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PROGRAMAÇÃO:
Histórico da Psicologia
Conceito de psicologia
Psicologia: ciência x senso comum
Estabelecer o paralelo entre o conceito de psicologia e sua aplicabilidade nas
organizações
Correlações: psicologia, psicologia organizacional, pedagogia (treinamento) psiquiatria
e psicanálise.
Psicologia na administração de recursos humanos.
Teoria de Campo – Kurt Lewin
Dinâmica de Grupo: Ambientes X Comportamentos.
Ciclo Vivencial:
a) A influência dos comportamentos das lideranças sobre os colaboradores e os impactos nos
resultados da organização.
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Teoria do Behaviorismo.
Definição de Behaviorismo
Origem: Pavlov / Skinner.
Contribuição para administração de pessoas.
Aplicabilidade dessa teoria nas organizações – reforço positivo, negativo e punição.
ATIVIDADE PRÁTICA
Algumas sugestões de atividades:
Simulações e dramatizações sobre os comportamentos.
Análise dos conceitos em função das teorias já abordadas.
Questões de assimilação (acumulativas).
Teoria psicanalítica e os mecanismos de defesa
Breve histórico sobre a psicanálise
Contribuição da psicanálise para as organizações.
Subdivisões da personalidade: Id, Ego e Superego.
Qualidades Mentais: consciente pré-consciente e inconsciente.
Teoria psicanalítica e os mecanismos de defesa – parte II
Mecanismos de Defesa
Questões de assimilação
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Definição e fatores de influência da personalidade
Características da personalidade.
Barreiras x frustração.
Barreiras situacionais, intra e interpessoais.
Testes de personalidade: importância, validade e questionamentos.
A importância da identificação da personalidade nos processos seletivos – influências e
conseqüências:
- testes, dinâmicas e entrevistas.
Instrumentos de avaliação: testes e questionários (elaboração x perfil da vaga)
A personalidade da organização.
Questões éticas da avaliação de personalidade nas organizações.
Funcionamento dos grupos dentro das organizações – parte I
Conceito de Grupos / Grupos formais e informais.
Estágios do desenvolvimento dos grupos.
Conceitos básicos: tamanho do grupo e coesão.
Funcionamento dos grupos dentro das organizações – parte II
Sintalidade.
Sociometria
Bibliografia:
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Psicologia
Vamos iniciar com uma introdução à Psicologia geral, passar por um breve histórico da
Psicologia dentro das organizações e terminar com a definição e divisão do comportamento
organizacional, mostrando, em cada momento, as contribuições desta área do saber.
Introdução à Psicologia
Na Grécia antiga, os filósofos, preocupados com o saber, se voltaram para todas as áreas do
conhecimento,especulando sobre os mais diversos aspectos da Psicologia.
O próprio termo "Psicologia" é de origem grega, Ψ , formando pelas palavras psique - que
significa alma (e alma era defendida pelos gregos como a fonte da vida, o que animava ou
dava vida ao corpo) -e logos que significa estudo. Portanto, etimologicamente, (origem de
uma palavra) Psicologia significa o estudo da alma.
Objeto de estudo
A palavra "alma" foi adquirindo inúmeras conotações e passou a ser inadequada para o
contexto da Psicologia. A Psicologia, por ser uma ciência recente, apresenta uma
diversidade de objetos de estudos, como comportamento, consciência, personalidade,
inconsciente, entre outros. Porém, dentro das organizações e do propósito deste estudo,
adotamos como objeto de estudo o comportamento humano.É importante observar que,
quando se fala em consciência, personalidade, ou qualquer outro referencial estudado pela
Psicologia, suas expressões são sempre encontradas no comportamento humano.
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Homem é estudado por todas as ciências Humanas: Antropologia,
Política,Economia etc. Dada à complexidade que é o ser humano, cada ciência
humana ocupa-se de uma de suas partes, caracterizando esta parte como o seu
objeto de estudo. Na Psicologia, o objeto é o comportamento e a matéria prima é o
ser humano. Tudo o que a Psicologia criar,pensar ou disser será sobre a vida dos
seres humanos.
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processo cumulativo do conhecimento, objetividade, fazem da ciência uma forma de
conhecimento que supera e muito o conhecimento espontâneo do senso comum.
Esse conjunto de características é o que permite que denominemos científicos a um
conjunto de conhecimentos.(BOCK,1999,p.19-20).
