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Tipos de personalidade e as teorias do desenvolvimento vocacional

Estes tipos tem a ver com preferências [pessoais, não existindo portanto, um tipo melhor
que o outro , nem um tipo mais adequado, nem um tipo para homem e para mulher ,
dificilmente encontramos uma pessoa que é de um só tipo. Todos temos um pouco das
características de cada um desses tipos.
Há pessoas que se identificam com dois ou mais deles; o ideal é encontrar uma profissão
que tenha ocupações relacionadas a eles.
Com base neste seis tipos o individuo pode encontrar o seu perfil pessoal e definir suas
preferências e assim escolher uma atividade profissional que reúna o maior numero
possível de características do seu agrado.

1-Realista
Essas pessoas gostam de coisas objetivas e concretas. São tidas como simples, sinceras e
práticas. Para elas, o que importa é o reconhecimento objetivo de suas conquistas, tarefas e metas.
Em geral, preferem trabalhar com objetos, ferramentas ou instrumentos, literalmente, “colocando a
mão na massa”. Tendem a evitar trabalhos que lidem com papéis ou que exijam muito contato
social. Possíveis áreas de atuação: engenharia, mecânica, agronomia.

2. Investigativo
Essas pessoas gostam de entender o mundo, as pessoas ou a natureza, seja para prever
fenômenos, para controlar, analisar ou mesmo tomar decisões. Para elas, é importante trabalhar
com informações, com conhecimentos e com sabedoria. Os outros as vêem como inteligentes e
com facilidade para aprender. Geralmente, evitam atividades diretamente ligadas a pessoas.
Possíveis áreas de atuação: física, biologia, matemática, sociologia.

3. Artístico
As pessoas desse tipo gostam de mudar, inovar e criar. Suas atividades principais estão ligadas à
imaginação e á sensibilidade. Seja escrevendo, atuando, criando formas artísticas, ou mesmo por
meio de observação ou criação de design, elas se sentem bem quando se expressam por meio da
arte, em suas diversas formas de manifestação. Professores e vendedores costumam se identificar
com esse perfil, já que se sentem bem ao tocar e impressionar as pessoas com suas idéias.
Possíveis áreas de atuação: música, artes plásticas, teatro, literatura, vendedor, professor.

4. Social
Pessoas desse perfil gostam de gente e buscam contato com os outros, seja para ajudar, informar,
treinar, desenvolver, curar, esclarecer, servir, ensinar, ouvir ou cuidar. Têm afinidade com a área de
humanas. São extrovertidas e não gostam de tarefas mecânicas e impessoais. Possíveis áreas de
atuação: professor, enfermagem, Assistente Social, Psicólogo.

5. Empreendedor
Os empreendedores gostam de dirigir, coordenar e supervisionar as atividades dos outros, seja
para alcançar seus próprios objetivos, para atingir metas das empresas em que trabalham, ou ainda
para conseguir resultados produtivos e obter lucro com seu trabalho. São ligados em status e poder.
Apreciam desafios e liderança e têm boa aceitação para lidar com o risco. Possíveis áreas de
atuação: gerência, advocacia, política.

6. Convencional
Pessoas do tipo convencional gostam de trabalho concreto, bem organizado, rotineiro e com regras
claras. Não gostam muito de atividades desestruturadas. Preferem ocupações e papéis em que
possam gerar ou manter a ordem, os padrões e os sistemas: seja de papéis, objetos ou ideias. Para
elas o que importa é alcançar objetivos materiais ou financeiros e obter prestígio social
reconhecimento por sua dedicação.  Possíveis áreas de atuação: contabilidade, administração,
organização.

Nem sempre conseguimos trabalhar diretamente com aquilo que queremos, logo de cara. Ao longo
de uma carreira, é comum as pessoas acabarem fazendo concessões, abrirem mão de algumas
coisas. O importante é conhecer seus limites. Vai ser difícil, por exemplo, seguir carreira de
engenheiro se você não é dado a cálculos. Se você adora contato humano, pode não sentir
satisfação em uma carreira que privilegia o trabalho com máquinas.

É claro que, ao se identificar com esse ou aquele tipo de personalidade proposto por John Holland e
optar por uma profissão próxima a esse perfil, você terá mais chances de sentir realizado
profissionalmente.

A perspectiva naturalista do desenvolvimento vocacional e competências a perspectiva naturalista


centra-se no sujeito intrapsíquico, sublinhando que cada pessoa já nasce predestinada para uma
“vocação” a realizar no mundo. Esta “vocação” encontra-se oculta em cada um e impõe-se
descobri-la mediante o “exame psicológico” tendo, como principal objectivo, a “descoberta” do
caminho mais adequado para os indivíduos obterem satisfação e sucesso na sua formação e,
consequentemente, na sua futura profissão.

