Domingas Cardoso Ussene

AS CORRENTES DO PENSAMENTO ANTROPOLÓGICO, O PARENTESCO,

FAMÍLIA E CASAMENTO EM MOÇAMBIQUE

(Licenciatura em Ensino de Química)

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2021
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Domingas Cardoso Ussene

AS CORRENTES DO PENSAMENTO ANTROPOLÓGICO, O PARENTESCO,

FAMÍLIA E CASAMENTO EM MOÇAMBIQUE

Trabalho de investigação realizado no âmbito da cadeira

de Antropologia Cultural de Moçambique, Para fins
avaliativos, a ser entregue no Departamento de Ciências,
Tecnologia, Engenharia e Matemática recomentado pela
MSc: Manuela Manuel.

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2021
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Índice
1.Introdução................................................................................................................................4

1.1.Objectivos.............................................................................................................................4

1.1.1.Objectivo Geral..................................................................................................................4

1.1.2.Objectivos Específicos.......................................................................................................4

1.2.Metodologias.........................................................................................................................4

I. PARTE 1..................................................................................................................................5

2.Quadro Resumo das Correntes do Pensamento Antropológico...............................................5

II. Parte 2.....................................................................................................................................7

3.Parentesco................................................................................................................................7

3.1.Tipos de Parentesco..............................................................................................................7

3.2.Nomenclatura do Parentesco.................................................................................................8

4.Família.....................................................................................................................................8

4.1.Quanto às regras de residência, a família pode ser:..............................................................9

4.2.Quanto ao número de cônjuges, a família pode ser:.............................................................9

4.3.Quanto à relação de poder, a família pode classificar-se em:...............................................9

4.4.Quanto ao parentesco, a família pode adquirir as seguintes classificações:.......................10

5.Casamento em Moçambique..................................................................................................10

5.1.Tipos de Casamento em Moçambique................................................................................10

5.2.Lobolo em Moçambique.....................................................................................................11

5.3.Significação histórica da prática do lobolo.........................................................................12

6.Conclusão...............................................................................................................................13

7.Referências Bibliográficas.....................................................................................................14
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1.Introdução
O presente trabalho científico da cadeira de Antropologia Cultual de Moçambique, irá
debruçar-se sobre o estudo das Correntes Antropológicas, Parentesco, Família e Casamento
em Moçambique, O trabalho foi feito baseado conhecimentos obtidos nas leituras minuciosas
de algumas obras solicitadas, e depois fez-se o cruzamento das informações. No entanto o
trabalho está estruturado em duas fases, a primeira consta o quadro resumo das correntes
antropológicas e a segunda fala entrono do Parentesco, Família e o Casamento em
Moçambique. Obviamente importa salientar que em antropologia o parentesco é uma unidade
de análise bastante essencial para compreensão das sociedades. Para melhor compreensão do
assunto aqui abordado, irá se fazer de maneira hierarquizada a exposição e explanação dos
vários aspectos que compõem o parentesco.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo Geral
 Conhecer as Correntes ou Escolas Antropológicas, O Parentesco, Família e o
Casamento em Mozambique.

1.1.2.Objectivos Específicos
 Conhecer as Principais Correntes Antropológicas;
 Identificar as características, os principais defensores e a essência das correntes;
 Conceituar o Parentesco, a Família e o Casamento em Moçambique;

1.2.Metodologias
Para realização do presente trabalho, fez-se uma confrontação bibliográfica desde autores
clássicos da Antropologia até aos autores dos actuais.
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I. PARTE 1.

