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UNIMEO - CTESOP

CENTRO TÉCNICO EDUCACIONAL SUPERIOR DO OESTE PARANAENSE


– CTESOP

JULIANA RODRIGUES GRANAYR

MARIA LÚCIA DOS SANTOS

O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA APRENDIZAGEM


ESCOLAR

PRIMEIRO DE MAIO

2014
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA APRENDIZAGEM
ESCOLAR

GRANAYR, Juliana Rodrigues1


SANTOS, Maria Lúcia dos2

RESUMO

O desenvolvimento psicomotor se inicia desde o nascimento da criança, e


continua em sua infância, aliado aos estímulos, possibilita uma adaptação
motora e um repertório de desenvolvimentos, seja no cognitivo ou no campo
social. O aluno encontra prazer e satisfação quando realiza jogos que
envolvem coordenação motora, se socializa a facilita seu processo de
aprendizagem, uma vez que aprende brincando, pois é através das
brincadeiras que a criança descobre a si mesmo e o outro. Procurando
compreender a importância da educação psicomotora como auxílio eficaz na
construção do conhecimento infantil, o presente trabalho aborda a importância
do desenvolvimento psicomotor como facilitador na alfabetização de alunos
que se encontra na faixa etária de 5-8 anos de idade.

Palavras-chave: Psicomotricidade. Aprendizagem. Coordenação psicomotora.

INTRODUÇÃO

Enfatizamos nesta pesquisa assuntos relacionados ao desenvolvimento


psicomotor dos alunos, sendo este indispensável ao trabalho educativo dos
profissionais docentes para promover um melhor desenvolvimento junto aos
alunos em suas competências.

Refletimos também a respeito da importância da coordenação motora


como influenciadora na aprendizagem dos alunos na fase escolar dos cinco
aos oito anos de idade, pois através de atividades motoras eles se divertem,
inventam, interpretam e se relacionam com todos que estão à volta, criando um
ambiente prazeroso e rico em aprendizagens.
O objetivo geral foi verificar a relevância da coordenação na
aprendizagem escolar, que procurou responder ao problema proposto: “Qual a

1 Graduada em... Cursando Especialização em... Email:


2 Graduada em... Cursando Especialização em... Email:
relevância da coordenação para a aprendizagem escolar em alunos que se
encontram na faixa etária dos cinco aos oito anos de idade?”

Os objetivos específicos foram conceituar a questão do desenvolvimento


psicomotor, conhecer e classificar a coordenação psicomotora e avaliar a
influência da coordenação na aprendizagem dos alunos. Estes contribuíram
para a reflexão acerca da formação integral da criança, com a finalidade de
subsidiá-la física, mental e afetivamente para que ela tenha um
desenvolvimento pleno e sadio.

A metodologia utilizada para a pesquisa foi a bibliográfica e a de campo.


Escolhemos essas abordagens, pois segundo Bergamo (2010, p.14),

A pesquisa em contextos educativos privilegia o processo de


aprendizagem do futuro docente, uma vez que o leva a indagar
sobre as propostas adotadas pela escola para lidar com as
necessidades educativas especiais de seus alunos e a buscar
fundamentações teóricas que embasem o que descobriu na
prática.

Desta forma, escolhemos as obras: Educação especial: pesquisa e


prática (2010); Família e escola: parceiras no processo Educacional da Criança
(2010); Desenvolvimento psicomotor: uma experiência de formação continuada
em serviço com professores da Educação Infantil (2007); Educação e cuidados
na primeira infância (2007); Jogos e Brincadeiras Na Educação Infantil (2007);
Psicomotricidade, Educação Física e Jogos Infantis (2006); Dez leis para ser
feliz: ferramentas para se apaixonar pela vida (2003); Referencial curricular
nacional para a educação infantil (1998); Parâmetros curriculares nacionais:
Educação Física (1997); Como desenvolver a psicomotricidade? (1996), por
compreender que estes seriam pesquisas ....................... Também fomos a
campo e aplicamos um questionário com.............................................., além
disso fizemos uma entrevista com ................................................Estes foram
realizados em..........................................

Justificamos a escolha desse assunto para pesquisa


devido..................................

