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Índice

1.Introdução........................................................................................................................................................2
1.1. Objectivos:...................................................................................................................................................2
1.2. Metodologias................................................................................................................................................2
2. Personalidade..................................................................................................................................................3
2.1. Pressupostos Básicos...................................................................................................................................3
2.3. Tipologias da Teoria de Holland..............................................................................................................4
2.3.1. Tipo Realista........................................................................................................................................4
2.3.2. Tipo Investigativo.................................................................................................................................4
2.3.3. Tipo Artístico........................................................................................................................................5
2.3.4. Tipo Social............................................................................................................................................5
2.3.5. Tipo Empreendedor..............................................................................................................................5
2.3.6. Tipo Convencional................................................................................................................................6
Carácter..........................................................................................................................................................7
3. Temperamento............................................................................................................................................8
3.1. Tipologia de Buss e Plomin.....................................................................................................................8
3.2. Tipologia de Jung.....................................................................................................................................9
4. Características De Cada Temperamento E Áreas Profissionais Mais Adequadas.....................................10
5. Conclusão.................................................................................................................................................16
6. Referências bibliográficas.........................................................................................................................17
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1.Introdução
Neste presente trabalho O presente projecto de pesquisa para jornadas científicas, é referente
os estilos de personalidade e sua influência na escolha profissional, tendo como campo central
indivíduos tanto estudantes como profissionais. De modo a colher informações referentes a
consequências que pode impactar a de uma forma directa ou indirecta positivamente na vida
profissional das pessoas, a iniciativa parte geralmente de situações que temos presenciado no
nosso dia-a-dia nos nossos bairros, comunidades, cidades de como as pessoas com o problema de
como escolher uma careira profissional que seja adequado ao seu estilo de vida, nesse caso a sua
personalidade, pois é comum vermos pessoas que não estão satisfeitas com o seu trabalho ou
curso, nesta preceptiva irei procurar trazer aqui neste trabalho aquilo que são as teorias
relacionadas ao caso. Portanto, Crendo de forma indubitável que o problema em causa poderá
originar serosíssimos problemas futuros aos indivíduos que assim procedem na escolha de uma
profissão se a devida orientação e Sendo este um problema que se enquadra na área de formação,
portanto, tornara a ser razões impulsionaram que o alavancaram no investimento deste assunto.

1.1. Objectivos:

1.1.2. Geral:

 Compreender a importância da orientação vocacional.

1.1.3. Específicos:
 Conceituar a personalidade, temperamento, carácter.
 Distinguir os tipos de personalidade
 Caracterizar o temperamento

1.2. Metodologias
De acordo com LAKATOS & MARKONI (1991) confirma que existem varias técnicas
de recolha de dados durante a observação, indo com os objectivos tracados pela escola, o tipo
de informação necessária. Deste modo, para a realização deste trabalho foi possível
simplesmente pelo uso de técnicas de recolha de dados consultas bibliográficas que falam
sobre o tema em questão.
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2. Personalidade
A personalidade é formada durante as etapas do desenvolvimento psico-afetivo pelas quais
passa a criança desde a gestação. Para a sua formação incluem tanto os elementos geneticamente
herdados (temperamento) como também os adquiridos do meio ambiente no qual a criança está
inserida.

Uma das escolas de grande destaque no estudo da personalidade, foi a psicanálise de S.


Freud, que sustenta que os processos dos inconscientes dirigem grande parte do comportamento
das pessoas. Outra escola importante foi a do americano B. F. Skinner que sustenta a tese de que
a aprendizagem se dá pelo condicionamento.

2.1. Pressupostos Básicos

De acordo com Yost & Corbishley (1987), Holland baseiou-se em certos pressupostos,
segundo os quais as pessoas com certas caracteristicas de personalidade se adequam melhor à
trabalhos com determinadas características especificas definidas. Para Holland, se conhecer a
personalidade de um indivíduo, pode-se predizer o tipo de ocupação que é provável produzir
satisfação e realização. Desta feita, se delinear um trabalho particular com os respectivos
requisitos, pode-se avaliar que tipo de pessoa se enquadra a essa vaga. Portanto, a teoria defende
que a satisfação é elevada e a rotatividade voluntária baixa quando a função e a personalidade se
encontram ajustadas.

Segundo Guez & Allen (2000), na teoria de Holland as profissões e os indivíduos são
categorizados de acordo com a mesma escala de atributos. Assim sendo, a escolha vocacional
consistia em seleccionar um ambiente que estivesse de acordo com o tipo de personalidade,
constituindo tarefa do orientador não só ajudar o indivíduo a desenvolver cada vez mais as suas
habilidades e capacidades, como também a desempenhar papéis gratificantes.

Conforme Teixeira, Castro & Cavalheiro (2008), esta teoria é vista como uma escolha
vocacional apropriada que resulta da combinação de características individuais com as
características dos ambientes de trabalho. Assim, pode-se afirmar que para Holland o que importa
na orientação vocacional é que após esta ser feita, a personalidade e o ambiente estejam em
congruência tendo em conta que eram avaliados sob a perspectiva dos mesmos atributos. Isto
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significa que os interesses, as atitudes e as habilidades das pessoas a serem orientadas devem
estar em concordância com as exigências do ambiente de trabalho.

2.3. Tipologias da Teoria de Holland

De acordo com Holland citado por Guichard (2001), a escolha vocacional é uma
expressão da personalidade e os membros de uma ocupação possuem personalidades
semelhantes. Estas personalidades podem ser de seis tipos: realista, investigativo, artístico, social,
empreendedor e convencional. Segundo a teoria, sujeitos de um mesmo tipo respondem de
maneira semelhante a muitas situações e problemas e criam ambientes interpessoais
característicos.

2.3.1. Tipo Realista

Prefere actividades físicas que exijam habilidade, força e coordenação. O perfil realístico
gosta de viver em seu mundo, compreendendo-o através da lógica e de ferramentas teóricas ou
tecnológicas. Deste modo, não é um perfil extremamente sociável ou falante, pois prefere
observar a se expor. Prefere resolver um problema que lhe seja apresentado, chegando a uma
solução concreta a discutir ideias e precisar chegar a consensos. Demonstra certa aversão a
situações ambíguas e carregadas de subjectividade.

O Tipo realista gosta de ofícios tais como mecânica, trabalhos agrícolas ou electricista. Tem
capacidades mecânicas e é descrito como conformista, franco, honesto, materialista, natural,
perseverante, prático, modesto, estável e supõe a manipulação sistemática de objectos,
ferramentas, máquinas e animais.

2.3.2. Tipo Investigativo

Prefere actividades que envolvam raciocínio, organização e entendimento. Desconfortável


diante de emoções intensas e conflitos de interesses pessoais, sua tendência será sempre recolher-
se às suas convicções. Suas preferências por actividades teóricas e autónomas tendem a torná-lo
ainda mais independente com relação a vínculos grupais, e mais centrado em si mesmo e suas
prioridades.
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Este sujeito gosta de profissões como biólogo, químico, antropólogo, geólogo, médico. Tem
capacidades matemáticas e científicas e é descrito como analítico, prudente, crítico, curioso,
independente, introvertido, metódico, preciso e racional. Este ambiente estimula os indivíduos a
envolverem-se em actividades intelectuais e encoraja-os a desenvolverem as suas competências
científicas, não possuem habilidades de liderança e social.

2.3.3. Tipo Artístico

Prefere actividades não sistemáticas e ambíguas que permitam a expressão criativa. Aprecia o
contacto interpessoal quando está seguro de poder expressar-se livremente - caso contrário, pode
apresentar-se mais retraído. É aberto a estímulos subjectivos e emocionais, sendo capaz de
perceber as reacções das pessoas através de empatia.

O tipo artístico tem capacidades artísticas musicais e literárias, gosta de ofícios como
compositor, músico, escritor, decorador de interiores ou actor. É descrito como emotivo,
expressivo, imaginativo, com um espírito pouco prático, impulsivo, independente, intuitivo, não
conformista e original. Portanto, este ambiente valoriza a liberdade, ambiguidade e estética.

2.3.4. Tipo Social

Prefere actividades que envolvam o auxílio e o desenvolvimento de outras pessoas. Gosta de


sentir-se aceito e respeitado em suas actividades, conquistar seu espaço pelas suas atitudes
coerentes com seus valores pessoais, sociais e éticos.

Estes sujeitos com esta tipologia de personalidade, gostam de actividades como professorado,
religioso, conselheiro, psicólogo clínico ou terapeuta da fala. Tem capacidades sociais e é
descrito como convincente, cooperador, amigável, prestável, idealista, amável, responsável,
sociável e compreensivo, valorizam relações interpessoais por forma a educar, informar, treinar e
desenvolver.

2.3.5. Tipo Empreendedor

Prefere actividades verbais que ofereçam oportunidade de influenciar outras pessoas e


conquistar poder. Expansivo, apresenta iniciativa e competitividade. Aprecia a aquisição de
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poder, status e bens materiais. Precisa trabalhar seu excesso de energia para exercer uma
liderança positiva, senão tende a adoptar um estilo autoritário.

Empreendedor este sujeito gosta de ofícios como gestor, produtor de televisão, comerciante e
tem capacidades de liderança e exprime-se facilmente, preferem também trabalhos que envolvem
persuasão e manipulação. É descrito como aventureiro, ambicioso, dominador, energético,
impulsivo, optimista, amante do prazer, autoconfiante, popular.

2.3.6. Tipo Convencional

Prefere actividades normalizadas, ordenadas e sem ambiguidade. Evita actividades de risco e


gosta de ser reconhecido em sua competência. Leal, estável em suas opiniões e emoções, gera
alta credibilidade em sua vida pessoal e profissional - esta é a fonte de seu estilo de liderança.
Identifica-se com tudo que outorgue status e poder, apresentando habilidades técnicas em
negociações.

Indivíduos desta tipologia, gosta de ofícios como empregado de escritório, estenógrafo,


analista financeiro, bancário, controlador de gestão. Tem capacidades para o trabalho de
escritório e para a aritmética. É descrito como conformista, consciencioso, prudente, conservador,
organizado, perseverante, com um sentido prático e almo, valorizam a organização e a realização
em negócios.

A teoria de Holland afirma também que os tipos de personalidades mais próximos entre si no
hexágono apresentam maiores semelhanças. O tipo Realista e o Investigativo, por exemplo,
geralmente mostram interesses mais comuns. Ao contrário, o Realista e o Social têm diferenças
maiores. O tipo Convencional geralmente tem mais em comum com o Empreendedor e o Realista
e menos com os interesses Sociais, Artísticos e o Investigativo.

John L. Holland organizou esses seis tipos de personalidade de acordo com a preferência das
pessoas por trabalhar com diferentes estímulos no trabalho: pessoas, dados, coisas e ideias. O
código de Holland é que pessoas com diferentes tipos de personalidade preferem trabalhar com
diferentes estímulos de trabalho e que a distância entre personalidades do trabalho indica o grau
de diferença de interesses entre elas. A conclusão de Holland foi que, para qualquer tipo de
personalidade, a carreira mais alinhada com esse tipo é mais provável de ser agradável e
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satisfatória. A maneira como isso funciona na prática é que as pessoas usam um teste de
personalidade para identificar seus três principais tipos de personalidade.

Carácter

O carácter é um conjunto de traços ligados à moral de um indivíduo. Neste sentido, suas


atitudes serão coerentes com a sua índole, natureza e temperamento. As qualidades que
constituem o caráter de uma pessoa podem ser boas ou más. Assim, determinam o conceito de
moral que irá reger as atitudes de uma pessoa. Por isso, existem as expressões:

 Bom carácter
 De carácter
 Mau carácter
 Sem caráter.

