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Érica Silina
Dezembro de 2023
Durante a trajetória da psicanálise, muitos autores criaram novas
correntes, transformando e contribuindo para o estudo neste campo
do saber, criando ou expandindo conceitos. Advindos, sobretudo, das
experiências clínicas e reflexões sobre como é a estrutura do
inconsciente humano, por técnicas psicanalíticas, acerca do que trata
esse saber.
Nesse sentido, a obra deixada por Lacan foi umas das maiores
contribuições para a Psicanálise, podendo ser considerada um alicerce
filosófico, renovando a teoria freudiana e influenciando diversas
ciências humanas. Alguns textos de Lacan foram escritos por ele; mas
a maior parte da sua obra hoje reconhecida como tal advém dos
seus Seminários: “aulas” ministradas por Lacan e depois transcritas
como livros por alguns de seus discípulos.
Podemos dizer que Lacan entrou na psicanálise por um lado que era
muito polêmico, no sentido de que havia a pergunta se a técnica
psicanalítica tinha um alcance que ia até o limite das neuroses de
transferência. Inicialmente, Freud entendia que a psicanálise era uma
técnica para as histerias. Depois, percebeu que casos de neurose
obsessiva também poderiam ser trabalhados. Avançou, então, nas
perversões e no tratamento de psicoses, esquizofrenias.
Profa. Dra.Érica Silina
Dezembro de 2023
Ele fez uma análise de um texto literário Memórias de um doente dos
nervos, do Presidente Schreber, a autobiografia de um membro do
poder judiciário que psicotizava e apresentava fenômenos de delírio.
II - O ensino de Lacan
• o inconsciente é um sistema ou
• o inconsciente é uma estrutura.
2. Objeto a
O sujeito cria sua identidade a partir daquilo que deseja. Por exemplo,
alguém pode se definir assim: “meu nome é José e eu desejo ser
astronauta”.
Profa. Dra.Érica Silina
Dezembro de 2023
Então, nossa mente consciente consegue captar elementos desejados
(como “quero ser astronauta” ou “quero ter uma casa”) mas, ainda
assim, haveria o desejo em si mesmo inominável. Esse desejo não
cessa: quando o sujeito conseguir “ser astronauta” ou “ter uma casa”,
desejará outra coisa e outra coisa.
3. O Grande Outro
Este lugar que o Grande Outro ocupa na vida psíquica do sujeito pode
ser entendido como “um lugar de amor“. É “amor” por haver junto uma
marca de afetividade e de livre-adesão, mesmo que, a depender de
cada pessoa, não seja algo tão livre e saudável assim. É “amor”
independentemente se este Grande Outro seja:
Talvez você tenha chegado a uma resposta (uma pessoa e/ou uma
ideologia) como a mais destacada no momento atual de sua vida. E
talvez, em outra época de sua vida, fosse outra pessoa ou ideologia.
• sonhos;
• chistes e atos falhos;
• repetições compõem minha vida;
• sintomas; ou seja
• em tudo aquilo que indica que o inconsciente ali está, é o outro.
4. Desejo
5. O nome-do-pai
Assim:
8. Foraclusão