Desta forma, o trabalho aqui apresentado encontra-se dividido em três


seções. Na primeira”.................................” apresentamos..................Na
segunda “.....................................................” abordamos as
relações.........................E finalizando na terceira seção “....................................”
analisamos Nas considerações finais fizemos uma síntese dos resultados na
pesquisa, avaliando

1 CONCEITUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

Nos dias atuais, as crianças sentem falta de um espaço para brincar.


Grande parte dos alunos têm seus dias preenchidos por atividades como
inglês, computação, futebol, ginástica e outras mais. Existe também a questão
da falta de tempo dos pais que deveriam estar com seus filhos e tirar um tempo
para realizar brincadeiras comuns da infância.

Por outro lado, mesmo estando cientes de suas responsabilidades em


relação à educação dos filhos, os pais “modernos” precisam de subsídios da
instituição escolar para que esse ensino/ aprendizagem aconteça com
qualidade, ou seja, que seus filhos, na medida do possível não tenham
problemas de aprendizagem, como destaca Parolim (2007, p. 14 apud
SOARES, 2010, p. 02): “sabemos que a família está precisando da parceria
das escolas, que ela sozinha não dá conta da educação e socialização dos
filhos”.

Além disso, o computador está presente na maioria dos lares e muitas


crianças ficam à frente da máquina demasiado tempo, deixando de lado a
brincadeira, a interação com o outro. Há aquelas que sabem utilizar o mouse
do computador, mas no momento de pular uma corda não consegue, nem
tampouco subir em uma árvore.
Nesse sentido, o processo do ensino-aprendizagem envolve habilidades
diversas, inclusive as motoras. Por esses motivos citados é de grande
importância no período pré-escolar que o aluno adquira habilidades
psicomotoras que são básicas e fundamentais para uma boa aprendizagem.
Nessa direção se faz oportuna a explicitação de Mütscheli (1996, p. 32) quando
o autor conceitua a questão da psicomotricidade:
É a educação do homem pelo movimento. Etimologicamente
teríamos: psique: mente. Motricidade é a propriedade que
possuem certas células nervosas de determinar a contração
muscular. A psicomotricidade é o desenvolvimento do
“comportamento da criança”.

E, ainda, para o mesmo autor: [...] O exercício físico é muito necessário


para o desenvolvimento mental, corporal e emocional do ser humano em
especial da criança (MÜTSCHELI,1996, p. 32).
A realização de atividades físicas é essencial para que a criança tenha
um desenvolvimento saudável. São inúmeros os estudos que têm enfatizado os
benefícios de projetos educacionais que envolvem atividades motoras, tanto
para o crescimento e a maturação quanto para o desenvolvimento de
capacidades cognitivas e sociais.
Mütschele (1996, p. 33), afirma que o exercício físico estimula a
respiração, a circulação, o aparelho excretor, além de fortalecer os ossos,
músculos e aumentar a capacidade física geral, dando ao corpo um pleno
desenvolvimento. Complementando a afirmativa de Mütschele (1996), em
relação ao exercício físico, Cury (2003, p. 58), diz assim:

Fazer exercícios físicos regulares estimula o metabolismo.


Melhora a irrigação sanguínea. Renova a energia cerebral.
Retarda o envelhecimento físico e mental. [...] liberam um
excelente calmante natural, a endorfina. Ela relaxa, tranquiliza
e induz o sono.[...]

Quanto à parte mental, Mütschele (1996, p. 33) assim descreve:

[...] se a criança possuir um bom controle motor, poderá


explorar o mundo exterior, fazer experiências concretas,
adquirir várias noções básicas para o próprio desenvolvimento
da mente, o que permitirá também tomar conhecimento de si
mesma e do mundo que a rodeia.

Nesse sentido, trabalhar o desenvolvimento psicomotor no aluno é


fundamental, pois a psicomotricidade deve ser considerada como base para
que a criança desenvolva suas habilidades ao longo de sua trajetória escolar.
Em face disso, o desenvolvimento nesta fase depende das oportunidades
oferecidas e com isso a criança vai se constituindo como ser humano, além de
tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a
dominar seu tempo, a adquirir habitualmente a coordenação de seus gestos e
movimentos. De acordo com Mütschele (1996, p. 33): O primeiro objeto que a
criança percebe é seu próprio corpo, com ele sente dores, alegrias, sensações
visuais, odoríficas, auditivas, movimenta-se, enfim. O corpo será seu meio de
ação, de relação com o mundo.

