Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – A POLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidade Ciências e Tecnologias- ISHCT

Psicologia Clinica e de Aconselhamento

Desenvolvimento Psicossocial no Período Pré- escolar

3° Grupo

Charifa Arigora

Joana Victorino

Quelimane

2024
Charifa Arigora

Joana Victorino

Desenvolvimento Psicossocial no Período Pré- escolar

Trabalho apresentado ao Instituto


Superior de Humanidades Ciências
e Tecnologias como requisito para
obtenção do grau de licenciatura em
Psicologia clinica e de
Aconselhamento.
Dc. Azarias Castomo

Quelimane

2024
Índice

CAPITULO I

1.Introdução……………………………………………………………………4

Objectivos ……………………………………………………………………...5

Metodologia ……………………………………………………………………5

CAPITULO II

2. Desenvolvimento Psicossocial no Período Pré- escolar …………………….6

2.1. Factores que Influenciam o Desenvolvimento Psicossocial ………………9

2.1.1. Papel da Família ………………………………………………………...9

2.1.2. Estilos Educativos e Familiares …………………………………………9

2.1.3. Papel do Pré-Escolar …………………………………………………….9

2.1.4. Conceito do Pré-Escolar …………………………………………………9


2.2. Impacto do Pré-Escolar no Desenvolvimento Psicossocial ……………….9

2.3. Socialização ………………………………………………………………10

Conclusão ……………………………………………………………………...11

Referencias …………………………………………………………………….12
CAPITULO I

1.Introdução

O período pré-escolar, que compreende aproximadamente os primeiros cinco anos de vida, é


uma fase crucial no desenvolvimento psicossocial das crianças. Durante esses anos
formativos, as crianças passam por uma série de mudanças significativas em sua compreensão
do mundo e de si mesmas, enquanto começam a explorar e interagir com o ambiente ao seu
redor de maneira mais independente. Nesta fase, elas começam a desenvolver sua identidade,
autoconceito e habilidades sociais básicas, que são fundamentais para o seu crescimento
emocional, cognitivo e social. A interacção com os pais, cuidadores, e colegas desempenha
um papel vital no desenvolvimento dessas habilidades, moldando a forma como as crianças
percebem a si mesmas e aos outros. Portanto, compreender os principais aspectos do
desenvolvimento psicossocial durante o período pré-escolar é essencial para fornecer um
ambiente de apoio que promova um crescimento saudável e uma base sólida para o bem-estar
futuro das crianças.

4
Objectivos

Geral

-Compreender o desenvolvimento psicossocial no período pré-escolar;

Específicos

- Descrever os factores que influenciam o desenvolvimento psicossocial;

- Identificar o impacto do pré-escolar no desenvolvimento psicossocial.

Metodologia

Segundo Gil (2008:17) “método de pesquisa é procedimento racional e sistemático


que tem como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa
é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa
de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos”.

No presente trabalho de pesquisa quanto a sua natureza é uma pesquisa básica, quanto ao
ponto de vista da forma de abordagem é qualitativa e quanto ao ponto de vista dos
procedimentos técnicos é uma pesquisa bibliográfica.

5
CAPITULOII

2. Desenvolvimento Psicossocial no Período Pré- escolar

No que diz respeito ao desenvolvimento psicossocial da criança em idade pré-escolar,


