Você está na página 1de 14

ASSERTIVIDADE

O que é?
É o comportamento interpessoal (habilidade social) em que o indivíduo age de acordo
com os seus interesses, buscando defender seus próprios direitos, respeitando os direitos dos
outros e expressando de forma direta, apropriada e honesta seus pensamentos, desejos,
emoções e convicções, de modo a não violar os direitos dos outros.
É um estilo de comunicação que nos permite ser mais construtivos na relação com os
outros. Não é uma característica inata ou um traço de personalidade que alguns de nós
possuem e outros não. É uma habilidade que pode ser aprendida, isto é, cada um pode
desenvolver mediante treino sistemático e estruturado.
A maior parte das pessoas não é assertiva em todas as situações. Por exemplo,
podemos nos comunicar assertivamente com um colega de trabalho e ter bastante dificuldade
em fazê-lo com familiares. Não é correto dizer que uma pessoa é simplesmente assertiva ou
não assertiva, mas sim que há ou não uma tendência para se comunicar assertivamente em
determinadas situações. A ideia fundamental é a de que a assertividade pode ser aprendida e
praticada, tornando-se uma escolha!

Formas de comunicação não assertiva:


O que está em causa na comunicação não assertiva é um desrespeito pelos direitos dos
outros (agressividade) ou pelos nossos próprios direitos (passividade).
O individuo não assertivo se vê frente a uma série de situações com as quais se sente
incapaz de lidar, gerando angústia, insatisfação, desapontamento e auto recriminação. A
ansiedade é frequente em sua vida e pode gerar problemas físicos, como: dores de cabeça,
problemas gástricos, erupções de pele etc.
A falta de habilidades sociais tem sido apontada como fator gerador ou agravante de
uma série de problemas, como: hipertensão arterial, gagueira, abuso de álcool, dependência
de drogas, ansiedade, depressão, entre outros.
Passividade
É o ato de violar os próprios direitos ao não expressar honestamente sentimentos,
pensamento e convicções, dando como tal permissão aos outros para que também violem os
nossos direitos.
A pessoa passiva não consegue expressar seus pensamentos e sentimentos,
apresentando dificuldade em desempenhar comportamentos que façam valer seus direitos
como: reclamar dos serviços de uma lanchonete; expressar opinião diferente das outras
pessoas em um grupo; deixar uma situação que se tornou chata; reagir a humilhações, lidar
com críticas.
A maioria dos indivíduos que age passivamente se comporta dessa maneira devido ao
medo de arrumar confusão, de chamar atenção, de não ser amado, ser rejeitado, magoar os
outros, errar, ser repreendido. Muitos agem dessa forma mesmo sabendo qual o
comportamento apropriado, mas os medos inibem a expressão adequada da emoção.
Essas pessoas raramente atingem seus objetivos, pois não conseguem se impor ou
lutar, deixando-se controlar pelos desejos dos outros e vivendo numa grande indecisão e
confusão.
Alguns indivíduos passivos podem ter rompantes agressivos, vão acumulando uma
série de insatisfações, até que o seu grau de tolerância chega a um limite e explodem. Esses
comportamentos geram conflitos e arrependimentos, já que no auge da raiva e do limite,
falamos e fazemos coisas desproporcionais à situação.
Por que razão agimos passivamente? Não saber, não acreditar ou ficar ansioso.