No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física


(PCN, 1997, p. 39), do Ministério de Educação e Cultura (MEC), em relação
aos conhecimentos psicomotores que a criança traz de casa, pontuam que:

Ao ingressarem na escola, as crianças já têm uma série de


conhecimentos sobre movimento, corpo e cultura corporal,
frutos de experiência pessoal, das vivências dentro do grupo
social em que estão inseridas e das informações veiculadas
pelos meios de comunicação. As diferentes competências com
as quais as crianças chegam à escola são determinadas pelas
experiências corporais que tiveram oportunidade de vivenciar.
Ou seja, se não puderam brincar, conviver com outras
crianças, explorar diversos espaços, provavelmente suas
competências serão restritas. Por outro lado, se as
experiências anteriores foram variadas e frequentes, a gama
de movimentos e os conhecimentos sobre jogos e brincadeiras
serão mais amplos. Entretanto, tendo mais ou menos
conhecimentos, vividos muitas ou poucas situações de
desafios corporais, para os alunos a escola configura-se como
um espaço diferenciado, onde terão que ressignificar seus
movimentos e atribuir-lhes novos sentidos, além de realizar
novas aprendizagens (PCN, 1997, p. 39).

Portanto, é necessário que a criança conheça a si mesma e descubra o


mundo que a cerca e com isso conseguirá uma relação da educação escolar
com a realidade cotidiana, pois se desvinculada poderá acorrer falta de
concentração, dificuldades de raciocínio e possivelmente sérios problemas de
aprendizagem.

2 COORDENAÇÃO PSICOMOTORA

A coordenação motora da criança é estimulada desde muito cedo


através das pessoas que estão ao seu redor, esses estímulos fazem com que o
indivíduo realize vários movimentos, por exemplo: a criança utiliza as
mãozinhas para pegar objetos, depois os primeiros passinhos, o rastejar no
tapete, tudo isso engloba o desenvolvimento da coordenação motora, a qual é
definida por Imai (2007, p. 39 apud KKOYNIAK FILHO, 2001, p. 38):
De maneira genérica, significa a capacidade de integrar
diversas ações musculares (contrações, descontrações,
alongamentos) simultâneas e sucessivas, de modo a produzir
um determinado movimento (ou uma sequência de
movimentos) com eficiência e economia de esforço. A
coordenação é obtida, em cada movimento, pela sua repetição.
Não obstante, há duas capacidades gerais que influenciam a
coordenação: ritmo (capacidade de ajustar o movimento no
tempo) e equilíbrio (capacidade de manter o ajuste vertical do
corpo, parado ou em deslocamento, com economia de
esforço).

A partir do momento em que a criança se encontra na escola,


particularmente na educação infantil e posteriormente no ensino fundamental,
sua coordenação é estimulada em atividades específicas para a sua
idade. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física
(1997, p. 48) referem-se da seguinte maneira à motricidade em relação aos
alunos que se encontram no primeiro ciclo do ensino fundamental,

No plano especificamente motor, os conteúdos devem abordar


a maior diversidade possível de possibilidades, ou seja, correr,
saltar, arremessar, receber, equilibrar objetos, equilibrar-se,
desequilibrar-se, pendurar-se, arrastar, rolar, escalar, quicar
bolas, bater e rebater com diversas partes do corpo e com
objetos, nas mais diferentes situações.

É através da coordenação motora que conseguimos realizar os mais


diversos movimentos coordenados, isto é, pular, correr, andar, saltar ou até
mesmo realizar tarefas que exijam maior habilidade, como pegar em um lápis,
bordar, desenhar, recortar, tudo isso exige de nós uma boa coordenação.

[...] Equivale dizer que, no primeiro ciclo, é necessário que o


aluno tenha acesso aos objetos como bolas, cordas, elásticos,
bastões, colchões, alvos, em situações não-competitivas, que
garantam espaço e tempo para o trabalho individual. A inclusão
de atividades em circuitos de obstáculos é favorável ao
desenvolvimento de capacidades e habilidades individuais
(PCN, 1997, p. 48).

Podemos classificar a coordenação motora em Coordenações Globais


(motricidade ampla) e motricidade fina. De acordo com Mello (2006, p. 38),
Coordenações Globais (motricidade ampla), com base em Costallat (1983), são
definidas como:
A colocação em ação simultânea de grupos musculares diferentes,
com vistas à execução de movimento amplos e voluntários mais ou
menos complexos, envolvendo principalmente o trabalho de membros
inferiores, superiores e do tronco.