Esta concepção privilegia intervenções concretizadas no “exame psicológico” e na sessão de


informação. A função do “exame psicológico”, pelo recurso a estratégias instrumentais, testes
vocacionais (aptidões, interesses, valores e de personalidade) ou, mais correntemente, aos
“psicotécnicos”, tem como objectivo desocultar a “vocação” certa, tendo como pretensão ajudar o
indivíduo a conhecer-se. A sessão de informação visa apoiar o sujeito a conhecer o sistema de
oportunidades sociais em que se insere. É da conjugação entre estes dois conhecimentos que o
orientando, na mais optimista das hipóteses, realizará a sua “vocação” no mundo profissional.
Neste processo, o sujeito tem um papel meramente passivo, sendo o psicólogo a autoridade
legitimadora da sua “radiografia”, e as práticas de orientação decorrentes desta perspectiva
naturalista colocam-se, intencionalmente ou não, ao serviço do ajustamento do indivíduo ao projeto
social, uma vez que nem o questionam

Perspectiva racionalista/ instrutiva

A partir da década dos anos 70, após uma atenção predominantemente focalizada nas realidades
subjetivas como dimensões privilegiadas do desenvolvimento vocacional, voltasse, de forma cíclica,
a dar importância ao peso das oportunidades sociais sobre o itinerário vocacional dos indivíduos,
devido às transformações sociais, económicas e políticas verificadas no Ocidente, Tendo em conta
a recessão do mercado de trabalho e o carácter competitivo do mesmo, ajudar o indivíduo nas
tarefas vocacionais dentro desta perspetiva, mais que construir um itinerário vocacional, implica,
antes, proporcionar momentos de conhecimento das oportunidades de formação e profissão
disponíveis, orientar para o projeto social e político através de sessões de informação sobre o
mundo do trabalho e sobre os sistemas de formação e, sobretudo, através do treino de
competências adequadas para conquistar e manter um emprego e proporcionar competências de
empregabilidade.

Perspectiva histórica construtivista

Apesar dos contributos que as várias perspectivas apresentadas proporcionaram à investigação

para a compreensão e transformação da realidade vocacional, a perspectiva histórica


construtivista, ao considerar que os projetos vocacionais não se descobrem mas se constroem nos
contornos das oportunidades que os contextos histórico-sociais viabilizam ou impossibilitam, pode
surgir como uma proposta integradora, capaz de avançar respostas plausíveis deixadas em aberto
pelo projeto global da modernidade, que sublinhava as dimensões da racionalidade em detrimento
das dimensões mais emocionais e experienciais. Dentro do quadro geral histórico/construtivista, o
desenvolvimento vocacional processa-se ao longo da história de vida do indivíduo, através das
relações que o sujeito psicológico estabelece com os segmentos diversificados da realidade, sob
forma de encontros, experiências, contactos, questionamentos e significados

Os componentes da orientação 

A Orientação pode ser definida como um processo de natureza progressiva, no qual se auxilia um
indivíduo a entender, aceitar e usar as suas habilidades, atitudes, interesses e padrões de atitude,
face às suas aspirações. A Orientação como uma construção educacional envolve experiências que
ajudam cada aprendiz a entender-se a si mesmo/mesma, a aceitar-se a si mesmo/mesma e a sua
sociedade. Isto ocorre juntamente com as experiências pessoais do aprendiz no mundo do trabalho
e das pessoas nele envolvidas.

A Orientação também pode ser vista como um programa ou serviço para indivíduos baseado nas
necessidades de cada um, num entendimento do seu ambiente imediato, das influências dos
factores ambientais no indivíduo e do carácter singular de cada escola.

A Orientação destina-se a ajudar o indivíduo a ajustar-se ao seu ambiente, a desenvolver a sua


habilidade de estabelecer objectivos realistas para si mesmo e incentivar a sua educação. Como
processo, a Orientação não é um assunto simples, mas uma série de ações ou passos progressivos
que se movem em direção a um objectivo. Como um serviço, podemos isolar quatro ramos
principais: Orientação Educacional, Vocacional, Pessoal e Social.