este período apresenta-se como a etapa de maior desenvolvimento da socialização da criança.
É neste período que a criança vai adquirindo uma compreensão cada vez mais aprofundada de
si própria, do seu lugar e papel num contexto social específico. Este é um período crucial pois
a criança inicia a construção das regras e normas sociais, significados culturais da sociedade
onde esta se integra, e, desenvolve o seu autoconceito, aspectos que poderão persistir ao longo
da vida. Perante uma perspectiva psicodinâmica, a criança é confrontada com um conjunto de
emoções sentimentos e conflitos com que se vai deparando ao longo desta etapa. Desta forma,
implica que, a criança deva “lidar com os próprios sentimentos de autonomia e independência
para que gradualmente possa controlar o ambiente físico e social onde se encontra” (Tavares,
et. al., 2007, p. 55). O modo como a criança resolve estes conflitos psicossociais foi estudado
por vários teóricos psicodinâmicos, principalmente por Erik Erickson. Como já referimos,
Piaget, defendeu a importância da equilibração enquanto mecanismo promotor do
desenvolvimento cognitivo, existindo também, um impulso intrínseco para a aquisição de
sistemas de pensamento mais complexos. Segundo Sprinthall & Sprinthall (1993),
paralelamente, Erikson, defende algo semelhante para o crescimento pessoal da criança. Este
teórico formulou um quadro de referência em termos de estádios de crises, concebendo
definições bipolares da crise de cada estádio. O termo crise neste contexto não é
perspectivado com carácter dramático mas, “para designar um ponto decisivo e necessário,
um momento crucial, quando o desenvolvimento tem de optar por uma, ou outra direcção,
escolher este, ou aquele rumo, mobilizando recursos de crescimento, recuperação e nova
diferenciação” (Erikson, 1976, p. 14). Assim, segundo Erikson, a criança em idade pré-escolar
encontra-se no estádio de crise iniciativa versus culpa. Neste estádio a criança já se exprime
com mais à vontade, fisicamente e verbalmente. Realiza actividades diversificadas afirmando
a sua identidade. A descoberta de si próprio passa pela sua identificação face à masculinidade
e à feminilidade. Sprinthall e Sprinthall (1993), alertam para as consequências negativas do
adulto punir a criança, que expressa o seu desejo natural de se afirmar como mulher ou
homem. Pois, as crianças neste estádio, podem expressar directamente a sua masculinidade ou
feminilidade crescente, sendo que os rapazes podem inesperadamente desenvolver um grande
interesse pelas mães, e as raparigas um grande interesse pelos pais, sendo que as crianças se
podem envolver numa relação de rivalidade com os progenitores do sexo oposto. Este estádio
marca também a possibilidade das crianças tomarem iniciativas sem sentimentos de culpa.
6
À medida que as crianças em idade pré-escolar enfrentam um mundo social cada vez
mais alargado, aumentam os desafios e necessitam de desenvolver comportamentos mais
significativos para responder a esses desafios. Pede-se às crianças que assumam mais
responsabilidades. No entanto podem surgir sentimentos desagradáveis de culpa se as crianças
não são responsabilizadas, sentindo-se muito ansiosas”. (Santrok, 1996). (Sprinthall e
Sprinthall, 1993) sublinha, também, a importância do jogo e do brincar neste estádio. Nos
seus trabalhos, este autor refere que na idade pré escolar a criança poderá desenvolver o
sentido de humor e a capacidade de aprender a rir de si própria.

Nesta linha de ideias Erikson (cit. Sprinthall e Sprinthall, 1993, p.149) refere:

Não tentemos avançar demasiado em direcção a uma educação formal precoce das
crianças neste estádio. Uma educação básica estruturada, demasiado exaustiva nas áreas da
leitura matemática e escrita poderá inibir a criança, reduzir o seu sentido de finalidade
saudável, e restringir o desenvolvimento da criatividade”. Assim, neste estádio, é de extrema
importância que sejam dados à criança momentos para que esta brinque e jogue, sendo que
estes factores são imprescindíveis ao seu desenvolvimento pleno e saudável. Lev Vygotsky,
teve também uma importante contribuição no que diz respeito às teorias cognitivistas. Este
veio complementar a teoria cognitivista de Piaget, com a sua perspectiva construtivista social,
concebendo uma teoria onde o indivíduo se desenvolve como resultado de um processo sócio
histórico, e onde enfatiza o papel da linguagem e da aprendizagem. Na perspectiva sócio-
histórico-cultural de Vygotsky os processos psicológicos fundamentam-se nos processos
sociais, partilhados entre a criança e o adulto. Esta teoria assenta, assim, na influência de
factores externos do meio e da interacção da criança com outros indivíduos desse meio. Neste
sentido, para este autor, o processo de desenvolvimento depende necessariamente do meio,
dos outros mais próximos, eles próprios, constituindo-se como transmissores do meio mais
longínquo. Neste contexto, as possibilidades que a criança tem de progredir, ao nível
cognitivo, dependem do seu desenvolvimento anterior a todos os níveis. Segundo Sousa
(2005), a influência do meio social no desenvolvimento do sujeito torna-o activo e interactivo,
na medida em que constrói o seu conhecimento através de instrumentos e sinais, oriundos do
meio cultural. Na mesma linha de ideias, Moll (1996, p. 43) sublinha que, “a actividade
mental é exclusivamente humana. É o resultado da aprendizagem social, da interiorização de
signos sociais e da interiorização da cultura e das relações sociais. O desenvolvimento mental
é, em essência, um processo sociogenético”. Assim, para Vygotsky, as funções superiores da
mente não se constroem apenas de dentro para fora, sendo que a criança não é apenas um
produto de um reflexo passivo do meio, uma vez que as funções superiores resultam da
7
apropriação e interiorização das regras, instrumentos e sinais, num contexto de relação e
interacção com os outros. Desta perspectiva surge o conceito de zona de desenvolvimento
proximal (ZDP) que, de acordo com Vygotsky (1998), é a distância entre o desenvolvimento
real da criança, que se determina através da solução independente de problemas, e o nível do
seu desenvolvimento potencial, que é determinado através da solução de problemas sob a
orientação de um adulto ou em colaboração com outros indivíduos mais capazes. Segundo
Salvador (1994), a aprendizagem situa-se pois nesta zona, pois, o que a criança é capaz de
realizar no presente com a orientação de um adulto, será no futuro, capaz de fazer por si
mesma. “o processo de desenvolvimento não coincide com o de aprendizagem, o processo de
desenvolvimento segue o de aprendizagem, que cria a área de desenvolvimento potencial”
(Vygotsky, 1973, p. 39).