Nesse sentido, é possível desenvolver habilidades como correr, pular,


chutar, subir e descer escadas que podem ser cada vez mais avançadas
através de atividades esportivas. Entretanto, podemos perceber que quando há
uma certa dificuldade por parte dos alunos em realizá-las, de preferência em
atividades esportivas, uma baixa autoestima acaba sendo gerada, podendo
acarretar vários problemas, principalmente de aprendizagem.
Ainda na visão de Mello (2006, p. 38), motricidade fina é o trabalho de
forma ordenada dos pequenos músculos. Englobam principalmente a atividade
manual e digital, ocular, labial e lingual.
Esse trabalho das mãos e dos pés, ou seja, dos pequenos músculos
envolve o ato de desenhar, pintar, manusear pequenos objetos. A criança
realiza movimentos mais precisos, delicados, e desenvolve habilidades que a
acompanharão por toda a vida.
As habilidades citadas desenvolvem-se porque ao pintar dentro de
espaços delimitados, o aluno desenvolve sua coordenação e no momento certo
da alfabetização ele aumentará sua capacidade motora de acordo com cada
atividade realizada. Por isso a importância do professor, nas séries iniciais,
trabalhar a motricidade com seu aluno.
Segundo Mello (2006, p. 36):

Qualquer que seja a experiência proposta e o método adotado,


o educador deverá levar em consideração as funções
psicomotoras (coordenações globais, lateralidade, equilíbrio
etc.) que pretende reforçar nas crianças com as quais está
trabalhando. Mesmo levando em conta que, em qualquer
exercício ou atividade proposta, uma função psicomotora
sempre encontra-se associada a outras, ele deverá estar
consciente do que, exatamente, do que está almejando.

O profissional da educação é o mediador das relações socioeducativas


do aluno, que irão ser benéficas ou não para um crescimento saudável. Assim,
ele necessita estar ciente do seu papel de intervenção no processo de
desenvolvimento de modo a contribuir com o mesmo, fazendo com que o aluno
seja privilegiado e se sinta valorizado, se tornando um agente transformador de
nossa sociedade.

3 A INFLUÊNCIA DA COORDENAÇÃO PSICOMOTORA NA


APRENDIZAGEM DOS ALUNOS EM FASE ESCOLAR DOS CINCO AOS
OITO ANOS

As atividades que envolvem coordenação motora facilitam o


relacionamento e a socialização com os amigos, influencia o processo
ensino/aprendizagem, promovendo maior capacidade cognitiva, motora, social
e afetiva. Nas brincadeiras que envolvem a coordenação, sejam elas globais ou
coordenação motora fina, o aluno amplia habilidades, além de estimular sua
criatividade, autoconfiança, curiosidade, autonomia, fazendo com que a
linguagem seja aperfeiçoada com mais facilidade, o pensamento e a forma da
criança raciocinar, e com isso facilita a construção de novos conhecimentos
tanto em sala de aula como em sua vida social.
Mütschele (1996, p. 20), analisa o desenvolvimento motor da criança por
estádios, onde o quarto deles compreende a faixa etária de 6 a 8 anos, e diz
assim:
[...] O marco fundamental dos seis anos é a escolarização,
mesmo que a criança tenha cursado o jardim da infância e a
pré-escola. A entrada na 1ª série do 1º grau é importantíssima,
isso porque ela vai penetrar o chamado “mundo inteligível” do
adulto. A escola é uma forma de saciar sua curiosidade,
realizar seu desejo de ser grande, de penetrar no mundo dos
grandes.

Estimular a coordenação motora do aluno, principalmente através de


brincadeiras permite a ele criar um espaço para resolver problemas cotidianos,
ou seja, situações em que a criança se encontra no dia a dia, pode ser um
problema de relacionamento, e isso irá facilitar o seu crescimento quanto à
socialização. Um exemplo é que ela irá criar a capacidade de raciocínio. Assim
sendo, resolver problemas brincando é uma forma muito prazerosa. Segundo
Mütschele (1996, p. 27):
Depois dos 7 anos, a experiência mental da criança aumenta,
aparece a possibilidade de generalizar. A pré-escola tem de
orientar a criança para o aperfeiçoamento da capacidade de
raciocinar, o que levará à capacidade de resolver problemas.