Ainda sobre o significado da palavra no dicionário e no sentido comum. Aqui ele é um conjunto
de características e traços relativos a uma qualidade distintiva, como: índole; gênio; dignidade,

As duas primeiras expressões fazem referência a um indivíduo com uma boa e sólida
formação moral. As duas últimas se referem a alguém de índole passível de questionamento. Isto
porque demonstra, em suas atitudes, traços de desonestidade e seu conceito de moral não seria
sólido.

Ou seja, para um indivíduo de "mau / sem caráter", faltariam em sua personalidade princípios
para desenvolver plenamente a moral. Exemplo de carácter Uma forma de entender bem o papel
do caráter da pessoa está em como ela reagiria a uma proposta que seria moralmente inaceitável.

Por exemplo, imagine um político que se diz a favor do meio ambiente. De repente, ele
recebe uma proposta que envolve suborno para votar contra um projecto de lei que daria mais
protecção à floresta amazónica. Se for uma pessoa de caráter fraco, provavelmente irá aceitar o
suborno, indo contra os princípios que afirmou ter. Caso tenha um caráter forte, não irá sucumbir
ao suborno e fará o necessário para proteger a floresta.
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É um exemplo amplo, mas o caráter é uma importante parte da vida de todo ser humano.
Furar a fila no banco e não devolver o troco a mais que recebeu no supermercado também são
formas de ter “mau caráter”.

3. Temperamento

A palavra temperamento tem sua origem do latim (temperamentum = medida).


Representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos psíquicos e da
estrutura dominante de humor e motivação.

Breuer, citado por Freud (1987) aponta algumas diferenças de temperamento dizendo que
algumas são mais vivazes ao passo que outras são mais inertes e letárgicas. Há ainda aquelas que
não conseguem ficar paradas, as que tem o dom inato de se espreguiçarem nos sofás, as que são
mais ágeis, etc. Diz ainda que “Essas diferenças, que constituem o `temperamento natural´ de um
homem, por certo se baseiam em profundas diferenças em seu sistema nervoso no grau em que os
elementos cerebrais funcionalmente aquiescentes liberam energia” (p. 205).

Novais (1977), diz que o temperamento está ligado a um clima químico na qual se
desenvolve a personalidade. Já, Petroviski (1985) define o temperamento como sendo a
combinação determinada e constante das peculiaridades psicodinâmicas do indivíduo, que se
revelam por meio de suas actividades e comportamento, compondo dessa forma a sua base
orgânica.

Ainda seguindo o curso desse pensamento, Allport (1966), caracteriza o temperamento como
sendo um fenómeno específico da natureza emocional do indivíduo, que inclui a sua
sensibilidade aos estímulos, intensidade e rapidez de respostas e varias outras particularidades,
todas ligadas à hereditariedade.

3.1. Tipologia de Buss e Plomin

Estes autores partiram da definição de temperamento dada por Allport (1961), a qual postula
quatro componentes do temperamento, a saber:

 Actividade: o total de energia utilizada.


 Emocionalidade: intensidade de reacção.
 Sociabilidade: desejo de afiliação.
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 Impulsividade: responder de forma rápida ao invés de inibida.

Além disso, Buss e Plomin (1975, 1984) estabeleceram alguns critérios para discernir
temperamento de outras disposições da personalidade. Estes critérios são os seguintes:

 Hereditariedade: uma teoria de temperamento deve mostrar um componente genético


 Estabilidade: o temperamento deve mostrar persistência durante a vida do sujeito, como
qualquer traço geneticamente herdado, apesar das influências do meio ambiente e
aprendizagem.
 Adaptabilidade: todas as características de temperamento devem poder sofrer algum grau de
modificação social.
 Presença filogenética: se é característica de temperamento ela deve ter representação também
entre os animais.

3.2. Tipologia de Jung

Nesta área do temperamento, as duas dimensões psicológicas elaboradas por Jung (1967,
1974) ainda parecem ser de grande utilidade em Psicologia, a dimensão dos tipos e a dimensão
das funções. Este autor desenvolveu toda uma hierarquia de tipos (Jung, 1967), mas é sobretudo
sua distinção nos dois famosos tipos Extroversão e Introversão que fez e faz carreira, distinção
que inclusive parece um ganho definitivo em Psicologia.