Agressividade
Todos nós sentimos e temos o direito de sentir raiva e a sua expressão é saudável,
desde que seja feita de modo adequada e construtiva.
Algumas pessoas conseguem autocontrole a ponto de não demonstrar raiva
abertamente. Tipicamente, tais pessoas sofrem de enxaqueca, úlceras, estresse... Há também
aqueles que expressam raiva, frustração ou desapontamentos com métodos indiretos,
covardes ou desnecessariamente dolorosos como, por exemplo: induzindo culpa ou agredindo
verbalmente ou fisicamente.
O meio mais saudável para lidar com a raiva é evitar que a hostilidade se acumule
com o tempo, expressando-a quando ela surgir, para evitar possíveis explosões
descontroladas, provocadas pelo acumulo de frustrações.
A agressividade envolve a expressão de sentimentos, pensamentos e convicções de
um modo que viola os direitos dos outros (formas inadequadas de expressão como a zanga, o
tom de voz elevado, a ironia...). Podemos dizer que é uma defesa unilateral de diretos:
defendemos os nossos, mas não queremos saber os dos outros.
O individuo agressivo consegue defender seus direitos e muitas vezes até alcançar
suas metas, mas faz isso de maneira autoritária e violadora dos direitos dos outros. Seu
comportamento abusivo muitas vezes provoca agressão nas outras pessoas e gera um círculo
de mais agressões.
Pode ser difícil para o individuo agressivo admitir as consequências negativas de seus
atos já que, muitas vezes, percebe seu comportamento como auto enriquecedor e expressivo
de seus sentimentos. Alguns notam a rejeição do outros frente a seus atos e se arrependem,
sentindo-se frustrados e culpados, mas não conseguem mudar porque não aprenderam a ser
assertivos.
Uma das causas mais frequentes da agressividade é quando nos achamos fracos e
vulneráveis, à mercê dos outros. Nas interações sociais temos a tendência a ver ameaças por
todos os lados e responder agressivamente, à defesa. Se acreditarmos que o mundo é um
lugar perigoso e que os outros, a princípio, são hostis, é natural que nosso comportamento
seja agressivo e é natural que achemos que quem não age assim não se dá bem. Ou
simplesmente emitimos uma resposta exagerada em face de uma situação como
consequências de experiências emocionais intensas vividas no passado, e que de algum modo
recordamos através da situação presente.
As conseqüências imediatas do nosso comportamento agressivo são positivas, uma
vez que, naquele momento, é possível conseguirmos obter o que queremos, principalmente se
o outro responde em conformidade com a nossa agressividade, isto é, de forma passiva. Ou
então é ver quem grita mais alto.
É possível também que nos sintamos emocionalmente aliviados e satisfeitos por
termos feito tão bem a nossa vontade. Mas, em médio prazo, as consequências negativas
parecem inevitáveis. Torna-se desgastante carregar uma visão do mundo em que é necessário
estar sempre alerta contra as intenções dos outros.

O círculo vicioso da falta de habilidades sociais


O indivíduo não assertivo (seja passivo ou agressivo), não tem um bom conceito de si
mesmo e, por isso, emite uma série de comportamentos inadequados (autonegação ou abuso).
Ele percebe que a resposta das outras pessoas a esse comportamento frequentemente é de
desprezo ou indiferença, o que por sua vez é interpretada pelo individuo não assertivo como
comprovação de que realmente não tem grande valor. Isso o leva a se comportar ainda mais
inadequadamente, formando um círculo vicioso.

Auto-depreciação comportamento inadequado


feedback negativo sentimentos negativos
Exemplo: Henrique é não assertivo, tem um conceito ruim de si próprio, medo de ser
rejeitado e criticado. Ele chega a uma festa e não puxa assunto com ninguém, pois pensa que
não vão o achar interessante.

As pessoas, por sua vez, não o dirigem a palavra, pois pensam que ele talvez não
esteja com vontade de conversar (afinal, ele está sério, isolado e pouco participativo).

Henrique então pensa: “O que há de errado comigo? Devo ser um chato mesmo. Não
tenho valor. Nunca vou ter sucesso”. Ele fica cada vez mais tenso e seu autoconceito se torna
pior.

Nesse círculo vicioso, o comportamento é o elemento mais passível de mudança.


