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Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE

doi.org/10.51891/rease.v9i8.11046

TERAPÊUTICAS COGNITIVISTAS COMPORTAMENTAIS EM ADULTOS COM


TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

Renata Coelho Lima1


Thais Oliveira Navarro2
Mariana Fernandes Ramos dos Santos3
Camila Medina Nogueira Moco4

RESUMO: Considerando as inúmeras abordagens diferentes utilizadas no tratamento do


Transtorno de Personalidade Borderline, é que a base principal deste artigo se fundamentou. A
lógica consiste em elucidar a eficácia da Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento do
Transtorno de Personalidade Borderline, através de uma revisão bibliográfica, no qual
informações como: seu surgimento, sua sintomatologia, suas principais características citadas
pelos grandes estudiosos da temática, os protocolos utilizados pela TCC para tratar este
transtorno, foram aprofundadas. Tendo isso em vista, as obras escolhidas para compor o artigo,
tiveram como critério terem sido publicadas nos últimos cinco anos como forma de trazer as
informações mais recentes do tema. Além disso, foram utilizados como referência os principais
livros e artigos da temática. A importância de destacar a eficácia da TCC para o tratamento de
TPB bem como suas principais formas de tratar, é o que espera-se com os resultados obtidos na2207
pesquisa.

Palavras-chave: Borderline. Transtorno de Personalidade. Terapia Cognitivo-Comportamental.

1 INTRODUÇÃO

Baseando-se na teoria cognitiva, a personalidade é considerada avançada na medida em


que expõe diversos aspectos para além do comportamento, como os pensamentos e as emoções.
Assim, Beck, Freeman e Davis (2005) a história evolutiva do indivíduo precisa ser levada em
consideração quando trata-se de formar padrões de pensamentos, sentimentos e ações. Dessa
forma, é possível entender melhor sobre as estruturas, funções e os processos da personalidade

1Discente do curso de Psicologia pela Uniredentor/Afya.


2 Discente do curso de Psicologia pela Uniredentor/Afya.
3 Psicóloga Mestre em Psicologia, Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental. Neuropsicóloga; Especialista em

Reabilitação Neuropsicológica, Terapia Ocupacional na Saúde Mental, Psicologia Positiva Terapia Familiar; Docente no curso
de Psicologia.
4 Psicóloga Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Gestão Estratégica de Recursos Humanos.

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se observarmos as atitudes, os sentimentos e os comportamentos. (Beck; Freeman & Davis,