Este não reage em situação natural, mas numa situação em que o observado o
coloca. O observador controla a situação, isto é, ele estimula o organismo para
observar se modo de reagir (BARROS,1987, p.8).
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dentro do seu contexto histórico, social e cultural. Assim, são aceitas pesquisas que
envolvam histórias de vida (ou estudo de caso) de um único individuo, encontram-se
nele características que são próprias da espécie humana, o que permite a
generalização.
a) A área clínica é mais conhecida pelas terapias, que podem ser individuais
ou em grupo, e tem como objetivo levar o indivíduo a se conhecer melhor,
trabalhar seus mecanismos de defesa, controlar suas angústias, ansiedades,
medos e fazer uso adequado de seus potencial, visando aproveitá-lo ao
máximo.Na Medicina, a Psicologia Clínica auxilia pesquisando sobre
alterações comportamentais após a utilização de certos medicamentos ou
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procedimentos; maneira de trabalhar o isolamento em internações
prolongadas; doenças físicas causadas pelas emoções.No trabalho, a
Psicologia Clínica contribui com pesquisas sobre ansiedades, angústias e
neuroses relacionadas às atividades, estresse,doenças psicossomáticas,
doenças ocupacionais e demais distúrbios observados nesse ambiente.
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equipes e dos grupos. Aborda tópico como socialização, liderança,
cooperação, competição, estudos de grupos e dinâmica de
grupo.Comportamento macrorganizacional: diz respeito à compreensão
dos comportamentos de empresas inteiras.
O psicólogo e a organização
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As abordagens fundamentais sobre o esse objeto são tratadas pelas principais escolas
(também chamadas de “linhas” ou “correntes”) da psicologia , que estabelece elementos
específicos como determinantes do comportamento humano.
A Psicologia da Gestalt é uma escola de origem alemã, cujo termo gestalt não encontra
uma tradução precisa no português. As palavras mais próximas são: forma ou
configuração e, em termos de conceito, o todo.
Seus fundadores são Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Kohler (1887-1967) e Kurt
Kofka (1886-1941), que iniciaram seus estudos por meio da percepção e sensação do
movimento, tendo como base inicial a ilusão ótica, onde um estimulo físico é percebido
pelo sujeito de uma forma diferente da que ele tem na realidade.
Se pudermos ter uma falsa percepção de coisas tão objetivas quanto tamanho, forma ou
comprimento, há uma possibilidade maior de percebermos erroneamente coisas mais
subjetivas como intenções, pensamentos e sentimentos de outras pessoas.
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A Gestalt tem como ponto de partida a percepção, que por sua vez é dependente da
sensação.
Sensação e Percepção
Tomamos conhecimento do mundo externo por meio dos órgãos dos sentidos. As
mensagens recebidas por estes são transmitidas ao cérebro através do sentem nervoso,
formando na mossa mente imagens de objetos e situações.
Quando falamos num limão, temos uma imagem (do limão que se formou a partir das
mensagens recebidas por sensações: Azedo (paladar) + cheiro característico do limão
(olfato)+cor verde (visão)+forma arrendada (tato/visão)+ casca áspera (tato)=limão).
A imagem do limão que se formou em nosso cérebro pelas soma das sensações,
chamamos de percepção. Todos os órgãos dos sentidos enviam ao mesmo tempo seus
dados sobre o limão ao cérebro, que se encarrega de dar um significado a esse conjunto
de informações.
Podemos dizer que perceber é dar sentido, é dar significado às nossas sensações.
Quando estamos diante de uma nova situação, os órgãos dos sentidos captam
informações sobre esta e enviam sua mensagem ao cérebro, cuja tarefa é procurar por
registros já existentes. Caso encontre situação próxima ou similar, como por exemplo:
“esta empresa parece-se com aquela em que já trabalhei”, formaremos um valor, conceito
ou opinião sobre a empresa. Em outras palavras, daremos um significado. Se não
encontrar nenhum registro parecido,agregará está informação às já existentes.
É importante ressaltar que a percepção que se tem de uma pessoa, empresa,
organização ou país determina a forma pela qual se dará a relação com a mesma.