Modificando o circulo e iniciando uma sequencia positiva, o exemplo ficaria assim:
Henrique agora chega a uma festa e procura conversar com as outras pessoas. No
começo da aproximação fica um pouco ansioso, mas persiste e acaba conseguindo. As
pessoas percebendo-o receptivo começam a conversar com ele também. Henrique então
pensa: “É, devo ser um cara interessante, afinal, as pessoas gostam de conversar comigo.
Estava enganado, tenho o meu valor e vou obter futuros sucessos”. Ele percebe a tensão
diminuindo, juntamente com o medo de rejeição e crítica. Nas próximas vezes que for a uma
festa provavelmente ficará cada vez mais à vontade se comportando assertivamente, sabendo
enfrentar o medo da avaliação dos outros e a crítica.
Assertividade
Na assertividade o indivíduo não tem medo de revelar seus sentimentos através de
atos ou palavras. É capaz de agir de acordo com os seus interesses, resolvendo conflitos e
diminuindo as frustrações. Possui uma orientação ativa na vida, lutando para atingir suas
metas. É aberto e flexível, preocupado com os direitos dos outros, mas consegue defender
seus próprios direitos.
Qualquer que seja o problema, certos princípios básicos se aplicam às pessoas que
desejam ser afirmativas:
 Revelar seu verdadeiro eu, de maneira adequada à situação e ao relacionamento em
causa.
 Prestar atenção ao que possa fazer de maneira diferente e não ficar pensando como o
mundo poderia ser diferente.
 Praticar o hábito da franqueza quando falar sobre qualquer assunto, a começar pelos
triviais.
Ao se tornar assertivo, o indivíduo será capaz de expressar alegria, raiva,
ressentimento e amor. Além disso, o treino de habilidades sociais permite que você aceite e
reconheça erros como naturais (na medida em que errar é humano), negue pedidos, solicite
favores, reaja frente a humilhações, sem grande ansiedade e mantendo maior controle das
situações interpessoais.
A assertividade começa com os sentimentos positivos em relação a você mesmo.
Você consegue expressar a sensação de orgulho que acompanha a realização de um ideal
particular altamente positivo?
Você se permite o prazer de se sentir satisfeito com um trabalho bem feito? De
congratular a si mesmo por fazer outra pessoa feliz?
Age de modo atencioso e generoso consigo mesmo?
O elemento chave da asserção é ser assertivo com você!
Existem pessoas que acreditam que se estiverem sendo razoáveis, todos os demais
deverão concordar com elas. Acham que tendo argumentos lógicos e um comportamento
adequado, irão sempre ganhar. A realidade das situações não é sempre assim. Muitas vezes,
as outras pessoas não aceitam as nossas asserções porque têm valores e sentimentos
diferentes dos nossos.

Assertividade não é um jogo de poder


Agir assertivamente não tem como objetivo levar os outros a fazer o que nós
queremos. Não se trata de ganhar ou perder, mas sim de considerar os interesses de ambas as
partes envolvidas num conflito e de negociar assertivamente para que, idealmente, ambas
saiam satisfeitas.

Os componentes do comportamento assertivo


O comportamento assertivo envolve algumas características essenciais: franqueza,
sinceridade, firmeza e clareza.
Outra característica importante é a objetividade: ser direto, simples e sem
complicação. A prolixidade está ligada a ausência de desejos e objetivos definidos e é uma
característica comum no indivíduo não assertivo. Acrescentar muitos adjetivos ou dar muitas
explicações inúteis é uma forma de não permitir que o interlocutor saiba o que realmente
sentimentos.
Ser assertivo implica também adequar seu discurso ao tipo de audiência. A maneira de
se dirigir a um familiar não é igualmente adequada para se dirigir a um estranho em seu
trabalho, como o seu comportamento em uma festa com amigos deve ser diferente em uma
reunião de trabalho.
Outro aspecto importante é expressar seus sentimentos e pensamentos de tal modo que
assuma a responsabilidade por eles. A expressão de sentimentos e pensamentos não se reduz
a escolha de palavras adequadas. O que você exprime é tão importante quanto a forma como
o exprime. Assim, além do conteúdo da resposta, há outros componentes relevantes, como:
olhar nos olhos, expressão corporal, expressão fácil, gestos, tom de voz, fluência da fala e
duração da resposta.