2005).
Segundo Beck, David e Freeman (2017) quando falamos da personalidade humana
“normal” podemos dizer que ela é composta de inúmeros traços. Essas características podem
estar atreladas à desempenho, como inteligência e criatividade, aos valores sociais e ao
dinamismo e à energia (temperamento explosivo/impulsividade). Assim, quando impasses
relacionados à personalidade surgem, podem indicar algum sinal de instabilidade
emocional/cognitiva e, consequentemente, algum transtorno que acarrete em prejuízos de
saúde mental.
Levando isso em consideração, é importante ponderar a complexidade da mente humana
e o quanto o seu adoecimente requer cuidado e entendimento, uma vez que muitos estigmas e
preconceitos surgem a partir disso. Os transtornos de ansiedade, os de humor, os psicóticos e os
de personalidade atingem cada vez mais uma quantidade considerável de pessoas, como é o caso
do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), que será o objeto de estudo do presente
artigo.
De maneira geral, os indivíduos acometidos pelo TPB demonstram tamanha
instabilidade que chegam a desestabilizar a vida familiar, social, profissional e, até mesmo, a2208
sua identidade. Sendo sujeitos que sofrem e também levam sofrimento (às relações próximas)
aqueles que estão próximos a eles, muitas vezes de formas dolorosas.
Para evidenciar a origem deste transtorno, é importante considerar alguns fatores como:
genética, desenvolvimento neurobiológico e vivências traumáticas na fase infantil. Este último
se mostra determinante, pois, as experiências vivenciadas na infância são de extrema
importância para o acometimento desta patologia. Tais experiências são responsáveis pelo
desenvolvimento de esquemas iniciais desadaptativos (EIDs), sendo esquemas presentes em
quase todos os pacientes borderlines.
Jeffrey Young foi quem apresentou o conceito de esquemas dentro da psicologia
cognitiva e introduziu que os esquemas são uma estrutura. De acordo com ele, os esquemas
referem-se “a qualquer princípio organizativo amplo que um indivíduo use para entender a
própria experiência de vida”. (Young; Klosko; Weichaar, 2008, p. 22).
Segundo Young, Klosko e Weichaar (2008) os esquemas são estruturas cognitivas
capazes de organizar a experiência e o comportamento de acordo com às necessidades básicas
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daquele sujeito, que são mantidas e desenvolvidas pelo relacionamento interpessoal dos
mesmos. Os autores ainda afirmam que os esquemas constroem-se nas fases iniciais dos
indivíduos, e podem ser caracterizados como adaptativos e desadaptativos, no entanto, também
podem ser formados em outros momentos posteriores.
Tendo isso em vista, pode-se destacar que os esquemas adquiridos através de um evento
traumático durante a fase inicial da vida, têm grandes chances de estar no centro dos transtornos
de personalidade. Para Halperin e Carneiro (2016, p. 41), “Os EIDs são padrões emocionais,
cognitivos e emocionais relacionados à representação de si e dos outros que se desenvolvem
cedo na vida e se repete ao longo dela, causando sofrimento e prejuízo em diversos contextos”.
Sendo assim, no que tange os EIDs, é possível observar o quanto são destrutivos e em como na
maioria das vezes são causados por experiências repetitivas traumáticas que aconteceram na
infância/adolescência.
Diante disso, é de suma importância relatar que o Transtorno de Personalidade
Borderline (TPB) é caracterizado por padrões instáveis nas relações interpessoais de afeto do
indivíduo, além de constituir também comportamentos impulsivos. O TPB configura-se como
um transtorno que surge no fim da adolescência e início da idade adulta, sendo tratado
geralmente por psicofármacos e psicoterapia. No tratamento por psicoterapia, existem2209
abordagens teóricas diferentes utilizadas, no entanto, no vigente artigo, o objetivo é avaliar a
utilização e a eficácia da Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento do Transtorno de
Personalidade Borderline.
Com isso, visou-se elencar os protocolos utilizados pela Terapia Cognitivo-
Comportamental, através de uma revisão bibliográfica, em adultos com Transtorno de
Personalidade Borderline, descrevendo as características deste transtorno e sua sintomatologia,
além de verificar os principais autores que contribuem para o tratamento da temática, por meio
da Terapia Cognitivo-Comportamental, avaliando a eficácia da TCC para o seu tratamento.
Desta maneira, para a construção deste artigo seis passos foram seguidos, sendo eles:
identificação do tema, determinação dos critérios para escolha e descarte de artigos, delimitação
das informações mais necessárias e importantes; avaliação da literatura em sua totalidade,
interpretação dos resultados obtidos com a pesquisa e, conclusão.

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2 METODOLOGIA

O presente artigo adotou como metodologia uma revisão narrativa de literatura, com
objetivo de descrever a interação entre a terapia cognitivo-comportamental atrelada ao
Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). A pesquisa foi elaborada por meio de fontes de
buscas específicas. As pesquisas selecionadas para compor o trabalho, obedeceram aos critérios
de: terem sido publicadas nos últimos cinco anos e retratar a definição de Transtorno de
Personaldiade Borderline e como a Terapia Cognitivo-Comportamental utiliza de seus
protocolocos para seu tratamento.
Conforme Botelho, Cunha e Macedo (2011), a revisão narrativa é utilizada para
apresentar um assunto específico sob o ponto de vista contextual. Assim, esta forma de pesquisa
é composta por uma revisão da literatura e parte de uma interpretação crítica do pesquisador.
Dessa forma, a revisão narrativa não utiliza técnicas exaustivas de pesquisa, a escolha dos
estudos e a interpretação das informações colhidas ficam a critério da subjetividade dos autores.

