Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HISTÓRIA DA
TERAPIA FAMILIAR
• Nasceu nos anos 50 em diversos pontos dos Estados
Unidos.
• Se estruturou como resposta a necessidades sociais: o
aconselhamento familiar, os recursos comunitários e os
centros de saúde mental infantis, os modelos de
psicoterapia breve.
Uma assistente social, a conhecida Mary Richmond, a
autora da primeira descrição de uma interação familiar,
num caso público em 1908 e que relatava a história de uma
viúva com os seus quatro filhos.
De então para cá muito se avançou, sobretudo nos anos 60.
Na sua evolução, o movimento de Terapia Familiar foi influenciado por
diversos fatores:
1- PSICANÁLISE
Para Freud não era conveniente para o analista ocupar-se de vários membros
da mesma família. Durante sua vida parece ter apenas analisado um casal
(Strachey)
PARADIGMA SISTÊMICO
TRABALHOS PIONEIROS EM TERAPIA FAMILIAR
1) Perspectivas psicanalíticas
2) Perspectivas transgeracionais
- perspectiva de Murray Bowen
- perspectiva simbólico-vivencial de Carl Whitaker
5) Perspectivas comportamentalistas
MODELOS DE INTERVENÇÃO EM
TERAPIA FAMILIAR
(p. 42)
PERSPECTIVA MULTIGERACIONAL DE
MURRAY BOWEN
BOWEN (Anos 50) – iniciou seu trabalho clínico com
famílias de doentes internados em instituições
psiquiátricas.
(p. 46)
CONCEITO DE TRIÂNGULO (p. 48)
Triângulo emocional = configuração emocional que envolve
três pessoas e que é considerada como base de qualquer
sistema emocional, incluindo o familiar. Ex: triângulo
clássico- pai-mãe-filho
O casal João (70 anos) e Maria falecida aos 56 anos por câncer intestinal, correspondem a
1ª geração familiar, e são encontrados na 1 ª linha vertical do genograma.
A Paciente Identificada PI, a qual denominamos como Mara, é a filha mais nova do casal de
uma prole de quatro indivíduos: Pedro (38 anos), Ana (falecida aos 37 anos), e Paulo (38 anos),
onde ambos correspondem a 2ª geração familiar.
Mara tem 36 anos de idade, três irmãos; o genograma não traz muitos fatos sobre a infância
da PI, mas através da percepção da mesma há relatos de um pai alcolista e violento;
Mara casou-se aos 20 anos com José (40 anos) no ano de 1993, o qual era agressivo e fazia
uso abusivo de álcool; teve sua primeira gestação após 2 anos de união conjugal (1995), em
que optou pela interrupção da gestação provocando aborto.
Sua segunda gestação foi em 1997, que desta vez sofreu aborto espontâneo. No ano de
2000 com sua terceira gestação houve o nascimento de sua primeira filha Bia.
Mara casa-se com Antonio (28 anos) e em seguida tem sua quarta gestação e o
nascimento de Mateus (04 anos).
Neste mesmo período sua irmã Ana comete suicídio por enforcamento, fato este que nos
permite identificar aspectos hereditários para Transtorno Mental.
Em 2007, ocorre o falecimento de sua mãe, a qual mantinha em laço afetivo próximo e
intenso, onde Mara relaciona o fato com a potencialização dos sintomas depressivos.
No ano de 2008, de sua quinta gestação, nasce Julia (1 ano) e potencializa problemas de
relacionamento familiar em família nuclear.
Identifica-se que Bia tem problemas de relacionamento com Antonio (padrasto) e com a
aceitação de sua irmã Julia .
PERSPECTIVA SIMBÓLICO-
VIVENCIAL DE CARL WHITAKER
Carl Whitaker – licenciou-se em
Medicina nos USA em 1936.
Faleceu em 1995.
“Não faço terapia familiar, sou terapeuta familiar”.
“Terapia familiar não é mais uma técnica de intervenção em saúde
mental, mas uma visão diferente dos problemas”.
O terapeuta diz:
“Eu quero participar, mas não os quero passivos “.
Vantagens:
- Troca de posições (imersão no sistema x afastamento)
- Permite maior criatividade
- Liberdade administrativa
- Partilha de responsabilidade
- Honestidade sobre o cansaço, raiva e sentimentos pessoais
- Discussões no intervalo e na preparação das sessões.
2- FASE MÉDIA DA TERAPIA (p. 59)
Exemplo 02- Um jovem fica muito tempo em casa, sem conviver com
outros adolescentes.
Whitaker: “É ótimo como você se preocupa em fazer companhia e em
animar a tua mãe, agora que o teu pai mudou de emprego e chega mais
tarde em casa”.