QUADRO RESUMO DAS CORRENTES DO PENSAMENTO ANTROPOLÓGICO

NOME DA AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS OS PRINCIPAIS ESSÊNCIA DAS CORRENTES

CORRENTE DEFENSORES
EVOLUCIONISMO O evolucionismo social foi a primeira Etward Taylor (1832- Esta corrente antropológica afirma que a espécie
teoria científica na área da antropologia e 1917), Lewis Morgan humana evolui lentamente e que se podem classificar
buscou interpretar as mudanças sociais e (1818-1889) e James todas as sociedades existentes em função do estádio de
explicar a evolução das sociedades. Uso do George Frazer (1854- desenvolvimento alcançado.
método comparativo pela teoria que diz: 1941).
As sociedades humanas devem ser
comparadas entre si por meio dos seus
costumes.
DIFUSIONISMO Caracterizou-se por duas escolas que são: Schmidt, (1868-1954), F. Procura compreender a natureza das culturas de cada
O difusionismo inglês ou a escola inglesa, Graebner, (1877-1934), L. povo, da origem a sua extensão, de um grupo humano
o difusionismo alemão ou escola alemã, o Frobenius, (1873-1938) e para outro. E explica o desenvolvimento cultural pelo
difusionismo americano ou escola G. Elliot-Smith (1871- processo de difusão de aspectos culturais, formas
americana. 1937). culturais, de uma cultura para outra.
CULTURALISMO Uso do método comparativo e a busca de Sigmund Freud (1856- Procura as normatizações do desenvolvimento das
leis no desenvolvimento das culturas e 1939), Franz Boas, Ralph culturas. Defende que as culturas, de maneira geral,
Relacções entre cultura personalidades. Linton (1893-1953), são diversas, mas têm características comuns e padrões
Margaret Mead. culturais.
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FUNCIONALISMO Caracterizou-se pelo Modelo de etnografia Bronislaw Malinowski, Esta corrente diz que, a cultura representa a totalidade
clássica ao dar Enfase no trabalho de século XX, social, a conjunta de todas as instituições, um
campo (Observação participante), e Alfred Reginald “ambiente artificial”, uma forma de resolver as
Sistematização do conhecimento Radcliffe-Brown (1881 necessidades humanas. E define função como uma
acumulado sobre uma cultura. -1995), Daryll Forde, acção colectiva responsável por satisfazer uma
Interesse pelas instituições e suas funções Evans-Prinowski, necessidade como (fome, procriação, protecção).
para a manutenção da totalidade cultural. Raymond Fristh e Max
Sincronia diacrónica. Glukman.
Caracterizou-se pela busca das regras Levi-Strauss, Needham, Busca superar algumas deficiências observadas em
ESTRUTURALISMO estruturantes das culturas presentes na Douglas, Turner e outras teorias e tem a pretensão de alcançar uma
mente humana, como Teoria do Dumont. explicação da lógica das organizações sociais em sua
Parentesco, Logica do mito, classificação dimensão sincrônica, sem deixar de lado a dimensão
primitiva, distinção da natureza cultural. diacrônica.
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II. Parte 2.

3.Parentesco
 Conceito de Parentesco

De acordo com o BOLETIM DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, (2019, p: 239),

Parentesco é o vínculo que une duas pessoas, em consequência de uma delas descender de
outra ou de ambas procederem de um progenitor comum. O parentesco determina-se pelas
gerações que vinculam os parentes um ao outro, cada geração forma um quarto grau, e a série
dos graus constitui a linha de parentesco.

Para RIVIÈRE (1995, p: 63), “O parentesco é um conjunto de laços que unem geneticamente
(filiação, descendência) ou voluntariamente (aliança, pacto de sangue) um determinado
número de indivíduos”.

Segundo BERNARDI (1974:259) “O parentesco é um vínculo que liga indivíduos entre si em

vista da geração e descendência”.

3.1.Tipos de Parentesco
Segundo BERNARDI & RIVIÈRE, (1995, p: 63). O parentesco pode adquirir-se por via de:

 Consanguinidade;
 Afinidade e;
 Adopção.
a) Consanguinidade

Segundo GHASARIAN, (1999), “O Parentesco por Consanguinidade, consiste na relacção

biológica dos progenitores que se manifesta na descendência genealógica. Esta liga indivíduos
singulares por via natural, onde atribui representações dos laços de parentesco um poder de
coação e de normatividade”.

A consanguinidade além da sua formação natural, tem um dever de ser reconhecido

socialmente, como forma de dar aos indivíduos uma integração e um estatuto aos indivíduos
dentro do grupo pertencente, assim como estruturar os laços existentes entre os mesmos; por
exemplo a adopção de uma criança.

Entretanto, os progenitores nem sempre desempenham os papéis de pai e mãe, mas eles detêm
um papel de pais sociais, visto que estes ascendem a este individuo não tem uma ligação
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natural, contudo a sociedade reconhece os seus papeis de pais adoptivos apesar de não existir
uma ligação consanguínea.

b) Parentesco por Afinidade

A afinidade é o vínculo que liga cada um dos cônjuges aos parentes do outro. A afinidade
determina-se pelos mesmos graus e linhas que definem o parentesco e não cessa pela
dissolução do casamento.

c) Parentesco por Adopção

Adopção é o vínculo que, à semelhança da filiação natural, mas independentemente dos laços
do sangue, se estabelece legalmente entre duas pessoas. Esta é de ordem social que se baseia
nas normas sociais conhecidas ou por lei. O parentesco por afinidade esta relacionado com o
matrimónio, mas por laços de afinidade entre duas pessoas no processo de socialização entre
os indivíduos.

3.2.Nomenclatura do Parentesco
A nomenclatura de perante ou terminologia de parentesco é o sistema de denominações das
posições relativas aos laços de sangue e de afinidade. Exemplos de nomenclaturas de
parentesco: pai, mãe, irmão, primo, esposa, cunhado, sogra, enteado, filho, neto, sobrinha.

A nomenclatura de parentesco pode ser descritiva e classificatória:

 A nomenclatura de parentesco descritiva é aquela em que se usa um termo diferente

para designar a cada um dos parentes. Exemplo: papá (pai biológico), mamã (mãe
biológica), mana (irmã biológica mais velha).
 A nomenclatura de parentesco classificatória é aquela em que se emprega
indistintamente o mesmo termo para designar a um grupo de pessoas com quem se
tem um laço de parentesco. Por exemplo, quando se aplica o termo “mamã” para
designar à mãe biológica, à irmã da mãe, ou à madrasta.

Também estamos perante a nomenclatura de parentesco classificatória quando se trata como

irmão, ao próprio irmão biológico, ao primo ou ao filho de uma madrasta.

4.Família
Para VILANCULOS, (sd. p: 107), “A família é a comunidade de membros ligados entre si
pelo parentesco, casamento, afinidade e adopção. É ainda reconhecida como entidade
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familiar, para efeitos patrimoniais, a união singular, estável, livre e notória entre um homem e
uma mulher”.

 No sentido mais restrito define-se família, como um conjunto de pessoas que vivem
sob o mesmo tecto.
 No sentido lato, a família é o conjunto das sucessivas gerações descendentes de
antepassados comuns;

Para a linguagem do senso comum costuma dizer-se que a família é a célula básica da
sociedade. Por família, também, pode-se entender como o conjunto de parentes por
consanguinidade ou por aliança ou afinidade.

No entanto, existe um tipo de classificação da família que se vale dos seguintes critérios:
regras de residência, número de cônjuges, relacção de poder e parentesco.

4.1.Quanto às regras de residência, a família pode ser:

 Patrilocal: aquela que estabelece uma residência conjunta entre um casal e os pais do
homem. Geralmente nas sociedades meridionais de Moçambique há uma tendência de
as famílias estabelecerem residências patrilocais devido à estrutura e natureza do
poder que se centra nas mãos dos homens.
 Matrilocal: aquela que estabelece residência conjunta entre o casal e os pais da
mulher. Com frequência acontece nas sociedades setentrionais de Moçambique onde
há uma tendência de as famílias estabelecerem residências matrilocais.
 Neolocal: é a família cujo casal tem uma residência independente da dos pais de
ambos os cônjuges. Este tipo de residência é mais frequente em sociedades
urbanizadas onde o estilo de vida exige uma autonomia das famílias.