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Suponhamos que hoje pela manhã tivéssemos feito uma visita a uma montadora de
automóveis para vermos o XY, carro que será lançado no próximo ano. Quando
chegamos a essa montadora, o que vimos separadamente foram todas as peças
que compõe o carro: o casco, o chassi, os bancos, os pára- choques, as portas, os
tapetes etc. estas partes não nos fornecem a visão do todo. No todo, ou seja, o
carro montado, pode observar o conforto, a segurança, a estética, entre outros
elementos, que não dá para percebermos vendo as peças isoladas.
Este fato é nítido quando observamos os grupos. Eles têm características próprias que
estão distantes da soma dos seus integrantes. As individualidades que compõem o grupo
não representam o que o grupo e de fato.
Processamento de Informações
Seleção
Entre os inúmeros estímulos aos quais o indivíduo está exposto, ele se direciona a um ou
a alguns estímulos particulares, escolhendo-os entre todos os outros. Os escolhidos irão
para o processamento de informações e os não escolhidos serão desprezados. Esta
escolha está baseada em:
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reagirá de maneira diferente daquela que comprou um pacote de
viagem apenas para conhecer esse mesmo país.
• Valores e opiniões sobre o outro, situações e determinados
assuntos: um gerente, que tenha preconceitos em relação aos
homossexuais, poderá não dar valor às idéias de um funcionário
que julga ser homossexual. Um país que desvaloriza a mulher se
ao negociar com outro país a intermediadora for uma mulher, a
chance da negociação ser favorável poderá ser reduzida. Quem
valoriza a estética e a limpeza pode se manipulado, por exemplo,
quando vai a um laboratório limpo, com pessoas bem
uniformizadas e sorridentes para atende-lo dando a impressão de
qualidade nos resultados dos exames, o que nem sempre é
verdade, ou escolher uma faculdade por sua infra-estrutura,
acreditando que esta é sinônima de boa formação.
• Nossas necessidades que levam a uma seleção do que vamos
perceber no outro: quando precisamos de um chaveiro porque a
chave do nosso carro quebrou, percebemos a existência de
chaveiros muito mais facilmente do que se não tivéssemos essa
necessidade
• A tendência que temos em ignorar informações incompatíveis
com as nossas expectativas: coisas importantes discutidas numa
reunião sequer aparecem nas decisões tomadas e muitas são
aquelas que não vem ao encontro das idéias de quem presidiu a
reunião.
• Nossas expectativas, que nos levam a observar aquilo que
queremos: o indivíduo, quando se apaixona, só vê no outro,
objetos de sua paixão, aspectos positivos, como se o outro fosse
perfeito.
Organização
Quando o dados brutos enviados pelos órgãos do sentido por meio
do sistema nervoso chegam ao cérebro, este é ativado para buscar
registros já existentes . Esta busca envolve os seguintes princípios da
Gestalt:
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a) Principio da proximidade: na busca que o cérebro faz,os
elementos mais próximos tendem a ser agrupados. A
proximidade envolve a relação entre tempo e espaço.
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Por exemplo, a semelhança entre a postura do Dr. João, da empresa
X (com quem Maria trabalhou há dez anos) e a postura do Dr. Jorge
da Y (com quem ela trabalha atualmente), faz com que Maria aja
com o Dr. Jorge da mesma maneira que agia com Dr. João.
c) Princípio do fechamento: Temos a tendência de completar os
elementos faltantes da figura para garantir sua compreensão.
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Triângulo incompleto
ARMAZENAMENTO
RECUPERAÇÃO
Quando uma nova situação surgir, o cérebro será acionado e a
informação poderá ser recuperada. Por´m não podemos esquecer
que, durante as etapas do processamento de informações foram
perdidos ou desprezados, o que dificulta a visão da realidade
objetiva.
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situação se destacarão e outros serão desprezados. A esse aspecto,
que mais atrai nossa atenção e que selecionamos chamamos
Figura, a qual emerge contra um fundo mais vago e difuso, que será
inicialmente desprezado.
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A maioria de nós confia em nossos sentidos, mas às vezes essa fé cega pode
nos fazer acreditar que nossas percepções são um reflexo perfeito da realidade.
AS PESSOAS REAGEM ÁQUILO QUE PERCEBEM, E SUAS PERCEPÇÕES
NEM SEMPRE REFLETEM A REALIDADE OBJETIVA.
