Você está na página 1de 40

TEORIA, TÉCNICAS

PRÁTICAS E PROCESSOS
DE GRUPOS
Milena Fayad Lopes
mifayad@gmail.com
Plano de Aula
 O Grupo Familiar;  Modalidades Grupais
 Uma visão histórico- (Classificação dos grupos
evolutiva das Operativos e
grupoterapias (BION Terapêuticos);
tarefa-emoção);  Campo Grupal:
 Importância e ansiedades defesas e
Conceituação de Grupo identificações;
(Requisitos que
caracterizam um grupo, o
campo grupal);
Plano de Aula
 Vínculos e  Grupos Populares
Configurações Grupais;  Origem do jogo; Função
 Papeis e Lideranças; do jogo ou dinâmica;
 Enquadre Setting Planejando e aplicando
Grupal; jogos e vivencias a
 Comunicação; partir da Realidade e
Necessidade do grupo;
 Perfil e Função do
grupoterapeuta ou
mediador.
O Grupo Familiar
 Exerce uma profunda e decisiva importância na
estruturação do psiquismo da criança, logo, na
formação da personalidade do adulto, e também na
formação dos seus grupos internos.
 Grupos internos é que vão determinar como o
sujeito irá interagir e configurar as suas relações
grupais e sociais com os inúmeros demais grupos
com os quais conviverá ao longo de sua vida.
 Grupo familiar = mãe, pai, irmãos, tios, avós etc.
O Grupo Familiar
 A configuração familiar vem sofrendo profundas
transformações e é inquestionável que isso traz
conseqüências na formação de identidade individual, social
e grupal do bebê, da criança, do adolescente e do futuro
adulto.
 Fatores que contribuem nas transformações da configuração
familiar: emancipação da mulher; novo perfil para o
homem; crescente índice de divórcios e recasamentos;
número cada vez maior de mães adolescentes e solteiras;
aumento de casais estáveis homossexuais; crescente
mentalidade consumista “mídia”; violência urbana.
O Grupo Familiar
 A família se constitui como um campo dinâmico agindo tanto os
fatores consciente como inconsciente. (Agente ativo de
modificação)
 Fator a ser considerado transgeneracionalidade isto é cada um
dos genitores mantém a internalização de suas respectivas famílias
originais com os correspondestes valores, estereótipos e conflitos.
 Há uma forte tendência de que os conflitos não resolvidos pelos
pais da família Com seus respectivos pais originários) sejam
reeditados nos filhos da mesma. Uma combinação que envolve no
mínimo três gerações continuado jogo de mútuas reprojeções.
 Recíprocas e prévias representações internalizadas em cada
componente formam o caráter dinâmico do grupo familiar
O Grupo Familiar
 No grupo familiar circulam, em todos os níveis, uma rede
de necessidades, desejos, demandas, relações objetais,
ansiedades, mecanismos defensivos, mal entendidos da
comunicação, segredos ocultos ou compartilhados, afetos
contraditórios, etc.
 3 aspectos essenciais existentes: 1º características pessoais
a imagem e valorização que cada um deles tem em relação
ao outro, 2º sentimento de identidade e auto-estima, 3º a
designação e definição de papeis a serem compridos
dentro ou fora da família.( o bode expiatório , o orgulho
da mamãe, o doente)
O Grupo Familiar
 De acordo com todos esses aspectos as famílias se
estruturam-se com um perfil caracteriológico que
varia de uma para a outra. Pode ser de natureza
simbiótica, obsessiva, depressivas, fóbicas,
paranóides, sadomasoquista, etc, ou naturalmente
se apresentam-se como famílias bem estruturadas e
sadias
O Grupo Familiar
 Uma família bem estruturada requer algumas
condições básicas: hierarquia na distribuição de
papeis, lugares,posições e atribuições; e
manutenção de um clima de liberdade e respeito
recíproco entre os membros.
O Grupo Familiar
 Função Materna seria preencher satisfatoriamente as
seguintes condições: prover as necessidades básicas do filho
( sobrevivência física e psíquica: fome, frio, amor, contato
físico); possibilitar uma simbiose adequada; compreender e
decodificar a arcaica linguagem corporal do bebe; frustrar
adequadamente (presença e ausência); capacidade de
sobreviver aos ataques destrutivos e as demandas vorazes do
filho; exercitar no filho seu direito de devanear, fantasiar e
imaginar; deve emprestar suas “funções do ego” percepção,
pensamento, juízo crítico; favorecer a formação do
psiquismo; facilitar uma lenta e gradual desimbiotização.
O Grupo Familiar
 Funções do pai: proporcionar segurança e
estabilidade à mãe; sua presença física e afetiva é
importante no processo de separação-
individualização referente à díade mãe-filho; função
de continente tanto para o filho como para a mãe;
figura de identificação sexual; colocação de limites
do “prazer-desprazer” a realidade; formação da
capacidade de pensar; incentivar a renuncia à mãe
como seu interesse exclusivo e abrir-se para uma
socialização com o pai, irmãos e amizades.
O Grupo Familiar
 Irmãos funcionam como objetos de duplo
investimento 1ª diz respeito as reações
ambivalentes de amor e ódio e amizades, mescladas
com sentimentos de inveja, ciúmes, rivalidades,
etc. 2ª consiste em um defensivo deslocamento nos
irmãos que seria dirigidos aos pais.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 A psicologia grupal é resultante da junção das contribuições