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 O conceito de Personalidade


2210
Muitas são as definições para o termo “Personalidade” e isso está relacionado ao que
cada contexto e teoria enfatizam, isto é, em qual contexto histórico e teórico são os mais
relevantes para que se consiga compreender a personalidade das pessoas. Por isso, não existe
uma única caracterização, já que cada teoria apresenta um conceito diferente para a
personalidade, conforme a ênfase dada aquela teoria.
O primeiro estudioso da psicologia a enfatizar fatores que incitavam o desenvolvimento
da personalidade humana foi Sigmund Freud (1856-1939). Freud enfatizava que até o final do
quinto ano de vida da criança, sua personalidade já havia sido formada, pois respondia a
processos de crescimentos fisiológicos, frustrações e conflitos (Feist et al., 2015).
Historicamente, antes da aparição de Freud e sua teoria da personalidade, não havia
interesse por estudos acerca da personalidade humana, por isso, os transtornos mentais eram
visto como possessão demoníaca. Este autor contribuiu de forma avassaladora ao constatar que
os eventos mentais eram conduzidos por estruturas de causa e efeito. Assim, ele começou a
utilizar a hipnose como forma de acessar os conteúdos mentais presentes em pacientes com

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histeria, constatando que comportamentos irracionais e inconscientes estavam expostos a certos


padrões (Fadman; Frager, 2004).
Para Beck, Freeman e Davis (2005), é necessário considerar a evolução histórica da
formação dos pensamentos e dos padrões que os compõe. Com isso, é possível entender melhor
sobre as estruturas e os processos da personalidade, se olharmos para os sentimentos e os
comportamentos. Beck (2000) direcionou o conceito de personalidade para os padrões
específicos dos processos de pensamento, reações emocionais e necessidades motivacionais de
cada indivíduo, com isso, a caracterização de personalidade está atrelada a processos
esquemáticos que orientam o psicológico em totalidade.

[...] um constructo composto que representa a soma total das ações, dos processos de
pensamento, das reações emocionais, e das necessidades motivacionais da pessoa,
através dos quais ela, como organismo biológico geneticamente programado, interage
com seu ambiente, influenciando-o e sendo influenciada por ele [...] (BECK;
ALFORD, 2000, p. 34).
As estratégias comportamentais utilizadas pelos indivíduos em predominância
estão relacionadas aos padrões cognitivos que também estão relacionados às crenças que
resultam no comportamento, isto é, a personalidade (Beck; Freeman; Davis, 2005).
Em resumo, a teoria de Beck relata que a personalidade é a forma predominante
2211
de pensar, agir, sentir e perceber de cada indivíduo, incluindo as atitudes, crenças, emoções,
sensações e o comportamento (Feist et al., 2015).
O Manual Diagnóstico e Estático dos Transtornos Mentais (DSM-V), define
que os traços de personalidade são padrões predominantes de percepções, relacionamentos,
pensamentos sobre si, o ambiente e o mundo a sua volta, dentro de variados contextos sociais e
interpessoais. Assim, os aspectos da personalidade apresentam o transtorno de personalidade
quando são inflexíveis e desadaptativos, gerando em prejuízos funcionais e sofrimentos graves.
(American Psychiatric Association, 2014).