A outra distinção entre quatro funções (veja o número mágico 4 de volta de novo!) também recebeu e
está recebendo grande atenção entre os psicólogos. Estas quatro funções são: pensamento,
sentimento, sensação e intuição.

Jung caracteriza estas dimensões psicológicas do seguinte modo:

Extroversão: direccionamento da libido para o exterior; movimento positivo do sujeito para o


objecto; o objecto se torna o foco de interesse activo (o sujeito procura o objecto) e passivo (o
objecto se impõe ao sujeito) do indivíduo.
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Introversão: direccionamento da libido para o interior; movimento negativo do sujeito com


relação ao objecto; o próprio sujeito se torna o foco de interesse activo (o sujeito procura
reclusão) e negativo (o sujeito se torna incapaz de contactar o objecto) do indivíduo.

4. Características De Cada Temperamento E Áreas Profissionais Mais Adequadas

4.1 Sanguíneo

O tipo sanguíneo é geralmente cordial, eufórico e vigoroso. Prefere o contacto com as pessoas
e não gosta de reuniões detalhadas, papeladas e burocracia. Toma decisões mais baseadas na
emoção que na razão. Pela sua natureza apaixonada e envolvente contagia o ambiente com
alegria. Por não gostar de solidão, o sanguíneo tem sempre amigos e grandes convívios sociais.
Tem tendência para se envolver em muitas tarefas ao mesmo tempo mas nem sempre consegue
dar conta, o que causa frustração a si mesmo e aos outros.

 Vive mais ao nível do físico, especificamente do conhecimento sensorial e, sobretudo, da


emoção
 Sua vida é o sentir, um tanto superficial: emoção
 É entusiasta, bem-humorado
 Empolgação forte, mas de curta duração o prazer e o belo físicos são fundamentais
 o contacto com os outros é essencial
 Acção imediata, mas sem persistência

4.2. Colérico
O tipo colérico é ardente, vivaz, activo, prático e voluntarioso. Por ser decidido e
teimoso, torna-se auto-suficiente e muito independente. Por ser muito activo,
estimula os que estão à sua volta. Não costuma ceder sob pressão. É firme e
frequentemente bem-sucedido. Não é muito dado a emoções e por ser pouco
analista não vê as armadilhas no seu caminho. São bons líderes, motivadores,
produtivos e por isso podem ser bons gestores; correm no entanto o risco de se
tornarem ditadores.
 Vive tanto ao nível psicológico quanto físico, especificamente ao nível da acção.
 A actividade é o seu lema (ação).
 Tem uma força de vontade ao intransigente: manda e desmanda.
 Autoconfiança ao extremo: nada é impossível.
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 É racional e prático, por isso é bem-sucedido.


 Age antes de pensar: a intuição e a perspicácia são seu guia Tem pouco senso de amizade
e compaixão.

4.3. Melancólico
O tipo melancólico é analítico, capaz de se sacrificar pelos outros, perfeccionista
e admirador das artes. É reservado por natureza. Às vezes é comunicativo e social,
outras vezes fecha-se que nem um caracol, chegando a parecer antipático. É
amigo fiel, mas por ser desconfiado não faz amizades facilmente. Tem habilidade
para analisar os perigos à sua volta.

4.4. Fleumático
É calmo, frio e bem equilibrado, conciliador e pacificador, raramente explode em
riso ou raiva, mantendo sempre as suas emoções sob controlo. Tem muito mais
emoção do que demonstra. É simpático, tem bom coração e por gostar do
convívio social, não lhe faltam amigos. É muito capaz e eficiente e não se mete na
vida dos outros.
 Vive mais ao nível do psicológico, embora tenha habilidades, faz pouco uso das mesmas,
pois agir para ele é um pesadelo.
 Orienta-se mais pelo conhecimento, mas como espectador.
 A vida e as coisas são como um cinema: nada o perturba, apenas acompanha com
curiosidade É gozador, faz humor de tudo.
 Adapta-se a qualquer situação.
 Quanto ao sentir, ele é um pacificador; sente mas não demonstra, quer sossego.
 Quanto à ação: sabe o que deve ser feito, mas nunca toma a iniciativa.
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Instrumento para descobrir o tipo de personalidade e temperamento. Este questionário


contem perguntas fechadas, responda com sim e não.

