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UNIDADE II:
● ORIGEM DO ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO: TEORIA TRAÇO E FATOR
● POSSÍVEIS DIFERENÇAS ENTRE ACONSELHAMENTO E PSICOTERAPIA
● ACONSELHAMENTO DIRETIVO (PRINCÍPIOS BÁSICOS; FASES DO PROCESSO)
● DELIMITAÇÃO E TEORIAS DO ACONSELHAMENTO
● CASTELL (1905-1998)Filósofo-1890;
● Medidas da diferenças individuais e da avaliação do desempenho acadêmico de
crianças;
● Proporciona a Psicologia Desenvolvimento teste ѱ
HISTÓRICO DO ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO
● Objetivo: ajudar aos jovens com sua escolha de carreira; algo tido
como emergencial na época, devido à REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL(Lembrem-se que aqui período de guerra e Mecanicismo,
surgimentos de ferramentas para as ciêcias do desenvolvimento humano e robôs-
Alistamento Exército e Tecnologia);
Ps. 1 e 2 também estão de acordo com Super e Holland.Holland e Bolles usaram uma abordagem de
traço e fator.
Essa teoria produziu uma rica literatura empírica, além de que desencadeou diversos instrumentos de
medida de traços e interesses. Geralmente, essas medidas são relacionadas com sucesso e satisfação
no trabalho.
Importância dos testes: Podem permitir que indivíduos se comparam com um grupo normativo
dentro de uma organização educacional ou um grupo de certa ocupação para estimar as chances
gerais de sucesso. Podem oferecer novos insights não prontamente disponível, como comparar os
interesses de alguém com trabalhadores de sucesso ou corroborar com a existência de um interesse
que estava vagamente afirmado.
Pode motivar a pessoa ao expor a opções de carreiras que não foram consideradas anteriormente.
Mas também pode limitar minorias de perseguir carreiras acadêmicas que parecem estar fora do
alcance ou indicando que mulheres são melhores encaixadas em carreiras tradicionais.
Essa abordagem sugere um papel mais passivo por parte do cliente. Uma abordagem que pode
ser de predizer sucesso ou de identificar trabalhos que são ocupados por pessoas similares ao
cliente.Informação ocupacional através de papéis, filmes, gravações.
Mas a decisão de quando usar esses materiais depende do estágio da sessão de aconselhamento e
da prontidão do cliente.
O julgamento clínico do conselheiro deve ser o guia nessa área. Se o aconselhamento não deu
certo e o problema persiste, o conselheiro pode fazer uso de recursos de referencia como outros
profissionais da área, pessoas que tem conhecimento sobre certas ocupações, falar sobre
problemas de ajustamento...
TEORIA TRAÇO FATOR
A abordagem traço-fator contribui para a teorização sobre a qualidade do ajustamento
entre as pessoas e os seus ambientes, encontra-se representada em diversos modelos
conceituais, que não são meramente descritivos, evoluindo para concepções multidimensionais
do ambiente, integradores não apenas do tipo de trabalho, mas também do grupo de colegas de
trabalho, do supervisor, e outras dimensões decorrentes do domínio vocacional em causa (Su,
Murdock & Rounds, 2015)
o modelo fundacional de Parsons pode ser considerado uma resposta por medida, à
resolução de graves problemas sociais da sua época. O excesso de racionalidade que
lhe tem sido atribuído, pode ultrapassar-se considerando a sua integração em modelos de
tomada de decisão mais recentes, que o complementam e lhe conferem atualidade
(Hartung & Blustein, 2002).
O modelo de Holland
Realista (R), Intelectual (I), Artístico (A), Social (S), Empreendedor (E) e
Convencional (C).
Essa diversidade pode ser constatada no modo como são conhecidos os profissionais que
atuam nessa área: psicólogos, terapeutas, conselheiros, aconselhadores, orientadores,
profissionais de saúde, entre outros (Corey, 1983;Schmidt, 2012).
Link para artigo Aconselhamento psicológico: práticas e pesquisas nos contextos nacional e
internacional:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692015000100015
Rogers parte da concepção de que a escuta empática por parte do conselheiro já tem,
por si só, um efeito facilitador para o processo de mudança e autorreflexão por parte
do cliente.
Para a teoria da Gestalt, o aconselhador e o cliente não são sujeitos distintos, visto
que ambos têm semelhanças que os identificam de algum modo. O que os diferencia é
que o aconselhador, naquele momento, tem o papel de ajudar o cliente a encontrar soluções
para o problema que ele não consegue resolver sozinho.
