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UNIVERSIDADE WUTIVI

Faculdade de Ciências sociais e Humanas 


Trabalho de Praticas Psicologicas
 Tema: Terapia Relacional
 
Discentes:
Rosa Jemusse
Jadia da Silva
Jessica
Schleiden Sengulane
Docente: Anatercia Soto
Introdução
Neste presente trabalho abordaremos sobre a tematica da
terapia relacional (terapia familiar), que é diversa e
complementa diferentes conceituações sobre familia,
modelos de atendimento e abordagens epistmologicas as
quais causaram transformações paradigmaticas em sua
pratica. Seu inicio se caracteriza no campo das terapias
fundamentadas pela prática clínica da psicanalise tendo
como foco de atuação o individuo e o entendimento de
seus conflitos como causados por conteudos
intrapsiquicos.
Terapia relacional
A terapia relacional é uma terapia dirigida ao sistema
familiar, que procura desenvolver estratégias cotidianas e
simples, para melhorar as nossas maneiras de comunicar
o que sentimos e saber ouvir o que o outro está sentindo.
Isso ajuda principalmente o processo de desenvolvimento
das crianças, porque elas ainda não desenvolveram
totalmente a capacidade de perceber as próprias emoções
e verbalizá-las. Mas também nos ajuda como pais e mães,
dado que muitas vezes precisamos entender como
funcionamos emocionalmente para aprender a
comunicar-nos.8
Tipos de terapia
 Individual;
 Familiar;
 Casal;
 Grupos.
Terapia individual
A Terapia Relacional Sistêmica voltada para o indivíduo
objetiva desenvolver a autossuficiência do indivíduo. O
paciente é estimulado a analisar as situações
desagradáveis em sua vida para identificar a sua possível
contribuição em cada uma.

A autorresponsabilidade é encorajada a todo instante para


que o paciente possa cessar a perpetuação de
comportamentos negativos. Assim, ele se torna apto a
aprender novas estratégias de funcionamento.
Terapia familiar
Na abordagem familiar, a família é vista como um sistema. Cada membro tem a sua
responsabilidade dentro dele e capacidade para influenciar o outro. A Terapia Relacional
Sistêmica, então, oferece uma oportunidade para as famílias se reorganizarem como um
conjunto para prevenir conflitos desnecessários.

A estrutura familiar é ainda composta por funções básicas. Cada membro possui um grupo de
tarefas específicas. A mãe tem a função materna, o pai tem a função paterna, os filhos têm a
função de aprendizagem, entre outras. Quando cada um está ciente e de acordo com as funções
desempenhadas, o sistema familiar age em uníssono. Ao longo do tratamento, são identificadas
oportunidades de aprendizagem e de mudança. Os membros da família devem estar dispostos a
colaborar uns com os outros.
Terapia de Casal
Para melhorar a qualidade de seus relacionamentos, muitos casais procuram a Terapia
Relacional Sistêmica.

Semelhante à terapia familiar, o casal é um sistema. Ambas as partes recebem


informações objetivas de seu padrão de funcionamento como uma dupla e são encorajadas
a fazerem movimentos de mudança. Eles também precisam enxergar o padrão de
funcionamento um do outro. A partir desta compreensão, o casal consegue usar o
relacionamento como fonte de crescimento pessoal e emocional em vez de sofrimento e
frustração.
Terapia de grupos
Os grupos terapêuticos são uma outra forma possível de
psicoterapia, que oferece a oportunidade de experienciar
um processo terapêutico em conjunto com um grupo de
pessoas que partilham o mesmo tipo de dificuldades,
facilitando uma maior identificação com as várias
temáticas exploradas e a possibilidade de receber apoio e
encorajamento dos restantes membros do grupo.
As terapias sistêmicas têm suas raízes na terapia familiar
Hoje em dia não é necessária uma família como foco de atenção para que o olhar seja sistêmico.
Nessa perspectiva, o que importa é a relação, ou seja, o processo de interação entre as pessoas, e
não tanto a observação do indivíduo isolado.