3.2 Transtorno de Personalidade

No que diz respeito aos transtornos de personalidade, o Manual Diagnóstico e


Estatístico de Transtornos Mentais – DSM V destaca que um transtorno de personalidade se
configura como um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia
acentuadamente da cultura de expectativas do indivíduo, sendo inflexível e difuso, começando

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na adolescência ou no início da idade adulta e se torna estável ao longo do tempo, levando


grandes prejuízos e sofrimentos ao indivíduo (American Psychiatric Association [APA], 2014,
P. 645).
Além disso, o DSM V caracteriza na categoria de transtorno de personalidade os
seguintes transtornos: transtorno de personalidade paranoide, o transtorno da personalidade
esquizoide, o transtorno da personalidade esquizotípica, o transtorno de personalidade
antissocial, o transtorno de personalidade histriônica, o transtorno de personalidade narcisista,
o transtorno de personalidade evitativa, o transtorno de personalidade dependente, o transtorno
de personalidade obsessiva–compulsiva e, por fim, o transtorno da personalidade
borderline, tema que será abordado neste artigo. Os transtornos supracitados são separados em
três categorias que se diferenciam de acordo com suas semelhanças: a categoria A que inclui os
paranoide, esquizoide e esquizotípico, pois se assemelham por acometer indivíduos excêntricos
e esquisitos. A categoria B abarca os tipos antissociais, histriônicos, narcisistas e borderlines
que são sujeitos dramáticos e emotivos. Por fim, a categoria C acomete os indivíduos com
personalidades evitativas, dependentes e obsessivo-compulsivas, que são aqueles ansiosos e
medrosos (American Psychiatric Association [APA], 2014)
Clinicamente, Skodol e Gunderson (2012) discorrem sobre os pacientes com transtorno2212
de personalidade, serem definidos como desafiadores, tendo em vista suas complexidades. Isso
porque, muitos indivíduos tentam e querem ter relações intensas, porém, não conseguem por
medo de rejeições. Já outros desejam ter admiração e são preenchidos por fantasias ou amor
ideal. Também existem aqueles que possuem autoconceitos distorcidos, desenvolvendo
comportamentos de automutilação e ideação suicida. Em resumo, os indivíduos pertencentes à
classe de transtorno de personalidade possuem tendência a vivenciar todas as emoções,
situações, contextos e percepções de maneira muito intensa.

3.3 Transtorno de Personalidade Borderline

Para Skodol e Gunderson (2012), pessoas diagnosticadas com transtornos de


personalidade são caracterizados como complexos e desafiadores clinicamente. Muitos destes
indivíduos desejam ter relacionamento intensos com outras pessoas, no entanto, evitam por
medo de ser rejeitado. De acordo com o CID-10, transtornos de personalidade são condições que

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atravessam o desenvolvimento da personalidade e, por isso, surgem na infância ou adolescência,