O QUE SE PROCURA NA Psicologia da Gestalt, é a boa forma, ou seja,
superar a ilusão de óptica ou permitir a relação figura –fundo. Quanto mais clara
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estivar a forma (boa –forma), mais clara será a separação entre a figura e o
fundo. Quando isso não ocorre, torna-se difícil distinguir o que é figura e o que é
fundo, o que nos faz distanciar da realidade objetiva. Esse é um problema
importante, porque á medida que aumenta a diferença entre a realidade
percebida e a realidade objetiva, aumenta proporcionalmente a possibilidade de
incompreensão, frustração e conflito.
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quisermos ou necessitar.Ex: Muitos fatos que se passaram conosco nos
quais não estamos continuamente pensando .É aquilo que não está na
consciência naquele momento mas que no momento seguinte pode
estar.
Grandes partes dos nossos problemas que está no inconsciente podem ser resolvidas à
medida que se tornam conscientes.Na maioria dos casos, parte do inconsciente vem à
tona por vias indiretas, por exemplo uma terapia. Fazem parte do inconsciente nossos
recalques, frustrações e doces momentos da infância.
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influências constantes. Desse grupo vamos absorvendo, aos poucos, idéias
morais, religiosas, regras de conduta e valores que vão constituir uma força
em nossa personalidade.Essa força, que é adquirida lentamente por
influência de nossa vida em sociedade, chama-se Superego. O superego é
o responsável por nossa moral, nossos sentimentos de culpa e os nossos
remorsos. O Id e o Superego são forças opostas, em constante conflito. O
Superego, quase sempre, se opõe à satisfação da natureza
animal,enquanto o Id procura satisfaze-la. Essa luta entre id e Superego,
na maioria das vezes, porém, não é percebida, pois é inconsciente.
Chamamos mecanismos de defesa os modos ou artifícios que o Ego vai usar para
equilibrar as duas forças opostas (Id e Superego) quando não consegue o equilíbrio por
vias naturais. Os mecanismos de defesa são inconscientes e apresentam para a pessoa a
realidade distorcida.
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respondemos quando desejaríamos, não agredimos como gostaríamos agredir ou não nos
comportamos como gostaríamos de nos comportar. Acumulamos uma série de energias
dentro de nós que terão que ser descarregadas de qualquer maneira seja por vias
naturais, seja pelos mecanismos de defesa. Ao descarregar as energias acumuladas
preservamos nossa saúde menta.
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capacidade imaginativa da pessoa em relação aos seus desejos. Uma
visível manifestação da fantasia nos dias atuais refere-se à maioria das
relações que se fá nas salas de bate papo da internet.
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g) Reação de converção: muitas vezes, não conseguimos harmonizar os
impulsos do Id com o superego por meio de outros mecanismos. Então, o
conflito entre essas duas forças vai transformar em um sintoma físico, como
for de cabeça, perturbações digestivas e outros. Na reação de converção,
aparecem todos os sintomas, mas testes e exames médicos não acusam
nada. A doença é apenas psicológica. Os conflitos emocionais
transformaram-se em sintomas físicos. Exemplo: Senti fortes dores de
estômago no dia da prova.
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inconsciente pode ser funesta ao ajustamento individual, afastando a pessoa da realidade
objetiva e impedindo-a de enfrentar produtivamente o problema, pois o Ego baseia-se no
principio da realidade, mas, ao usar os mecanismos de defesa, a pessoa passa a não
ouvir o que temos a dizer. No cotidiano, geralmente usamos mais de um mecanismo de
defesa para uma situação. EX: Marta teve um dia aterrorizante. Começou logo pela
manhã quando derrubou café na roupa. Devido a um erro de digitação num relatório, seu
chefe a humilhou perante os colegas. Mais tarde um colega que deveria passar uns dados
para que pudesse terminar uma planilha não o fez e novamente seu chefe lhe chamou
atenção, sem dar-lhe oportunidade de se defender. Foi para casa, brigou com a mãe
porque o jantar estava frio. Procurou sua blusa de lá verde e não a encontrou. Seu irmão,
que acabava de chegar estava com a blusa. Ela lhe deu um tapa e arrancou-lhe a blusa.
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defendem e como essas defesas podem parar uma relação saudável entre pessoas. A
maneira pela qual uma pessoa se defende mostra muito do que ela é como ela lida com a
realidade objetiva.
