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SEGURANÇA DO TRABALHO
BELÉM, PA
Abril/2019
Sumário
Plano de Ensino 3
Objetivo 3
Ementa 3
Unidade 1- Psicologia como Ciência 3
2.2 Assertivo/Passivo/Agressivo
3.3 Depressão
EMENTA
1.5 Centrada
Carl Rogers (1902-1987), psicólogo norte-americano, é precursor da psicologia
humanista. Ao contrário de outros psicólogos que partiam do pressuposto da existência
de uma neurose básica, Rogers defendia uma ideia positivista, de que o núcleo da
personalidade humana tendia à saúde e ao bem-estar.
Teoria de grupos Rogers confere aos relacionamentos sociais importância
central. Os relacionamentos mais precoces podem ser congruentes ou servir como foco
de condições de valor, enquanto os relacionamentos posteriores podem restaurar a
congruência ou mesmo retardá-la. É através da interação com o outro que o indivíduo
pode descobrir, encobrir, experienciar ou encontrar seu self real de forma direta, posto
que é a partir da relação com o outro que nossa personalidade se manifesta. Dessa forma,
para Rogers, os relacionamentos oferecem a melhor oportunidade de estar “funcionando
por inteiro”.
Aceitação incondicional A aceitação de si mesmo como se é na realidade, e não
como se quer ser, é um sinal de saúde mental. Esta aceitação de si mesmo não implica
em resignação, mas sim como meio de estar mais próximo da realidade, pois é somente a
partir do reconhecimento de suas características reais é possível buscar meios eficazes
para o desenvolvimento. Nessa perspectiva o autor indica a aceitação incondicional das
pessoas que nos rodeiam, sem juízos de valor ou pré-conceitos. Aceitar as diferenças de
cada um.
Congruência/Incongruência “Congruência é definida como o grau de exatidão
entre a experiência da comunicação e a tomada de consciência. Ela se relaciona às
discrepâncias entre experienciar e tomar consciência. Um alto grau da congruência
significa que a comunicação (o que se está expressando), a experiência (o que está
ocorrendo em nosso campo) e a tomada de consciência (o que se está percebendo) são
todas semelhantes. Nossas observações e as de um observador externo seriam
consistentes.”
Self – equilíbrio a partir de relação com o outro. Para Rogers, Self é o autoconceito
que a pessoa tem de si mesma,que é baseada em experiências passadas, estímulos
presentes e expectativas futuras. Self é o contínuo processo de reconhecimento. Rogers
enfatiza muito as possibilidades de mudança e a flexibilidade que são conceitos que
fundamentam sua teoria e sua crença de que as pessoas são capazes de crescimento,
mudança e desenvolvimento pessoal.
1.6 Instituições de Trabalho – Análise Funcional
RANGÉ, Bernard. Psicoterapia Comportamental e Cognitiva. Editorial Psy II. São Paulo. 1995.
Para resumir, é importante que se planeje com critério, a escolha dos antecedentes. No entanto,
mesmo que bem-escolhidos, eles não serão eficazes se se opuserem a uma história prévia de
reforçamento ou se entrarem em conflito com outras fontes de reforçamento. Além disso, alguns
estudos indicam que, sob certas circunstâncias, mesmo sem identificar os antecedentes, é possível
modificar o comportamento e produzir um desempenho diferente e estável por meio do manejo
das consequências.
CONSEQUÊNCIAS COMPORTAMENTAIS
Consequências comportamentais são eventos que se seguem a determinados
comportamentos e alteram a probabilidade de ocorrência desses comportamentos no futuro. As
consequências são os instrumentos mais poderosos que os empresários têm para melhorar ou
aumentar o desempenho de seus funcionários. Problemas de baixa qualidade, queda de
produtividade, custos altos, competição inadequada, baixa cooperação etc. só têm uma única
solução: o manejo adequado das consequências após uma análise funcional correta.
Há quatro razões básicas que explicam por que alguém não emite o comportamento
esperado no trabalho:
a) O indivíduo não sabe o que fazer;
b) O indivíduo não sabe como fazer;
c) Há obstáculos no ambiente que desencorajam ou impedem que o indivíduo emita o
comportamento;
d) O indivíduo não quer emitir o comportamento.