No entanto, a perspectiva sistêmica se nutre também de contribuições de outras disciplinas,


principalmente em relação ao âmbito teórico. Algumas delas são a cibernética, os desenvolvimentos
pragmáticos da comunicação e da psicoterapia familiar. Essa integração de perspectivas permitiu o
desenvolvimento de um amplo âmbito de aplicação que abarca desde tratamentos individuais até
grupais, de casais e, obviamente, de famílias (Hoffman, 1987).
Terapia Relacional Sistêmica
O aspecto relacional desta terapia refere-se ao estado de “ser em relação” das pessoas. Nós
estamos constantemente interagindo com outros indivíduos e conosco. Nossos
relacionamentos são circulares. Ou seja, eles são formados por processos de relacionamento
os quais apresentam características específicas. Na Terapia Relacional Sistêmica, existem
alguns pontos chave que conduzem o tratamento terapêutico. Para serem capazes de fazer
mudanças positivas em seu comportamento, as pessoas precisam compreender as
especificações do seu próprio sistema de funcionamento.
Antecedentes das Terapias Sistêmicas
Os antecedentes mais importantes das terapias sistêmicas podem ser encontrados na
psicanálise. Um exemplo disso são os termos “mãe esquizofrenógica” de Frieda From-Reichman,
“mãe perversa” de Rosen ou o uso de entrevistas familiares de Bell.

Contudo, os primórdios mais evidentes dessa terapia surgiram com o antropólogo Gregory Bateson e
sua equipe de veteranos na “Administration Hospital de Palo Alto”. Bateson se uniu a outros
pesquisadores como Jackson, Haley e Weakland para analisar o sistema comunicativo das famílias
esquizofrênicas.
Uma das teorias mais interessantes que surgiu a partir das pesquisas foi a teoria do vínculo
 duplo. Essa teoria explica como a contradição entre duas ou mais mensagens pode induzir ao delírio para
fugir da realidade, já que a contradição implica receber ordens simultâneas impossíveis de cumprir, pois a
realização de uma implica desobedecer a outra. Um exemplo pode ser a expressão “te amo” para uma filha
de sua mãe, que a nível gestual transmite rejeição.

Paralelamente, em 1962, Jackson e Ackerman fundaram a revista Family Process e Bertalanffy formulou a
Teoria Geral de Sistemas, sendo esta última a teoria que desenvolve uma série de fatores comuns a todas as
terapias sistêmicas.
Aspectos comuns das terapias sistêmicas
Apesar de as terapias sistêmicas serem muito amplas e abarcarem, como dissemos anteriormente, um
grande grupo de disciplinas, existe uma série de aspectos comuns a todas elas. O mais importante é o
conceito de sistema que já mencionamos como “um conjunto de objetos ou elementos que se relacionam
entre si”.

Na sua Teoria Geral de Sistemas, Bertalanffy também destacou o conceito de interação, pressupondo
dessa maneira que um sistema implica uma interdependência entre as partes, ou no caso das terapias
sistêmicas, das pessoas envolvidas na relação.
Também é importante diferenciar os sistemas abertos dos fechados, apesar de não existir um
critério unificado entre os pesquisadores para diferenciar os mesmos. Seguindo a conceitualização
de Bertanlaffy, um sistema fechado é aquele que não realiza nenhum tipo de troca com o meio, ao
passo que um sistema aberto está em constante intercâmbio com o meio e com outros sistemas.

Por exemplo, os sistemas fechados de família não mantêm nenhum tipo de troca com o meio. O
estado final depende das condições iniciais de tal sistema e existe um empobrecimento de energia
progressivo na união e no sistema familiar.
Dessa observação, autores como Watzlawick, Beavin e Jackon da escola de Palo Alto, e da derivação do estudo
de outros conceitos da Teoria Geral de Sistemas, surge a “teoria da comunicação humana”. Essa teoria
proporciona aspectos e ideias comuns a todos os modelos sistêmicos como:

 É impossível não comunicar. Essa teoria parte da ideia de que toda conduta é comunicação, incluindo o
silêncio. Além disso, ela considera que em situações o “sintoma” pode ser a forma de comunicação.