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CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
Nasce com Ivan Pavlov, fisiologista russo que, em 1910, fez uma grande
descoberta para a Psicologia: o reflexo condicionado. Seus trabalhos foram realizados em
laboratórios, com condições adequadas para pesquisas. Partiu da observação do reflexo
salivar em cães. Para medir a quantidade de saliva produzida pelos cães, abria em cada
um dos animais, uma fístula próxima ás glândulas salivares e nela colocava uma proveta
que permitia medir a quantidade de saliva. Na ocasião em que o cão recebia alimento, a
secreção salivar era abundante, um reflexo que é natural nesse animal.
Pavlov fazia soar uma campainha todas as vezes que o animal recebia alimento, ou seja,
ele pareou (apresentou dois estímulos ao mesmo tempo) som e alimento. Após algumas
repetições em que apresentou comida e campainha ao mesmo tempo, Pavlov observou
que o cão salivava abundantemente. Num dado momento, houve apenas o som da
campainha sem a comida, e o cão salivou.Passou a alternar: ora apresentava som e
comida, ora somente o som e o cão continuavam a salivar só com a presença do som. Ele
conseguiu fazer com que o cão aprendesse o reflexo salivar ao ouvir o som da
campainha. Esse reflexo aprendido chamou de reflexo condicionado.
Ao apresentarmos simultaneamente e repetidas vezes um estímulo neutro com um
estímulo que já desencadeia um determinado comportamento, o estímulo neutro passa a
desencadear o mesmo comportamento que é desencadeado pelo estímulo que ele foi
pareado.
CONDICIONAMENTO OPERANTE
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aguardou o garçom servir o café a todos. O garçom provocou (operou) uma mudança de
comportamento do presidente.
Skinner tem como premissa básica que a conseqüência que se segue a um
comportamento é indispensável para o controle, manipulação e manutenção desse
comportamento.
O termo reforço refere-se a qualquer evento ou estímulo que aumente a freqüência de
um comportamento, ou seja, faz com que um comportamento continue a se repetir.
O reforço pode ser positivo (quando o estímulo é aplicado) ou negativo (quando o
estímulo é evitado ou retirado).
Skinner aponta alguns estímulos que tendem a ser reforçadores para toda uma espécie e
os divide em dois tipos que, quando aplicados após um comportamento, tendem a fazer
com o que o mesmo continue ocorrendo. São eles:
Muitas vezes, a resolução de um problema difícil, é o próprio reforço. A própria ação cria
predisposição para sua repetição.
Assim, também a compreensão de uma disciplina dada na escola pode ser um estímulo
para que o aluno continue a freqüentar e participar das aulas dessa matéria.
Devemos observar que o reforço positivo não tem moral.
Podemos reforçar ou aplicar estímulos tanto para reforçar comportamentos adequados,
como inadequados.
É notória a contribuição do condicionamento operante, em conjunto com o clássico, no
treinamento técnico específico, onde o indivíduo tem que atuar mecanicamente no
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ambiente. Receberá elogios, atenção, admiração que farão com que continue a repetir os
comportamentos necessários para lidar com determinado equipamento. A repetição
levará ao condicionamento, ou seja, a realizar tarefas automaticamente. E o caso de
aprender a lidar com um determinado programa de computador. Inicialmente a pessoa
encontra inúmeras dificuldades. Com o passar do tempo e pela repetição, utiliza-o
automaticamente, de tal maneira que fica difícil explicar para alguém todo o processo.
Isso também é valido para o treinamento em tarefas de escritório, administrativas e
inúmeras outras em que o objetivo é tornar o comportamento automático, ou seja,
condicionado.
• Verificar o que de fato é reforçador para uma pessoa, pois, o que é reforçador para
uma pode não ser para outro.
• A utilização em excesso de um mesmo reforço pode fazer com que perca a sua
eficácia.
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b) Reforço negativo é a retirada de um estímulo com objetivo de aumentar a
freqüência de um comportamento desejado. Pode ser a retirada de uma
punição.