4.2.Quanto ao número de cônjuges, a família pode ser:

 Monogâmica: quando a união é de um só homem com uma só mulher.
 Poligâmica: é a união de um só marido com várias esposas ou de uma mulher com
vários maridos.
 Poligínica: é a família em que o homem é quem pratica a poligamia, isto é, a união de
um marido com várias esposas.
 Poliândrica: é a família em que a mulher é quem pratica a poligamia, ou seja, a união
de uma mulher com vários esposos.
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4.3.Quanto à relação de poder, a família pode classificar-se em:

 Patriarcal ou patrilinear: é a família cujo poder é exercido pelo marido. As famílias
patriarcais abundam no sul de Moçambique, sendo que o patriarcado como uma
relação de poder incide também no casamento, na sucessão, na herança e na estrutura
social das famílias.
 Matriarcal ou matrilinear: é a família cujo poder é exercido pela mulher. As
famílias matriarcais abundam no norte de Moçambique, sendo que a mulher exerce o
poder indirectamente através do seu irmão do sexo masculino. É este a quem cabe
zelar pela orientação da vida dos filhos da irmã, cuidar pela iniciação desses filhos e
legar-lhes a sua herança em caso de morte. O papel do pai biológico é quase que
passivo, pelo que quando o filho porta-se mal ou comete uma infracção, o pai remete a
solução dessa situação ao tio materno do filho, isto é, ao irmão da mãe do filho.

4.4.Quanto ao parentesco, a família pode adquirir as seguintes classificações:

Nuclear: é a família constituída pelo marido, esposa e os filhos resultantes dessa união, todos
morando juntos numa residência neolocal. A família nuclear pode ser de
orientação, aquela da qual cada um de nós proveio e a família nuclear de procriação, que é a
que cada um de nós funda ou estabelece.

a) Alargada ou extensa: este tipo de família constitui-se por um casal, os filhos e os

familiares colaterais (sobrinhos, netos, primos, irmãos), todos vivendo numa mesma
residência patrilocal, matrilocal ou neolocal.
b) Reconstituída: composta por um homem divorciado ou viúvo com os filhos e uma
mulher (a madrasta), ou por uma mulher divorciada ou viúva com os filhos e um
homem (o padrasto), ou ainda, por um homem e uma mulher, ambos divorciados ou
viúvos vivendo juntos com os respectivos filhos.
c) Monoparental: aquela composta só pelo pai solteiro ou viúvo e os filhos, ou só pela
mãe solteira ou viúva e os filhos.

5.Casamento em Moçambique
 Conceito

Segundo BOLETIM DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, (2019, p: 239), “O Casamento é

a união voluntária e singular entre um homem e uma mulher, com o propósito de constituir
família, mediante comunhão plena de vida”.
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5.1.Tipos de Casamento em Moçambique

O casamento em Moçambique divide-se em seguintes modalidades:

 Casamento Civil e Religioso ou Tradicional.

 Casamento Tradicional

Ao casamento monogâmico, religioso e tradicional é reconhecido valor e eficácia igual à do

casamento civil, quando tenham sido observados os requisitos que a lei estabelece para o
casamento civil.

 Casamento Religioso

O casamento religioso e o tradicional produz efeitos previstos na presente Lei ou em

legislação especial, desde que esteja devidamente transcrito pelos serviços do registo civil nos
termos da lei.

5.2.Lobolo em Moçambique
O lobolo é uma prática cultural por meio da qual se unem duas pessoas (homem e mulher)
pelo casamento condicionado ao pagamento real ou simbólico de um dote. Este dote pode ser
uma enxada, uma cabeça ou várias de vaca, dinheiro em numerário ou outros bens de natureza
ou pecuniária.

