Técnicas Comportamentais

Faculdade Arnaldo
Especialização em Terapia
Cognitivo-Comportamental
TÉCNICAS
COMPORTAMENTAIS
Ariany Magalhães Leandro
Psicóloga – CRP/04 – 37425
Mestre em Psicologia – UFMG
Belo Horizonte, 30 de julho de 2021

1. Princípios básicos de Análise do
Comportamento
2. Identificar as bases teóricas da abordagem

analítico comportamental.
Sumário: 3. Compreensão das técnicas

comportamentais respaldadas em pesquisas
científicas
4. Estudo de caso
Behaviorismo
Conjunto de ideias sobre a
ciência chamada “Ciência
do Comportamento”.
O Behaviorismo não é
propriamente a ciência,
mas a filosofia da ciência.
Especialização em TCC
Técnicas Comportamentais Baum, (2006)
O behaviorismo oferece uma visão alternativa
as visões tradicionais
Por que fazemos o que fazemos?
Determinismo
Técnicas Comportamentais
Ariany Magalhães Leandro Baum, (2006)
• Charles Darwin (1809 – 1882) – Teoria da Evolução por
seleção natural
• A seleção natural (evolução) é um processo
O choque com puramente mecânico
• Uma explicação sobre a origem da vida , que deixava
a teoria Deus de fora ou qualquer outra força que não fosse
natural, fez com que até cientistas que não
Darwiniana acreditavam na bíblia literalmente, se sentissem
agredidos.
• Mesmo hoje, essa teoria continua a despertar
objeções.
• Com a psicologia aconteceu a
mesma coisa! A ruptura da
Psicologia com a filosofia foi
recente.
• Não é incomum ainda existirem
debates sobre se a Psicologia é
ciência, e ver leigos ainda
começando a descobrir suas
implicações.
• Século XIX – Psicologia como
“ciência da mente” – Para estudar a
mente, os psicólogos se propuseram
a adoção do método dos filósofos, a
introspecção.
Baum, (2006)
• Alguns psicólogos do
século XIX se sentiam
pouco a vontade com a
introspecção como
método científico. Ela
Questionamento à parecia pouco confiável,
muito vulnerável à
introspecção distorções pessoais, muito
subjetiva.
• Psicologia objetiva e
psicologia comparativa
• F. C Donders (1818-1889) –
Um dos pioneiros da
psicologia objetiva, se
inspirou na astronomia.
Observando a dificuldade
Psicologia que os astrônomos tinham
Objetiva para mensurar o tempo
exato que que uma estrela
estaria em determinada
posição.
• Descoberta-> tempo de
reação x tempo de escolha
• Donders demonstrou que os
psicólogos podiam fazer
experimentos de laboratório com
os mesmo métodos objetivos
utilizados por outras ciências.
• Outros psicólogos desenvolveram
outros métodos que pareciam
medir os processos mentais como:
percepção, aprendizagem..
• Objetivo: seguindo métodos
objetivos a psicologia poderia
transformar-se em uma verdadeira
ciência.
• Paralelo a Psicologia objetiva, a
teoria da evolução também
influenciava a Psicologia.
• A ideia de continuidade da espécie,
Psicologia demonstrava como a nossa espécie
evoluía assim como os demais seres
Comparativa vivos.
• A ideia de fazer comparações entre
espécies a fim de conhecer melhor a
nossa própria deu origem a
psicologia comparativa.
• 1913 Manifesto Behaviorista – “A
Psicologia como o Behaviorista
vê” – John Watson
• A psicologia deveria ser definida
A primeira como a ciência do
comportamento.
versão do • Para Watson essa ciência evitaria
Behaviorismo a subjetividade da introspecção e
as analogias entre animais e o
humano, e estudaria apenas o
comportamento objetivamente
observável.
• O conceito de comportamento ainda
não era claro.
• B. F. Skinner (1904-1990) –
Sustentou que o caminho para uma
ciência do comportamento estava
no desenvolvimento de termos e
conceitos que permitissem
explicações verdadeiramente
científicas. Rotulou a visão oposta
ao behaviorismo metodológico, o
behaviorismo radical.
• Se Darwin é questionado por
deixar de fora a mão oculta de
Deus, os behavioristas são
questionados por deixar de fora
outra força oculta: o poder das
pessoas governarem seus
próprios comportamentos
• Noção de livre-arbítrio
Escolha uma
característica sua!
Você consegue pensar

qual caminho te trouxe
até aqui?
• Determinismo – A noção de
que o comportamento é
Livre-arbítrio determinado unicamente
X pela hereditariedade e pelo
ambiente.
Determinismo
• Livre-arbítrio – Supõe um
terceiro elemento além da
hereditariedade e do
ambiente, supõe algo dentro
do indivíduo.
•A perspectiva analítico-
comportamental define a Psicologia
como estudo do comportamento.
• É embasada pelo Behaviorismo
Radical, que propõe um modelo
selecionista de causalidade.
• O que seria isso?
Os padrões comportamentais de
cada indivíduo são selecionados, se
mantém e se fortalecem por eventos
ambientais.
• As explicações de causa-efeito são dadas, então, em
termos de relações interativas entre o indivíduo e
ambiente.
• A causalidade não é linear (não são eventos únicos e
isolados, mas sim relações funcionais), estas são
bidirecionais, ou seja, o comportamento do indivíduo
modifica os eventos ambientais, que, por sua vez,
alteram a probabilidade de ocorrência futura do
comportamento.
Visão de homem
Níveis de seleção de comportamento por suas
consequências:
• Filogenético – Seleção de comportamentos