Mütschele (1996, p. 27), destaca algumas sugestões educativas que


devem ser apresentadas às crianças na fase pré-escolar em relação às
situações-problemas para que se vá formando a atitude inteligente e reflexiva,
bem como o exercício na indução e dedução. No desenho levar a criança a
perceber a falta de proporção; caso de um gato, seu corpo deverá ser maior
que a cabeça.

a) Na pintura de uma flor, levá-la a perceber que saiu dos limites das
pétalas.
b) Nos estudos sociais, fazer com que a criança procure os porquês, ou
escolha uma causa para um fato na geografia que encontre uma
proporção entre a terra e a água.
c) Nas ciências físicas e naturais, através do galinheiro, do viveiro de
aves, do aquário, da horta escolar, fazer com que raciocine sobre as
diferentes formas de vida dos animais e plantas.
d) Nos jogos intelectuais, como quebra-cabeça, encaixes e outros, levar
a criança a conclusões lógicas.
e) Na educação física, levar a criança a perceber os diferentes
movimentos de seu corpo e sentir os benefícios que cada exercício
lhe trouxe.
f) Na comunicação oral e escrita, notar a maneira como o ser humano
se comunica e relacioná-la com as formas animais de comunicação.
g) Nas aulas de formação moral e religiosa, apresentar fatos que
desenvolvam o raciocínio e as conclusões dos direitos e deveres da
criança. ,

Aqui é citação direta? Sim Lu é citação direta está no livro desta


forma.
Enfim, nas atividades extra-classe, procurar fazer com que a criança
participe e cresça em suas deduções, que aparecerão de forma mais simples,
porém, mais perfeitas. Nessa direção, “a matemática é a disciplina que
apresenta o exemplo mais específico, principalmente na resolução de
problemas”. Mütschele (1996, p. 28) Aqui é citação direta? sim

Nesse sentido, quanto mais o professor incentivar seus alunos a


resolverem situações- problema, claro que de acordo com o nível de raciocínio,
maior será o aprendizado de cada um sobre si mesmo e o desenvolvimento da
capacidade de se expressar. A criança deve a todo o momento ser desafiada,
para que sua capacidade seja sempre melhorada. Mas ela precisa se sentir
segura. Assim, o educador nesse momento deve fazer uma mediação para que
ela se sinta corajosa a enfrentar os desafios a ela propostos, pois “as
experiências de crianças em seus primeiros anos de vida lançam as fundações
para a aprendizagem subsequente” (UNESCO, 2007, p. 12).
Desta forma, o professor deve estar ciente que, ao desenvolver em seus
alunos as habilidades motoras, estas facilitam o aprendizado em todas as
outras áreas de ensino. Criança precisa correr, pular, saltar, rolar, subir,
descer, tocar e ser tocada. E sem dúvida alguma, conhecer o próprio corpo e
as possibilidades de vivências que ele oferece, uma vez que “ao
movimentarem-se as crianças expressam sentimentos, emoções e
pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significado de gestos e
posturas corporais” (BRASIL, 1998, p. 15).
É de suma importância desenvolver diariamente na escola atividades
interdisciplinares, pois estas irão contemplar várias áreas de conhecimento,
proporcionando o desenvolvimento psicomotor, linguístico e psicossocial do
aluno, como por exemplo, trabalhar por meio de jogos. Estes desenvolvem o
raciocínio, fazendo com que os alunos aprendam as regras e a respeitem. Para
as autoras Cória-Sabini e Lucena (2007, p. 10):

O trabalho com jogos, com brincadeiras e com linguagens


artísticas pode ser um caminho para a construção de
conhecimento da criança na fase pré-escolar. É preciso
resgatar os jogos simbólicos, os jogos regrados, as atividades
de recreação etc., tanto com suas manifestações verbais como
não-verbais, para que a linguagem verbal e socializada possa
se transformar em um verdadeiro instrumento do pensamento.

As autoras Cória-Sabini e Lucena (2007, p. 10), acreditam que:

É possível unir movimento com conhecimento e que a


recreação pode ser uma grande colaboradora no
desenvolvimento e no aprofundamento dos conteúdos de sala
de aula, em que a criança não sinta as atividades escolares
como tarefas impostas pelo professor.