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O poder de recompensa: É o tipo de poder que faz uso do reforço positivo
(apresentação de estímulos agradáveis) ou do reforço negativo (retirada de
estímulos desagradáveis) para o controle do comportamento. O
comportamento dos liderados em relação a esse tipo de poder é de
obediência. Aplica-se o reforço se o comportamento ocorrer. Baseia-se na
capacidade par alocar resultados recompensadores - seja o recebimento
de coisas positivas ou a eliminação de coisas negativas. Elogios,
promoções, aumentos, atribuição de trabalhos desejáveis e licença de
trabalho são resultados recompensadores que os gerentes costuma
controlar. Se puderem tomar decisões acerca da distribuição de tais
recompensas, os gerentes poderão utilizá-las para adquirir e manter o
poder de recompensa.Da mesma forma, a eliminação de resultados
indesejados, tais como condições de trabalho desagradáveis ou
obrigatoriedade de horas extras, pode se utilizada para recompensar os
funcionários. É também chamado de poder premiador. O poder de
recompensa trabalha tanto com o reforço positivo (aplicação de estímulos
agradáveis) como o negativo (retirada de algo indesejável).
Poder coercitivo ou de punição: baseia-se na distribuição de resultados
indesejáveis – ou seja, a recepção de algo negativo ou a remoção de algo
positivo.O poder coercitivo explora o medo. As pessoas que controlam os
resultados indesejáveis conseguem que as outras se conformem com os
seus desejos mediante a ameaça de alguma forma de punição. Para correr
a punições como repreensões públicas ou, no extremo, suspensões,
transferências e demissões. O poder coercitivo faz uso de aplicações de
estímulos aversivos ou da retirada de estímulos agradáveis. Os meios de
exercer este poder são ferir fisicamente, humilhar, maltratar, negar amor.
Para influenciar o comportamento dos liderados, o líder pode recorrer a
punições. Numa época em que se busca freneticamente pelo atingimento
de metas, muita dos chefes, ao darem feedback em grupo sobre as metas
estabelecidas,meta alcançada, muitas vezes dirigem comentários
humilhantes àqueles que não atingiram a média das metas estabelecidas.
poder legítimo – é dado a alguém em função do cargo de autoridade
ocupado na hierarquia. Um diretor emite ordens e espera que seus
subalternos as obedeçam. Quem usa esse tipo de poder se apropria
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também do poder de recompensa e de punição para reforçar o controle do
comportamento dos liderados. Quanto mais o indivíduo tiver internalizado
na infância, pelo processo de socialização, os papéis da liderança
autoritária, mais acatará o poder legítimo e, na maioria das vezes, sem
sequer questioná-lo, principalmente se parte da crença de que certos
indivíduos possuem o direito de governar ou influenciar outros.
Poder de competência – a influência se dá pelo conhecimento,
especialização, experiência ou talento do líder. Muitas vezes, somos
dependentes de especialistas para alcançarmos metas. Por exemplo:
pessoas que se envolvem com problemas jurídicos e desconhecemos por
completo a legislação seguem à risca as orientações do advogado.
Os Grupos
O que é grupo?
Quase sempre ouvimos dizer que grupo é uma reunião de pessoas em torno de
um objetivo comum. No entanto nos deparamos com situações em que as
pessoas estão reunidas em torno de um objetivo comum, mais não se
caracterizam como grupo e sim como agrupamento, pois um não necessita do
para atingir o seu objetivo. A pessoa entra e sai anônima da situação. Por
exemplo: uma pessoa caminha pela rua e começa a chover. Percebe que na
frente de um bar há um toldo. Corre em sua direção para se abrigar da chuva.
Nesse momento, outras pessoas fazem o mesmo. Todas têm o mesmo objetivo:
abrigar-se da chuva,mas,independem uma das outras para atingirem esse
objetivo.
Pessoas por si só não formam um grupo.Há famílias que vivem juntas, mas não
convivem juntas.O grupo forma um sistema aberto de interações. Há operários que
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trabalham juntos numa mesma seção, mas não formam um grupo (minicucci, 1989, p.
270).
Um grupo é uma reunião de pessoas, com objetivos comuns, mas para atingir a estes
objetivos necessitam uma das outras, criando uma relação de interdependência. É um
sistema de interações com características reconhecíveis.
Também podemos dizer que “forma-se um grupo quando indivíduos percebem que seus
objetivos pessoais facilmente alcançados caso se associem para atingir metas tornadas
coletivas” (BERNARDES,1988, p. 109). Assim, uma pessoa como objetivo pessoal de
realização, prestigio e boa remuneração pode alcança-lo por meio da meta de trabalho na
empresa X, juntamente com outras pessoas que fazem parte da empresa.