pois é a fase da vida onde a personalidade está se consolidando, e se perpetua na idade adulta.
É natural que em algum período da vida as pessoas sintam tristeza, raiva, impulsividade,
desespero, ciúmes, instabilidade de humor, medo de ser rejeitado, insatisfação pessoal ou
descontrole emocional. Tudo isso, pode gerar diversos prejuízos a sua estabilidade de uma forma
geral. Porém, se essas emoções e comportamentos disfuncionais se mostrarem com maior
frequência e com uma intensidade maior, pode ser considerado um quadro complexo, confuso
e desorganizado, que se enquadra dentro do transtorno de personalidade borderline.
O Transtorno de Personalidade Borderline, de acordo com o DSM V (2014) se constitui
por grande instabilidade nas relações pessoais. Estudos mostram que o Transtorno de
Personalidade Borderline tende a ser menos evidente ou até mesmo desaparecer com o
envelhecimento, sendo mais comum em pessoas do sexo feminino, tendo um índice de
prevalência de 75%. Ainda de acordo com o DSM V (2014) o transtorno de personalidade é
definido como um padrão de traços disfuncionais persistentes da personalidade e
comportamento, que tem início na adolescência ou no final da fase adulta. Um transtorno de
personalidade é constituído por um padrão persistente de experiências e comportamentos que
se desviam fortemente da cultura do indivíduo, se manifestando na cognição, afetividade,2213
funcionamento de relações interpessoais ou impulsividade.
De acordo com Figueiredo e Marques (2017) o termo “borderline” surgiu a partir da
comunidade psicanalítica com o intuito de caracterizar aqueles pacientes que não se
enquadravam nas categorias “neurótica” ou “psicótica”. Além disso, o diagnóstico para
Transtorno da Personalidade Borderline é clínico, porém, complexo. Para Mazer, Macedo e
Juruena (2017, p.88) a dificuldade se dá “em parte pela própria natureza dos sintomas, pouco
diferenciados e com fronteiras menos nítidas com a normalidade, e pela necessidade de uma
avaliação longitudinal e em vários contextos”.
Segundo Cerutti, Tomasi e Both (2011, p.1) os pacientes com Transtorno de
Personalidade Borderline são pessoas que “mudam facilmente de opinião acerca dos outros,
carreira, identidade, sexo, valores, tipos de amigos, mudando o papel de uma pessoa suplicante
e carente de auxílio para um vingador implacável”.
Os indivíduos com este transtorno geralmente são mais emotivas e dramáticas e esses
padrões estão presentes em algumas situações
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1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado. [...] 2.Um padrão
de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela
alternância entre extremos de idealização e desvalorização. 3. Perturbação da
identidade: instabilidade acentuada epersistente da autoimagem ou da percepção de si
mesmo. 4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente
autodestrutivas [...] 5.Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças
suicidas ou de comportamento automutilante. 6. Instabilidade afetiva devida
a umaacentuada reatividade de humor [...]. 7. Sentimentos crônicos de vazio. 8.Raiva
intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la [...] 9. Ideação paranoide
transitória associada a estresse ou sintomas dissociativosintensos. (APA, 2014,
p. 663).
Sabe-se que o Transtorno de Personalidade Borderline é acarretado por uma junção de
fatores, sendo multicausal. Rebeschini (2017) afirma que um dos fatores de risco que causam o
Borderline, é a exposição a traumas, ainda na infância e adolescência, podendo ser abuso físico,
sexual, psicológico. Figueiredo e Marques (2017, p.4) destacam ainda que “famílias
desestruturadas e abusivas, traumas na infância e contextos socioeconômicos desfavoráveis não
só contribuem para a formação de personalidades vulneráveis, como também podem
potencializar o transtorno”.
Algo comum e recorrente na clínica para Transtorno de Personalidade Borderline, são
os casos de automutilação e ideações ou tentativas de suicídio, principalmente na adolescência
e início da fase adulta. De acordo com Macedo et al., (2017) comportamentos autodestrutivos
2214
podem ser desde leves arranhões e queimaduras de cigarro, até overdoses e cortes profundos.
Assim, aqueles diagnosticados com TPB geralmente possuem relacionamentos
amorosos instáveis. Além disso, o ciúme excessivo é considerado patológico que vem
acompanhado pelo medo do abandono ou rejeição. Em decorrência desta instabilidade no
quesito afetivo, é comum que agressões físicas e verbais aconteçam. (Santagelo et al., 2018).
Estes sintomas são mais frequentes no início da fase adulta, uma vez que a impulsidade decai
com o envelhecimento. (Santagelo et al., 2018).
Estima-se que o TPB atinja a 1,6% da população geral, podendo chegar a 5,9% (APA,
2014). Além disso, estudos demonstram que este transtorno acomete mais as mulheres do que
os homens, porém, “[...] essa diferença pode ser resultado de tendência de amostragem (i.e. mais
mulheres procuram tratamento), porque nenhuma distinção de gênero na prevalência foi
encontrada [...]” (Skodol, Gunderson, 2012, p. 875)
Diversos fatores são levantados quando trata-se da origem deste transtorno. Pesquisas
demonstram que além do grande fator genético, o desenvolvimento neurobiológico e

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experiência traumáticas na infância, podem contribuir para que este transtorno se manifeste.
(Skodol, Gunderson, 2012). Nos estudos de Pastore e Lisboa (2014) foi constatado que 81% dos
indivíduos diagnosticados com TPB foram vítimas de abusos físicos e sexuais na infância. Com
isso, os autores consideram que as perdas na infância são de extrema importância na
determinação do TPB. Além disso, cerca de 20% a 40% dos pacientes diagnosticado, vivenciam
uma separação traumática dos pais.