O Referencial curricular nacional para a educação infantil (1998) em


relação às atividades que envolvem a ludicidade se constitui um verdadeiro
subsídio em relação ao movimento que o aluno realiza, mas também podem ter
muita eficiência nas questões de ordem e disciplina. Claro que sem
comprometer a liberdade do educando se expressar e tomar suas iniciativas, o
que é de grande importância em seu processo de aprendizagem:

Assim, um grupo disciplinado não é aquele em que todos se


mantêm quietos e calados, mas sim um grupo em que os
vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas
atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas e as
brincadeiras resultantes desse envolvimento não podem ser
entendidos como dispersão ou desordem, e sim como uma
manifestação natural das crianças. Compreender o caráter
lúdico e expressivo das manifestações da motricidade infantil
poderá ajudar o professor a organizar melhor a sua prática,
levando em conta as necessidades das crianças (BRASIL,
1998, p.19).

Portanto, as atividades lúdicas, os jogos, isto é: todos os exercícios


prazerosos que envolvem a coordenação devem ser utilizados para que os
alunos adquiram novos conhecimentos e consolidem os que já possuem. E,
assim, constituírem-se em um subsídio para o desenvolvimento completo do
estudante, uma vez que se ele tiver prazer no que realiza, poderá ter um
entusiasmo em cada tarefa proposta.

4 RELATO DE UM ALUNO MATRICULADO COMO SENDO PORTADOR DE


TDAH, MAS NÃO FOI IDENTIFICADO COMO HIPERATIVO NA ESCOLA
Trabalhamos em um CEMEI-Educação Infantil e temos contato com
vários alunos com problemas de comportamento, mas em especial o Antônio
(nome fictício), apresenta um comportamento agressivo com os colegas, não
tem muita facilidade em seguir regras e com isso deixa de realizar suas
atividades, uma vez que essa atitude acaba deixando-o com uma baixa estima
que atrapalha seu rendimento escolar.
Portanto, para esse relato, Antônio foi analisado minuciosamente,
primeiramente porque ele já veio rotulado de casa, a mãe dizia frases assim:
“esse menino é hiperativo”, “não sabemos mais o que fazer com ele”?
No primeiro momento ficamos observando o comportamento dele na
sala de aula, na realização de uma atividade normal do dia-a-dia, isto é, uma
atividade na qual a maioria dos alunos iria conseguir fazer com facilidade, mas
Antônio nem se preocupou em começar a fazer, ficou correndo na sala de aula
e irritando os colegas, o tempo passou, seus amigos realizaram a atividade e
ele não se preocupou, nem tocou no papel.
Benczik (2000, p. 26) destaca que as crianças com TDAH:
[...] Apresentam dificuldades para seguir regras e normas. Podem
apresentar problemas de conduta, agressividade, pobre rendimento
escolar ou problemas de aprendizagem e dificuldades sociais,
especialmente os relacionados com os amigos e conflitos na família.
Essas crianças apresentam também baixa tolerância à frustação,
dificilmente aceita um “não”. E, em geral, têm uma percepção
negativa de si mesmos em razão das repetidas frustrações. A auto
estima dessas crianças, geralmente é baixa.

O principal problema foi que além dele não realizar a atividade por
apresentar dificuldades cognitivas, ainda atrapalhou toda a sala de aula com
sua dificuldades de socialização.
No segundo momento, enquanto uma de nós trabalhava com os outros
alunos, a outra retirou Antônio da sala de aula e foi conversar com ele, para
saber o que estava acontecendo, se ele tinha algum problema em casa. Com
muita dificuldade ele foi questionado sobre a convivência com sua família e
conseguimos saber que seus pais brigavam muito e que ele participava dessas
discussões diariamente, conversamos muito com ele e isso o deixou mais
calmo, Mas sem dúvida alguma podemos perceber que esse aluno precisa de
um atendimento individualizado, compreensão e muito amor.
Para as autoras Cória-Sabini e Lucena (2007, p. 8),
[...]O professor deve ter uma postura de investigador
permanente sobre cada aluno. Não deve considerar a classe
como um grupo unitário, homogêneo, mas deve observar os
alunos individualmente, percebendo detalhes que possam
servir de referencial para uma possível e estratégica
intervenção.[...]