O jovem que tenciona contrair o casamento informa os seus tutores (pais ou padrinhos) sobre
a sua intenção e estes marcam uma agenda de visita à família da pretendida noiva com a
finalidade de participar-lhes da pretensão do seu filho/afilhado. Uma vez recebidos os
hóspedes estabelecemse garantias, designadamente uma lista contendo a descrição dos itens
que serão objectos do próprio lobolo. A lista incluir prendas para os pais da noiva, enxadas,
dinheiro para os encargos do cortejo nupcial, bem como a menção da data em que o próprio
lobolo será pago. Chegado o dia marcado, a família da noiva prepara-se para a cerimónia de
maneira especial, pois cumpre-lhe garantir a hospitalidade ao noivo e aos seus
acompanhantes. Na hora do pagamento do lobolo, as prendas e todos os objectos descritos na
lista são dispostos no meio de uma praça visível. Logo, as duas famílias (a da noiva e a do
noivo) reúnem-se para verificar se o número dos objectos está certo, indicado uns aos outros
se estão ou não completos. É extremamente importante que haja numerosas testemunhas de
modo que se o casamento for mal sucedido não haja dificuldades de o homem reaver os
objectos do lobolo, Ultrapassada esta parte, segue-se o acto religioso, logo, o cortejo nupcial,
e em seguida os festejos com abundância de comidas e bebidas alcoólicas. Todos estes actos
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solenes selam para sempre a união dos dois nubentes. No entanto, dois grandes factores
podem ser preponderantes para a dissolução do casamento: o adultério e a esterilidade da
mulher.

Ora, embora a sociedade moçambicana consinta a poliginia (poligamia masculina) não tolera
que a mulher possa estabelecer relações extra-conjugais ou adultérios, sendo estes actos
suficientemente justificativos para o homem exigir a dissolução do casamento.

5.3.Significação histórica da prática do lobolo

O lobolo como símbolo de união matrimonial permite que uma das famílias envolvidas
adquira um novo membro, e a outra, o perca. Deste modo, a mulher adquirida, ainda que
conserve o seu apelido (o nome do seu clã) torna-se propriedade do novo grupo familiar,
pertencem a este grupo tanto ela como os filhos que gerar. Não é uma escrava, nem a
propriedade individual do marido, mas uma propriedade colectiva do grupo.
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6.Conclusão
Após a leitura minuciosa dos artigos e obras que abordam de forma solida os assuntos
relacionados com o tema, compreendeu-se que a antropologia como ciência que responde de
forma mais completa quem é o homem, embora outras ciências também discutam e tem seu
objecto de estudo o homem. No entanto, o parentesco na vida social tem um papel importante
pois confere ao indivíduo a identidade social perante ao grupo, de forma que este seja
reconhecido pelos outros como membro pertencente ao grupo, isto é, dentro de uma sociedade
pode definir a sua posição por meio de termos de parentesco com qualquer pessoa com quem
se encontre a tratar socialmente, quer pertença á própria tribo quer pertença a outra.
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7.Referências Bibliográficas
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

BERNARDI, Bernardo. Introdução aos Estudos Etno-Antropologicos, Edições 70: Lisboa,

1974

BOLETIM DA REPÚBLICA, Publicação Oficial da República de Moçambique, Lei da

Família nº 22/2019, Quarta-Feira, 11 de Dezembro, Serie Número 239, 2019.

GHASARIAN, Christian. Introdução ao Estudo do Parentesco. Terramar, 1999.

REVIÈRE, Claude. Introdução a Antropologia. Edições 70: Lisboa, 1995.

VILANCULOS, Gregório Zacarias, Manual de Antropologia Cultural de Moçambique,

Universidade Pedagógica, Inhambane, Moçambique, sd.
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