cento),
possuir piso anti-derrapante e corrimão na altura de 0,75 m (setenta e cinco centímetros);

II. Na impossibilidade da construção de rampas, a portaria deverá ser no mesmo nível


da calçada;

III. Todas as portas deverão ter largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros);

IV. Os corredores deverão ter largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros);

V. A altura máxima dos interruptores e campainhas será de 0,80 (oitenta centímetros).

Art 67- Em, pelo menos, um gabinete sanitário de cada banheiro masculino e feminino, deverão ser
obedecidas as seguintes condições:

I. Dimensões mínimas de 1,40 m X 1,85 m (um metro e quarenta por um metro e


oitenta e cinco centímetros);

II. O eixo do vaso sanitário deverá ficar a uma distância de 0,45 m (quarenta e cinco
centímetros) de uma das paredes laterais;

III. As portas não poderão abrir para dentro dos gabinetes sanitários e terão no mínimo
0,80 m (oitenta centímetros) de largura;

IV. A parede lateral e a mais próxima ao vaso sanitário, bem como o lado interno da
porta deverão ser dotados de alça de apoio, a uma altura de 0,80 m (oitenta centímetros);

V. Os demais equipamentos não poderão ficar a alturas superiores a 1,00 m (um metro)

SEÇÃO VI

Dos Postos de Abastecimento de Veículos


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Art. 68- Além de outros dispositivos deste Código que lhes forem aplicáveis, os postos de abastecimento de
veículos estarão sujeitos aos seguintes itens:

I. Apresentação de projetos detalhados dos equipamentos e instalações;

II. Construção em materiais incombustíveis;

III. Construção de muros de alvenaria de 2,00 m (dois metros) de altura, separando-o


das propriedades vizinhas;

IV. Construção de instalações sanitárias franqueadas ao público, separadas para ambos


os sexos.

Parágrafo Único- As edificações para postos de abastecimento de veículo deverão, ainda, observar as
normas concernentes à legislação vigente sobre inflamáveis.

SEÇÃO VII

Das Áreas de Estacionamento

Art. 69- As condições para o cálculo do número mínimo de vagas de veículos, serão na proporção abaixo
discriminada, por tipo de uso das edificações:

I. Residência unifamiliar: 1 (uma) vaga por unidade residencial;

II. Residência multifamiliar: 1 (uma) vaga por unidade residencial;

III. Supermercado com área útil superior a 200,00 m² (duzentos metros quadrados): 1
(uma) vaga para cada 25,00 m² (vinte e cinco metros quadrados) de área útil;

IV. Restaurante, churrascaria ou similares, com área útil superior a 250,00 m² (duzentos
e cinqüenta metros quadrados): 1 (uma) vaga para cada 40,00 m² (quarenta metros quadrados) de área útil.

V. Hotéis, albergues ou similares: 1 (uma) vaga para cada 2 (dois) quartos;

VI. Motéis: 1 (uma) vaga por quarto;

VII. Hospitais, clínicas e casas de saúde: 1 (uma) vaga para cada 100,00 m² (cem metros
quadrados) de área útil.

Parágrafo Único- Será considerada área útil para os cálculos referentes neste artigo, as áreas utilizadas
pelo público, ficando excluídos: depósitos, cozinhas, circulação de serviço ou similares.

Art. 70- A área mínima por vaga será de 15,00 m² (quinze metros quadrados) com largura mínima de 3,00
m (três metros).

Art 71- Será permitido que as vagas de veículo exigidas para as edificações ocupem as áreas liberadas pelos
afastamentos laterais, frontais ou de fundos.

Art. 72- As áreas de estacionamento que por ventura não estejam previstas neste Código, serão por
semelhança estabelecidas pelo órgão competente da Prefeitura Municipal.
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CAPÍTULO IX

DAS DEMOLIÇÕES

Art.73- A demolição de qualquer edifício dentro do perímetro urbano só poderá ser executada mediante
licença expedida pelo órgão competente da Prefeitura Municipal.

Parágrafo Único- O requerimento de licença para demolição deverá ser assinado pelo proprietário da
edificação a ser demolida.

Art. 74- A Prefeitura Municipal poderá, a juízo do órgão técnico competente, obrigar a demolição de prédios
que estejam ameaçados de desabamento ou de obras em situação irregular cujos proprietários não
cumprirem com as determinações deste Código.

CAPÍTULO X

DAS CONSTRUÇÕES IRREGULARES

Art. 75- Qualquer obra, em qualquer fase sem a respectiva licença estará sujeita a multa, embargo, interdição
e demolição.

Art. 76- A fiscalização, no âmbito de sua competência, expedirá notificações e autos de infração para
cumprimento das disposições deste Código, endereçados ao proprietário da obra ou responsável técnico.

Art. 77- As notificações serão expedidas apenas para o cumprimento de alguma exigência acessória contida
no processo, ou regularização do projeto, obra ou simples falta de cumprimento das disposições deste Código.

§ 1º- Expedida a notificação, esta terá o prazo de 05 (cinco) dias para ser cumprida.

§ 2º- Esgotado o prazo de notificação sem que a mesma seja atendida, lavrar-se-á o ato de infração.