Então realizamos um terceiro momento, onde foi proposto uma atividade


com jogos, dessa forma, a atividade foi pensada para ser trabalhada com
regras, mas de uma forma prazerosa. Antônio ficou muito animado e à medida
que a atividade se desenvolvia estávamos atentas para algum deslize do
Antônio, para que pudessemos intervir em seu comportamento e sempre que
necessário explicar que todo jogo existe regras e temos que cumpri-las.
Antônio se divertiu porque conseguiu realizar junto com seus amigos um jogo,
pois antes não conseguia, só atrapalhava, e o mais importante, conseguiu
construir conhecimentos a partir do jogo.
Nesse sentido as autoras Cória-Sabini e Lucena (2007, p. 10), enfatizam
que,

O trabalho com jogos, com brincadeiras e com linguagens


artísticas pode ser um caminho para a construção de
conhecimento da criança na fase pré-escolar. É preciso
resgatar os jogos simbólicos, os jogos regrados, as atividades
de recreação etc., tanto com suas manifestações verbais como
não-verbais, para que a linguagem verbal e socializada possa
se transformar em um verdadeiro instrumento do pensamento.

Os professores devem utilizar os jogos como facilitadores na construção


do conhecimento, pois ele é um recurso eficaz. Através deles as crianças na
fase pré-escolar despertam seu interesse e se entusiasmam tornando o
aprendizado prazeroso e significativo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com nossas pesquisas foi percebido que o Transtorno de


Déficit de Atenção e hiperatividade pode apresentar sintomas que se
confundem com alunos indisciplinados, que não têm o hábito de seguir regras e
limites, existem muitas razões para que um aluno seja indisciplinado, razões
que às vezes o professor desconhece, por esse motivo o educador deve tirar
um momento para conversar com esse aluno e entender o que está
acontecendo, pois essas atitudes de indisciplina, levam o educando ao baixo
rendimento escolar.
Através da pesquisa de campo, constatamos que, nem todo aluno
agitado, agressivo, com dificuldades de seguir regras será diagnosticado como
uma criança portadora do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH), existem muitos casos de alunos com esses sintomas que não são
portadores da doença, ao contrário, participam de problemas de ordem familiar,
sentem falta de carinho por parte dos pais, gerando uma baixa estima, e com
isso, essa criança precisa obter atenção das outras pessoas e faz isso com
essas atitudes de inquietação.
Nessa situação o professor necessita aumentar os reforços positivos em
relação a esse aluno, valorizar o que ele faz de bom para que seus colegas
comecem a admirá-lo, além disso deve ser experiente e criativo, para que sua
aula seja interessante,e adequada ao nível de aprendizado do educando para
que ele se sinta incluído nesse ambiente.
Portanto, entendemos que esta pesquisa é um verdadeiro auxílio para
os profissionais da educação, como também para os pais que devem participar
da vida escolar e social de seus filhos, sob hipótese alguma, é aceitável que
um aluno seja rotulado como portador de uma doença, sendo muitas das vezes
uma criança indisciplinada.

REFERÊNCIAS

BERGAMO, Regiane Banzzatto. Educação especial: pesquisa e prática.


Curitiba: Ibpex, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de educação


fundamental. Referencial curricular nacional para a educação
infantil. Brasília: MEC\SEF, 1998, 269 p.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília:
MEC/SEF, 1997. 96p.

CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida; LUCENA, Regina Ferreira de. Jogos e


Brincadeiras Na Educação Infantil. 3. ed. São Paulo: Papirus, 2007.

CURY, Augusto Jorge. Dez leis para ser feliz: ferramentas para se apaixonar
pela vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

IMAIS, Viviam Hatisuka. Desenvolvimento psicomotor: uma experiência de


formação continuada em serviço com professores da Educação Infantil.
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em
Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP/Campus de
Presidente Prudente, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre
em Educação. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Célia Maria Guimarães. Presidente
Prudente, 2007. Disponível em:
<http://www.revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/viewFile/171/239>.
Acesso em:

MELLO, Alexandre Moraes de. Psicomotricidade, Educação Física e Jogos


Infantis. 6. ed. São Paulo: Ibrasa, 2006.

MÜTSCHELE, Marly Santos. Como desenvolver a psicomotricidade? São


Paulo: Loyola, 1996.

SOARES, Jiane Martins. Família e escola: parceiras no processo Educacional


da Criança. Pós-graduação em Psicopedagogia Institucional pela Faculdade
Meta de Macapá, 2010. Artigo científico. Disponível em:
<http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1853>. Acesso
em:

UNESCO. Bases sólidas: educação e cuidados na primeira infância. São


Paulo, Moderna, 2007, 416 p.

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