 Os mecanismos dos sistemas vão se autorregulando por meio de feedbacks.

 Existem dois níveis de comunicaçao nível digital ou de conteúdo e o nível analógico ou relacional. Se
houver incongruência entre ambos os níveis, surgem as mensagens paradoxais.
 
 A interação está condicionada pelas pontuações que os participantes introduzem. Isso quer dizer que
dependendo da versão que construímos daquilo que vemos e sentimos, estabeleceremos a relação
com as outras pessoas e vice versa. Dessa forma, a ausência de concordância em relação à maneira de
pontuar os acontecimentos é a causa de vários conflitos nas relações.

 Existe um sistema de regras que o terapeuta sistêmico deve conhecer: as regras conhecidas, as regras
simétricas, as regras secretas e as metarregras.

 
Padrão de funcionamento
Dentro da Terapia Relacional Sistêmica, este padrão é construído na infância. A criança aprende o padrão
de funcionamento com a família. Ela absorve fatores implícitos no comportamento e no ambiente familiar.
Por isso, muitas pessoas não conseguem entender

traços de personalidade e crenças que regem as suas vidas, especialmente quando essas são negativas.
Quando as suas origens são investigadas, normalmente descobre-se que a causa está enraizada em algum
acontecimento, lembrança ou problema familiar do passado.

A maneira como os pais e demais parentes próximos lidam com as situações da vida dita como a criança
vai responder as mesmas ou diferentes situações.
É possível identificar os aspectos do padrão de funcionamento ao observar como a
pessoa faz uso deles nas relações sociais, como, por exemplo, a comunicação, a forma de
se vestir, a profissão escolhida, a sexualidade, a saúde, e muito mais.

Este padrão é repetido inconscientemente. Nesta abordagem terapêutica, ele é estudado e


questionado até o paciente tomar consciência dele e tomar responsabilidade por suas
ações, deixando de repetir o padrão às cegas.
Padrão de interação
O padrão de interação também é referente à repetição de condutas, porém, está associado às
estratégias que a pessoa utilizada para reagir às situações da vida. Ele é composto por regras fixas e
implícitas, as quais o paciente acredita precisar seguir para interagir com o mundo.

Essas estratégias, além de poderem ser limitadas, podem não ser tão úteis quanto a pessoa acredita.
Ainda assim, ela age de acordo com as regras pré-estabelecidas na infância ou no convívio com
familiares, procurando manter o status.

Para exemplificar, pense nas pecas de um relogio de ponteiro. Para que essas continuem a marcar as
horas e os minutos, todas as partes devem desempenhar o seu papel dentro da estrutura mecanica.
Se uma estiver em defeito, os ponteiros permanecerao imoveis.
O mesmo se aplica em pessoas, que quando todos os fatores que constituem o ser (emocoes, crencas,
comportamentos e pensamentos) estao em equilibrio, estamos de bem com a vida. Ja na situacao
contraria, os problemas emocionais que afetam a nossa saude, carreira e relacionamento comecam a
tomar conta.

É comum pensar na terapia sistematica como uma terapia voltada apenas para a familia ou grupos, ja
que, neste caso, cada membro corresponde a uma parte do sistema. No entanto, esta abordagem
tambem pode ser aplicada em processos individuais.
Conclusão
Concluimos que apartir do referencial relacional sistêmico e do trabalho focado nos padrões de
funcionamento, aborda-se o trabalho com psicoterapia individual, de casais, famílias e grupos, nos seus
aspectos clínico, técnico, teórico e vivencial. Outro ponto importante deste trabalho são os aspectos do
terapeuta relacional sistêmico, no seu desenvolvimento técnico e pessoal.

A terapia familiar apresenta-se como uma área de estudo multidisciplinar que procura compreender o
funcionamento das relações de casal e familires, centrando a sua intervenção no meio familiar em que o
individuo se encotra.
MUITO OBRIGADO!

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