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PROCESSOS E INTERVENÇÕES

GRUPAIS
apresentação
Disciplina: Processos e Intervenções Grupais
Profa. Dra. Marina Mendes Soares
Curso de Psicologia
Universidade São Francisco
Vamos começar a conversar:
• A palavra grupo
nos remete a
quais ideias? A
quais valores e
representações?
Algumas questões iniciais:

• No nosso dia a dia, quais são as


dificuldades encontradas no trabalho em
grupo?

• Por que e para quê trabalhamos com


grupos na Psicologia?
ALGUMAS IMAGENS PARA
PENSAR SOBRE OS GRUPOS...
- Que impressões essas
imagens trazem?

- Há processos psíquicos
nessas situações? Quais?
• A história da humanidade é a história da
sociabilização do ser humano, sob as mais diversas
formas: família, clã, nação. Compete a eles satisfazer
necessidades básicas dos sujeitos como proteção,
alimento, reprodução. (Ribeiro, 1995).
Segundo Foukes:
• O grupo social é o responsável pela saúde mental e pela
neurose de seus indivíduos, porque o conflito se origina do
confronto entre os impulsos instintivos do indivíduo e os
tabus culturais de seu grupo.
• Uma cultura psicologicamente doente causa conflitos cada vez
maiores e mais profundos, pois os indivíduos se sentem
constantemente na necessidade de renunciar a sua própria
originalidade, para escapar as pressões do seu meio
ambiente.
• Esse conflito se interioriza, torna-se inconsciente. O indivíduo
tenderá a agir impulsivamente, será comandado pela força de
uma mentalidade primitiva patológica, que constituirá o início
é a causa de sua enfermidade.
Retomando algumas ideias...
• Família como grupo primordial – inserida num
grupo social, numa cultura e numa história.
• Ao longo de sua vida, o ser humano é constituído a
partir de seu pertencimento grupal (família, amigos,
comunidade, trabalho, estudos etc).
• O grupo tem a função de apoio psíquico. Ele tem a
função de matriz de nosso psiquismo.
TEORIA DO APOIO PSÍQUICO

• O grupo e as instituições sociais


ocupam um lugar de apoio psíquico
para o ser humano.
Relação sujeito/grupo:
• O sujeito é sempre sujeito do grupo – constituído a
partir de sua história de relações sociais, o mundo
interno do sujeito se constitui a partir da relação com
o mundo externo.
• Há um aprendizado de modos de relacionamento
(vínculos) e figuras identitárias (E. Pichon-Rivière).
• A partir de seu pertencimento grupal, o ser humano
aprende seus papéis sociais (filho, aluno,
trabalhador, namorado, marido, pai...)
• Um grupo é impulsivo, mutável e irritável. É levado quase
que exclusivamente por seu Inconsciente.
• O grupo favorece movimentos regressivos, a
manifestação de afetos, a suspensão da repressão ou o
excesso de repressão.
• Os impulsos a que um grupo obedece podem ser
generosos ou cruéis, mas são sempre imperiosos,
subjugam o interesse pessoal e muitas vezes a própria
autopreservação.
Relação sujeito/grupo/sociedade
• Cada indivíduo acha-se ligado por vínculos de
identificação a numerosos grupos. Cada
indivíduo partilha de numerosas “mentes
grupais” — as de sua etnia, classe, credo,
nacionalidade, profissão etc.
• A identificação (processo psíquico) tem papel
fundamental no grupo.
• O laço existente entre os membros de um grupo é
baseado numa identificação comum: laço com o
líder (ou com uma ideia).
• A figura do líder possui uma identificação com o
ideal do ego dos sujeitos do grupo. Há um processo
de idealização do mesmo.
• Fenômenos de massa – Nessa situação o
indivíduo substitui seu ideal do ego pelo
ideal do grupo, tal como é corporificado no
líder (ou ideal/ideia central).
Bibliografia
• Freud, S. (1921/1996). Psicologia de grupo e análise do ego.
In. S. Freud. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud
edição standart brasileira. Rio de Janeiro: Imago.
• Kaës, R. (1997). O grupo e o sujeito do grupo: elementos para
uma teoria psicanalítica do grupo. São Paulo: Casa do
Psicólogo.
• Osório, L. C. [et. al.]. Grupoterapia hoje. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1986.
• Osório, L.C. (org). Grupos: teorias e práticas. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
• Ribeiro, J.P. (1995). Psicoterapia grupo analítico: teoria e
prática. São Paulo: Casa do Psicólogo/Livros Neli.
Livros básicos
• Plano de ensino
Texto para próxima aula:
• Zimerman, D.E. (2010). Fundamentos básicos das
grupoterapias. Porto Alegre: Artmed.
Cap. 4 Uma revisão histórico-evolutiva das
grupoterapias: principais referenciais teórico-técnicos.

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