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Sumário
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE.............................................. 18
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 32
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Verificou-se, também, que uma grande parcela das crianças que ingressam
nos anos iniciais do Ensino Fundamental, encontra-se com atraso psicomotor,
possivelmente, devido à falta da experiência com a Psicomotricidade nos anos
anteriores de escolarização.
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Neste âmbito, este estudo justifica-se na evidência de que, na grande maioria
das escolas de Educação Básica, não se pratica a educação psicomotora. Kolyniak
Filho (2010) revela que, desde o início do processo de escolarização, existe uma
prática pedagógica centralizada na construção de abstrações conceituais, quase que
exclusivamente ao trabalho mental, cognitivo, em situações de relativa imobilidade
corporal.
Justifica-se ainda nas análises dos resultados revelados por Lordani e Blanco
(2019b), por meio da aplicação do protocolo de observação psicomotora proposto por
Borghi e Pantano (2010) em escolares com dificuldades de aprendizagem
matriculados na Educação Infantil de um município ao norte do Estado do Paraná.
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integralidade; tais práticas devem estar acompanhadas de intenções, motivações e
desejos de se comunicar com o mundo.
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A RELAÇÃO ENTRE A PSICOMOTRICIDADE E A
ALFABETIZAÇÃO
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o equilíbrio entre as forças musculares, bem como a flexibilidade e agilidade de cada
articulação do membro superior são necessários para a criança dominar o gesto da
escrita.
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históricas da motricidade laboral e da linguagem (motricidade colaboral)”. Para De
Meur e Staes (1989), quando uma criança não possui a lateralidade bem definida,
apresenta problemas de ordem espacial, dificultando a compreensão da direção
gráfica da escrita, ocasionando dificuldades na leitura.
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durante a fixação da atenção e durante as manipulações de objetos que exigem
controle visual”. Compreende também a micromotricidade e a perícia manual, possui
uma íntima relação com a percepção visual que é de grande importância para o
desenvolvimento da aprendizagem da leitura, da escrita e do cálculo.
Neste sentido, De Meur e Staes (1989) enfatizam que, para a grande maioria
das crianças que apresentam alguma dificuldade no processo de escolarização, a
causa não está no nível da classe em que chegaram; constata-se a causa do
problema nos níveis anteriores, no nível das bases escolares. Reforçam a ideia de
que as condições mínimas para uma boa aprendizagem se compõem a estrutura da
educação psicomotora.
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Assim, torna-se recomendável que a criança pratique a educação psicomotora
o mais breve possível, já que ampliará suas possibilidades de prevenir inadaptações,
difíceis de corrigir quando já estruturadas (LE BOULCH, 1982).
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Pesquisas recentes abordam que um bom desenvolvimento motor repercute
na vida futura das crianças nos aspectos sociais, intelectuais e culturais. O termo
desenvolvimento motor diz respeito a interação existente entre o pensamento
consciente e inconsciente e os movimentos efetuados pelos músculos, com o auxílio
do sistema nervoso. Dessa maneira, estudar o desenvolvimento motor implica em
compreender as transformações contínuas que ocorrem por meio da interação dos
indivíduos entre si e com o meio em que vivem. Já para David L. Gallahue o
desenvolvimento motor está associado às áreas cognitiva e afetiva do comportamento
humano:
O montante de pesquisa que esses estudiosos efetuaram foi motivado pelo seu
interesse no relacionamento da maturação, ou seja, nas alterações qualitativas que
capacitam o indivíduo a progredir para níveis mais altos de funcionamento e de
processos de aprendizagem com o desenvolvimento cognitivo.
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Após as pesquisas de Gesell e Megraw outros estudiosos dedicaram-se aos
estudos sobre o desenvolvimento motor. Durante a Segunda Guerra Mundial surgiu
uma nova geração de desenvolvimentistas motores, liderados por Anna Espenshade,
Ruth Glassow e G. Lawrence Rarick que concentraram-se na descrição das
capacidades de desempenho motor de crianças na idade escolar.
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de teste neuromotor para mecanismos estabilizadores, locomotores e manipulativos
que serão usados mais tarde com controle consciente pelo indivíduo.
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adequadamente o atraso no desenvolvimento. Para correção da idade subtrai-se o
número de semanas de sua gestação, de um total de 40 semanas. Esta diferença
corresponde ao tempo de prematuridade da criança, que é então descontado de sua
idade cronológica.
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O CORPO EM AÇÃO
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expressão dinâmica são fundamentados, de acordo com Kyrillos e Sanches, em três
conhecimentos básicos:
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conhecer seu corpo e poder utilizá-lo não somente para movimentar-se, mas também
para agir.
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PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE
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Estruturas cognitivas, representando aquilo que está na base da inteligência.
A autora cita ainda que a aprendizagem possui três funções:
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necessidade de trabalhar os aspectos que podem se encontrar deficitários na
estruturação das crianças, que são muitas vezes chamadas de hiperativas. A
psicomotricidade amplia seu fazer, oferecendo à educação infantil a possibilidade de
desenvolvimento.