inatos ao longo da história evolucionária da
espécie. (Ex: altura, siso...)
• Ontogenético – Refere-se a seleção de
comportamentos durante a história de vida do
organismo (as consequências de um
determinado comportamento afetam sua
probabilidade futura de ocorrência em uma
situação semelhante). (Ex: comportamentos
operantes, sons de sua língua)
• Cultural – Seleção de práticas culturais ao
longo da história da cultura.
• A Psicologia estuda interações de
organismos, vistos como um
todo, com seu meio ambiente
(Harzem & Miles, 1978).
A Psicologia •A Psicologia se ocupa
como o Estudo fundamentalmente do homem,
ainda que para entendê-lo,
de Interações muitas vezes, tenha que recorrer
ao estudo do comportamento de
outras espécies animais (Keller &
Schoenfeld, 1950).
Técnicas Comportamentais Todorov, (2007)
• Nessa caracterização da Psicologia, o homem é visto como parte da natureza.
• Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez, são modificados
pelas consequências de sua ação. Uma vez, estabelecido um comportamento
apropriado, suas consequências agem por meio de processo semelhante para
permanecerem ativas.
• Se, por acaso, o meio se modifica, formas antigas de comportamento desaparecem
enquanto novas consequências produzem novas formas. Essa visão da natureza
humana nem é nova nem é exclusiva da Psicologia ou do comportamentalismo.
• O que torna a moderna análise do comportamento distinta é seu uso e a exploração
das possibilidades que a visão oferece para o estudo de interações organismo-
ambiente.
Técnicas Comportamentais Todorov, (2007)
Externo
Níveis de • Físico
Interações • Social
Organismo-
Ambiente Interno
• Biológico
• Histórico
Ariany Magalhães Leandro Todorov, (2007)
• O comportamento não pode ser entendido
isolado do contexto em que ocorre.
• A descrição “Maria correu” é inútil para a
análise do comportamento; sem
Comportamento antecedentes e consequentes do evento
descrito, nada se pode concluir do episódio.
Os conceitos de comportamento e ambiente
e de resposta e estímulo são
interdependentes. Um não pode ser definido
sem referência ao outro.
Uma pessoa
diz:
“Eu te amo”
• A análise experimental do
comportamento utiliza-se de
contingências e de relações
funcionais como instrumentos
Análise para o estudo de interações
experimental do organismo-ambiente. O
experimentador manipula
comportamento contingências em busca de
relações funcionais e das
condições (variáveis de contexto)
nas quais podem ser observadas.
Análise Experimental do Comportamento
• Os analistas do comportamento entendem que as teorias devem ser

sistematizações de um grande conjunto das relações funcionais entre o
comportamento e seus determinantes ambientais, obtidas a partir de pesquisas
empíricas e, de preferência, que tenham utilizado a metodologia experimental.
• O teste empírico/experimental refere-se às observações repetidas (replicações)
da relação funcional entre o comportamento (variável dependente – VD) e
aspectos do ambiente (variável independente – VI) em diversas situações
para, a partir dessas observações, construir e reformular teorias.
Ariany Magalhães Leandro Moreira, Medeiros (2019)
As evidências práticas e científicas:
• (…) Uma pesquisa realizada por de Waal ilustra a importância da
cooperação e reconciliação em grupos sociais de chimpanzés e outros
macacos.
Por que estudar o • O trabalho de Charles Darwin sobre as expressões da emoção em animais
teve uma influência muito importante sobre diversos psicólogos, como
comportamento Paul Ekman, que estuda o comportamento emocional humano.
de animais não • (…) Estudos com chimpanzés usando análogos da linguagem levaram a
novas tecnologias (teclado de computadores usando símbolos arbitrários),
humanos para que têm sido aplicadas com sucesso ao ensino da linguagem para
populações humanas desfavorecidas.
entender o Continuidade biológica e comportamental:
humano? Do mesmo modo que humanos e não humanos compartilham algumas

características do seu funcionamento interno – sua fisiologia –, também
compartilham algumas características comportamentais, como, por
exemplo, a sensibilidade, existente em todos os organismos animais, às
consequências de seu comportamento.
Moreira, Medeiros (2019)
• Complexidade e história de aprendizagem: Outro fator
extremamente importante que nos leva à pesquisa com animais é
a história de aprendizagem. Todas as nossas interações passadas
Por que estudar o com o ambiente interferem no modo como nos comportamos
hoje, e o passado de todo e de cada organismo é diferente.
comportamento • Demonstrações, experimentos e aprendizagem do aluno: Com