Optando pela não asserção


O fato de termos desenvolvido atitudes assertivas não quer dizer que teremos que ser
sempre assertivos. Existem algumas situações que podemos optar por não ser assertivos.
Opção é a palavra chave porque indica a liberdade de escolha e o exercício do autocontrole,
então, poderemos não ser assertivos quando avaliarmos que o gasto de energia envolvido não
valerá a pena ou quando for uma situação perigosa. Por exemplo: se formos mal atendidos em
uma loja e não quisermos falar com o gerente, já que provavelmente o gerente repreenderá o
funcionário, mas não modificará o que foi feito. Ou quando optamos por dar dinheiro aos
guardadores não autorizados, com receio de nosso carro ser danificado.

Os seus direitos
Todas as pessoas têm direitos iguais e a pessoa deve conhecer seus direitos e defendê-
los para não ficar submissa a vontade dos outros.
Em situações interpessoais, os nossos direitos podem não estar tão claramente
delimitados. A expressão dos direitos pode se basear em situações individuais, nas pessoas
envolvidas e nas consequências do exercício desse direito.
Todos têm o direito de fazer alguma solicitação ao outro, desde que aceitemos que
essa pessoa tem o direito de dizer não. É bom ter em mente que, muitas vezes, para defender
um direito nosso, poderemos magoar alguém. Cabe a nos decidir a importância do conflito
em questão e quais as consequências de ceder. É importante avaliar se nosso motivo é de
caráter afirmativo e não de natureza agressiva.
Lembre-se que: ao tentar viver nossa vida de maneira que nunca prejudique ninguém
sob nenhuma circunstancia, terminamos por prejudicar a nós mesmos.

Os direitos assertivos são um conjunto de direitos que permitem a cada um de nós


sermos nós próprios, agir e expressarmo-nos, perante os outros, sem distinções de cor, sexo,
idade ou status social. É importante considerar que os direitos vêm definidos em termos
abstratos, e que deverão ser particularizados de acordo com as nossas situações individuais.
Devemos defender nossos direitos, com responsabilidade, considerando os direitos
dos outros.

1- Eu tenho o direito de ser respeitado e tratado de igual para igual, qualquer que seja o
papel que desempenho ou o meu status social;
2- Eu tenho o direito de manter os meus próprios valores, desde que eles respeitem os
direitos dos outros;
3- Eu tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opiniões;
4- Eu tenho o direito de expressar as minhas necessidades e pedir o que quero;
5- Eu tenho o direito de dizer NÂO e não me sentir culpado por isso;
6- Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher se quero prestar ajuda a alguém;
7- Eu tenho o direito de me sentir bem comigo próprio sem sentir necessidade de me
justificar perante os outros;
8- Eu tenho o direito de mudar de opinião;
9- Eu tenho o direito de pensar antes de agir ou tomar uma decisão;
10- Eu tenho o direito de dizer “Eu não estou entendendo” e pedir que me esclareçam ou
ajudem;
11- Eu tenho o direito de cometer erros sem me sentir culpado;
12- Eu tenho o direito de fixar meus próprios objetivos de vida e lutar para que as minhas
expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.
Direitos humanos básicos:

1. O direito a manter sua dignidade e respeito, comportando-se de forma hábil ou


assertiva – inclusive se a outra pessoa sente-se ferida – desde que não viole os
direitos humanos básicos dos demais.
2. O direito a ser tratado com respeito e dignidade.
3. O direito a recusar pedidos sem ter de se sentir culpado ou egoísta.
4. O direito a experimentar e expressar seus próprios sentimentos.
5. O direito a deter-se e pensar antes de agir.
6. O direito a mudar de opinião.
7. O direito a pedir o que quiser (levando em conta que a outra pessoa tem o direito
de dizer não).
8. O direito a fazer menos do que humanamente é capaz de fazer.
9. O direito a ser independente.
10. O direito a decidir o que fazer com seu próprio corpo, tempo e propriedade.
11. O direito a pedir informação.
12. O direito a cometer erros – e ser responsável por eles.
13. O direito a se sentir satisfeito consigo.
14. O direito a ter suas próprias necessidades, e que essas necessidades sejam tão
importantes como as necessidades dos demais. Além disso, temos o direito de
pedir (não exigir) aos demais que respondam nossas necessidades e de decidir se
satisfazemos as necessidades dos demais.
15. O direito a ter opiniões e expressá-las.
16. O direito a decidir se quer satisfazer as expectativas de outras pessoas ou se
prefere agir seguindo seus interesses – desde que não viole os direitos dos
demais.
17. O direito a falar sobre o problema com a pessoa envolvida e esclarecê-lo, em
casos-limite, em que os direitos não estão totalmente claros.
18. O direito a obter aquilo pelo que paga.
19. O direito a escolher não se comportar de forma assertiva ou socialmente hábil.
20. O direito a ter direitos e defendê-los.
21. O direito a ser escutado e a ser levado a sério.
22. O direito a estar só, quando assim o escolher.
23. O direito a fazer qualquer coisa, desde que não viole os direitos de outra pessoa.
PASSIVO ASSERTIVO AGRESSIVO
Sentimentos Emocionalmente inibido Emocionalmente honesto na Emocionalmente honesto na
negativos na expressão de expressão de sentimentos expressão de sentimentos negativos
sentimentos negativos negativos

Objetivos Quando o expressa o faz Expressa sentimento negativo Expressa sentimentos negativos de
de forma inapropriada controlando a forma de forma inapropriada
expressão
Muito raramente atinge Atinge os objetivos, na maioria das
os objetivos, sacrifica- Procura atingir os objetivos, vezes prejudicando a relação
os para manter a relação preservando, tanto quanto
possível a relação Persevera sem avaliar as
Não persevera, consequências
recriminando-se a só e Persevera nos objetivos e
ao outros avalia o próprio
comportamento

Concordância Quase sempre concorda Consegue discordar do grupo Consegue discordar do grupo
c/grupo com o grupo
Defende os próprios direitos, Defende os próprios direitos
Não defende os próprios respeitando o os direitos desrespeitando os alheios
direitos, mas respeita os alheios
alheios Valoriza-se ferindo o outro
Valoriza-se sem ferir ao outro
Desvaloriza-se

Indeciso nas próprias Faz as próprias escolhas, Faz escolhas para si e para os
Escolhas escolhas, submetendo-se considerando opiniões alheias, outros
a opiniões alheias se necessário
Gera, relação a si, sentimentos de
Gera, em relação a si, Gera, em relação a si, raiva e vingança
sentimento de pena, sentimentos de respeito e
irritação frustrado, baixa confiança
autoestima

Imagem e expressão Imagem negativa de si Imagem positiva de si mesmo Imagem negativa de si mesmo
verbal mesmo
Usa expressões afirmativas Usa expressões imperativas (faça
Usa expressões dúbias (sim, não, quero, vamos assim, você não deve, eu quero
(talvez, acho que, quem resolver...) incluindo o assim...) incluindo o pronome EU
sabe...) pronome EU

Raramente inclui o
pronome EU

Recompensas Evita responsabilidade Ter resultados a ser claro. Poder e domínio


Evita riscos, rejeição. Agarrar oportunidades. Não ter necessidade de explicar,
Evita ser culpabilizado Desenvolvimento de relações negociar ou escutar os outros
Evita tomar decisões honestas.
Aumento do autorrespeito

Consequências longo Os outros não sabem Mover-se clara e seguramente Isolamento, rejeição
prazo sua posição. para as metas estabelecidas. Perda de respeito
Mal-entendidos. Construção de relações Perda de autorrespeito
Aumento do isolamento. sólidas.
Aumenta sentimento de Construção de respeito mútuo
rejeição
Baixa autoestima

