Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PAPEL NA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Blumenau
O MITO DE C U R A
Certa vez, atravessando um rio, Cura (cuidado) viu um pedaço de terra argilosa:
cogitando, tomou um pedaço e começou a friccionar (fingere).
Enquanto deliberava sobre o que criara, intervindo Zeus(Júpiter), Cura pediu -lhe que
desse-lhe o espírito, o que este fez de bom grado.
Quando, porém, Cura quis dar-lhe nome a partir de si mesmo, Zeus proibiu e ditou
que deveria ser-lhe dado o seu próprio nome.
Enquanto Cura e Zeus disputavam sobre o nome, surgiu também a Terra
(Tellus/Humus), querendo dar o seu nome, uma vez que havia fornecido um pedaço de
seu corpo.
Os disputantes tomaram Cronos(Tempo) como árbitro. Este tomou a seguinte decisão
aparentemente eqüitativa:
"Tu, Zeus, por teres dado o espírito, deves recebê-lo na morte o espírito, e tu, Terra,
por teres dado o corpo, deves receber o corpo. Como, porém, foi Cura quem primeiro
o friccionou (finxit), deverá pertencer-lhe enquanto ele viver. Como, no entanto, sobre
o nome há controvérsia, chame-se Homem, pois foi feito de "humus" (Terra)".
Em tempos de relações interpessoais frágeis, imediatistas, transitórias e
superficiais sustentar um relação grupoterapêutica pode ser uma situação
altamente desafiadora, além de requerer estratégias de alta complexidade.
Rita Bittencourt
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
LIBERMAN (2012) reflete sobre a complexidade das mudanças
societárias da atualidade no Brasil e no mundo, estas
transformações caracterizam-se pela universalização e radicalização
do individualismo, a contraposição entre as consequências da
modernidade e as formas tradicionais de vivência representadas
pelas experiências geracionais. (Giddens, 1997). A pós modernidade
inaugurou comportamentos permeados por adesões frágeis e
fáceis, superficiais, sem compromissos, da contingência e sem
certezas, granjeando entre a alienação e do desenraizamento.
(Bauman,1999),
Nesse contexto, valores são resinificados, outros abandonados ou
substituídos por novos, mais adaptáveis às rápidas e constantes
mudanças sociais e políticas, refletindo desta forma, nas relações
humanas.
Ao refletir sobre o impacto da modernidade na vida dos
sujeitos comuns Castells (1999) alerta para o fato de
que
A GUERREIRA
Obra do usuário Leonardo Lobão
a) A demanda institucional, por vezes
provoca a tendência grupalista , ao
ponto que desqualifica a prática desta
modalidade de atendimento
b) A exigência resultante da demanda pode
contribuir com o desaparecimento do
campo necessário para a produção da
subjetividade e criar lugar para pseudo-
resoluções, em que o próprio
atendimento em grupo pode,
eventualmente ser uma das pseudo-
resoluções.
c) O real psíquico é atravessado pelo real
social e a intersubjetividade pode ser
uma forte via de acesso terapêutico, se
indicada e conduzida de forma precisa.
BENTO(2006)
CAMPO GRUPAL OCORRE EM 2 PLANOS:
Os olhos da flor.Gilmar
COORDENADOR:
4. De grupo
A atividade interpretativa parte das
individualidades para a generalidade e
desta para os sujeitos , num circuito de
retroalimentação intersubjetiva.
Zimerman
Zimerman
(1993,
(1993,
p.57)
p.57)
classifica
osclassifica
grupos comos grupos
base nocomcritério
base
das
nofinalidades
critério dasafinalidades
que se propõea que
o
grupo
se propõe
em: o grupo em:
Grupos
GruposOperativos
Operativos
Grupos
GruposTerapêuticos.
Terapêuticos.
Estes
Estes
dois
dois
grupos,
grupos,
porpor
sua
suavez,
vez,
se
subdividem
se subdividem
em outras
em outras
ramificações,
ramificações,conforme
conforme abaixo:
abaixo:
porta-voz:
membro que denuncia o
acontecer grupal-
bode expiatório:
depositário dos aspectos
negativos do grupo ou tarefa-
líder:
depositário dos aspectos
positivos do grupo-
Maria Bonita
sabotador:
bebendo . líder de resistência à mudança
3.Esquema corporal
constituído a partir da
imagem corporal.
A participação
não verbal
como
estratégia
de
pertencimento
ao grupo
Não resta dúvida que, em todos os tempos, foi intuído que a essencial relação recíproca entre
dois seres humanos representa a primigênia oportunidade de realização como ser humano[...]; que dessa
forma o dizer Tu pelo Eu está na origem de todo singular vir-a-ser humano.
Ele [o terapeuta] deve praticar um tipo de procedimento que se chama inclusão.
(Adaptado de Buber)
Tartar Sandáli
uga as de
marin uma
ha Deusa
A lágrima
Cenas do hospício
Obrigada!
ritabarce@superig.com.br
55 99468313
55 33478313
BENTO, M.Grupos Terapêuticos em instituição de saúde:a relação entre a subjetividade e o intrapsíquico
na psicanálise. Teses USP.SP.2006.
BITTENCOURT, R. de C. B. Representações Corporais de Doentes Mentais Institucionalizados: Um Olhar
em Terapia Ocupacional. Rio de Janeiro: Museu Bispo do Rosário, 2001.
BUBER, M. Diálogo do Dialógico. São Paulo: Perspectiva, 1984.
CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CASTILHO, A. Dinâmica de grupo e psicoterapia de grupo: visão organizacional e clínica. Recife: Fasa,
1982.
FREUD, S. Psicologia de Grupo e Análise do Ego. Em: v. XVIII das Obras completas: edição standard
brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
LIMA, S.F. Psicoterapia de Grupo em Psicóticos: O Psicodrama no Hospital Psiquiátrico. São Paulo: Lemos,
2000.
LIBERMAN, R. PSICOTERAPIA DE GRUPO - CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS. http://www.
psicoliber.com/news/psicoterapia%20de%20grupo%20-%20considera
%C3%A7%C3%B5es%20teoricas/.S.P.2012.Acessado em 03.08.2012.
LUCHINS, Abraham. Psicoterapia de grupo: um guia. Tradução Octávio Mendes Cajado. São
Paulo: Cultrix, 1970.
Souza, R. Zimerman Conceito Grupo. in: http://pt.scribd.com/doc/71429101/RESUMO-Zimerman-Conceito-
Grupo. 2011.acessado em:03.08.2012.
Vicentin, A. e Terzis, A. PSICOTERAPIA DE GRUPO: CONSTRUÇÕES TEÓRICAS.disponível em:
http://www.puc-campinas.edu.br/websist/portal/pesquisa/ic/pic2011/resumos/
2011822_124245_281927832_resESU.pdf.acessado em 03.08.2012.
ZIMERMAN, David E. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.