relação à aprendizagem do estudante de psicologia, às vezes os
de animais não professores realizam demonstrações experimentais com sujeitos
de pesquisas para mostrar os princípios comportamentais em
funcionamento.
humanos para • Pesquisas e demonstrações experimentais com humanos. É
entender o preciso lembrar que a maioria das pesquisas atuais em Análise do
Comportamento é realizada com seres humanos. Não se assuste
com a expressão “realizar experimentos com pessoas”. Esses
humano? estudos, em Análise do Comportamento, no geral não envolvem
nada mais que submeter os participantes a tarefas muito similares
a situações cotidianas.
O homem é produtor das contingências que o
determinam.
Assim seu comportamento é produto de sua própria
ação.
Essa determinação ocorre por uma conjunção de
múltiplas dimensões em que comportamento e
ambiente se transformam a partir de um processo de
interações recíprocas das contingências da biologia,
do reforçamento direto e da vivência social.
Behaviorismo Radical
(filosofia) Behaviorismo
Radical
Análise do Comportamento
(ciência) Conjunto de ideias sobre uma
ciência do comportamento.
Filosofia da ciência. “O
behaviorismo não é o estudo
Análise Análise Aplicada científico do comportamento
Experimental do do mas uma filosofia da ciência
Comportamento Comportamento preocupada com o objeto e
métodos da psicologia”
(Skinner, 1969, p. 221).
Princípios Básicos de
Análise do
Comportamento
O reflexo
Inato
• Todas as espécies animais
apresentam comportamentos
reflexos inatos. Esses reflexos
são uma “preparação mínima"
que os organismos têm para
começar a interagir com seu
ambiente e para ter chances de
sobreviver

Reflexo
• Reflexo é uma relação

entre estímulo e
resposta, e um tipo de
interação entre um
organismo e seu
ambiente.
S (elicia)
R
• Padrões de ocorrência
Leis ou propriedades dos comportamentos->
do reflexo descrições de
regularidades.
Leia da
Intensidade -magnitude
Lei do Limiar
• A lei do limiar estabelece que,

para todo reflexo, é necessária
uma intensidade mínima do
estímulo para que a resposta seja
eliciada.
Lei da Latência
• É o nome dado ao intervalo
entre dois eventos. Tempo
decorrido entre a apresentação
de um estímulo e a ocorrência
da resposta.
O reflexo aprendido
Condicionamento
Pavloviano
O caso do pequeno Albert
Extinção
respondente
• A relação entre comportamento
e consequência que caracteriza
o conceito de operante diz que
Comportamento o comportamento produz
consequências e que estas, por
Operante sua vez, determinarão aquele
mesmo comportamento
(entendido, aqui, como classe
de respostas)
O comportamento operante é controlado por suas consequências.
Reforço Positivo
• Paciente passa a sessão inteira

contando situações tranquilas e
recorrentemente faltando 5
minutos para o término da
sessão, solta uma “bomba”
Antecedente Resposta Consequência Função

Terapia Falar no fim da Alongar o tempo da R+
sessão algo terapia
importante
Reforço Negativo
• O paciente conta sobre o fim de

semana com o filho e a
terapeuta pergunta sobre a ex-
esposa e como foi com contato
com ela. O paciente então
começa mostrar o vídeo do filho
e fica rindo junto com a
terapeuta do vídeo da criança.

Terapeuta Mostrar vídeo do Rir com a terapeuta R-
perguntar sobre ex- filho e falar do vídeo
esposa Especialização em TCC
Punição Positiva
• Patrícia fez uma montagem com o
lego para mostrar para sua sala e os
colegas dão risada dizendo que
ficou horrível.

Aula Apresentar o trabalho Amigos darem risada dizendo P+
para a sala que o trabalho ficou horrível
Punição Negativa
• Cláudia saiu de casa para ir à festa
na casa de uma amiga sem contar
para os pais. Sua mãe retirou seu
celular por uma semana.

Festa na casa da Ir a festa sem contar Ficar sem celular por 1 semana P-
amiga aos pais Especialização em TCC
Extinção operante Especialização em TCC
Inglaterra
Desenvolvimento
• Após uma visita aos EUA,
da Terapia impressionado com a psicologia
acadêmica e a clínica Americana,
Comportamental Eysenck desenvolveu parâmetros
na Inglaterra e para a psicologia clínica inglesa.
• A psicologia clínica deveria basear-
Estados Unidos se em conhecimento, métodos e
desenvolvimentos gerados pela
psicologia acadêmica, concluindo
que os processos de
condicionamento ofereciam a
melhor fundamentação para a nova
abordagem.
• Estados Unidos
Tendência à aceitação não crítica de uma variedade de formas de
psicoterapia, praticada na época, e o uso indiscriminado de
instrumentos psicométricos, particularmente os testes
projetivos.
Ao contrário do Behaviorismo britânico, claramente fundados
nos conceitos de Pavlov, Watson, o Behaviorismo americano,
apoiado principalmente nas ideias de Skinner e seus seguidores,
tentava replicar em pacientes psiquiátricos os efeitos do
condicionamento obtido com animais em laboratório.
Terapia Cognitivo
• Paralelamente as teorias comportamentais, nos anos 60, as