provindas da teoria Psicanalítica e das Ciências Sociais.
 Principais contribuições dos autores e suas respectivas
vertentes:
 J. PRATT pioneiro no trabalho com grupos a partir de 1905
onde em uma enfermaria com mais de 50 pacientes
tuberculosos, criou intuitivamente o método “classes
coletivas”, as quais consistia em uma aula previa sobre a
higiene e os problemas da tuberculose, seguida de perguntas
dos pacientes e de sua livre discussão com o médico Pratt.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Esse método mostrou excelentes resultados de


recuperação física dos doente, está baseado na
identificação desses com o médico, compondo uma
estrutura familiar fraternal e exercendo o que hoje
chamaríamos de “função continente” do grupo.
Pode-se dizer que tal sistema empírico foi o
modelo de outras organizações similares, como, por
exemplo, a dos “Alcoolistas Anônimos”, iniciada
em 1953, e que ainda se mantém.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Desde muito cedo Moreno Trabalhou com grupos,


em 1910 ele montava encenações e enredos com
crianças em parques abertos de viena; em 1913
trabalhou com grupos de discussão e dramatização
com prostitutas e também com presos; 1930 criou a
expressão terapia de grupo e depois fundou em
Viena o seu conhecido “Teatro de Improvisação”,
que se constituiu como o protótipo original do
“psicodrama”.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Kurt Lewin, criador do termo dinâmica de grupo, a partir


de 1936 concentra todos os seus esforços no sentido de
integrar as experiências do campo das ciências sociais à
dos grupos. Para tanto, criou “laboratórios” sociais com
a finalidade de descobrir as leis grupais gerais que regem
a vida dos grupos humanos e diagnosticar uma situação
grupal específica. São importantes suas concepções
sobre “ campo grupal” e formação de papéis. Para
K.Lewin, qualquer individuo , por mais ignorado que
seja, faz parte do contexto do seu grupo social, o
influencia e é por ele fortemente influenciado e
modelado.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Freud construiu o solido edifício teórico-técnico


(descoberta do inconsciente dinâmico, ansiedades,
regressões, complexo de edipo, formação do
superego) que indiretamente, se constitui como
alicerce básico da dinâmica grupal. Aliás ele
assinalou que a psicologia individual e a psicologia
social não diferem em sua essência. Freud sempre
acreditou na influência do grupo familiar e da
cultura social na determinação da estrutura
psíquica.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Foulkes é considerado o líder mundial da


psicoterapia analítica de grupo. Estabeleceu uma
metáfora de que o “ grupo se comporta como uma
rede, tal qual como o cérebro, onde cada paciente,
como cada neurônio, é visto como um ponto
nodal”. E essa rede de comunicações ele
denominava como network.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Bion criou e difundiu conceitos totalmente originais acerca da dinâmica grupal.