3.4 Terapia Comportamental Dialética (DBT)

O TPB é o transtorno de personalidade mais recorrente na clínica, constituindo cerca de


10% dos pacientes ambulatoriais e 20% dos pacientes internados. Em geral, é estimado que entre
1,6% e 5,9% das pessoas são acometidas pelo TPB (APA, 2013). O TPB possui diferentes
possibilidades de tratamento, sendo uma delas o tratamento combinado de farmacoterapia e
psicoterapia, não existindo evidências de que esta forma de tratamento seja superior ao
tratamento somente com psicoterapia (Stoffers et al., 2012).
O tratamento com auxílio medicamentoso é indispensável para que se tenha uma boa
eficácia terapêutica, isso porque, o índice de tentativas de suicídio e comportamentos que
proporcionam riscos a si e aos outros são frequentes. (Agugila et al., 2018). Estas situações se2215
tornam mais frequentes especialmente quando esses indivíduos vivenciam situaçõe de
abandono ou rejeição social, sendo esse abandono real ou imaginário. (Soloff & Chiappetta,
2018).
A psicoterapia é de suma importância para este quadro clínico, devido a isso, diversos
estudos já foram documentados para investigar as psicoterapias para o TPB, sendo a Terapia
Comportamental Dialética (DBT) aquela apontada como a principal escolha de tratamento para
o TPB, uma vez que possui um extenso conteúdo em termos de evidências científicas sobre sua
eficácia (APA, 2017).
A DBT inicialmente foi desenvolvida entre os anos de 1970 e 1980, por Marsha Linehan,
por meio da investigação e compilação de intervenções e técnicas para o tratamento de pacientes
com ideações e comportamentos suicidas (Dimeff & Koerner, 2007). Para TPB, as primeiras
evidências clínicas aconteceram na década de 1990, os manuais de DBT foram traduzidos em
diversos países e idiomas, mas no Brasil ocorreu apenas em 2010, dentro de obras da Terapia
Cognitivo-Comportamental.
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A Terapia Comportamental Dialética (DBT) é uma estratégia de tratamento


psicoterápica desenvolvida para pessoas que estão dentro dos critérios para Transtorno de
Personalidade Borderline, e tem como foco central de trabalho procedimentos de aceitação e
mudança, usando estratégias da Terapia Cognitivo-Comportamental, através do treinamento
de habilidades emocionais e sociais. Com os inúmeros estudos de Dra. Lineham, foi possível
comprovar a eficácia que o treinamento das habilidades ensinadas na DBT auxiliam os
indivíduos a entender melhor seus sintomas e, consequentemente, melhorar sua qualidade de
vida e seus relacionamentos. Com isso, a DBT passou a ser uma estratégia considerada eficaz
no tratamento do TPB (Linehan et al., 2015).
Em um estudo publicado por Stoffers-Winterling et al., (2012), o objetivo foi de avaliar
a efetividade de tratamentos psicológicos para TPB. Foi realizado um estudo randomizado com
indivíduos diagnosticados com TPB, comparando um tipo específico de psicoterapia com uma
intervenção de controle. Foi um total de 1.804 participantes com TPB, e constatou-se diferenças
significativas, onde a DBT e tratamentos derivados são as evidências mais sólidas de eficácia.
Cinco estudos comparando a DBT com tratamento usual proporcionaram efeitos
eficazes e benéficos na maior parte dos resultados, comparando aos demais tratamentos. Os
benefícios incluem a redução na manifestação da raiva, de autolesões bem como uma melhora2216
no funcionamento geral. Os estudos dão suporte e possuem um papel substancial da psicoterapia
no tratamento de pessoas com TPB (Stoffers-Winterling et al., 2012)
A DBT utiliza diversas formas de intervenção, entre elas: psicoterapia individual,
treinamento de habilidades, consultoria por telefone, tratamentos auxiliares, reuniões de
consultoria entre terapeutas (Heard & Swales, 2015). Uma terapia DBT padronizada tem cinco
funções: aumentar as capacidades comportamentais, aumentar a motivação para
comportamentos hábeis, assegurar a generalização de ganhos para o ambiente natural,
estruturar o ambiente de tratamento para que ele reforce comportamentos funcionais ao invés
de disfuncionais e aprimorar a capacidade e motivação do terapeuta para tratar as pessoas
atendidas de forma efetiva (Linehan et al., 2006).
Segundo Rizvi et al., (2017) apud Guimarães, Simões & Santos (2020), foram encontradas
diminuições significativas de sintomas psicopatológicos em indivíduos com TPB após estarem
envolvidos com as estratégias da DBT. De acordo com Linehan et al., (2015) apud Guimarães,