teorias dominantes em Psicologia mudaram seu foco do poder
do ambiente sobre o indivíduo para os processos racionais,
como fonte de direção das ações humanas, refletindo nas
expectativas, decisões, escolhas e controle do indivíduo,
prenunciando os efeitos da revolução cognitiva sobre a clínica,
através da emergência das orientações cognitivas.
• Beck (1970) estava articulando preocupações de um número
crescente de clínicos, que advogavam a atenção dos Behavioristas
para uma fonte valiosa de dados e compreensão clínica: a cognição
• Reassegurados por características do modelo cognitivo proposto
por Beck, que incluía as tarefas comportamentais, sessões
estruturadas, prazo limitado de tratamento, registro diário de
experiências mal-adaptativas etc, os escritos de Beck encontraram
surpreendente interesse por parte dos comportamentais.
Características Compartilhadas
• Devido a sequência histórica, apenas a TC, em sua proposição

poderia haver “emprestado” algo de sua predecessora, a
Terapia Comportamental. A despeito das diferenças, a Terapia
Comportamental ofereceu importantes contribuições,
especialmente nos seguintes aspectos: ênfase no método
científico, importância aos fatores de manutenção dos
transtornos, ao invés dos fatores de origem, ênfase a
elementos terapêuticos, como estrutura das sessões e do
processo clínico, definição de metas terapêuticas, tratamento
de curto prazo, e a consideração de mudanças
comportamentais como um meio importante para se alcançar
mudanças cognitivas.
TCC
• Quanto a Terapia Cognitivo Comportamental, essa se situa em uma posição

intermediária entre as duas abordagens.
Verificam-se dois grupos:
• Aqueles anteriormente treinados como terapeutas comportamentais.
Adicionando técnicas cognitivas, tendo a cognição como comportamentos
encobertos e objetivando mudanças comportamentais.
• Aqueles treinados como terapeutas cognitivos, que adotando um modelo
cognitivo, utilizam-se de técnicas comportamentais, porém com a finalidade
explícita de obter mudanças cognitivas.
Técnicas
comportamentais
Técnicas são a sistematização de intervenções com vistas a determinados
resultados diante de situações específicas. Por “sistematização” queremos dizer
que a técnica possui:
a) descrição suficientemente precisa e padronizada, de modo que possa servir para
treino e aplicação por outrem, e
b) resultados empiricamente comprovados a respeito de sua efetividade.
• O uso de técnicas é
um tipo de intervenção
possível, porém não o
único. Todo uso de
técnicas é uma
intervenção, mas nem
toda intervenção é
uma técnica.
• Se o clínico não for hábil em derivar
sua intervenção da avaliação funcional
realizada, poderá incorrer no risco de
aplicar técnicas precipitadamente,
enquanto uma análise de
contingências cuidadosa pode indicar
outra direção de intervenção.
O mundo encoberto de cada
um: técnicas que auxiliam o
autoconhecimento
Ariany Magalhães Leandro De-Farias, Fonseca & Nery (2018)
TIMELINE
(linha do
tempo)
• É uma elaboração longitudinal
de eventos, apresentada de
forma organizada ao longo da
historia de vida do paciente,
baseando entre o tempo e
espaço. Isso faz com que o
paciente se engaje no
processo de relatar suas
vivências.
OBJETIVO
Essa atividade tem como objetivo demonstrar a influência dos aspectos

contextuais no desenvolvimento de padrões de comportamento por parte do
paciente;
Os padrões comportamentais que a paciente poderia apresentar no passado e

que não apresenta mais, poderia ser localizado;
A partir disso, tenta-se desvendar quais variáveis ambientais contribuíram para

essas mudanças comportamentais;
Seria então um “Resumo” que permite o terapeuta e o paciente a descrição de

sua história de vida em função do tempo.
PIZZA DA VIDA
(Essa técnica consiste em elaborar um gráfico

de setores. Cada setor vai corresponder um
fator crítico da vida do paciente)
Os setores básicos seriam:
➢ Vida amorosa
➢ Saúde
➢ Finanças
➢ Carreira/trabalho
➢ Desenvolvimento pessoal
➢ Vida familiar
➢ Vida social ou lazer
➢ Vida espiritual
OBJETIVO
➢ O objetivo dessa atividade é mostrar para a paciente como ela divide

o seu tempo e seu esforço nos oito “setores críticos da vida.”
➢ Essa representação gráfica poderá auxiliar a paciente no