Carinho começa em casa


Os adultos frequentemente sentem-se constrangidos quando tem que expressar
sentimentos como carinho, amor e admiração. O medo da rejeição, de parecer ridículo ou
fraco (especialmente em homens) inibe a expressão espontânea de tais sentimentos.
É muito comum em relações íntimas, entre marido e mulher, por exemplo, a suposição
de que cada parceiro conhece o sentimento do outro. Não raramente existe a implicação de
que é responsabilidade do outro saber que é amado e apreciado e que os fatos já falam por si,
não sendo necessário explicitar os sentimentos (exemplo: o fato de estar casado com ela já
demonstra por si só que gosto dela, não preciso ficar repetindo isso). Assim, o indivíduo
coloca no ombro dos demais o fardo de ter que adivinhar seus sentimentos e pensamentos e o
resultado disso, frequentemente, é o afastamento.
Temos que ter em mente que qualquer relacionamento muito íntimo, envolvendo
sentimentos intensos, dicas sutis geralmente passam despercebidas e sentimentos de afeição,
entusiasmo e amor devem ser bem explicitados, pelo menos de vez em quando.
A expressão aberta de sentimentos, especialmente os amorosos, não é a solução
mágica para um relacionamento problemático, mas pode fortalecer a estrutura, pois ajuda
cada parceiro a se lembrar das coisas boas que existem em seu relacionamento. Além disso,
todos nós precisamos saber que somos amados, desejados e admirados. Se as pessoas que nos
cercam são sutis demais em expressar seu afeto, podemos começar a duvidar e talvez a
procurar em outro lugar reações positivas dos outros. A expressão de sentimentos é
igualmente importante quando lidamos com filhos, amigos, pais...
Exemplos de como expressar sentimentos carinhosos a alguém são: abraçar; apertas as
mãos de forma calorosa e firme; dizer coisas como: obrigado - acredito em você – tenho
pensado em você – te admiro muito – acho você sensacional – você é muito importante para
mim.

Elogios são recompensadores


Fazer ou receber elogios pode ser uma fonte de desconforto para o indivíduo não
assertivo.
Elogios tendem a ser mutuamente recompensadores, por isso, oferecer a alguém
palavras gentis sobre ela como pessoa ou sobre algo que tenha feito é um ato grandemente
assertivo. É importante, porém, que o elogio seja sincero, não sendo usado apenas para
agradar o outro.
Outro ato assertivo é aceitar comentários positivos sobre você. Temos a tendência de
gostar e nos sentir atraídos por coisas agradáveis que dizem sobre nós ou para nós. Algumas
pessoas acham que não tem nada em si elogiável e tendem a negar ou descartar os elogios.
Algumas vezes simplesmente não concordamos com o elogio que nos é feito, contudo não
temos o direito de negar a impressão que a outra pessoa tem a nosso respeito.
Lembre-se também que o elogio não precisa ser recíproco, ou seja, você não precisa
responder a um elogio com outro. Podemos demonstrar nosso sentimento dizendo, por
exemplo: “Que bom ouvir isso”. “Obrigado”. “Que bom que você pensa assim”.

Razões para utilizar a comunicação assertiva


Ser assertivo aumenta o respeito por nós próprios, reduz a sensação de insegurança e
vulnerabilidade, aumenta a autoconfiança nos relacionamentos com os outros, diminuindo a
necessidade de aprovação para aquilo que fazemos. Possibilita também que os outros
aumentem seu respeito e admiração por nós. Permite que, ao defendermos os nossos direitos,
consigamos que as nossas preferências sejam respeitadas e as nossas necessidades satisfeitas.
É um estilo de relacionamento interpessoal que poderá ser extremamente recompensador,
uma vez que proporciona maior proximidade entre as pessoas e maior satisfação na
comunicação das nossas emoções.
A asserção é um comportamento com grande probabilidade de sucesso!

Você também pode gostar