As pessoas ingressam em grupos para realização de objetivos quando há necessidade de
conhecimentos e ferramentas que os outros possuem; pela simples necessidade de
afiliação , de pertencer a um grupo, que envolve a identificação com outras pessoas; por
status, quando busca reconhecimento e valorização por parte de outras pessoas; pelo
poder, que não se consegue individualmente; por necessidade de segurança física ou
psicológica; por necessidade de não se sentir sozinho, são alguns, entre outros motivos,
que levam as pessoas a fazerem parte de grupos.
Coesão de um grupo
O Dicionário Aurélio define coesão como “união intima das partes de um todo”. O
envolvimento por meio de atividades em conjunto faz com que as pessoas se sintam mais
ligadas. Surgem os laços de amizade, reciprocidade, cordialidade, que unem alguns
elementos do grupo e separam outros elementos. O grupo cria um linguajar, códigos,
comportamentos e rituais que o diferenciam de outros grupos. Todo este processo unifica
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e fortalece o grupo. A coesão grupal é caracterizada pela união e a força de um grupo.A
coesão de um grupo determina um comportamento do administrador. Se o grupo é unido,
de fato ele lidara com um conjunto, com um grupo; se não o for lidara com pessoas
isoladamente. São situações diferentes que exigem comportamentos diferentes.
A grosso modo, podemos dizer que temos dois tipos de formação de grupos: o primário
ou informal ou o secundário o formal.
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departamentos formam um grupo secundário. Têm que cumprir as
normas e regras estipuladas pela organização. As empresas
podem formar um grupo secundário por meio da função (todos que
fazem parte do grupo exercem a mesma função ou apresentam
similaridades nas tarefas executadas) ou por fluxo de trabalho (desde o
inicio até a conclusão do mesmo se dará dentro do mesmo grupo).Nas
organizações, grupos coexistem. Quanto aos informais, são inevitáveis ,
surgem os dois naturalmente e devem ser respeitados , pois “os próprios
trabalhadores criam seus grupos primários como forma de se
perceberem como pessoas e não ‘dentes de engrenagem’da
empresa”.(BERNARDES, 1988, p.114).Além disso, as pessoas sentem
necessidade de identificação e de expressar seus sentimentos.
Equipes de trabalho
Certas pessoas são lembradas por uma característica marcante de sua personalidade.
Dizemos “José é tímido”, “Maria é extrovertida”, “Ivana é atirada”. Por meio dessa
característica,diferenciamos uma pessoa da outra.
Com o grupo ocorre o mesmo. Um grupo é diferente do outro. Cada grupo apresenta
características que são marcantes de acordo com a sua atuação. Ele tem uma
personalidade própria.
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A palavra sintalidade característica do arranjo ou disposição em conjunto. As normas do
grupo e sintalidade refletem os valores aprendidos pelos indivíduos que compõe o grupo.
Por isso, cada grupo tem suas preferências e aversões que o caracterizam (MINICUCCI,
1989, p. 279)
A psicologia da Gestalt demonstrou em seus estudos que o todo é maior que a soma das
partes. Na sintalidade não nos interessa como é cada elemento do grupo mas, sim, o
grupo como um todo. Os grupos criam comportamentos, linguagem, códigos e rituais
próprios que o caracterizam. Costumamos ouvir que “o departamento X é exigente”, “o Y
é relapso”, “o W é apático e sem graça” etc. a sintalidade do grupo nos diz como devemos
nos relacionar com ele.
liderança
Chefe, Líder, Coordenador, CEO, Chairman, entre outros, indicam pessoas que o
controlam o comportamento de outras pessoas, seus subordinados.
A liderança é o assunto mais estudado na administração. “Um resumo completo
resumindo a pesquisa sobre liderança inclui 150 paginas de bibliografia e menciona mais
de 2.500 estudos” (HAMPTOM, 1999, p.197). Assim, é um termo que gera varias
definições. O que a maioria dos estudiosos concorda é que a liderança envolve um
processo de influencia e atribui a quem a usa, o líder, a capacidade de exercer influencia
sobre pessoas.
Entre várias teorias existentes, as apresentadas a seguir são teorias que, embora
tradicionais, tem as teorias mais recentes direta ou indiretamente a elas relacionadas.
São a teoria dos traços de personalidade, teoria dos estilos de liderança e a teoria
situacional de liderança.
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2. Teoria dos estilos de segurança - Esta teoria se volta para os estilos do
comportamento do líder em relação aos liderados. Refere-se àquilo que oi líder
faz, ao seu estilo de comportamento (explorado pelo Behaviorismo) para liderar.