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Simões & Santos, (2020) automutilações, ideações suicidas tiveram diminuição significativa,
concluindo estatisticamente que a DBT é mais eficaz do que outras intervenções psicoterápicas.
No tratamento do TPB, a regulação emocional está no ponto chave para eficácia desta
terapia, pois, pacientes com este diagnóstico tendem a ter emoções instáveis (Schmahl et al.,
2014 apud Guimarães, Simões & Santos, 2020). Em um estudo realizado por Barnicot et al. (2017)
apud Guimarães, Simões & Santos, (2020), os pacientes tratados com DBT, obtiveram mais
facilidade em regular suas emoções do que o grupo controle, conseguindo apresentar mais
facilidade em seus relacionamentos interpessoais.
As prioridades do tratamento do TPB, dentro da perspectiva da DBT, serão: a relação
terapêutica, englobando diversas estratégias voltadas para técnicas de aceitação; os conceitos da
terapia comportamental e outros métodos, como mindfulness (McMain, Korman & Dimeff,
2001). A dialética fundamental desta estratégia e abordagem é a validação e a aceitação dos
pacientes como de fato são, fazendo uma junção de como eles são e o que se tornaram. O objetivo
principal é o auxílio na regulação emocional bem como o desenvolvimento de estratégias
ensinadas através da terapia. A relação terapêutica tem total atenção dentro da DBT, pois
considera particularidades do TPB (Melo & Fava, 2012). Uma das metas primárias para o
tratamento para TPB por esse viés se dá através da mudança de comportamentos do paciente2217
que possam de alguma forma interferir na terapia (Linehan, 2010).
Os clientes borderlines possuem um déficit quando diz respeito ao aprendizado de
emoções, esse sendo decorrente de um ambiente invalidante presente na infância do paciente
(Lynch, Trost, Salsman & Linehan, 2007). Com isso, os pacientes tendem a negar e expressar
suas emoções, interpretando suas experiências emocionais de forma equivocada. Muitas vezes
não estão abertos a aprender, entender ou regular suas respostas emocionais. Pacientes
borderlines tendem a oscilar entre inibir suas emoções e a extrema habilidade emocional
(Crowell, Beauchaine & Linehan, 2009).
Assim, o terapeuta encontra um indivíduo em sua extrema vulnerabilidade, onde pode
não confiar em seus próprios sentimentos, fazendo com que eles invalidem suas percepções
(Melo, 2014). Por conta desta instabilidade e desregulação emocional, pacientes borderlines
podem se considerar pessoas más por sentirem raiva ou se sentirem fracos por sentirem medo
(Melo, 2014).