Técnicas específicas desta fase do processo
terapêutico (p. 60)
2- Podemos modelar fantasias alternativas às situações
reais de stress
“Se você se matar, quem vai chorar mais? Quem levará flores ao
seu enterro? Acha que o retrato ficará na sala? Quanto tempo
depois a sua mulher arrumará outro homem? Como os seus
filhos irão se relacionar com o padrasto ?”
“John, quando o seu pai deixar a casa e for viver com a secretária,
você será capaz de ser o homem da tua mãe, ou acredita que
ela terá que chamar para junto de vocês o amigo do bridge?”
Técnicas específicas desta fase do processo
terapêutico (p. 60)
5- A família deverá ser ajudada a brincar, criando na sessão um
contexto de jogo
❑ suficientemente rico;
❑ se cada elemento da família conseguiu uma experiência de
crescimento;
❑ se foi possível transmitir à família a importância da sua unidade
❑ Se foi dado a cada membro a sua liberdade de escolha
(p.63)
Objetivo (p. 63)
▪ Ativa
▪ Terapeuta intervém em transações determinadas,
características da estrutura familiar (organização e
interações entre membros)
▪ Pretende-se que o sistema entre em contato com as
mudanças estruturais iniciadas na sessão terapêutica,
desencadeadas a partir de intervenções que o terapeuta
executa, de modo a tornar claras as alterações funcionais
relacionadas com o problema que leva a família à
terapia. Exemplo: local onde cada membro senta;
membros isolados, etc...
Terapia Familiar Estrutural (p. 64)
As intervenções, através de uma manobra técnica do
terapeuta deve levar a uma alteração na estrutura das
transações no sistema = ecoará profundamente na
estrutura do problema.
5. Fase de reestruturação
1- Fase do contato inicial com a família
(p. 65-66)
Existem 3 técnicas específicas para esta fase da terapia estrutural:
2- DESEQUILÍBRIO DO SISTEMA:
Procura-se mudar a relação hierárquica dos membros de um sub-
sistema, através de manobras táticas como a de ignorar um
membro da família (exclusão) ou entrar em coligação contra certos
membros (aliança).
4- Fase de desafio à realidade familiar
(p. 68)
O terapeuta seleciona da própria cultura familiar as metáforas
(sentido figurado) que simbolizam a sua realidade estreita,
usando-as como direção de mudança.
(p. 70)
Perspectiva pragmática: não se perde tempo recolhendo
informações de caráter histórico que depois não é utilizada na
terapia. Não se interessa pela história familiar do marido e da
mulher, relações com os filhos, infância de cada um.
O terapeuta estratégico olha para o contexto do problema apenas o
tempo necessário para o resolver;
Os estratégicos definem com seus clientes, muito objetivamente,
aquilo que eles querem resolver, estabelecem um contrato breve
e trabalham ativamente na resolução dos problemas definidos.
O objetivo da escola estratégica não é modificar o funcionamento
global da família, não sendo fundamental ter
todos os elementos presentes na sessão.
JAY HALEY é hoje em dia um dos autores mais
conhecidos trabalhando numa perspectiva
Estratégica. (p.70)
PERSPECTIVA DE PALO ALTO (p. 72)
Esta abordagem nasceu em Palo Alto (Califórnia – anos 50) e tem
hoje o seu desenvolvimento no Mental Research Institute
(M.R.I.) no mesmo local.
Os problemas psiquiátricos resultam do comportamento entre
pessoas, no contexto de uma organização particular como a
família.
(p. 73)
Processo terapêutico (p. 75)
O diagnóstico familiar define o problema como uma sequência de
atos entre pessoas vivendo no seio de uma família e
influenciando-a.
Psicodrama Transgeracional
https://www.youtube.com/watch?v=tumlv6NPt9M
Genograma
https://www.youtube.com/watch?v=fcEOJ67TkFs
https://www.youtube.com/watch?v=hivKiHLoVY0
https://www.youtube.com/watch?v=uQ6seqWaI5w
https://www.youtube.com/watch?v=z3ffrkjCEFw
https://www.youtube.com/watch?v=sOeBIcVebx0
Constelações Familiares
https://www.youtube.com/watch?v=HMQEnKl6ZRg
https://www.youtube.com/watch?v=T1xzxcx64SA
https://www.youtube.com/watch?v=Q3gPdE-hZvs
https://www.youtube.com/watch?v=j70xSaau7V4
https://www.youtube.com/watch?v=DTFQuVLnX-o
https://www.youtube.com/watch?v=O0W3OBbcClM