À luz desta afirmação, o foco essencial da aprendizagem é que concebe a zona de


desenvolvimento proximal, ou seja, activa na criança, um conjunto de processos internos de
desenvolvimento proveniente das relações/interacções com os outros. O processo de
aprendizagem é, portanto, uma fonte de desenvolvimento que activa novos processos que não
podiam desenvolver-se por si mesmos, sem a aprendizagem. Desta forma, para Vygotsky, a
pedagogia cria processos de aprendizagem que conduzem o desenvolvimento e essa sequência
de acções resulta em zonas ou áreas de desenvolvimento proximal.

Actualmente, segundo Costa (2007), a valorização do ser humano, da sua autonomia e


das suas capacidades enquanto autor do seu destino, as exigências sociais de criatividade e de
inovação, os intentos de intervir no futuro e de o conter dentro de limites previsíveis,
transformaram o projecto em símbolo da modernidade e os projectos numa das marcas da
sociedade contemporânea nas mais diversas áreas de actividade. Também, na educação em
geral, e nas escolas, em particular, a metodologia de projectos, tem vindo a assumir um peso
cada vez maior na conceição, planificação e realização de diversas actividades. Neste sentido,
passamos seguidamente a abordar a metodologia de trabalho de projecto.

O desenvolvimento psicossocial é uma parte essencial do crescimento das crianças


nessa fase.

Factores como a interacção com o ambiente, a família e os colegas desempenham um


papel significativo.

8
2.1. Factores que Influenciam o Desenvolvimento Psicossocial

O ambiente familiar, a cultura, a educação e a saúde mental são elementos que afectam
o desenvolvimento.

O apoio emocional e a qualidade das relações familiares são cruciais.

2.1.1. Papel da Família

A família desempenha um papel fundamental no desenvolvimento psicossocial das


crianças.

A forma como os pais interagem, estabelecem limites e promove a auto-estima


influência directamente o crescimento emocional e social dos pequenos.

2.1.2. Estilos Educativos e Familiares

Diferentes estilos educativos e familiares moldam o desenvolvimento psicossocial.

A abordagem dos pais, a comunicação e o suporte emocional são variáveis


importantes.

2.1.3. Papel do Pré-Escolar

O pré-escolar também desempenha um papel crucial no desenvolvimento psicossocial


das crianças:

2.1.4. Conceito do Pré-Escolar

O pré-escolar é um ambiente educacional que prepara as crianças para a escola formal.

Ele promove habilidades sociais, emocionais e cognitivas.

2.2. Impacto do Pré-Escolar no Desenvolvimento Psicossocial

A participação no pré-escolar tem um impacto positivo no desenvolvimento global das


crianças.

Elas aprendem a interagir com os colegas, a compartilhar e a resolver conflitos.

9
2.3. Socialização

O pré-escolar é um espaço onde as crianças aprendem a socializar.

Elas desenvolvem habilidades de comunicação, empatia e cooperação.

O desenvolvimento psicossocial é um processo complexo e multifacetado, e cada


criança é única em sua jornada de crescimento.

10
Conclusão

O período pré-escolar é uma fase crucial no desenvolvimento psicossocial das crianças,


marcada por uma série de marcos e desafios significativos. Durante esses anos formativos, as
crianças começam a desenvolver sua identidade, autoconceito e habilidades sociais básicas,
enquanto exploram o mundo ao seu redor. A interacção com os colegas e adultos desempenha
um papel fundamental no desenvolvimento das habilidades sociais, como compartilhar,
cooperar e resolver conflitos de forma construtiva. Além disso, a relação com os cuidadores
primários influencia directamente a formação do apego seguro, fornecendo uma base
emocional sólida para o desenvolvimento saudável. Portanto, investir no apoio emocional,
social e cognitivo das crianças durante o período pré-escolar é essencial para estabelecer uma
base sólida para o seu bem-estar futuro e sucesso na vida adulta.

11
Referencias

ANONYMOUS, Jardim de Infância para A Vida Toda. Junho 26, 2021


APPLE,M.;NOVA,A. (Eds.) Paulo Freire: política e pedagogia. Porto. Porto Editora. 1998.
OSTERMANN, F. CAVALCANTI, C. Teorias de Aprendizagem. Universidade do rio
Grande do Sul. 2010.

12

Você também pode gostar