Concepções originais:
 Em plena Segunda Guerra Mundial as forças armadas propunham programas
de reabilitações e de readaptações. Bion teve a genial idéia de utilizar o recurso
grupal no projeto de reabilitação dos militares estressados com um plano de
reuniões coletivas, nas quais se discutiam os problemas comuns a todos e se
estabeleciam programas de exercícios e atividades.
 Bion em relação à seleção de oficiais propôs a técnica de “grupo sem líder”
consistia na proposição de uma tarefa coletiva aos candidatos enquanto
observadores especializados avaliavam a aptidão do homem em estabelecer
inter-relacionamentos, em enfrentar as tensões geradas nele e nos demais, pelo
medo do fracasso da tarefa do grupo e o desejo do êxito pessoal.
 A aplicação da técnica possibilitou 4 vantagem: economizou tempo na seleção;
permitiu uma avaliação compartilhada com outros técnicos; propiciou a
observação da interação entre os candidatos; e facilitou a observação dos tipos
de liderança.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Conceituações e Designações:

 Mentalidade Grupal
 Cultura do Grupo
 Valência
 Cooperação
 Grupo Tarefa
 Grupo de Supostos Básicos
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Mentalidade Grupal se referi ao fato de que um grupo


adquire uma unanimidade de pensamento e de objetivo se
instituindo como uma entidade à parte.
 Cultura do grupo resulta da oposição conflitiva entre as
necessidades da “mentalidade grupal” e as necessidades de
cada individuo em particular.
 Valência designa aptidão de cada indivíduo combinar com os
demais, consequência dos fatores inconscientes de cada um.
 Cooperação designa a combinação entre duas ou mais
pessoas interagem sob o amparo da razão.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

Bion afirma que todo grupo opera sempre em dois níveis


que são simultâneos, opostos e interativos. São eles:
 Grupo de Trabalho (GT)

Equivale às funções do ego consciente(racional e objetivo) e


está voltado para a execução de alguma tarefa, operando em
um nível secundário do pensamento.
 Grupo de (Pré) Supostos Básicos(SB)

Obedecem às leis do inconsciente dinâmico:


Três modalidades de SB “dependência”, “luta e fuga” e
de “acasalamento (ou pareamento)”
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 No suposto básico de “dependência” o grupo


encontra-se dividido em duas partes, uma inclui o
líder e a outra, os seus membros, que por terem
depositado seus recursos na liderança, dependem
dela para resolução de seus problemas.
 Na “luta e fuga”, o grupo assume o papel de vítima,
responsabilizando o líder por suas dificuldades e
erros. Seus membros se comportam de forma
defensiva e “lutam” contra toda dificuldade surgida,
ou “fogem”, atribuindo tudo que lhes parece nocivo
a um inimigo externo.
Uma visão histórico-evolutiva das Grupoterapias

 Já no suposto básico de “acasalamento” ou


“pareamento”, as esperanças do grupo são
depositadas em um acontecimento, idéia ou pessoa
que virá salvá-lo. Essa redenção virá pelas mãos de
um “Messias”, efetiva solução messiânica, surgida
pela união de dois membros do grupo.
 Dessa forma, Bion afirma que a Igreja funciona sob
moldes do suposto básico de “dependência”; o
Exército, aos de “luta e fuga”, e a Aristocracia,
ao suposto básico de “acasalamento”.
Conceituação de Grupo

 Como há na Química uma relação entre átomo e molécula ou na


Física entre massa e energia, ou ainda, na Biologia entre célula-
tecido-órgão e sistema, também no campo de relações humanas há
interação e comunicação entre os indivíduos.
Requisitos que caracterizam um grupo:
 Se constitui como uma nova unidade com leis e mecanismos

próprios e específicos, e não um mero somatório de pessoas.


 Todos os integrantes de um grupo estão reunidos em torno de uma

tarefa e de um objetivo comum.


 O tamanho do grupo não exceder o limite que ponha em risco a

indispensável preservação da comunicação, tanto a visual como a


auditiva, a verbal e a conceitual.
 Deve haver a instituição de um enquadre(setting) e o cumprimento

das combinações nele feitas.