As três primeiras razões (não saber o que fazer, não sabe como fazer ou obstáculos
ambientais) dizem respeito ao manejo dos antecedentes a que já nos referimos. No entanto,
quando alguém não emite um comportamento esperado porque não quer fazê-lo, estamos
falando de consequências. O comportamento que alguém emite sempre tem uma função, uma
razão de existir, isto é, se um comportamento continua a ser emitido é porque existem
consequências que o mantém, por mais estranho que possa parecer.
Por exemplo, o comportamento de um operário de chegar atrasado ou falar muito pode
parecer só trazer consequências desagradáveis (punições), como repreensão, desconto do
salário etc. No entanto, uma análise funcional mais detalhada pode revelar que aquele
indivíduo com suas falhas ou atrasos se livra (reforçamento negativo) de uma situação muito
mais aversiva como executar uma tarefa desagradável ou encontrar um supervisor agressivo.
É oportuno lembrar que um comportamento frequentemente tem mais que uma consequência,
algumas delas em nível encoberto e/ou provenientes do próprio indivíduo e sempre haverá
uma escolha entre as consequências mais agradáveis (ou menos aversivas) no momento.
Um outro aspecto a considerar é que as consequências têm maior impacto sobre o
comportamento quando são imediatas. Reforçamento (positivo ou negativo), punição ou
extinção atrasados no tempo ou não-contingentes costumam não ser eficazes e,
frequentemente, são associados a outros comportamentos que não o comportamento-alvo.
Além disso, o que é uma consequência para uma pessoa pode ser um antecedente para
outra. Por exemplo, quando vemos alguém emitindo um comportamento e sendo reforçado
por isso, tal fato pode aumentar a probabilidade de que nos comportemos de maneira
semelhante. Ou seja, o reforçamento recebido por alguém passa a sinalizar uma contingência
para o meu próprio comportamento. Por último, as consequências do meu próprio
comportamento podem funcionar como antecedentes para outros comportamentos adicionais
(encadeamento).
Escapa ao objetivo deste capítulo fazer uma análise ou descrição conceitual dos princípios
de Análise do Comportamento, uma vez que tais conceitos são extensamente descritos por
inúmeros autores: Skinner (1953), Keller (1966), Ferster (1977), Millenson (1975), etc.
Entretanto, apenas para resumir, podemos considerar que existem dois tipos de
consequências: as que aumentam a probabilidade de ocorrência do comportamento e as
consequências que diminuem a probabilidade de ocorrência.
1. Consequências que aumentam a probabilidade de ocorrência do comportamento.
Se o objetivo é atingir a qualidade total, deve-se medir os resultados para saber se esse
objetivo foi alcançado ou não. Neste sentido, novamente fica evidente a adequação do modelo de
Análise Funcional do Comportamento. Neste modelo, como já vimos, é indispensável a
identificação dos comportamentos-alvo, planejamento de contingências específicas e mensuração
posterior para avaliar o efeito dos procedimentos utilizados.
Em última análise, o que se espera é a excelência empresarial e ela envolve os
comportamentos organizacionais e individuais. Portanto, o nível de desempenho de cada
elemento da organização poderá contribuir, mais ou menos, com os resultados da mesma. Assim
sendo, como podemos integrar a tecnologia comportamental às estruturas organizacionais e
empresariais¿ Em primeiro lugar, é necessário partir da visão da empresa que é uma projeção do
que se espera que a instituição seja no futuro.
Ao se fazer a projeção do que se espera que a empresa venha a ser, novamente estamos
falando do levantamento do que seja reforçador, quer em termos econômicos, quer pessoais e
organizacionais. A partir deste levantamento, será estabelecido um plano estratégico em que cada
passo do processo comportamental é identificado, os antecedentes bem-definidos e as
consequências bem-escolhidas. Com a clareza de objetivos e planejamento estratégico
operacional bem-definido, qualquer programa poderá ser implantado e avaliado a posteriori.
Uma palavra final diz respeito à necessidade de se converter objetivos em resultados. Isto só
é possível a partir do momento em que os objetivos são definidos operacionalmente, isto é, de
maneira descritiva, com linguagem objetiva e passível de mensuração e avaliação.
A gestão empresarial baseada em fatos e dados é crucial para o bom desenvolvimento do
trabalho. Sempre que possível, as metas devem ser quantificadas e qualificadas, o sistema de
controle dos resultados deve ser implementado e, periodicamente, divulgado para toda a empresa.