Segundo Forghieri (2007), independentemente de seu papel naquele contexto, os sujeitos
podem vivenciar situações similares, que podem trazer alegria, tristeza ou frustração, de
modo que eles podem apresentar sentimentos diferentes, porém vivências semelhantes.
LEMBREM-SE: Como todos cientistas/teóricos queriam validar seus pensamentos foram surgindo
radicalmente novas visões sobre o ser humano, e daí uma nova corrente de pensamento passava a
desenvolver a psicologia segundo essa visão. Diante disso, a Psicologia passa a ter novas correntes
de pensamento, conhecidos como “FORÇAS DA PSICOLOGIA, sendo elas divididas em três: 1
Behaviorismo, ou Comportamentalismo, ou ainda Psicologia Comportamental.
2-Psicanálise-3HUMANISTA.
Aconselhamento psicológico: conceitos e definições
Para Schmidt (1987), embora o ACP seja enquadrado na psicoterapia breve, a atitude do
conselheiro deve ser a mesma diante do processo, pois “[...] a direção e a configuração do
processo continuam pertencendo ao cliente” (SCHMIDT, 1987, p. 18).
Lembrem-se: o número de sessão no conceito aconselhamento psicológico mesmo que possa ser
reduzido/breve. o único encontro possa não ser suficiente para que o cliente desenvolva as reflexões
necessárias e consiga prosseguir sem ajuda. no entanto,para que isso seja possível, faz-se
imprescindível que haja uma postura facilitadora e uma atitude empática por parte do conselheiro
(schmidt, 1987).
Esse mesmo autor, evocando as contribuições de Carl Rogers para o campo, afirma que
o aconselhamento pode ser compreendido como um “[...] método de assistência
psicológica destinado a restaurar no indivíduo suas condições de crescimento e de atualização,
habilitando-o a perceber, sem distorções, a realidade que o cerca e a agir, nessa realidade, de
forma a alcançar ampla satisfação pessoal e social” (Santos, 1982, p. 7)
FENOMENOLOGIA:
Ser realmente o que se é, eis o padrão da vida que lhe parece ser o
mais elevado, quando é livre para seguir a direção que quiser. Não se
trata simples- Contextos Clínicos, vol. 7, n. 1, janeiro-junho 2014 5
Fabio Scorsolini-Comin mente de uma opção intelectual, mas parece
ser a melhor descrição do comportamento hesitante, provisório e
através do qual procede à exploração daquilo que quer ser (Rogers,
1973, p. 155)
Aconselhamento psicológico X PSICOTERAPIA
● aconselhamento psicológico possui uma farta literatura que o apresenta como um campo de
atuação que utiliza técnicas generalistas, ou seja, não alinhadas a abordagens psicológicas
específicas, no estabelecimento de uma relação de ajuda considerada efetiva (Patterson e
Eisenberg, 1988).
(a) compreensão, que envolve a capacidade de compreender o problema que faz com que o cliente
busque ajuda profissional, em um exercício de profunda investigação acerca dessa motivação e reflexão
para compreensão da problemática apresentada;
(b) mudança no cliente como foco de toda a intervenção, ou seja, quaisquer que sejam os objetivos
trazidos pelo cliente, a assunção dos processos de mudança são indicadores de que a relação de ajuda
está sendo efetiva;
(c) a qualidade da relação estabelecida entre profissional e cliente, com foco no bem-estar daquele
que busca ajuda e na possibilidade de que o conselheiro manifeste suas impressões, desejos e
interpretações do modo mais autêntico possível, a fim de priorizar um relacionamento claro e
transparente com seu cliente;
(d) processo sequencial, que se refere à necessidade de que haja um começo, um meio e um fim da
intervenção, o que pode durar um ou mais encontros; estabelecer essa sequência e cuidar para que ela
seja respeitada é tarefa do conselheiro; auto revelação e autoconfrontação como recursos que devem ser
utilizados pelo cliente com a ajuda do olhar do conselheiro, ou seja, a ajuda só será efetiva se o cliente
puder, em algum momento, deparar-se com o seu problema e estabelecer, juntamente com o profissional,
metas e ações para promover essas mudanças;
ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO X PSICOTERAPIA
● Rogers (2001) :
a)não-diretividade,
b)a atenção às atitudes básicas como condições para modificações construtivas da
personalidade;
c) a tendência à autorrealização e o foco no processo de facilitação por parte do
psicólogo, sendo a ele vedada a oferta de conselhos, informações e interpretações;
No campo da Psicologia Clínica, salienta-se que a personalidade era entendida como um processo
psicológico básico passível e possível de ser avaliado (Allport, 1955/1966), havendo, pois, uma tradição
de estudos empíricos sobre esse objeto psicológico que excedia as teorizações psicodinâmico-psicanalíticas
(J. Feist, G. Feist & Roberts, 2013/2015)
Rogers conduziu uma ampla formação e capacitação de psicoterapeutas para desenvolver sua
proposta, alcunhada de terapia centrada no cliente, assim como orientou e trabalhou com diversos
colaboradores que o ajudaram a elaborar sua teoria e prática.