Conceituação de Grupo

 Grupo deve se manifestar como uma totalidade se organizando a


serviço de seus membros.
 Apesar de um grupo se configurar como uma nova entidade é
também indispensável que fique claramente preservadas as
identidades especificas de cada um dos indivíduos.
 É inerente à conceituação de grupo a existência entre seus membros
de uma interação afetiva.
 Em todo grupo existem coexistem duas forças contraditórias
permanentes uma tendente à sua coesão e outra á sua
desintegração.
 É inevitável a formação de um campo grupal dinâmico, em que
gravitam fantasias, ansiedades, identificações, papeis, etc.
Classificação dos Grupos
 Grupo Operativo
 Institucional
 Comunitário
 Ensino- Aprendizagem
 Grupo Terapêutico
 De auto-ajuda
 Adictos
 Cuidados primários de saúde
 Reabilitação
 Sobrevivência social
 Suporte
 Problemas sexuais e conjugais
 Psicoterápicos
Classificação de Grupos
 A classificação será dotada no critério finalidades a
que se propõe o grupo e parte da seguinte divisão:
Grupos Operativos e Grupos Terapêuticos.
 A atividade do coordenador dos grupos operativos
deve ficar centralizada unicamente na tarefa
proposta, sendo somente nas situação em que os
fatores inconscientes inter-relacionais venham a
ameaçar a integração ou a evolução exitosa do grupo
que cabem eventuais intervenções de ordem
interpretativa.
Desenvolvimento do Grupo