Com esses instrumentos em mãos, é possível planejar as contingências do ambiente de
trabalho, selecionar as pessoas com repertório mais próximo aos comportamentos organizacionais
esperados ou treinar os comportamentos necessários. Neste sentido, é que há uma grande
necessidade do levantamento completo do potencial humano da empresa e um trabalho de
capacitação e requalificação deste potencial em nível de treinamento para garantir que os
procedimentos serão executados conforme o planejamento previsto.
Em resumo, a aplicação da Análise do Comportamento nas empresas é um campo amplo e
extremamente importante. Pode-se planejar desde treinamento de habilidades específicas, como
melhoria da comunicação, incremento e melhoria da cooperação, compreensão e uso adequado
da competição, até a formação de equipes e aumento de comportamentos adequados entre os
vários membros da equipe. Com conhecimento e aplicação adequada dos princípios de Análise
do Comportamento pode-se planejar um ambiente adequado, onde a excelência de desempenho
leve à consequente excelência em produtos e serviços, o que propiciará um ambiente mais
reforçador para todos.
Referências
Ferster, C.B., Culbertson, S. e Boren, M. C. P. Princípios do comportamento. São Paulo: Hucitec,
1977.
Keller, F. S. e Schoenfeld, W. S. Princípios de Psicologia. São Paulo: Herder, 1966.
Millenson, J. R. Princípios de análise do comportamento. Brasília: Coordenada, 1977.
Skinner, B. F. Science and Human Behavior. Nova Iorque. Macmillan, 1953.
Sobre as autoras
Maly Delitti
Professora assistente. Departamento de Métodos e Técnicas. PUC-SP.
Priscila Derdyk
Psicóloga clínica. Faculdade de Psicologia. PUC-SP.
2.2 Assertivo/Agressivo/Passivo;
Assertivo
O comportamento assertivo caracteriza-se pela capacidade de afirmação das opiniões,
vontades e sentimentos próprios, respeitando e promovendo a afirmação dos outros.
Comunicação simples, direta, expressiva e centrada na autoafirmação.
Agressivo
A comunicação agressiva domina e desvaloriza as outras pessoas. Quando este tipo de
abordagem é utilizada, são visíveis sinais de por exemplo, menosprezo, frieza e
intolerância. Quando se vem numa posição de subordinação tendem a revoltar-se contra
o que lhes é dito, tomando atitudes de “ser do contra”. Geralmente, pessoas com este tipo
de atitude falam alto, interrompem o outros no meio do seu discurso e falam sem noção
do tempo. Quando confrontados, geralmente inventam desculpas como “Neste mundo é
preciso um homem saber impor-se”, recusando-se a assumir o estilo adotado. Esta
agressividade pode ter origem no medo, desejo de vingança ou em frustrações
acumuladas.
Passivo
O comportamento passivo faz com que a pessoa se sinta bloqueada ou paralisada perante
um problema. Têm também medo de importunar os outros e de tomar decisões, por terem
medos de decepcionar as outras pessoas. “Sintomas” comuns de pessoas com estes
problemas são roer as unhas, ansiedade, insônias, mexer frequentemente os pés e bater
com os dedos nas mesas. Estas pessoas acabam por perder o respeito por si próprias,
desenvolver rancores e ressentimentos nas comunicações com os outros. Quando
confrontados em relação a este seu problema respondem muito frequentemente dizendo
“Não quero dramatizar”. Geralmente este comportamento advém de uma educação severa
e de uma desvalorização das suas capacidades.
3.3 Depressão;
"A depressão é um distúrbio neuropsicológico que abrange o organismo como um
todo, afetando o físico, o humor, o pensamento e até a forma como a pessoa vê e sente o
mundo ao seu redor". A principal característica é o sentimento de desencanto pela vida
que esse distúrbio provoca na pessoa. "É como se a vida perdesse a cor"
Quadros de depressão são muito comuns em Perícia Médica. Os quadros de
depressão são, a princípio, de caráter transitório e tratáveis e, portanto, passíveis de
recuperação, não evoluindo para uma incapacidade definitiva. A depressão pode estar
associada a distúrbios clínicos em que o emocional é um sintoma. Nesses casos, há
necessidade de esclarecer a etiologia. Um dos objetivos das perícias psiquiátricas é a
avaliação prognóstica ou, mais didaticamente, a avaliação das perspectivas sociais do
examinado. O interesse fundamental da Perícia Médica é a recuperação. O retorno à
atividade pode ter um cunho terapêutico!