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Desta forma, a DBT retrata que o terapeuta precisa ser empático e validar os sentimentos
do paciente, demonstrando compreensão e que está ali para ajudá-lo a entender melhor suas
respostas, suas interpretações e suas emoções (McMain et al., 2001). No entanto, é importante
ressaltar que validar as emoções do paciente borderline não significa uma aprovação ao
comportamento dele (Melo, 2014).
O termo, “Dialética” está relacionado ao equilíbrio (Linehan, 2010). Assim, validação
(estratégias de aceitação) e mudanças (estratégias de resolução de problemas) devem estar
alinhadas no processo de tratamento da pessoa borderline.
Com isso, para que o terapeuta tenha sucesso no estabelecimento de um plano
terapêutico adequado para o cliente, é preciso que antes tenha a sensibilidade de entender o
sofrimento do mesmo, através da empatia com seus sentimentos, principalmente aqueles
sentimentos que foram negligenciados na infância (Linehan, 2010).
Outro fator importante e imprescindível para o tratamento do TPB, é a flexibilidade e a
versatilidade do ambiente, para se debater e resolver impasses que possam surgir ao decorrer do
tratamento (Linehan, 2010). Desta forma, cabe ao terapeuta através da DBT, trabalhar com
flexibilidade de modo que consiga manejar as situações a fim de que consiga mostrar para o
paciente que entende suas dificuldades, e, ao mesmo, tempo o ajuda com estratégias de mudança2218
(Trupin, Steward, Beach & Boesky, 2002).
A DBT fornece uma estrutura para o tratamento, através da qual os objetivos são bem
delimitados e isso contribui para a efetividade do tratamento do TPB (Melo, 2014). É importante
que o terapeuta e o paciente estejam alinhados aos objetivos do tratamento e concordem com as
possíveis dificuldades do cliente e a forma de tratamento que será usada. Ambos devem estar
comprometidos com o tratamento, para que tenha sucesso. A DBT coloca a relação terapêutica,
como dito anteriormente, como sua principal estratégia de tratamento. Sem o vínculo
terapêutico bem trabalhado, os demais objetivos do tratamento terapêutico ficarão
comprometidos e com dificuldades para serem atingidos (Melo, 2014).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento da vigente pesquisa possibilitou uma maior compreensão sobre o


Transtorno de Personalidade Borderline, entendendo sobre seu desenvolvimento, sua origem,
suas características, critérios diagnósticos e seu funcionamento. Ademais, apesar de ser
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constatado um transtorno complexo e de difícil manejo, foi possível observar que a Terapia
Cognitivo-Comportamental possui estratégias psicoterápicas que possibilitam um tratamento
eficaz e preciso.
Com isso, foi possível perceber que a interação entre as terapias cognitivas foram de
extrema relevância para o desenvolvimento de estudos que suprissem as demandas
apresentadas pelo TPB. Assim, com o desenvolvimento da terapia do esquema (TE) e da DBT
atravessadas pela teoria de Beck, possibilitou o sucesso no tratamento do TPB.
Desta maneira, a presente revisão bibliográfica permitiu elucidar a eficácia da DBT para
o tratamento do TPB. De acordo com os estudos supracitados, a DBT parece ter maior
efetividade do que outras abordagens, incluindo a TCC, Terapia do Esquema e terapia de
mentalização. Contudo, mediante a intensidade dos sintomas do TPB, em alguns casos o
tratamento medicamentoso em conjunto com a intervenção psicoterapêutica é essencial.
O avanço eficaz no tratamento do TPB se deu a partir do desenvolvimento da TE e da
DBT. Sendo que a TE tem seu enfoque na investigação de sintomas e origens infantis,
identificando a trajetória percorrida dos esquemas desde a infância até aquele momento,
enfatizando os relacionamentos interpessoais. Já a DBT busca promover a eficácia interpessoal,
regulação de emoções, autocontrole, entre outros. 2219
Além disso, a relação terapêutica é considerada uma das principais estratégia de
tratamento, isso porque, sem o vínculo terapêutico as demais estratégias terapêuticas ficam
comprometidas e com mais dificuldades de serem colocadas em prática.
É visível que a DBT possibilita ao paciente uma melhor compreensão positiva de seu
funcionamento, possibilitando visualizar que mesmo sendo um tratamento complexo e um
transtorno difícil, o tratamento é eficaz.

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