Rogers (1959/1977) estruturou a terapia centrada no cliente conforme quatro teorias, entendidas
por ele como parciais e provisórias ante a necessidade de constantes revisões,
comprovações/refutação de hipóteses e possíveis modificações com base em novas
descobertas. São elas as teorias da personalidade, da psicoterapia, das relações interpessoais e
do funcionamento pleno, também traduzido como funcionamento ótimo.
Abordagem Centrada na Pessoa
As teorias que desenvolveu como psicólogo serviram de base para sua
atuação na área educacional, e tanto na clínica psicológica quanto no
ambiente escolar,;
Carl Rogers trabalhou ideias originais, que, na maior parte das vezes,
opunham-se às práticas tradicionais dessas áreas.
Sua psicologia ficou conhecida, também, como humanista, tendo sido definida,
por vezes, como uma revolução silenciosa. Isso porque Rogers trouxe a ideia de
que os homens merecem se transformar nas pessoas que desejam ser.
Para alcançar esse objetivo, ele propõe a psicoterapia como convencimento.
Outra ideia que o estudioso defende em sua teoria é de que uma pessoa só aprende
aquilo que quer ou que precisa aprender. Para sustentar seus ideais, ele enuncia que as
relações estabelecidas entre aluno e professor deveriam ser pautadas pela confiança.
(...) o cliente apenas adota o sistema de valores do terapeuta? será a terapia apenas uma
recurso através do qual os valores não reconhecidos e não examinados do terapeuta se
transmitem, sem que o saiba, a um cliente desprevenido? Este deve tornar-se o padre
moderno, defendendo e revelando um sistema de valores ajustado aos dias atuais? E que
sistema de valores seria esse? (p.14).
Abordagem Centrada na Pessoa
Tais atitudes fazem parte de seis condições que elencou serem necessárias e
suficientes para as transformações psicoterapêuticas
LOCUS: LUGAR
Abordagem Centrada na Pessoa
Rogers, esse organismo parece encontrar sua dinâmica e funcionamento ideal em
uma criança recém-nascida.
A criança valoriza a segurança, o alimento quando está com fome e a nova experiência
em si mesma; também desvaloriza a dor, os gostos amargos, sons altos e repentinos, a
fome, etc. Rogers concebe que se trata de um processo bastante flexível e variável,
fortemente vinculado à experiência vivida no momento.
(...) interação com o ambiente e de modo particular como resultado da interação valorativa
com os outros, forma-se a estrutura do ego - um modelo conceptual, organizado, fluido mas
consistente de percepções, de características e relações do 'eu' ou de 'mim', juntamente com
os valores ligados a esse conceito (p.481).
Então, "é formada a estrutura do self - um padrão conceituaI organizado, fluido e coerente de
percepções de características e relações do "eu" ou do "mim", juntamente com valores ligados
a esses conceitos". (Rogers, 1902-1987/1983
Além disso, o profissional, como ser humano, passou a assumir um papel importante, não
pelas técnicas utilizadas, mas principalmente por suas atitudes, sentimentos e expressões;
todo o método submete-se a um sistema de valores daquilo que viria a se transformar na
Abordagem Centrada na Pessoa e, por consequência, do psicólogo rogeriano:
(...) pode-se dizer, de uma forma mais adequada, que o conselheiro em ação na terapia
centrada no paciente assume um conjunto coerente e evolutivo de atitudes profundamente
radicadas na sua organização pessoal, um sistema de atitudes que recorre a técnicas e a
métodos coerentes dentro desse sistema (Rogers, 1951/1974b, p. 33-34).
Abordagem Centrada na Pessoa
4. As técnicas e os valores
NÃO há técnicas, a priori, na abordagem centrada na pessoa, mas atitudes que promovem o
valor da pessoa humana como ser singular.
Desta forma, qualquer atitude que o psicólogo tomar deve estar vinculada a seu sistema de valores; do
contrário, corre o risco de obter somente resultados parciais (Rogers, 1951/1974b, p. 34).