Os fatores restritivos ao desempenho podem indicar que uma readaptação
funcional permitiria o retorno ao trabalho em uma função diversa da que o paciente
exercia, com qualidade de execução. O afastamento prolongado pode piorar a
enfermidade, pelo sentimento de inutilidade e isolamento e afastamento dos seus pares.
Há também casos em que há necessidade de verificar uma possível simulação pelo
exagero intencional das queixas ou até pela inexistência de elementos para se confirmar
o diagnóstico.
3.4 Prevenção e cuidados;
Nos ambientes de trabalho, os riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores e
trabalhadoras precisam ser evitados. Caso não seja possível eliminar o risco, a primeira
forma de prevenção, que deve ser priorizada pela empresa, é o uso dos Equipamentos de
Proteção Coletiva (EPCs), para proteger a vida da equipe e de terceiros durante a
realização de uma determinada tarefa. Os EPCs buscam minimizar os riscos inerentes ao
trabalho, protegendo a integridade física dos trabalhadores contra danos atuais e futuros
à sua saúde e capacidade de produção.
Existem EPCs específicos para cada tipo de risco, situação, ambiente e trabalho.
Alguns, porém, são bem conhecidos e de uso geral, tais como: sistemas de combate a
incêndios com o uso de borrifadores, detectores de fumaça, extintores, hidrantes,
mangueiras, redes de proteção, guarda-corpo, corrimão nas escadas, sistemas de
sinalização (placas, avisos, luzes, faixas luminosas, saídas de emergências), proteções nas
áreas de perigo de máquinas.
O segundo nível de proteção é a adoção de medidas administrativas, de ordem
geral, que visam diminuir o tempo de exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a
determinado risco, por meio de ações como redução da carga horária diária ou semanal,
adoção de escalas, e rodízio de equipes para determinados trabalhos. Outra medida, de
caráter preventivo, é a realização de treinamentos que efetivamente informem ao
trabalhador os riscos presentes no ambiente de trabalho.
O terceiro e último nível de prevenção são os Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs), que têm o objetivo de reduzir, para cada trabalhador e trabalhadora
individualmente, o risco de lesões e danos físicos. O uso de EPIs é determinado pela NR
6, que estabelece a obrigação das empresas em fornecer gratuitamente aos seus
empregados os equipamentos de proteção e sua manutenção, além de providenciar
treinamentos para a correta utilização dos acessórios. Os tipos de EPIs variam de acordo
com a atividade a ser realizada, ou dos riscos que ela traz à segurança e à saúde do
trabalhador, bem como da parte do corpo que se pretende proteger: óculos, luvas,
protetores auditivos, botas, máscaras, entre outros.
3.5 Papel do Engenheiro na Educação Prevencionista.
O profissional que realiza especialização em Engenharia e Segurança do Trabalho
tem um papel de extrema importância no mercado. A sua função principal é a de atuar na
gestão de segurança e saúde ocupacionais, em médias e grandes empresas dos mais
variadores setores.
Para tanto, tem como objetivo reduzir, ao máximo, as perdas e danos que podem
ocorrer, entre elas, as lesões humanas, danos materiais a máquinas, equipamentos,
instalações e ao meio ambiente. Mas não é só isso, a responsabilidade dos engenheiros de
segurança do trabalho vai muito mais além da necessidade de minimizar o número de
acidentes. Ele deve gerir profissionais habilitados a lidar com os processos de segurança
e higiene do trabalho.
O engenheiro com essa especialização é também vital para a segurança dos
trabalhadores, pois tem como função prevenir riscos à saúde e à vida do trabalhador. Por
isso, precisa criar métodos e procedimentos para assegurar que os empregados não corram
riscos de acidentes em sua atividade, tampouco danos físicos ou psicológicos.
Assim, cabe a ele administrar e fiscalizar a segurança no meio industrial, organizar
programas de prevenção de acidentes, elaborar planos de prevenção de riscos ambientais,
fazer inspeções e emitir laudos técnicos, bem como orientar a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (Cipa) das companhias. Outra área de atuação é a assessoria de
empresas em assuntos relativos à sua especialidade, examinando instalações e os
materiais e processos utilizados. Pode, ainda, ministrar palestras e treinamentos, além de
implementar programas de meio ambiente e ecologia.
