Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE UNITIVA

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Licenciatura em Psicologia Clínica

Psicologia de Desenvolvimento

A Teoria de Erikson

Discente:

Rosa Noé Jemusse

Jadia da Silva Ismail

Julienne Mukuku Mashimango

Docente:

Gilda Lumbela

Boane ,Agosto de 2022


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................4

2 Objectivo geral:...............................................................................................5

2.1 Objectivo especifico:...............................................................................5

3 Historia............................................................................................................6

3.1 O conceito de desevolvimento psicosocial..............................................7

3.2 Características do desenvolvimento humano na teoria de Erikson..........8

3.3 Os estágios do desenvolvimento psicossocial e as suas características...8

3.3.1 Fase do nascimento aos 18 meses......................................................9

3.3.2 Muscular – Anal: Autonomia x Vergonha e Dúvida ( dos 18 meses


aos 3 anos ) 9

3.3.3 Locomotora-Genital: Iniciativa x culpa (dos 3 aos 6 anos).............10

3.3.4 Latência: Indústria x Inferioridade (dos 6 aos 12 anos)...................10

3.3.5 Puberdade e Adolescência: Identidade x Confusão de papeis (dos


12 aos 20 anos)........................................................................................................11

3.3.6 Adulto jovem: intimidade x isolamento (dos 20 aos 30 anos).........11

3.3.7 Meia-idade: generatividade x estagnação (dos 30 aos 60 anos). 12

3.3.8 Velhice: Integridade x Desespero (a partir dos 60 anos).................12

4 Conclusão......................................................................................................13
1 INTRODUÇÃO

Este trabalho surge no contexto da cadeira de psicologia de desenvolvimento,


na qual tem como tema teoria psicossocial do desenvolvimento humano segundo
Erick Erikson,com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre o ser humano nas
vertentes psicológica e social.

2 Objetivo geral:
 Compreender e caracterizar os oito estágios do
desenvolvimento psicossocial de Erikson.

2.1 Objetivo específico:


 Descrever os estagio de desenvolvimento humano;
 Falar/caracterizar das várias manifestações atravessadas
pelos seres humanos durante a vida.

3 Historia
Erikson nasceu um Hamburgo, na alemanha em 1902, de pais dinamarqueses.
Tendo perdido a vida no de 1994.

Em 1933, Erikson homburger, afixou residência nos estados unidos, tendo se


tornado o primeiro psicalanalista de crianças, ficou famoso com a obra ‘Infância e
Sociedade’ onde realçava a importância da cultura e da sociedade na formação da
identidade de cada individuo.

A sua teoria psicossocial, mais optimista do que a visão freudiana do


desenvolvimento, centra se no individuo saudável. A personalidade desenvolve-se ao
longo de toda vida e nenhuma idade da vida. Cada estágio, em medida, é uma nova
oportunidade de desenvolvimento. A formação da identidade é uma tarefa sempre em
aberto.
3.1 O conceito de desevolvimento psicosocial
Erikson apercebendo-se de que Frend insistiu demasiado no poder da
sexualidade e das relac6oes familiares, não valorizando como devia a influência dos
factores sociais.

A teoria do desenvolvimento valoriza a interacção entre o indivíduo e o meio


sociocultural ao longo de todo o ciclo vital, Erikson entende que o desenvolvimento
sócio afectivo abrange oito estágios.

Sustentou que a tarefa fundamental da existência é a construção da identidade


pessoal. A identidade pode ser concebida como a imagem mental relativamente estável
da relação entre o ‘EU’ e o ‘MUNDO’ social nos vários contextos e momentos do
processo de socialização.

A identidade pessoal de cada indivíduo forma-se segundo o modo como resolve


tais crises (períodos de grande vulnerabilidade mas também também de potencial
crescimento).

A maturação física abre novas possibilidades e ao mesmo tempo sucita novas


exigências sociais, determina a sequência temporal de componente da personalidade, a
cultura disponibiliza os instrumentos interpretativos e determina a forma das situações
sociais nos quais as crises enfrentadas.

Cada estágio é e o momento de uma crise psicossocial ou conflito. Cada conflito


confronta duas possibilidades como pares de qualidades psicológicas.

No conflito “confiança versus desconfiança “ em relação ao mundo é bom


possuir uma certa dose de desconfiança, para lidar efectivamente com o mundo, dado
que este muitas vezes não parece seguro e de confiança. Mas a balança deve tender mais
para o valor positivo do que para o negativo, de modo a que surja uma orientação
positiva do confronto futuro com a realidade. A qualidade que acompanha esta
orientação positiva é designada por virtude ou qualidade e força do Ego.
Ou seja, cada crise é mais saliente durante um estágio específico mas tem suas
raízes em estágios prévios e consequências em estágios posteriores.

O conflito consiste numa numa polaridade emocional que tem uma vertente
positiva e uma vertente negativa. Um desenvolvimento equilibrado e bem-sucedido
depende da resolução conveniente do conflito próprio de cada estágio, de modo a que a
vertente positiva denomine.

3.2 Características do desenvolvimento humano na teoria de


Erikson.
 O foco fundamental de desenvolvimento são as relações sociais;
 As propostas dos estágios psicossociais envolvem outras partes
do ciclo vital, além da infância, ampliando a proposta de Freud.
Não existe uma negação da importância dos estágios infantis
(afinal neles se dá todo um desenvolvimento psicológico e
motor), mas Erikson observa que o que construímos na infância
em termos de personalidade não é totalmente fixo e pode ser
parcialmente modificado por experiencias posteriores.
 A cada etapa, o individuo cresce a partir das exigências internas
do seu ego, mas também das exigências do meio em que vive o
sujeito em questão;
 Em cada estágio o ego passa por uma crise, esta crise é de ter um
desfecho positivo assim como negativo;
 Da solução positiva do ego surge um ego mais rico e forte, da
solução negativa resulta um ego mais fragilizado.
3.3 Os estágios do desenvolvimento psicossocial e as suas
características.
Erikson dividia o desenvolvimento em oito estágios psicossociais a que chamou
“identidades da vida” : na óptica dele o desenvolvimento psicossocial divide-se em 8
estágios que são: oral- sensorial= Confiança versus Desconfiança.

3.3.1 Fase do nascimento aos 18 meses


Nesse primeiro estágio o recém-nascido depende totalmente dos outros para satisfazer
as suas necessidades. Se receber amor daqueles constituem o meio envolvente imediato
(pais, irmãos, baba) e as suas actividade e descoberta forem encorajadas e estimuladas
de modo equilibrado, o bebé desenvolverá confiança, não só nos outros mais também
em si mesmo.

Sentimento de confiança (em si e nos outros): condição fundamental a uma


personalidade sadia – mundo confiável, mais amor do que agressão, mais atenção do
que abandono.

Recém-nascido: Tudo gira em torno da boca. Papel da mãe: acolher e alimentar.

Relações inadequadas – desorganização que a criança procura compensar através do


controle por compulsão ou fantasia.

Como a criança demonstra confiança: qualidade da alimentação, sono e evacuação.


Indicador social : aceitação do afastamento materno, sem demasiada ansiedade ou raiva.

Confianca basica: baseada na qualidade da relação mãe-filho.

3.3.2 Muscular – Anal: Autonomia x Vergonha e Dúvida ( dos 18 meses


aos 3 anos )

Por influência de Frend este estágio, coloca a criança perante uma questão
crucial: Será que consigo fazer as coisas por mim proprio ou tenho de depender quase
sempre dos outros ?
Nesta fase a criança terá de aprender a lidar com a dúvida e a vergonha para
conquistar autonomia. A autonomia significa adquirir um relativo controlo de algumas
funções orgânicas, um certo domínio da coordenação motora, capacidade de
manipulação de objectos.

3.3.3 Locomotora-Genital: Iniciativa x culpa (dos 3 aos 6 anos)


Nesta fase assiste – se um significativo desenvolvimento das habilidades
motoras, da linguagem e do pensamento, tal como da imaginações e da curiosidade
objecto de curiosidade especial e o corpo e as diferenças entre os sexos.
A reacção dos pais à curiosidade da criança é um factor determinante quanto ao
grau de auto- confiança e de iniciativa que ela irá desenvolver.
A resolução bem-sucedida desta crise psicossocial reforça a capacidade de
iniciativa, a vivacidade e o gosto pela descoberta. A virtude desenvolvida e a
tenacidade.

 Criança manifesta grande imaginação: fantasia e realidade se confundem


diferenças sexuais. Para ter iniciativa: selecção de metas e a perseverança em
alcançá-las.
 Etapa para treinamento dos diversos papéis: observa, imita e cria. Identificar-
se com o progenitor do mesmo sexo.
 Disposição para aprender e compartilhar com adultos as tarefas do dia-a-
dia:
 Culpa: em decorrência das fantasias edípicas e também de posturas menos
adequadas por parte dos adultos em relação as suas iniciativas, sou má, estrago
coisas...
 Serei competente ou incompetente?

3.3.4 Latência: Indústria x Inferioridade (dos 6 aos 12 anos)


Por indústria entende Erikson como engenho competência e produtividade no
comprimento de determinadas tarefas. Com a escolaridade alargar-se o campo da
intenção social, novos desafios surgem e intensificam-se a aprendizagem social. Será
apreciada não pelo que é mas pelo que faz, pelo grau de competência no desempenho
de tarefas.

A virtude ou qualidade psíquica daí resultante é a competência a habilidade


intelectual e a perícia no cumprimento das tarefas valorizadas em determinadas
sociedades.
 Diminui a fantasia: envolvimento em tarefas reais. Apropriado para
aprendizagens importantes como ler, escrever e calcular. Passa a
produzir torna-se um trabalhador.

 Começo da experiência escolar e do sentido de indústria: precisa se


ajustar ao mundo das ferramentas integrar-se no sistema produtivo.

 Dificuldades: sentimento de inadequação e inferioridade e


possibilidade de desenvolver uma obsessão pelo trabalho. Fracasso frente
aos objectivos da escola ou diante da não-solução positiva das
“dicotomias” anteriores.