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e levando a autonomia do indivíduo como lugar de percepção, expressão e
criação em todo seu potencial. (NEGRINE, 1995, p. 15).
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relação com a realidade. Assim, quando mais cedo abordado no ambiente escolar
mais os alunos poderão conhecer-se melhor, desenvolvendo a maturidade, a
consciência e a inteligência apropriada aos seres humanos. Le Boulch aponta o
objetivo central da educação psicomotora: “O objetivo central da educação pelo
movimento é contribuir para o desenvolvimento psicomotor da criança, da qual
depende, ao mesmo tempo, a evolução de sua personalidade e o sucesso escolar”.
(LE BOULCH, 1984, p. 24).
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Assim, podemos analisar que a educação psicomotora junto com o auxílio dos
pais e do meio escolar, tem a finalidade não de ensinar a criança comportamentos
motores, mas sim de permiti-lhe, mediante o jogo, exercer sua função de ajustamento,
individualmente ou com outras crianças. No estágio escolar, a prioridade constitui a
atividade motora lúdica, fonte de prazer, permitindo a criança prosseguir na
organização de sua “imagem de corpo” ao nível do vivido servindo de ponto de partida
na sua organização prática em relação ao desenvolvimento de suas atitudes de
análise perceptiva. Outro papel atribuído a educação psicomotora é a de prevenção,
esse que é argumentado por Fonseca:
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“O termo psicomotricidade se divide em duas partes: a motriz e o psiquismo,
que constituem o processo de desenvolvimento integral da pessoa”. (Fonseca, 2004,
p.16). A palavra motriz se refere ao movimento, já psico determina a atividade
psíquica em duas fases, a sócio afetiva e cognitiva. Em outras palavras, o que se quer
dizer é que na ação da criança se articula toda sua afetividade, todos seus desejos,
mas também todas suas possibilidades de comunicação e articulação de conceitos.
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Sendo assim, instituições de ensino buscam oportunizar, às crianças,
condições de desenvolverem capacidades básicas, aumentar seu potencial motor,
utilizando o movimento para atingir aquisições mais elaboradas, como as intelectuais,
como também sanar as dificuldades apresentadas pelos alunos.
Nós deveríamos levar mais longe essa lógica; se a criança tem deficiências
que a impedem de chegar ao cognitivo, é porque o ensino que recebeu não
respeitou as etapas de seu desenvolvimento psicomotor. Sob o aspecto da
prevenção, passaríamos da reeducação à educação psicomotora. Portanto,
torna-se importante estudar as funções psicomotoras, bem como sua
importância para o desenvolvimento infantil. (LAPIERRE, 2002, p. 25).
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Logo nos deparamos com a importância de o educador conhecer as funções
psicomotoras e qual a sua contribuição para o crescimento infantil, pois sem esse
conhecimento, o professor, poderá pular etapas do desenvolvimento motor o que
causará problemas futuramente as crianças.
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cuidado especial que se deve tomar com as crianças sem seus primeiros anos de
escolaridade.
Muitas dificuldades podem surgir com uma aprendizagem falha na escola. Está
certo que algumas habilidades motoras começam a ser desenvolvidas na família, mas
não se pode negar a importância dos primeiros anos de escolaridade. Por outro lado,
também há alunos que já vão para a escola com problemas motores que prejudicam
seu aprendizado.
É importante, também, que ela tenha uma boa coordenação global, saindo-se
bem ao se deslocar, transportar objetos e se movimentar em sala de aula e no recreio.
Muitos dos jogos e brincadeiras, realizados nos pátios das escolas, são, na verdade,
uma preparação para uma aprendizagem posterior. Com eles, a criança pode adquirir
noções de localização, lateralidade, dominância e, consequentemente, orientação
espaço-temporal.
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O aluno, ao perceber que tem dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes
começa a apresentar desinteresse, irresponsabilidade, agressividade, hiperatividade,
baixo nível de atenção, dificuldade para seguir instruções, imaturidade social,
dificuldade com a conversação, inflexibilidade, fraco planejamento e habilidades
organizacionais, distração, falta de destreza, falta de controle dos impulsos, entre
outros.
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Deste modo, com o trabalho adequado da psicomotricidade em sala de aula e
com o auxílio e dedicação do educador poderá amenizar as dificuldades de
aprendizagem presenciadas pelos educandos, diminuindo o fracasso escolar,
contribuindo para uma educação de qualidade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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É preciso valorizar a ação da criança que brinca, é preciso transcender o visível
e pressentir a seriedade do fenômeno.
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REFERÊNCIAS
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LORDANI, S. F. S.; et al. A Psicomotricidade e as dificuldades de aprendizagem:
educação e reeducação psicomotora como prática pedagógica. Revista primus.
VITAM Nº 9 – ANAIS – II Congresso Internacional e VII Congresso Nacional de
Dificuldades de Ensino e Aprendizagem, São Paulo SP, 1º sem. 2017.
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