Nessa teoria, três estilos são mencionados:
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A TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN
Kurt Lewin trabalhou durante 10 anos com os pioneiros da Gestalt e daí nasceu a
sua Teoria de Campo. Entretanto não podemos considerar Lewin como um gestaltista, já
que ele acaba seguindo um outro rumo. Ele abandona a preocupação psicofisiológica
(limiares de percepção) da Gestalt, para buscar na Física as bases metodológicas de sua
psicologia.
O campo não deve ser compreendido como uma realidade física, mas sim
fenomênica. Não são apenas os fatos físicos que produzem efeitos sobre o
comportamento. O campo deve ser representado tal como ele existe para o indivíduo em
questão, num determinado momento, e não como ele é em si. Para a constituição desse
campo, as amizades, os objetivos conscientes ou inconscientes, os sonhos e os medos
são tão essenciais como qualquer ambiente físico.
O meio externo diz respeito ao meio físico e social em que o indivíduo está
inserido.
Os conceitos são tratados como uma realidade tendo uma existência própria. O
importante é o próprio comportamento que é um fenômeno interno e não os seus efeitos
(externo). Ex.: recompensa – o importante não é o ato em si, mas o seu significado. O
impacto psicológico que acompanha a ação é o que se deve procurar compreender,
portanto o que constitui realidade psicológica para o indivíduo.
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Os psicólogos que seguem a orientação de Kurt Lewin partem da caracterização
da situação como um todo e concentram-se nas relações de interdependência. Partem do
mais global para o particular, considerando sempre a dinâmica das relações causais.
A ênfase na situação total exige a análise dos diversos aspectos dessa situação.
Outro ponto de estudo é a interação dos sistemas, ou seja, o processo pelo qual o
sistema restaura o seu equilíbrio dinâmico.
CONTEXTO SOCIAL
Kurt Lewin esteve preocupado com a solução dos problemas sociais e por isso
desenvolveu estudos nessa área, segundo ele, o estudo das tentativas para produzir
mudanças nas condições sociais permite insights científicos dos processos sociais.
DINÂMICA DE GRUPO
Essa foi outra contribuição dos estudos de Kurt Lewin: trazer para a psicologia o
conceito de grupo, ou seja, entidade psicossociológica, com características próprias e
com a noção de que o comportamento do indivíduo é altamente influenciado pelos vários
grupos aos quais ele pertence.
Como Lewin considerava que o comportamento deve ser visto em sua totalidade,
não demorou muito para chegar ao conceito de grupo. Praticamente todos os momentos
de nossas vidas se dão no interior de grupos. Segundo Lewin, a característica
essencialmente definidora do grupo é a interdependência de seus membros. Isso significa
que o grupo, para ele, não é a soma das características de seus membros, mas algo
novo, resultante dos processos que ali ocorrem. Assim, a mudança de um membro no
grupo pode alterar completamente a dinâmica deste. Lewin deu muita ênfase ao pequeno
grupo, por considerar que a Psicologia ainda não possui instrumental suficiente para o
estudo de grandes massas.
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Teoria de Campo e o Comportamento Organizacional
Isto porque, segundo Lewin, o estudo dos fatores ambientais (sociais, econômicos,
físicos, políticos e outros) possibilitam a compreensão e a caracterização do espaço vital
dos indivíduos.
A crítica que se faz à teoria de campo, segundo Aguiar (2000), é que ela trabalha
exclusivamente com o campo psicológico individual, portanto dentro de uma perspectiva
individual.
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No entanto, ao estudar os grupos, como uma unidade psicológica, por meio da
dinâmica de grupo, Lewin, estabeleceu norteadores para a compreensão da organização
como entidade psicológica.
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Por isso, as organizações podem promover a libertação ou dominação humana,
contribuindo ou impedindo o crescimento das pessoas – e consequentemente, de uma
sociedade.
Bibliografia:
• Banov, Márcia R.
Ferramentas da Psicologia Organizacional / Márcia R.
Banov. São Paulo: CenaUn,2002
• Freud, Sigmund.
EDIÇÃO STANDARD BRASILEIRA DAS OBRAS
PSICOLÓGICAS COMPLETAS DE SIGMUND FREUD / SIGMUNDO FREUD.
IMAGO EDITORA LTDA.
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