Orientação Educacional 

A Orientação Educacional, na medida em que se distingue de qualquer outra forma de Orientação,


está associada à assistência aos alunos nas suas opções e adaptações em relação ao currículo e à
vida escolar em geral. A Orientação Educacional é, portanto, essencial ao serviço do
aconselhamento. É necessário orientar as pessoas jovens a procurar o tipo certo de educação,
assegurando, ao mesmo tempo, que se mantém um equilíbrio correto para suprir as necessidades
de recursos humanos de uma nação.. Orientação Vocacional

A Orientação Vocacional é um processo que ajuda os indivíduos a escolher uma profissão, prepara-
os para tal profissão, seu ingresso e desenvolvimento. A satisfação vocacional requer que os
interesses, atitudes e personalidade de uma pessoa sejam adequados ao seu trabalho. Ela faz a
sua parte dando aos indivíduos um entendimento do mundo do trabalho e das necessidades
humanas essenciais, familiarizando os indivíduos com o significado de termos tais como “a
dignidade do trabalho” e “trabalho e valor”.

Orientação Vocacional

 A Orientação Vocacional é um processo que ajuda os indivíduos a escolher uma profissão,


prepara-os para tal profissão, seu ingresso e desenvolvimento. A satisfação vocacional requer que
os interesses, atitudes e personalidade de uma pessoa sejam adequados ao seu trabalho. Ela faz a
sua parte dando aos indivíduos um entendimento do mundo do trabalho e das necessidades
humanas essenciais, familiarizando os indivíduos com o significado de termos tais como “a
dignidade do trabalho” e “trabalho e valor”. 

O Movimento de Orientação é relativamente novo no sistema educacional em África. Em muitos


países, os serviços de Orientação ainda continuam baseados em métodos de tentativa-e-erro. O
lugar de tais serviços nos sistemas educacionais africanos ainda não está bem estabelecido.
Todavia, existe hoje uma grande consciência para a necessidade de serviços de Orientação nas
escolas.

Desenvolvimento Inicial 

O primeiro trabalho sistemático em orientação foi feito por George Merrill em 1885, na Escola
Californiana de Artes Mecânicas, em São Francisco, Califórnia, EUA. A abordagem de Merrill
proporcionou experiências exploratórias em cada um dos ramos ensinados pela escola e foi
acompanhada de aconselhamento para colocação no mercado de trabalho e de acompanhamento
dos graduados.

Um outro pioneiro no campo da orientação foi Frank Parsons (1909), que foi o primeiro a usar o
termo “Orientação Vocacional' no seu livro Escolhendo uma Vocação. Muitas das visões expressas
no seu livro refletiam as suas experiências próprias e atividades variadas.

As ideias de Parsons podem ser traduzidas em três aspectos da moderna terminologia, a saber:
avaliação do indivíduo, fornecimento de experiência ocupacional e aconselhamento.

 Orientação Pessoal e Social

 A Orientação Pessoal e Social é o processo de ajudar uma pessoa a saber como se comportar em
relação às outras pessoas. Primariamente, a Orientação Pessoal e Social ajuda o indivíduo a
entender-se a si mesmo, como se relacionar com os outros, aprender as boas maneiras e etiquetas,
procurar atividades de lazer, praticar a sociabilidade, desenvolver a família e as atividades
familiares e entender os papéis sociais e suas responsabilidades

O desenvolvimento da Orientação iniciou-se no séc. XIX, mas adquiriu maior ímpeto no séc. XX, na
Europa e nos Estados Unidos da América. Entre os pioneiros deste movimento está Parsons, em
1909. O início da Orientação concentrou-se na informação ocupacional. Mais tarde, houve a
necessidade de métodos mais objectivos para encaminhar os indivíduos para diferentes trabalhos
e, consequentemente, o uso de testes em grupo e de inventários de interesses.

 Dois desenvolvimentos emergiram das ideias de Parsons:


 O primeiro desenvolvimento expandiu o primeiro princípio através da elaboração de técnicas
psicológicas para avaliação do indivíduo, frequentemente apoiado em métodos psicométricos, nos
quais se julgam as habilidades, interesses e várias outras características do indivíduo.

 O segundo desenvolvimento resultou da combinação do segundo e do terceiro princípios de


Parsons, o fornecimento de experiência ocupacional e aconselhamento. Foi dada ênfase na
disseminação da informação ocupacional e o aconselhamento tornou- se uma diretiva, um exercício
de “dar conselhos”.

Dois desenvolvimentos emergiram das ideias de Parsons:

 O primeiro desenvolvimento expandiu o primeiro princípio através da elaboração de técnicas


psicológicas para avaliação do indivíduo, frequentemente apoiado em métodos psicométricos, nos
quais se julgam as habilidades, interesses e várias outras características do indivíduo.

 O segundo desenvolvimento resultou da combinação do segundo e do terceiro princípios de


Parsons, o fornecimento de experiência ocupacional e aconselhamento. Foi dada ênfase na
disseminação da informação ocupacional e o aconselhamento tornou- se uma diretiva, um exercício
de “dar conselhos”.

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