 Will Schutz, psicólogo norte-americano, em sua


teoria sobre desenvolvimento grupal, observa que
as zonas de necessidades interpessoais dos
membros de um grupo caracterizam três fases de
desenvolvimento grupal, quais sejam:
 1) Fase de inclusão: fase de estruturação do grupo,
em que cada um dos seus integrantes procura se
posicionar no grupo e estabelecer seus limites de
participação.
Desenvolvimento do Grupo
 2) Fase de controle: fase que se caracteriza pelo “jogo de
forças, competição por liderança, discussões sobre metas e
métodos, atuação no grupo e formulação de normas de conduta”
(MOSCOVICI, 2007). Nela cada pessoa procura satisfazer suas
necessidades de controle, influência e autoridade.
 3) Fase de afeição: passada a fase de controle, os membros do
grupo procuram satisfazer suas necessidades emocionais. “O
clima emocional do grupo pode oscilar entre momentos de
grande harmonia e afeto e momentos de insatisfação, hostilidade
e tensão” (MOSCOVICI, 2007).
 Esse ciclo (inclusão, controle e afeição) pode repetir-se várias
vezes durante a vida de um grupo, independente de sua duração.
Lideranças
 Para Freud o líder de um grupo determina as qualidades dos
demais componentes do grupo(O grupo surge e depende do
líder). Ex: Exército (identificação projetiva). Igreja
(identificação introjetiva). Turbas Primitivas, líder
carismático (narcisista-simbiótica).
 Para Bion qualquer grupo tem uma necessidade implícita de
que sempre haja uma liderança, inconscientemente, forma-
se as inevitáveis lideranças (O líder surge do grupo). Pode-
se endender a formação de lideres a partir da conceituação
de “supostos básicos”. Dependência, luta e fuga,
acasalamento.
Lideranças
 Pichon Rivière descreveu 4 tipos autocrática,
democrática, laissez-faire, demagógica.
 Autocrática componentes inseguros e sem muita liberdade
líder com características obsessivo-narcisísticas.
 Democrática hierarquia com definições de papeis e funções
reconhecimento dos limites e limitações.
 Laissez-faire estado de negligencia falta de um continente
para conter as angustias duvidas e limite.
 Demagógica líder com características de “falso self” sua
ideologia é construída em cima de frases retóricas do que
ações reais.
Comunicação
 Ao Primeiros trabalhos acerca do assunto foram
realizados por Kurt Lewin.
 A comunicação só existe realmente quando se
estabelece entre duas ou mais pessoas um contato
psicológico.
 Há vários tipos de comunicação humana que
dependem de três aspectos: os instrumentos utilizados
para estabelecer o contato com o outro; as pessoas em
um processo de comunicação; e os objetivos em vista.
Comunicação
 Os instrumentos podem ser VERBAL (oral ou escrito) e
NÃO VERBAL (gestos, expressões faciais, posturas, os
silêncios, as ausências).
 Comunicação verbal e não verbal estão sempre sincronizadas
em um mesmo individuo. As vezes o não verbal está em
dissonância com o verbal, traindo o eu íntimo que o verbal
tenta camuflar.
 Autenticidade na comunicação = sincronia entre
comunicação verbal e não verbal.
 Uma comunicação exclusivamente verbal = intelectualização.
 Uma comunicação exclusivamente NÃO verbal =
dificilmente compreensível.
Comunicação
 As pessoas: As comunicações podem ser:
 pessoais, encontro de duas pessoas (amizade, amor ou
fraternidade)
 De grupos que podem ser intragrupal (entre membros de um
mesmo grupo) e intergrupral (entre dois ou vários grupos).
 Os Objetivos.
 Comunicação consumatória: prioriza a troca com o outro. É
gratuita e espontânea.
 Comunicação instrumental: é sempre utilitária e com
segundas intenções. Fins de manipulação, exploração,
sedução ou engano.
Comunicação
COMUNICAÇÂO NOS GRUPOS
 Kurt Lewin define 5 componentes essenciais para a comunicação
humana.
1. Emissor (inicia a comunicação e deve ao longo da comunicação
obedecer às leis psicológicas da motivação, percepção e da expressão)
2. Receptor (é aquele que se dirige a mensagem devera estar em estado
de abertura para o outro e obedecer as leis da motivação da percepção
e da impressão)
3. A mensagem (conteúdo da comunicação que pode conter elementos
intelectuais ou afetivos)
4. O código (símbolos utilizados para formular a mensagem, linguagem
escrita ou oral, musica, pintura, dança, mimica, televisão)
5. Destaque ou camuflagem (modalidade da comunicação)
Papeis
 Bode Expiatório: toda “maldade” do grupo fica depositada em
um individuo que se tiver uma tendência servirá como
depositário.
 Porta-voz: manifesta aquilo que o restante do grupo pode estar
pensando ou sentindo. Essa comunicação é feita através de
reivindicação, protestos, verbalizações de emoções ou até mesmo
dramatizações, silêncios, etc.
 Radar: capta os primeiro sinais de ansiedade e não tem
condições de processar simbolicamente o que captou,
expressando-se por meio de somatizações, ou abandono do
grupo, ou crises explosivas.
 Investigador: provoca uma perturbação no campo grupal, por
meio de um jogo de intrigas, mobilizando papeis nos outros.
Papeis
 Atuador pelos Demais: grupo delega a um determinado
individuo a função de execução do que é proibido.
 Sabotador: sabota, por inúmeros meios resistenciais,
obstruindo o andamento da tarefa grupal.
 Vestal: assume o papel de zelar pela manutenção da “moral e
dos bons custumes”
 Obstrutor: desvia assuntos ou provoca situações engraçadas
para que o grupo não desenvolva determinado assunto.
 Apaziguador: normalmente tem muita dificuldade de lidar
com situações tensas que envolvem agressividade executa o
papel de “algodão entre os cristais”.
Como planejar uma dinâmica?
1ª Etapa: Elaborar um diagnostico, características,
necessidades, faixa etária, renda. Quem é grupo a ser
trabalhado?
2ª Etapa: Objetivos. O que se deseja alcançar?
3ª Etapa: Meta. Quantos vamos atender e em quanto tempo?
4ª Etapa: Estratégia. Como fazer para alcançar os objetivos?
5ª Etapa: Recursos. Quais os recursos que dispomos?
6ª Etapa: Cronograma. Qual o tempo disponivel para o
trabalho?
7ª Etapa: Acompanhamento e avaliação. O que conseguimos?
O que manter? O que modificar?
Referência Bibliográfica
ZIMERMAM, David E., Fundamentos Básicos Das
Grupoterapias. Porto Alegre: Editora Artmed,1999.
MINICUCCI, Agostinho, Dinâmica de Grupo -
teorias e sistemas. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

Você também pode gostar