autoconhecimento, em circunstâncias sutis em que existe um
desequilíbrio muito grande entre os fatores.
EXERCíCIO DOS
QUADRANTES
➢ Vai elaborar uma matriz de 2X2 em que
as colunas listam “Faço” e “Não Faço”, e
as linhas listam “Gosto” e “Não Gosto”;
➢ O intercruzamento entre as linhas e a
coluna formarão quatro células, sendo
elas: “Faço e Gosto” “Faço e não gosto"
"Não Faço e Não Gosto”;
➢ É uma tarefa complementar em uma
intervenção fundamentada em terapia de
aceitação e compromisso para dor
crônica com objetivo de gerar
discriminação. É parte do processo de
autoconhecimento.
➢ Ampliar a descrição dessas contingências
de reforço por parte da paciente;
➢ Identificar comportamentos mantidos por
reforçamento positivo (Faço e Gosto)
negativo (faço e não gosto);
OBJETIVO ➢ Para esse caso o exercício dos
quadrantes é importante para sinalizar a
cliente que diferentes contingências estão
relacionadas a diferentes respostas
emocionais.
DIÁRIO DOS SENTIMENTOS
Em um papel A4 foram
É solicitado ao paciente o
nomeados 20 sentimentos
monitoramento do sentimento
“bons e ruins”. Em conjunto
predominante naquele período
com esses sentimentos foi
e a razão pela qual o paciente
apresentado um diário semanal
estava se sentindo daquela
com os períodos do dia: manhã,
forma;
tarde e noite;
➢ Essa atividade tem como objetivo evocar
repertórios de autorelatos de sentimentos,
alguns dos quais eram confundidos pelo
paciente;
➢ Estimular o paciente a falar de si com os
outros;
OBJETIVO ➢ Modelar alguns desses repertórios verbais;
➢ Criar contexto para a discriminação e
descrição de relações funcionais entre as
contingências nas quais o paciente estava
envolvido em seus sentimentos.
De-Farias, Fonseca & Nery (2018)
Intervenções em
comportamentos respondentes:
Técnicas de relaxamento e
controle de ansiedade
Dessensibilização Sistemática
Essa é uma técnica utilizada com base na generalização respondente. Ela consiste em dividir o procedimento de extinção em
pequenos passos.
Para utilizar a dessensibilização sistemática, seria necessário construir uma escala crescente de estímulos de acordo com as
magnitudes que produzem, a chamada hierarquia de ansiedade. A hierarquia, portanto, envolveria uma lista de estímulos
relacionados a cães, iniciando-se com aquele que eliciasse respostas de medo de menor magnitude e progredindo em escala
crescente até o estímulo fóbico original, como, por exemplo:
1. Ver fotos de cães.
2. Tocar em cães de pelúcia.
3. Observar, de longe, cães bem diferentes daquele que atacou a pessoa.
4. Observar, de perto, cães bem diferentes daquele que atacou o indivíduo.
5. Observar de longe cães similares ao animal que atacou a pessoa.
6. Observar de perto cães similares ao animal que atacou o indivíduo.
7. Por fim, interagir com cães similares ao animal que atacou a pessoa.
• Após a elaboração da hierarquia de ansiedade, o cliente é exposto a esses
estímulos sequencialmente de forma repetida. Quando o estímulo inicial
não mais elicia respostas de medo, o indivíduo é submetido ao item
seguinte da hierarquia da ansiedade. Desse modo, o cliente será exposto a
todos os estímulos da hierarquia até que o último não elicie mais
respostas de medo. A extinção de uma variação do CS fóbico original
terá como efeito a diminuição da magnitude das respostas de medo diante
de outras variações que lhe são similares. A extinção feita com o primeiro
item da hierarquia de ansiedade, portanto, resultará em uma diminuição
da magnitude da resposta de medo eliciada pelo segundo item, e assim
por diante. É esse processo que resulta na extinção gradual característica
da dessensibilização sistemática.
Relaxamento muscular progressivo de Jacobson
Método criado pelo médico fisiologista da Universidade de Havard,

Dr. Edmund Jacobson, que por meio de um plano sistemático abrange
os principais grupos musculares do corpo humano. A alternância
entre contração e distensão da musculatura resulta em profundo
relaxamento. O método de Jacobson mostra uma orientação mais
fisiológica que psicológica onde o paciente aprende a avaliar e realizar
sistematicamente suas tensões nos diversos grupos musculares, para
depois relaxá-las. Uma sessão inteira desse método é frequentemente
muito demorada.
Wolpe reduziu o longo método de
Jacobson para seis lições:
1- Na primeira, o foco é o braço
Relaxamento 2- Na segunda a testa e os olhos
3- Na terceira o maxilar
muscular 4- O pescoço e os ombros serão
progressivo de objeto da quarta lição
Jacobson 5- Músculos da costa, abdômen e
tórax serão abordados na quinta
lição
6- Na sexta lição, o paciente
trabalhará coxa, perna e pé
Treino de respiração
A respiração diafragmática é uma forma

profunda de respiração que aumenta a
recepção de oxigênio, estimulando a resposta
de relaxamento e reduzindo o nível de
ansiedade.
1. Durante a respiração concentre o ar na
região do diafragma (músculo que fica na
altura do estômago), fazendo a barriga
estufar ao inspirar e relaxar ao expirar.
2. Coloque uma das mãos na região do
diafragma para senti-lo subir e descer.
3. A respiração deve ocorrer lentamente.
Inspire por 5 segundos, prenda o ar por 3
segundos e expire por 6 segundos
Intervenções predominantemente
sobre
comportamento operante
Intervenções baseadas em modificação do
antecedente: Time-out e fading
Segundo Catania (1999), o time-out é um “período de não reforço programado por extinção durante
um estímulo, ou pela remoção de uma oportunidade para responder. Em terapia, podemos citar
situações extremas em que a própria sessão é interrompida para que cesse o responder do cliente.
Isso pode ser feito de maneira sinalizada (“se você continuar a me atacar, terei que encerrar a
sessão”) ou não.
Fading, trata-se de um método sistemático para realizar a mudança de controle de estímulos.

Tradicionalmente, o fading é uma técnica que foi descrita na literatura por meio de estudos
experimentais que ficaram conhecidos como treino de “aprendizagem sem erro”. Talvez, por esse
motivo, lembramo-nos frequentemente de exemplos que se aplicariam mais a intervenções em
aprendizagem escolar, como o ensino da escrita, em que, gradualmente, suspende-se a
palavra-modelo (fading out)
Ariany Magalhães Leandro Borges, Cassas (2012)
Cliente começa a ligar e mandar
Time-out mensagens insistentemente durante o
dia para a terapeuta.
Contexto: terapeuta anterior conversava
com a paciente o dia todo, mesmo coisas
corriqueiras do dia.
• Intervenção: Não visualizar as
mensagens e não atender as ligações.
(inicialmente verificou-se a função do
contato)
Fading Paciente com dificuldade para relatar seus dias e
situações ocorridas.
• Intervenção: nas primeiras sessões a terapeuta
fazia mais perguntas, dava exemplos, utilizava
metáforas para verificar a compreensão do
relato do paciente. Com a evolução dos relatos
do paciente esses comportamentos foram
sendo retirados (fading out)
Intervenções baseadas em modificação da
resposta: Modelação e Role-playing
A modelação consiste na relação entre um modelo antecedente e a resposta de
observá-lo e imitá-lo, o que, em geral, produz para o imitador consequências
similares às do modelo. Nesse sentido, diz-se que a sensibilidade à imitação tem
componentes filogenéticos, isto é, existiria uma tendência a imitar, mesmo que sem
treino.
O role-play é uma técnica que corresponde ao uso da modelação, planejado e

sinalizado pelo clínico. Neste uso, analista e cliente podem interpretar diversos
papéis. O clínico pode, por exemplo, desempenhar o papel do cliente e solicitar que
ele desempenhe o papel de seu chefe, colega, parceiro, etc., e, em seguida, trocar os
papéis para observar e consequenciar o desempenho subsequente do cliente.
Borges, Cassas (2012)

Modelação e Role-playing (ensaio
comportamental)
Paciente conta sobre a dificuldade de conhecer

pessoas. Fala sobre não se achar interessante para
ninguém.
• Intervenção: Situação de barzinho, terapeuta fazendo
o papel da paciente.
Intervenções baseadas em modificação
da consequência: Modelagem
• A modelagem consiste no reforçamento diferencial e gradativo

de respostas que pertencem a uma classe operante-alvo,
empregada para produzir respostas que, devido a um nível
operante baixo e/ou a sua complexidade, não seriam emitidas
ou seriam emitidas somente depois de um tempo considerável.
Situação
Análise Funcional
Antecedente Resposta Consequência
Amigo mostrar a
Sorriso estranho Garota foge
garota
Próxima
interação
• DRA -> reforçamento diferencial de respostas
Intervenções baseadas
alternativas, isto é, respostas diferentes
daquelas que se pretende reduzir a
em modificação da frequência, mas que também produzam as

suas mesmas consequências.
consequência: • DRO -> reforçamento diferencial de outras
respostas, significa reforçar qualquer resposta
o reforçamento do cliente que não aquela que se pretende
extinguir.
diferencial • DRI -> reforçamento diferencial de respostas
como parte do processo incompatíveis, significa que as respostas a
serem reforçadas devem ser aquelas que são
de modelagem fisicamente impossíveis de serem emitidas
concomitantemente às que se pretende
extinguir.
Intervenções
baseadas em • Consiste na liberação de reforçador
arbitrário6 contingente à emissão da
modificação da
resposta que se pretende instalar, manter
ou aumentar sua frequência. O termo
“economia de fichas” é derivado do uso
consequência: inicial da técnica, nas décadas de 50 e 60,
pelos modificadores do comportamento
economia de em hospitais psiquiátricos, com fichas que
funcionavam como reforço condicional, e
fichas sua soma era posteriormente trocada por
outros itens.
Economia
de Fichas
Ativação • De acordo com o modelo analíticocomportamental,
as alterações de humor na depressão, em grande
extensão, têm sido apontadas como sendo função de
comportamental: mudanças nas relações comportamentais que o
indivíduo estabelece com o seu ambiente (Ferster,
1973). Assim, durante um episódio depressivo,
Apresentando um alguns comportamentos do indivíduo diminuiriam de
frequência comparativamente com as frequências
protocolo
apresentadas em fases pré-mórbidas. Esses
comportamentos, normalmente controlados por
reforçamento positivo, repertório individual, como:
integrador no estudar, trabalhar, envolver-se em eventos sociais –

happy hours, encontros de família e festas –,
atividades orientadas ao entretenimento ou mesmo ao
tratamento da esporte.
• Concomitantemente a essa mudança,
depressão comportamentos controlados por

negativo aumentariam de frequência.
reforçamento
Ariany Magalhães Leandro Abreu & Abreu (2017)
A redução na taxa de respostas contingentes ao reforçamento positivo, processo pelo qual seria causada a
depressão. Segundo os autores, poderiam ter ocorrido mudanças nas contingências vigentes na vida do indivíduo,
como a (1) interrupção da disponibilidade dos reforçadores (elo A), a (2) falta de repertório para produzir
reforçadores (elo B) e a (3) perda da efetividade dos reforçadores (elo C).
1- poderia ter ocorrido uma mudança no ambiente do indivíduo de modo que os antigos reforçadores não estariam
mais disponíveis (Lewinsohn, Biglan, & Zeiss, 1976). Isso ocorreria, em última instância, devido à perda das
ocasiões para o responder efetivo. Ex: mudança de cidade
2- os reforçadores continuariam disponíveis no ambiente, porém o indivíduo não teria, em seu repertório,
habilidades suficientes para conseguir produzi-los, ou até mesmo não as teria (Lewinsohn et al., 1976). Ex: o
déficit comportamental de algumas habilidades como assertividade, empatia ou mesmo comportamentos
vulneráveis, a exemplo da autorrevelação ou do “desabafo” (Cordova & Scott, 2001)., ou o excesso em outros
comportamentos, como a agressividade dirigida ao outro, poderia dificultar a produção do reforço positivo.
3- poderia estar ocorrendo uma perda na efetividade reforçadora dos eventos que outrora serviam como
reforçadores positivos (Lewinsohn et al., 1976). Ex: um depressivo não teria mais interesse em atividades
rotineiras, ou mesmo não se engajaria com a mesma frequência, como sair com a família ou os amigos.
Ariany Magalhães Leandro Abreu & Abreu (2017)
É nesse panorama de análise que a AC
surge como um dos tratamentos para a
depressão e que tem sua eficácia validada
cientificamente. Então, o tratamento é
orientando para a mudança destas ações,
promovendo comportamentos
incompatíveis com a esquiva, que sejam
mais adaptativos e que facilitem tais
gratificações, tendo um impacto direto
sobre o humor (Dimidjian et. al., 2009;
Wielenska, 2014).
Ariany Magalhães Leandro Camoleze (2015)
• As intervenções feitas durante o tratamento são
pautadas em análises funcionais que indicam como os
comportamentos depressivos impactam nos diversos
domínios da vida. Assim, a AC difere de uma agenda
comum de atividades prazerosas porque os passos que
são definidos para o cliente são baseados em seu
contexto de vida, identificando os eventos que
contribuíram para a instalação do quadro depressivo e,
a partir disso, formas de agir que possam ser benéficas
para a solução do caso. Deste modo, a AC é feita sob
medida para cada cliente, levando em consideração as
necessidades e valores de cada um, o que confere
maior possibilidade de êxito no tratamento (Dimidjian
et. al., 2009).
• Gradativamente, o terapeuta pode
aumentar a exigência desses passos,
discutindo e acordando com o cliente ações
cada vez maiores. Em um primeiro
momento, um passo pequeno poderia ser
levantar-se da cama mais cedo para tomar o
café da manhã, e a partir disso respostas
com um custo maior podem ser
gradualmente selecionadas, até que o
cliente se torne capaz de emitir respostas
mais complexas como, por exemplo, de
resolução de problemas e conflitos que
estejam sendo fonte de estimulações
aversivas para ele. Assim, tem-se um
processo de modelagem, em que o
terapeuta instala paulatinamente um novo
repertório comportamental (Wielenska,
2014).
1) Em um primeiro momento, o terapeuta deve
orientar sobre o tratamento, discutindo o modelo
de Ativação Comportamental, elucidando como a
mudança de comportamentos pode impactar na
mudança de humor e na resolução do quadro
depressivo.
2) Em um segundo momento, deve ocorrer o
desenvolvimento dos objetivos de tratamento; o
foco geral e principal é auxiliar os pacientes na
Etapas: mudança de comportamentos para diminuir a
esquiva e facilitar o acesso a reforços positivos,
assim, os objetivos específicos centram-se
inicialmente em respostas de esquiva que,
gradativamente, vão sendo substituídas por
respostas de enfrentamento e que também
facilitam o acesso às gratificações; objetivos de
curto e longo prazo também devem ser
estabelecidos nesta etapa.
3) Paralelamente, deve ocorrer o que se
chama de individualização da ativação e
alvos de envolvimento, o que consiste
basicamente em identificar, por meio de
análises funcionais, as variáveis
mantenedoras do quadro depressivo que são
passíveis de mudanças, e as respostas
alternativas passíveis de reforço natural.
4) E então tem-se as estratégias de
ativação e envolvimento para aplicação e
resolução de problemas, que compreendem o
agendamento de atividades,
automonitoramento, atribuição gradual de
tarefas, modificação da evitação e solução de
problemas, estratégias de envolvimento,
revisão e consolidação de conquistas de
tratamento.
Relato do caso:
Participante Daniel (pseudônimo utilizado para manter a
confidencialidade), sexo masculino, adulto jovem, filho único, estudante
de nível superior e heterossexual. Apresentava como queixas principais
ansiedade em diversas situações sociais, dificuldades em realizar seu
trabalho de conclusão de curso e na escolha profissional. História de
vida do paciente Daniel considerava-se uma criança tímida. Tinha alguns
amigos, mas deixava que eles o procurassem para falar e interagir, sendo
mais quieto. Na sala de aula do colégio em que estudava, procurava
sentar nas classes que ficavam próximas à parede, para que não
Caso Clínico chamasse muito a atenção. Apresentava bom rendimento escolar. No
início da adolescência, o paciente teve uma drástica mudança no estilo
de vida, devido a sérias dificuldades financeiras da família e à separação
de seus pais, que ocorreram em tempo próximo. Ele e a mãe foram
morar com um familiar, e ele não foi informado pelos pais sobre o que
estava ocorrendo. O paciente foi se isolando socialmente, refugiando-se
em seu quarto e evitando ao máximo sair de casa. Por
aproximadamente seis anos, saiu de seu quarto apenas para interagir
com algumas pessoas da família na própria casa ou para realizar
obrigações (estudos e estágios). Apresentava medo excessivo ao lidar
com as pessoas. Seu rendimento na faculdade era bom. Como não se
envolvia em atividades sociais e de lazer, investia boa parte de seu
tempo nos estudos, o que também evitava julgamentos negativos dos
professores em relação ao seu desempenho. Tinha dificuldades para
Especialização em TCC buscar estágios, sentindo-se muito ansioso em seleções profissionais.
Ariany Magalhães Leandro Muller, Trentini & Zanini (2015)
De preferência, procurava estágios e empregos em locais
onde já era indicado, pois pensava que a seleção ocorreria
de maneira mais fácil. Daniel já havia realizado
psicoterapia com outros profissionais por um período de
três anos no início da adolescência. Quando adulto jovem,
retomou a psicoterapia, em função da ansiedade
desencadeada em determinadas situações sociais e da
ansiedade antecipatória (momento que será considerado
para o relato e análise do presente trabalho). Importantes
pontos já haviam sido abordados e superados através de
processo psicoterapêutico do paciente, tais como:
dificuldade de relacionamento com seu pai, sintomas
depressivos, desenvolvimento de determinadas
habilidades sociais (p. ex.: conseguir olhar pessoas nos
olhos, atender telefonemas e conversar com colegas de
trabalho), sofrimento associado à separação dos pais,
relação exageradamente próxima com a mãe.
• História familiar
Daniel é proveniente de camada socioeconômica favorecida.
Ambos os pais eram envolvidos com ele em seus primeiros
anos de vida, preocupando-se com sua educação, estudos e
lazer. A mãe sempre foi muito próxima e excessivamente
protetora, tendo deixado de trabalhar para cuidar do filho. No
início da adolescência, a família teve grandes dificuldades
financeiras, com consequente perda de imóveis, heranças e
reservas. O paciente e sua família nuclear tiveram seu padrão
de vida drasticamente rebaixado. Os pais se divorciaram, e o
pai mudou-se para outra cidade, por não saber como
solucionar os problemas. Ele praticamente não auxiliava
financeiramente, nem procurava pelo filho, que sofreu muito
com esse afastamento. Nessa fase, os sintomas de ansiedade
do paciente apareceram mais fortemente, e sua mãe não
estimulou sua autonomia e o convívio social. Ambos os pais
estão recasados atualmente, e Daniel mora com sua mãe, o
Especialização em TCC padrasto e o filho desse.
História médica:
Paciente não relatou doença clínica importante. Fez uso de
escitalopram e rivotril no início da adolescência, quando estava
em acompanhamento psicológico e psiquiátrico pela primeira
vez.
História de vida afetiva e sexualidade adulta:
Daniel relatou dificuldades de se aproximar de meninas nas
festas que frequentava durante a graduação. Sentia-se muito
atraído por algumas delas, mas quando se aproximava não
conseguia falar, pois acreditava que não as agradaria. No final da
adolescência/início da idade adulta, tentou ter relações sexuais,
mas sentiu-se ansioso e não teve ereção. Alguns anos após,
iniciou namoro com uma pessoa já conhecida, com quem está
junto há mais de dois anos. Sentiu-se ansioso antes de ter a
primeira relação sexual com ela, mas com o passar do tempo
conseguiu ter relações sexuais continuadas.
• Contato:
Obrigada! Ariany Magalhães Leandro

arianymagalhães.psic@gmail.com
(31) 99395-1870

Técnicas Comportamentais

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Faculdade Arnaldo

Belo Horizonte, 30 de julho de 2021

2. Identificar as bases teóricas da abordagem

Sumário: 3. Compreensão das técnicas

Por que fazemos o que fazemos?

Você consegue pensar

• Filogenético – Seleção de comportamentos

• Os analistas do comportamento entendem que as teorias devem ser

humano? Do mesmo modo que humanos e não humanos compartilham algumas

comportamento • Demonstrações, experimentos e aprendizagem do aluno: Com

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Borges, Cassas (2012)

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• A modelagem consiste no reforçamento diferencial e gradativo

Antecedente Resposta Consequência

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integrador no estudar, trabalhar, envolver-se em eventos sociais –

depressão comportamentos controlados por

Obrigada! Ariany Magalhães Leandro

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