3.3.5 Puberdade e Adolescência: Identidade x Confusão de papéis (dos


12 aos 20 anos)
Quem sou eu? O que serei?

O período da adolescência, é a etapa da vida em que consciência do que somos


no presente e acompanhadas pelo desejo que queremos ser no futuro. A procura da
independência em relação aos pais dinamiza o desenvolvimento social e afectivo do
adolescente.

 A crise de identidade: também denominada difusão da identidade ou


confusão de papéis, exprime a dificuldade em encontrar uma identidade
ocupacional em um lugar conveniente no seio da sociedade, traduzindo
o carácter problemático da transição da infância para a idade adulta.

 Transformação fisiológicas importantes: reajustamento em o ser e o


parecer.

 Conquista da identidade: tarefa para a toda a vida, na adolescência se


discutem todas uniformidades e continuidades que marcam a
personalidade.

 Surgimento dos ídolos: modelos de identificação que se alteram.


Perigo da confusão ou difusão de papéis.

 Período entre a moral aprendida na infância e a ética desenvolvida


pelo adulto. Amadurecimento sexual e cognitivo: liberdade para
expressar papéis sócias e sexuais mas sem poder assumi-los com
responsabilidade.
3.3.6 Adulto jovem: intimidade x isolamento (dos 20 aos 30 anos)
Deverei compartilhar a minha vida com outra pessoa ou viver sozinho?

Erikson dá a intimidade o sentido de fusão da identidade de um indivíduo


desenvolver uma relação profunda e significativa com outra pessoa. A incapacidade
de entrega e de fidelidade a uma relação, de partilhar afectos, pode conduzir ao
isolamento, á solidão, á sensação de que algo falta para lhe ser completo.

 Depois da definição da identidade: condições de estabelecer


intimidade com o outro e fundir sua identidade do companheiro.
Quando isso não ocorre sentimo-nos isolados e privados.

 Intimidade: não se restringe ao comportamento sexual, mas pode


fazer ligações com pessoas e profissionais.

 Dificuldades: medo de perder o próprio eu, excesso de


competitividade.

3.3.7 Meia-idade: generatividade x estagnação (dos 30 aos 60 anos)


A generatividade manifesta-se na produção de ideias, de obras de arte, na
participação política e cultural, no exercício de uma profissão e a descentração do
“ego” não ocorre, o individuo pode, segundo Erikson, estagnar, preocupar-se quase
exclusivamente com o seu bem-estar e a posse de bens materiais. A virtude da meia-
idade é o cuidado e a preocupação com os outros, o fazer algo por alguém.

 Preocupação com cuidar dos filhos e educação: transmitir a eles a


legado da cultura.

 Generatividade: preocupação relativa a firmar e pular nova geração.


Abrange também a ideia de produtividade e criatividade (nas ter filhos
mas realizar a capacidade de gerar através de sua criatividade de
produção artística, literários ou científica).

 Período mais longo da vida.


3.3.8 Velhice: Integridade x Desespero (a partir dos 60 anos)

A integridade significa que o indivíduo avalia positivamente o seu percurso


vital mesmo que nem todos os deus desejos e sonhos se tenham realizados e
esta satisfação física prepara-o para aceitar a deterioração física e a inevitável
morte como o término de algo que valeu a pena. As pessoas que consideram a
vida malsucedida são demasiadas centradas em si mesma, pouco produtiva,
que lamentam os oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para
se reconciliarem consigo próprias corrigindo erros cometidos, podem ceder a
angústia e ao desespero.

A virtude a desenvolver neste estágio é a sabedoria.

 Integridade, fruto das setes etapas anteriores, os indivíduos revê


experiencias anteriores. Balanço da vida e aceitação. Consegue ver as
pessoas como são, com seus defeitos e virtudes (amor, maduro, sem as
fantasias da juventude). Sentimento de responsabilidade pelos próprios
actos.
 Dificuldade da integração: instala-se a desesperança frente ao curto
espaço de tempo para recomeçar. Desprezo pelos outros (desde por si
mesmo). Medo da morte (como o medo da vida em outras etapas).
4 Conclusão
Para o presente trabalho concluímos que, tal como nas fazes do desenvolvimento
psicossexual de Sigmund Freud, também a perspectiva de Erikson é desenvolvimentista
e a maior elaboração das fases que propõe para o desenvolvimento do “ego" referem-se
à infância e a adolescência. Mas do que uma mera sucessão biologicamente determinada
de processos neurofisiológicos, descrevem-se os passos cruciais da maturação do “ego"
na sua relação com o meio social. É onde a teoria do desenvolvimento freudiana se
fecha sobre si mesma com a adolescência e a juventude, através da meia-idade, e até a
idade avançada. Tal como Freud, Erikson também procura reconhecer os aspectos
transculturais a universalidade das suas reflexões. Neste caso sobre as oito fases que
considera partes inclináveis do ciclo vital humano, se bem que reconheça desde logo
que cada pessoa as pode passar de maneiras diferentes conforme a cultura envolvente,
as circunstâncias concretas e a personalidade.

Você também pode gostar