METODOLOGIA
Os conteúdos serão desenvolvidos através de uma metodologia dinâmica, visando
relacionar a teoria e a prática educacional, envolvendo os alunos na participação de aulas
expositivo-dialógicas, debates, atividades individuais e em grupo, leitura dirigida,
exercícios; seminários; estudos de caso; vídeos afins e recursos de PowerPoint; Quadro
Magnético; dentre outros. Pretende-se estimular a apresentação de sínteses e de temas
afins ao conteúdo ministrado.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados através da participação em sala de aula, seminários e uma
apresentação criativa simulando uma situação concreta e identificando meios de
encaminhamento e ou superação dos obstáculos da aprendizagem. OU Prova a ser
negociado com os alunos no primeiro dia de aula.
Caso de Acidente
Capacitação pode ser a saída para diminuir acidentes de trabalho na indústria
Engenharia de Comunicação/ALTISEG
Data: 25/03/2014 / Fonte: Engenharia de Comunicação/ALTISEG
Somente em 2012, três óbitos foram registrados em Itajaí e cidades vizinhas. Os casos
não chegaram a ser noticiados para evitar a imagem negativa que gerariam para as
empresas contratantes. Quem relata o ocorrido é o bombeiro civil Rafael Girardi, que
trabalha na FIESC atendendo as indústrias catarinenses.
"Ficamos sabendo dos acidentes e mortes pelos resgatistas que atendem os locais e
colegas de trabalho. A falta de comprometimento com a segurança do trabalhador é
grande e precisamos mudar esta realidade", afirma. Levar conhecimento e capacitação
aos trabalhadores da indústria é uma das funções de Rafael que acumula no currículo o
cargo de facilitador de ações da SST do SENAI. Segundo ele, treinamento é a única
solução para reduzir drasticamente o índice de acidentes nestes locais. "Ministro cursos
em que treinamos os trabalhadores a reconhecer situações de risco e como agir caso
algo dê errado num trabalho em espaço confinado". A atualização profissional para
atuar na área Rafael buscou em Curitiba. Recentemente ele participou de um curso em
Espaço Confinado, ministrado pela Altiseg Segurança em Altura. O curso, de 40 horas,
capacita o profissional a liberar e fiscalizar os trabalhos em espaços confinados.
"A grande variedade de técnicas e os equipamentos com alta tecnologia a que tive
acesso ampliam nosso repertório de atuação dentro de um espaço confinado. Esses
conhecimentos serão inseridos nos módulos no SENAI e repassados para todos os
trabalhadores da indústria com o objetivo de segurarmos a vida do trabalhador da
indústria catarinense", conclui Rafael Girardi
*NR 33.1.2 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para
ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a
deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Análise Funcional:
Antecedente Resposta Consequente
Capacitação em cursos do Atuação segura e Diminuição ou eliminação
SENAI utilização de técnicas total de acidentes pelos
prevencionistas em funcionários treinados.
espaços confinados.
Textos
EU SEI MAS NÃO DEVIA
Marina Colassanti
Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra
vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não
olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a acender cedo a
luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não
pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A
deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não
posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado
quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo que deseja e o de que necessita. E a
lutar para ganhar dinheiro com que pagar. E a pagar mais do que as coisas valem
e a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais
dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição. Ás salas fechadas de ar condicionado e
cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam
na luz natural. As bactérias da água potável.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas,
tentando não perceber, vai afastando uma dor daqui um ressentimento ali, uma
revolta acolá. Se a praia está contaminada a gente molha só os pés e sua no resto
do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na 1ª fila e torce um pouco o
pescoço. Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim-de-semana.
E se no fim-de-semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda
fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto se acostumar, se perde de si mesma.
Cada Um
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho...
Porque cada pessoa é única para nós,
e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho,
mas não vai só...
Levam um pouco de nós mesmos
e nos deixam um pouco de si mesmos.
Há os que levam muito e os que levam pouco,
mas não há os que não levam nada.
Há os que deixam muito e os que deixam pouco,
mas não há os que não deixam nada.
Esta é a mais bela realidade da vida...
A prova tremenda de que cada um é importante
e que ninguém se aproxima um do outro por acaso...
Esta é a mais bela realidade da vida...
A prova tremenda de que cada um é importante
e que ninguém se aproxima um do outro por acaso...
Saint Exupery
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA:
BOCK, Ana Mercês. Psicologias. Uma introdução ao estudo de psicologia. São
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