1. Irrita-se com facilidade?

2. Quando se irrita, disfarça a irritação?

3. Quando quer conseguir algo, não se importa de recorrer a meios que não sejam legítimos?

4. Ama o próximo com facilidade?

5. Gosta de estudar as matérias teóricas?

6. Gosta de agir por emoção?

7. Prefere a solidão à agitação da vida social?

8. Gosta de musica?

9. Costuma alcançar os seus objectivos?

10. Costuma ficar a examinar e a pensar nas coisas?

11. Às vezes sente-se um estranho no ambiente onde vive?

12. Tem paciência para recomeçar o que não deu certo?

13. Gosta de fazer amizades?


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14. Sente-se tocado facilmente com o sofrimento do próximo?

15. Tem tendência a mudar facilmente de opinião?

5. Conclusão

A terminologia e os conceitos emitidos durante o desenrolar deste trabalho sobre as questões


relacionadas ao temperamento e da teoria da personalidade em geral dão uma sensação de uma
grande babel ou, pelo menos, de uma criatividade exorbitante, pois a complexidade deste tema é
muito difícil ver, por detrás de todas essas posições, uma tentativa mais axiomatização de uma
teoria que leve em conta as dimensões fundamentais de um ser como o ser humano. Elas parecem
mais surtos criativos de alguns autores, baseados em suas vivencias quotidianas, em intuições
momentâneas, observações clínicas mais ou menos esporádicas, achados mais ou menos fortuitos
que deram certo êxito ou preconceitos filosóficos de certas opiniões obtidas por alguns
psicólogos contemporâneos bem como os antigos queridos da época. No caso do temperamento,
de um modo geral os conceitos emitidos por estes autores giram basicamente em torno de dois
eixos: um físico, outro psicológico, se não levarmos em conta o eixo “espiritual” dos esotéricos.
O eixo físico segue duas linhas no estabelecimento dos tipos ou temperamentos, como vimos, as
tipologias baseadas nos humores (linha arcaica) ou nos hormônios (linha moderna)
e as tipologias baseadas no tipo físico do corpo ou tipologias morfológicas. Ambas estas
correntes deixaram de ser proeminentes na literatura científica hoje em dia e, ao que parece, estão
em via de extinção, pelo menos como base primária para definir tipos psicológicos.
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6. Referências bibliográficas

Guilford, J.P. (1959). Personality. New York: McGraw-Hill.

Guilford, J.S., Zimmerman, W.S., & Guilford, J.P. (1976). The Gilford-Zimmerman
Temperament Survey handbook. San Diego, CA: EDITS.

Harburg, E., Gleibermann, L. Gershowitz, H., Ozgoren, F., & Kulik, D. (1982).

Twelve blood markers and measures of temperament. British Journal of Psychiatry. 140, 401-
409.

Jung, C.G. (1967). Tipos psicológicos. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

Jung, C.G. (1974). Personality theory from the standpoint of analytical psychology.

In W.S. Sahakian (ed.), Psychology of personality: Readings in theory. Chicago, IL: Rand
McNally College Publishing Company, 48-82.

Allport, G.W. (1937, 1946). Personality: A psychological interpretation. New York: Henry Holt
and Company.

Allport, G.W. (1961). Pattern and growth in personality. New York: Holt, Rinehart & Winston.

Barclay, J.R. (1991). Psychological assessment: A theory and systems approach. Malabar, FL:
Krieger Publishing Co.

Barclay, L.K. (1987). Skill development and temperament in kindergarten children: A cross-
cultural study. Perceptual and Motor Skills, 65, 963-972.
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