Rogers reaproximou a ciência daquilo que era eminentemente humano, pois "sua contribuição não foi
tecnológica, mas ética: ele não trouxe meios novos e sim fins novos. Mudança de paradigma"
(Amatuzzi, 2010, p. 13). Importa, agora, a formação do psicólogo (pelo menos, o rogeriano), não somente em
termos técnicos ou conceituais, mas, também, na direção de um desenvolvimento de valores apropriados à
prática centrada na pessoa.
Destacamos, ainda, a importância dos estágios em clínica psicológica oferecidos pelos cursos de
formação e da experiência profissional para uma melhor apropriação desses valores, haja vista que não
são poucos os relatos de alunos e novos profissionais que vivem na tensão entre usar atitudes facilitadoras
como uma técnica e tê-las como um valor. Rogers (1951/1974b) comentava que esta dificuldade está
relacionada principalmente com a pouca experiência que os estagiários e profissionais recém-formados têm
com os princípios da perspectiva escolhida.
Abordagem Centrada na Pessoa
5. A autenticidade
5. A autenticidade
A atitude de autenticidade é uma disposição que, também, tem como valores a relação e
a consideração da singularidade dos seres que estão envolvidos nela (Gobbi, Missel,
Justo & Holanda, 2005), quer seja a do psicoterapeuta, quer a do cliente;
Segundo ele, esta atitude refere-se à honestidade, na qual não se deve sonegar nenhuma
informação relevante à relação
Abordagem Centrada na Pessoa
6. A consideração positiva incondicional
Por outra via, Vieira & Pinheiro (2006), ao fazer aproximações com a ética da alteridade
radical de Lévinas (2008), apontam a consideração positiva incondicional como uma
responsabilidade para com o Outro, a quem não poderemos nunca determinar, totalizar
ou diagnosticar.
Considerar a alteridade é abrir-se para ela, procurar "ouvi-la" com todos os sentidos
e acolhê-la com portas e janelas abertas (Freire, 2002).
Do contrário, não ouve a pessoa, mas somente aquilo que quer ouvir, as
confirmações das teorias e de (pre)conceitos já estabelecidos, mesmo que não
estivessem conscientes. Para Rogers (1983):
Essa atitude pode ser muito sutil, e é surpreendente perceber quanto posso ser habilidoso
nisso. Basta que eu torça suas palavras um pouquinho, que eu distorça ligeiramente seu
significado, e parecerá não somente que ele está dizendo o que quero ouvir, mas também
que é a pessoa que eu quero que ele seja (p. 8).
Abordagem Centrada na Pessoa
Os valores do psicólogo rogeriano e sua atuação na clínica
Entendemos que a prática rogeriana trata de um exercício de valores e que, além disso,
propicia uma aprendizagem de valores, mas que por se tratarem de valores organísmicos
e, portanto, experienciais, não devem se referir somente à experiência do profissional
rogeriano, mas encaixarem-se e transformarem-se de acordo com a experiência também
vivida pelo cliente, quer na relação com o psicólogo ou não.
É possível, assim, que o psicólogo rogeriano tenha valores totalmente diferentes daqueles
assumidos pelo cliente, mas entendemos que a prática clínica é lugar de centramento na
pessoa do cliente, ou mesmo lugar de descentramento (Vieira & Pinheiro, 2013), onde urge o
desenvolvimento pessoal. Portanto, apesar de possíveis diferenças de valores, dentro de uma
relação terapêutica deve-se optar por valores que promovam uma relação autêntica, onde são
consideradas a ambos, psicoterapeuta e cliente, em um relacionamento de pessoa para pessoa.
Nos últimos anos de seu trabalho, Rogers promoveu seu pensamento mais como um estilo
de vida do que como uma abordagem ou corrente de pensamento psicológico. Ele
repudiava a forma como a ciência de sua época estava transformando os indivíduos,
procurando controlá-los cada vez mais.
O próprio Rogers cita a transformação de valores como uma das principais vias de
desenvolvimento pessoal no processo psicoterapêutico. Entendemos, desta forma, que
a abordagem centrada na pessoa constitui-se na formação e transformação de valores,
promovendo uma valoração que esteja mais de acordo com o próprio organismo.
Abordagem Centrada na Pessoa
O RESPEITO PELA INTEGRIDADE DA PESSOA - ATITUDES QUE ROGERS
CONSIDEROU IMPORTANTE PARA O CONSELHEIRO/PSICOTERAPEUTA EXERCER
● O Conselheiro sente que cada pessoa tem o direito de tomar suas decisões;
● Tem direito de querer ajuda ou não;
● É responsável pela sua própria vida, embora estando ciente da possibilidade de
estar se colocando em risco ou o outro; ( ser responsável ao invés de se destruir);
2. Crença na capacidade de ajustamento da pessoa: