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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA - UNIFAVIP

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

JOÃO JOABSON SOBRAL LINS

RELATÓRIO DE TESTE CASA-ÁRVORE-PESSOA (HTP): ATIVIDADE


AVALIATIVA AV2

Caruaru
2023
1. EMBASAMENTO TEÓRICO-BIBLIOGRÁFICO

CAPÍTULO 1: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DA PERSONALIDADE

A avaliação psicológica da personalidade é uma importante área da aplicação


da psicologia às preocupações do mundo real. O conceito de personalidade remonta à
antiguidade, com as primeiras teorias e ideias desenvolvidos por filósofos gregos, como
Hipócrates e Platão, que buscavam compreender a natureza essencial do ser humano. A
partir desse contexto, a personalidade tem sido objeto de investigação da psicologia e de
outras áreas do conhecimento.
Em consonância com Schultz & Schultz (2015), a personalidade é um
“conjunto de aspectos internos e externos peculiares relativamente permanentes do
caráter de uma pessoa que influenciam o comportamento em situações diferentes”
(SCHULTZ & SCHULTZ, 2015, p.6). Ela influencia a forma como uma pessoa percebe,
interage e se relaciona com o mundo ao seu redor. Nesse sentido, cada indivíduo possui
uma personalidade única, construída por uma combinação complexa de fatores
biológicos, genéticos, sociais e ambientais.
A personalidade é um tema central na psicologia, especialmente na área da
Avaliação Psicológica. Ela tem sido alvo de extensa pesquisa e análise teórica e
metodológica ao longo dos anos. A compreensão da personalidade tem despertado
grande interesse, resultando em numerosos estudos e debates acadêmicos (SILVA,
NAKAMO, 2010).
A avaliação psicológica, nesse contexto, entra em cena quando os psicólogos
buscam entender os sintomas de seus pacientes, avaliar sua personalidade, diferenciar
comportamentos e sentimentos normais e anormais, podendo, assim, direcionar a terapia
de uma melhor maneira (SCHULTZ & SCHULTZ, 2015). Desse modo,
independentemente da área de atuação do psicólogo, seja ele clínico, organizacional,
educacional ou de qualquer outra especialidade, compreender a personalidade do
paciente é essencial para um diagnóstico preciso e um planejamento de intervenção
adequado.
A avaliação da personalidade é uma área da psicologia que se dedica a medir e
compreender a personalidade das pessoas. Existem várias teorias e modelos que buscam
descrever e explicar a personalidade, como a teoria dos traços, a teoria psicodinâmica, a
teoria humanista e muitas outras. Pode ser feita por meio de diferentes métodos, dentre

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eles: observação, entrevistas e testes psicológicos. Essas ferramentas são utilizadas para
obter informações sobre os traços de personalidade de um indivíduo, seus padrões
comportamentais, suas preferências e seus estilos de pensamento. No entanto, é
importante notar que a personalidade é um construto complexo e multidimensional, e
nenhum modelo ou teoria única pode capturar completamente a sua essência. Os
estudos e debates teóricos e metodológicos na área da Avaliação Psicológica buscam
aprimorar os instrumentos e os métodos utilizados para avaliar a personalidade, bem
como a compreensão teórica do fenômeno da personalidade em si. Portanto, é
necessário não simplificar um indivíduo e não rotular este com um diagnóstico ou uma
característica única e estática.

CAPÍTULO 2: TESTE CASA-ÁRVORE-PESSOA (HTP)

O desenho é uma das mais primitivas formas de comunicação dos seres


humanos e é utilizada para se expressar e registrar fenômenos (Hutz et al., 2018). Na
área da psicologia, é possível realizar análises de desenhos sob diferentes perspectivas,
que envolvem abordagens cognitivas, projetivas e emocionais (Bandeira, Costa &
Arteche, 2008). Essas diferentes perspectivas permitem uma compreensão mais
abrangente do conteúdo e do significado dos desenhos.
A avaliação projetiva na psicologia reconhece o desenho como uma forma de
expressão dos aspectos inconscientes da personalidade. Segundo Hammer (1991), ao
criar um desenho, o indivíduo revela seu mundo interno: suas fantasias profundas,
desejos, impulsos, medos, ansiedades e conflitos. Ao responder a uma técnica projetiva,
o sujeito utiliza seu repertório de imagens e experiências registradas em sua vivência, o
qual revela suas estratégias desenvolvidas para lidar com as situações da vida. Nesse
sentido, exemplifica como ele usa seus recursos e habilidades para enfrentar problemas.
Um exemplo de teste gráfico projetivo é o House-Tree-Person Test (HTP), conhecido no
Brasil como Teste do Desenho da Casa-Árvore-Pessoa (Borsa, 2010).
O Teste de Casa-Árvore-Pessoa (HTP), desenvolvido por John N. Buck em
1948, tem como objetivo compreender aspectos da personalidade do indivíduo, bem
como sua forma de interagir com pessoas e o ambiente. O HTP estimula a projeção de

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elementos da personalidade e de conflitos dentro do contexto terapêutico,
proporcionando uma compreensão dinâmica das características e do funcionamento do
indivíduo (Borsa, 2010).
Esse instrumento é destinado a indivíduos com idade igual ou superior a oito
anos e envolve a realização de três desenhos sequenciais − uma casa, uma árvore e uma
pessoa – em folhas separadas, utilizando lápis e borracha. Além dos desenhos, a
aplicação propõe um questionário para explorar características e descrições de cada
desenho realizado.
[...] o HTP revela-se um instrumento útil no contexto clínico, pois permite
ao psicólogo obter informações importantes a respeito dos aspectos básicos da
personalidade, especificamente no que se refere a forças e fraquezas do indivíduo e
sua interação com o ambiente. Assim, o HTP é capaz de estimular a projeção de
elementos da personalidade e de áreas de conflito na situação terapêutica e
proporciona uma compreensão dinâmica das características e do funcionamento do
indivíduo. (HUTZ, 2018, p. 572)
O HTP é uma das técnicas mais utilizadas por psicólogos do Brasil e é um dos
testes mais ensinados no curso de graduação (Borsa, 2010). A grande popularidade
desse teste advém de sua praticidade na aplicação e seu baixo custo. No entanto, por ser
uma técnica projetiva, dispõe de uma relativa dificuldade para interpretar corretamente,
logo cabe ao psicólogo aplicador estar consciente da teoria que embasa o teste, a fim de
que seja o máximo fidedigno e ético para o indivíduo avaliado.
Nesse sentido, o próprio manual do HTP enfatiza a importância de não analisar
as informações do protocolo de forma isolada. Recomenda-se que essas informações
sejam combinadas com a história clínica do indivíduo e com dados provenientes de
outras fontes, como instrumentos padronizados, entrevistas e relatos de diferentes
informantes. É fundamental compreender o indivíduo da melhor maneira possível,
evitando a aplicação de rótulos ou preconceitos durante o processo de avaliação
psicológica.

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2. DIGITALIZAÇÃO DOS DESENHOS (HTP)

CASA

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PESSOA

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ÁRVORE

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3. SÍNTESE INTERPRETATIVA

CAPÍTULO 3: Associações feitas entre os desenhos e o Manual do guia HTP

A síntese interpretativa apresentada advém da aplicação do teste HTP na sala


de aula no dia 08/05/2023. Uma aula prática de rica importância para mim e minha
construção até aqui no curso de psicologia. Foi realizado uma simulação em dupla para
ambos aplicarem o teste.
Além disso, a realização desse exercício prático permitiu a aplicação dos
conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso. Pude compreender a importância
da preparação adequada antes da aplicação do teste, da observação cuidadosa durante o
processo e da análise criteriosa dos resultados obtidos. Também se destacou a
necessidade de considerar o contexto e as particularidades de cada indivíduo ao
interpretar os desenhos, evitando generalizações precipitadas.
Em resumo, a aula prática de aplicação do teste HTP, na sala de aula, foi uma
experiência enriquecedora e relevante para minha formação como psicólogo. Através da
simulação em dupla, pude vivenciar o processo completo de aplicação e interpretação
do teste, desenvolvendo habilidades de observação, escuta e análise. Essa vivência
contribuiu significativamente para minha compreensão da técnica projetiva e sua
aplicação no contexto clínico e de avaliação psicológica.

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Todos os desenhos foram realizados dentro do escopo de 10 minutos ou menos,
o tempo de latência foi < 10. A atitude do paciente frente aos desenhos foi normal, sem
rejeitar a tarefa e não demonstrou dificuldade na realização dos desenhos nem repulsa à
atividade.

CASA:
O paciente faz sua casa em um tamanho médio, o que sugere inteligência, boa
autoestima, adequação ao meio, capacidade de abstração e equilíbrio emocional. Isso
indica uma pessoa que se encontra em um estado positivo em relação à proporção do
desenho da casa. A perspectiva escolhida pelo paciente mostra a localização central da
casa, o que pode indicar que o indivíduo tende a ser rígido para compensar a ansiedade
e insegurança. Isso pode refletir uma certa inflexibilidade ou insegurança emocional.

A relação da casa com o observador é vista de cima, sugerindo uma tendência


de rejeição e uma possível grandiosidade compensatória. Isso pode indicar um
distanciamento em relação à situação familiar e aos valores pertinentes, com um
sentimento compensatório de superioridade. Essa atitude defensiva pode estar
relacionada a uma sensação de superioridade em relação ao ambiente familiar. Os
detalhes desenhados na casa são adequados, sem serem bizarros, distorcidos ou
excessivos. Isso sugere inteligência, percepção adequada e um ajustamento saudável ao
meio.

A porta da casa está fechada, o que pode indicar autodefesa e/ou defesa em
relação ao mundo externo. A porta desenhada fechada com fechaduras, dobradiças ou
olho mágico, isso pode refletir um medo hiper defensivo do perigo externo, da
intimidade, da sensibilidade ou mesmo problemas relacionados à sexualidade. Esses
elementos são comumente observados em transtornos de personalidade paranoide e
também podem sugerir um transtorno do pânico. As paredes da casa são desenhadas
com traços firmes e adequados, o que indica uma personalidade estável, bom
ajustamento e controle do ego. A janela da casa está localizada de forma normal e
simples. Isso sugere um equilíbrio e calma no contato social, indicando uma interação
equilibrada com o ambiente.

Em resumo, a síntese do desenho da casa revela uma personalidade que


apresenta características de inteligência, boa autoestima, equilíbrio emocional e

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adequação ao meio. No entanto, também podem estar presentes traços de ansiedade,
insegurança e defesa em relação ao mundo externo. O desenho da casa indica um
ajustamento saudável, controle do ego e uma interação equilibrada com o ambiente.

ÁRVORE:
A árvore desenhada é grande, ultrapassando a parte superior do papel, o que
sugere uma tendência a expandir-se exageradamente na área da fantasia em busca de
satisfação. Isso pode estar relacionado a um ambiente restritivo e uma sensação de
tensão, levando a uma busca por compensação na imaginação.
A perspectiva escolhida é superior, indicando um esforço irrealista e uma busca
de satisfação na fantasia. No entanto, essa busca pode levar à frustração quando a
realidade não corresponde às expectativas elevadas.
A margem do papel impede o completo desenho da árvore, o que pode refletir
uma sensação de organicidade, ou seja, uma conexão com a natureza e um desejo de se
sentir mais livre e expansivo. A relação da árvore com o observador é vista de baixo,
sugerindo retraimento e inferioridade. Isso pode indicar uma falta de confiança em si
mesmo e uma tendência a se sentir inferior em relação aos outros. A linha de solo
representa a necessidade de segurança e pode estar associada a uma certa ansiedade. A
linha entre o tronco e a raiz simboliza o equilíbrio entre o consciente e o inconsciente,
indicando harmonia e maturidade.
A copa da árvore revela detalhes importantes. Parte da copa foi omitida ou
cortada, pode indicar um sentimento de inferioridade, desenvolvimento detido, inibição,
resistência, timidez ou uma necessidade de esconder algo. Isso sugere possíveis desafios
emocionais e dificuldades em expressar-se plenamente. A copa desenhada de forma
mais ou menos discordante, com linhas que não se encaixam harmoniosamente, isso
pode sugerir uma grande mobilidade psíquica, agitação, labilidade de humor,
ambivalência, falta de estabilidade, desorientação ou até mesmo produtividade,
espontaneidade, inconsequência e improvisação. Essas características podem estar
associadas ao Transtorno de Personalidade Borderline.
O desenho da copa foi muito grande e incompleto por não caber no papel, isso
pode indicar uma preferência pela fantasia em detrimento da realidade. Há uma maior
satisfação encontrada na imaginação do que nas experiências concretas. A copa foi

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desenhada rabiscada, isso pode indicar labilidade emocional, ou seja, flutuações
abruptas, rápidas e inesperadas de um estado afetivo para outro. Isso sugere uma
instabilidade emocional e dificuldade em regular as emoções adequadamente. O tronco
da árvore é reto e bem proporcionado, o que indica uma evolução normal da
personalidade e uma base sólida para o desenvolvimento pessoal.
Em termos gerais, a interpretação da figura da árvore sugere uma busca intensa
por satisfação na fantasia, possíveis desafios emocionais, oscilações de humor e uma
necessidade de equilibrar a imaginação com a realidade. Também pode haver uma
tendência a se sentir retraído, inferior e ansioso, mas ao mesmo tempo uma busca por
segurança e estabilidade emocional.

PESSOA:
A proporção do desenho da pessoa em relação à folha é pequena, o que sugere
insegurança, retraimento, descontentamento e regressão. Isso indica uma tendência a se
sentir inadequado e pouco confiante. A localização do desenho da pessoa na página é
inferior, o que pode refletir concretismo, depressão, insegurança e inadequação. A
margem inferior desenhada indica uma necessidade de apoio, um desejo por segurança e
suporte emocional.
A figura da pessoa é vista de frente, o que pode indicar uma aceitação de si
mesmo, boa evolução psicossexual e um relacionamento franco e direto com o mundo
exterior. A figura ereta sugere normalmente boa energia e vitalidade. No entanto, uma
figura rígida e estática, com a cabeça ereta, pernas juntas ou braços estendidos
lateralmente, pode indicar um controle rigoroso sobre a vida impulsiva, inadequação das
defesas do ego, conflitos profundos e dificuldade em relaxar. Isso pode estar relacionado
ao medo de relações espontâneas, repressão de estímulos internos e a necessidade de
segurar-se a algo para evitar a desorganização. Esses traços são comuns em casos
orgânicos, Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo, Transtorno Depressivo
ou Esquizofrênicos.
A cabeça da pessoa é desenhada em tamanho normal, o que sugere um
autoconceito positivo. O rosto de frente indica preparo para enfrentar a vida e uma boa
interação com o meio. Um chapéu sobre os cabelos pode refletir a necessidade de

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proteção e uma sensação de impotência. A figura humana desenhada com os olhos
pequenos sugere uma exclusão em relação ao mundo exterior, com a pessoa absorvida
em si mesma. O desenho do nariz de tamanho médio indica um bom ajustamento social
e sexual. O desenho da pessoa é realizado com um paletó ou camisa com botões, isso
pode refletir dependência oral e materna, gula, sentimentos de inadequação, repressão,
preocupações com o corpo e com a saúde, conflitos ou ambivalência sexual. Esses
elementos são comumente observados em crianças pequenas, Transtorno de
Personalidade Obsessivo-Compulsivo e adultos infantilizados, e também podem sugerir
Hipocondria e/ou Transtorno de Personalidade Dependente.
Em síntese, o desenho da pessoa revela características de insegurança,
retraimento, possível depressão e inadequação. Entretanto, também podem estar
presentes sinais de evolução psicossexual, preparo para enfrentar a vida e boa interação
com o meio. O controle rígido sobre a vida impulsiva e a presença de traços defensivos
sugerem conflitos profundos e dificuldades em relaxar. Além disso, traços como olhos
pequenos, boca pequena e orelhas pequenas podem indicar uma tendência a se excluir
do mundo exterior e dificuldades nas relações sociais. A presença de elementos como
paletó, blusa ou camisa com botões pode sugerir dependência oral, preocupações com o
corpo e a saúde, e conflitos ou ambivalência sexual.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após analisado, cada aspectos dos três desenhos realizados pelo paciente, é
possível obter um diagnóstico de sua personalidade. Entretanto, nunca se deve apenas
utilizar o teste como único meio para esse psicodiagnóstico, pois é de suma importância
a observação ativa e uma entrevista com o paciente no contexto de sua avaliação
psicológica, para ter uma noção mínima das características explícitas desse paciente.
Uma ótima maneira de descobrir possíveis sinais de psicopatologia é a entrevista e a
psicoterapia. Muito dificilmente o paciente irá demonstrar sinais e relatar sintomas para
o avaliador em um único momento de entrevista ou sessão de psicoterapia, portanto, são
necessários mais momentos para abarcar uma análise mais completa do ser que se
apresenta na clínica. Outrossim, é imprescindível e fundamental que o psicólogo seja
ético nessa testagem e avaliação, pois só assim é que poderá desenvolver-se e ajudar no
desenvolvimento do paciente e da psicologia como ciência.

Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas


ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.
Carl Jung

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Borsa, J. C. (2010). Considerações sobre o uso do Teste da Casa-Árvore-Pessoa–HTP.


CUNHA, J. A. [et al.]. Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artmed, 2007
Hammer, E. F. (Org.). (1991). Aplicações clínicas dos desenhos projetivos. Rio de
Janeiro: Interamericana.
HUTZ, Claudio Simon; BANDEIRA, Denise Ruschel; TRENTINI, Clarissa Marceli
(Orgs.). Avaliação Psicológica da Inteligência e da Personalidade. Porto Alegre: Artmed,
2016.
SCHULTZ, D.P.; SCHULTZ, S.E. Teorias da personalidade, 3ª ed.; São Paulo: Cengage
Learming, 2015.
SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco grandes fatores
da personalidade: análise de pesquisas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 51-
62, abr. 2011. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1677-04712011000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30
maio 2023.

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