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Autoestima e relações afetivas – Isidro Marinho / Isidro da Silva

Autoestima = pensamentos e sentimentos sobre si mesmo. Pensamentos se


sentimentos são resultantes de acontecimentos ambientais.

Sentimentos = respostas discriminativas das ações do ambiente sobre o


organismo / consequências reforçadoras ou aversivas de algum
comportamento.

Autoestima segundo definição geral – sentimento de valor atribuído a si


mesmo.

O sentir sobre si mesmo: Condições corporais positivas aversivas são


construídas no indivíduo a partir de sua interação com o ambiente, sendo
alteradas em função do ambiente. Pessoas valorizadas e elogiadas sentem-se
competentes e aquelas criticadas e punidas sente-se incompetente. À medida
em que há interação com o ambiente, a referência individual de si mesmo
é construída.

Organização do repertório: Ao nascer não possuímos uma noção de “eu”. Esse


repertório autodescritivo vai sendo construído a partir da interação com nossos
pais / cuidadores primários (ambiente). Os pais vão descrevendo os
comportamentos do filho e de outras pessoas e esse conjunto de descrições
tornar-se referência para a construção da noção de “eu”.

O ambiente hostil leva as pessoas a se sentirem insignificantes, sem valor e elas podem se
sentir culpadas porque se sentem incapazes de promover ou adquirir o reforço desejado.

Um indivíduo inibido, que tem medo de colocar-se em público e ser assertivo


em situações sociais é fruto de uma história de vida permeada pelo controle
aversivo de outras pessoas (punições, críticas etc). O controle aversivo
favorece o repertório de fuga e esquiva, além do aparecimento de
respostas emocionais negativas.
Os arranjos de contingências que levaram à auto-observação também mantêm
e fortalecem padrões de comportamento que corroboram com essa auto-
observação. (Sou burro = não tento coisas difíceis etc).

Comparações feitas pelos outros também alteram nossos comportamentos


públicos e privados.

Quando estamos expostos a contingências que não conseguimos discriminar,


formulamos autorregras e assumimos comportamentos defensivos para
esquivar de nossas fragilidades. (Não discriminamos o contexto e por
consequência, nossas ações acabam afastando os outros).

Relacionamento interpessoal: Em relacionamentos interpessoais, repetimos os


padrões de comportamentos aprendidos e reforçados ao longo de nossa
história de vida. Em situações de conflito em que nossos pais utilizam a
punição como forma de suprimir um dado comportamento considerado como
inadequado, faz com que conflitos futuros forneçam dicas importantes de como
devemos nos comportar (punir).

A autoestima não é considerada causa de comportamento, é um sd para a


emissão de determinados comportamentos.

Tratamento: O sentimento é algo interno que muda apenas se a pessoa se


dispuser a sentir e a agir de forma diferente.

Baixa autoestima = baixa probabilidade de se comportar de uma dada maneira.


Investigar os comportamentos que acompanham esse sentir-se inferior e
identificar o ambiente em que esse comportamento se desenvolveu.

Primeiramente, deve-se identificar a história de privação de reforços, os déficits


comportamentais, os comportamentos adequados na produção de reforços, sucessos e
fracassos, as contingências do ambiente atual e o grau de assertividade. A partir desses dados,
fazer uma análise funcional da vida desse indivíduo para poder esclarecê-lo sobre sua condição
atual e como ela se estabeleceu a partir de sua história. Daí então, identificar outras classes de
comportamentos que podem gerar melhores condições de reforço à medida que se reformula
alguns conceitos sobre ele mesmo, os quais foram estabelecidos devido a esse período de
malestar

Evitação experiencial = mudar os pensamentos e sentimentos que temos sobre


nós mesmos.

Para mantermos nossa autoestima no topo não podemos desenvolver


relacionamentos íntimos.

Vale a pena = vale os momentos difíceis.

Uma vida que valha a pena = que vale os momentos difíceis.

Valores = qualidade da vida que eu vivo.

Devemos sair da própria mente para entrar na própria vida – Princípio da


act

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