Art. 78- Não caberá notificação, devendo o infrator ser imediatamente autuado:

I. Quando iniciar obra sem a devida licença da Prefeitura Municipal;

II. Quando não cumprir a notificação no prazo regulamentar;

III. Quando houver embargo ou interdição.

Art. 79- A obra em andamento, seja ela de reparo, reconstrução, reforma ou construção será embargada sem
prejuízo das multas e outras penalidades, quando:

I. Estiver sendo executada sem a licença ou alvará da Prefeitura Municipal, nos casos
em que o mesmo for necessário, conforme previsto na presente Lei;

II. For desrespeitado o respectivo projeto;

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III. O proprietário ou responsável pela obra recusar-se a atender a qualquer notificação


da Prefeitura Municipal referente às disposições deste Código.

IV. Não forem observados o alinhamento e o nivelamento;

V. Estiver em risco sua estabilidade.

Art. 80- Para embargar uma obra, deverá o fiscal ou funcionário credenciado pela Prefeitura Municipal
lavrar um auto de embargo.

Art. 81- O embargo somente será levantado após o cumprimento das exigências consignadas no auto do
embargo.

Art. 82- O prédio ou qualquer de suas dependências poderá ser interditado, provisória ou definitivamente,
pela Prefeitura do Município, nos seguintes casos:

I. Ameaça à segurança e estabilidade das construções próximas;

II. Obras em andamento com risco para o público ou para o pessoal da obra;

Art. 83- Não atendida a interdição e não realizada a intervenção ou indeferido o respectivo recurso, terá
inicio competente ação judicial.

CAPÍTULO XI

DAS MULTAS

Art. 84- A aplicação das penalidades previstas no Capítulo X da presente Lei, não eximem o infrator da
obrigação do pagamento de multa por infração e da regularização da mesma.

Art. 85- As multas serão calculadas por meio de alíquotas percentuais sobre a Unidade Fiscal de Cacoal
(UFC) e obedecerão o seguinte escalonamento:

I. Iniciar ou executar obras sem licença da Prefeitura do Município;

a) Edificação com área até 60,00 m² (sessenta metros quadrados) ...................... 1% (um por cento) da
UFC por metros quadrados;

b) Edificações com área entre 61,00 m² a 75,00 m² ...................... 3% (três por cento) da UFC por metros
quadrados;

c) Edificações com área entre 76,00 m² a 99,00 m² ........................ 4% (quatro por cento) da UFC por
metros quadrados;

d) Edificações com área de 100,00 m² (cem metros quadrados) acima ....................... 5% (cinco por cento)
da UFC por metros quadrados.

II. Executar obras em desacordo com o projeto aprovado .................... 100% da UFC;

III. Construir em desacordo com o termo de alinhamento ...................... 100% da UFC;

IV. Omitir no projeto a existência de cursos d’água ou topografia acidentada, que exijam
obras de contenção do terreno ....................... 50% da UFC;

V. Demolir prédios sem licença da Prefeitura ......................... 200% da UFC;


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VI. Não manter no local da obra, projeto ou alvará de execução da obra .....................
50% da UFC;

VII. Deixar materiais sobre o leito do logradouro público, além do tempo necessário para
descarga e remoção ................... 200% da UFC;

VIII. Deixar de colocar tapumes e andaimes em obras que atinjam o alinhamento


...................... 200% da UFC.

Art. 86- O contribuinte terá prazo de 15 (quinze) dias, a contar da intimação ou autuação, para legalizar a
obra ou sua modificação sob pena de ser considerado reincidente.

Art. 87- Na reincidência, as multas serão aplicadas em dobro.

CAPÍTULO XII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 88- A numeração de qualquer prédio ou unidade residencial será estabelecida pela Prefeitura do
Município.

Art. 89- O número dos prédios das respectivas habitações será designado por ocasião do processamento da
licença para construção e assinalado na planta de cada pavimento, juntamente com o alvará de licença, será
vendida a placa.

Art.90- Para os imóveis situados à direita de quem percorre o logradouro, serão distribuídos os números
pares e para os imóveis do lado esquerdo, os números ímpares.

Art. 91- Quando em um mesmo edifício houver mais de uma habitação independente ou salas, ou quando no
mesmo terreno houver mais de uma casa destinada à ocupação independente, cada um destes elementos
deverá receber um número próprio, sempre referido ao número de entrada pelo logradouro público.

Art. 92- Quando o prédio ou terreno, além de sua entrada principal, tiver acesso por mais de um logradouro,
o proprietário mediante requerimento, poderá obter a designação da numeração suplementar relativa a
posição do imóvel em cada um destes logradouros.

Art. 93- A Prefeitura do Município intimará os proprietários do imóvel encontrado sem placa para
regularização da situação, sob pena de fazê-lo “ex oficio” e cobrar a taxa acrescida de 50% (cinqüenta por
cento).

Art. 94- Os casos omissos do presente Código serão estudados e julgados pelo órgão competente da
Prefeitura do Município.

Art. 95- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PALÁCIO DO CAFÉ, aos 12 (doze) dias do mês de dezembro de hum mil novecentos e oitenta e cinco

Josino Brito

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Prefeito Municipal

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