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HIGIENE DO TRABALHO I
RUÍDO E CALOR
2. INSALUBRIDADE ................................................................................................... 6
HIGIENE DO TRABALHO I – RUÍDO E CALOR --- PROF. ESP ANTÔNIO PAULO MIRANDA SERRA 2020 ®
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UNIDADE I – HIGIENE OCUPACIONAL
Mas, você deve estar se perguntando, por que isto acontece? Porque agindo da
maneira como relatamos acima, estaremos apenas tratando a doença do trabalhador
(a consequência) e não a causa fundamental que é a exposição ao ambiente insalubre
(BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).
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Então, conforme você já aprendeu em diversas outras disciplinas, devemos trabalhar
de forma preventiva, ou seja, devemos tratar o ambiente de trabalho a fim de evitar
que os trabalhadores fiquem doentes. Neste contexto é que entra o estudo da
Higiene do Trabalho ou Higiene Ocupacional, conforme veremos a seguir.
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❖ Avaliação: Nesta etapa, realizamos uma avaliação quantitativa e/ou qualitativa
dos agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos postos de trabalho. É
nesta fase que devemos detectar os contaminantes, fazer a coleta das
amostras (quando cabível), realizar medições e análises das intensidades e
das concentrações dos agentes, realizar cálculos e interpretações dos dados
levantados no campo, comparando os resultados com os limites de exposição
estabelecidos pelas normas vigentes.
❖ Controle: com base nos dados obtidos nas etapas anteriores, devemos
propor e adotar medidas que visem à eliminação ou minimização do risco
presente no ambiente.
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Imagem 2. Aplicação das etapas de controle.
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UNIDADE II – INSALUBRIDADE
2.1. CONCEITO LEGAL, ENUNCIADO PELO ART. 189 DA CLT:
CLT - Artigo 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites
de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40%, 20%, e 10% do salário mínimo da região, segundo
se classifique no grau máximo, médio ou mínimo.
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2.4. PERCENTUAL DE INSALUBRIDADE POR AGENTE DE RISCO
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OBSERVAÇÃOES:
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UNIDADE III – AGENTE RUÍDO
3.1. CONCEITO
O conceito de ruído é associado a som desagradável e indesejável.
Imagem 5. Ouvido
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Com a idade, o ouvido humano vai diminuindo sua capacidade de escutar, isto é, fica
menos sensível aos sons, especialmente nas frequências mais altas.
Mas, é importante você saber que dentro do ouvido existem cílios para nos proteger
dos sons mais altos. Quando escutamos barulhos em volume excessivo, esses cílios
podem se danificar para sempre e perder sua função. Isso pode levar à surdez.
❖ Ouvido externo: é formado pelo pavilhão auricular e pelo canal auditivo. Esse
canal, responsável pela amplificação e condução dos sons, compõe-se da
membrana timpânica no fundo e é revestido de pelos e glândulas
(NISHIDA,2012).
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❖ Ouvido médio: esta parte é composta por três pequenos ossos, bigorna, estribo
e martelo que têm a capacidade de amplificar as vibrações em até 22 vezes
(IIDA, 2005).
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3.4. CURVAS DE COMPENSAÇÃO
Com fundamento em estudos de audibilidade (SALIBA, 2011), foram desenvolvidas
as curvas de compensação ou ponderação para simular como nosso ouvido reage
nas variadas frequências.
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dB(A) ocorre a liberação de endorfinas, causando sensação de prazer momentâneo.
Já a 100 dB(A) pode haver perda de audição. Muitas consequências da exposição
prolongada ao ruído têm sido relatadas na literatura, sendo, as mais frequentes são a
perda de audição e o aumento do nível de estresse com suas decorrências.
De acordo com Alexandry (1985), ocorrem três tipos de respostas ao ruído: resposta
somática, resposta química e resposta psicológica. A resposta somática diz
respeito a fatores como a vasoconstrição periférica, a hiporritmia ventilativa, a
variação galvanotérmica e a variação tenso muscular. A resposta química refere-se à
relação de secreção de substâncias glandulares, que produzem trocas clínicas na
composição de suco gástrico, sangue, urina e fluído neurônico. A resposta psicológica
apresenta-se em vários níveis, como sono, atenção, concentração, irritabilidade,
ansiedade, inibição, medo e neurótico.
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TABELA COM LIMITE DE TOLERÂNCIA DA NR 15 PARA RUÍDOS CONTÍNUOS
OU INTERMITENTES.
ANEXO 02 – IMPACTO
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LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO (ANEXO 02)
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❖ NR-17 (ERGONOMIA)
Segundo o item 17.5.2.1: Para as atividades que possuam as características
definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com
aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de
conforto será de até 65 dB (A).
❖ NR-9 (PPRA)
A NR-09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) define
parâmetros para estabelecimento de níveis de exposições ocupacionais
deflagradores de ações preventivas.
O Nível de Ação – NA é o valor de intensidade ou concentração de agentes nocivos
acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a
probabilidade de que as exposições ocupacionais ultrapassem os Limites de
Tolerância.
❖ NHO 01 (FUNDACENTRO)
Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critério e procedimentos para
avaliação da exposição ocupacional ao ruído, que implique risco potencial de
surdez ocupacional.
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3.7. INSTRUMENTAÇÕES UTILIZADAS PARA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO
RUÍDO
❖ DECIBELIBETRO
❖ AUDIODOSIMETRO
❖ CALIBTRADOR ACÚSTICO
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3.8. CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO
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3.9. TIPOS DE PROTEÇÕES AUDITIVAS E SUAS REFERIDAS ATENUAÇÕES
PROTETORES AUDITIVOS
✓ Certificado de Aprovação – CA
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ATENUAÇÃO DO RUÍDO ATRAVÉS DO MÉTODO NRRsf
1ª Questão
Em uma empresa foi realizado um monitoramento quantitativo de ruído e o resultado
obtido foi de 87 dB(A), a jornada de trabalho da empresa é de 6 horas diárias e a
proteção auditiva fornecida e do tipo plug com fator de atenuação NRRsf de 14 dB(A).
Pergunta-se:
a) O ambiente de trabalho é considerado insalubre.
b) A proteção auditiva é considerada eficaz. Justifique.
2ª Questão
Em uma empresa foi realizado um monitoramento quantitativo de ruído e o resultado
obtido foi de 100 dB(A), a jornada de trabalho da empresa é de 6 horas diárias e a
proteção auditiva fornecida e do tipo plug com fator de atenuação NRRsf de 12 dB(A).
Pergunta-se:
a) O ambiente de trabalho é considerado insalubre.
b) A proteção auditiva é considerada eficaz. Justifique.
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3ª Questão
Em uma empresa foi realizado um monitoramento quantitativo de ruído e o resultado
obtido foi de 98,6 dB(A), a jornada de trabalho da empresa é de 8 horas diárias e a
proteção auditiva fornecida e do tipo plug com fator de atenuação NRRsf de 14 dB(A).
Pergunta-se:
a) O ambiente de trabalho é considerado insalubre.
b) A proteção auditiva é considerada eficaz. Justifique.
4ª Questão
Em uma empresa foi realizado um monitoramento quantitativo de ruído e o resultado
obtido foi de 105 dB(A), a jornada de trabalho da empresa é de 8 horas diárias e as
proteções auditivas fornecidas são do tipo plug com fator de atenuação NRRsf de 20
dB(A) e do tipo abafador com fator de atenuação NRRsf de 23 dB(A). Pergunta-se:
a) O ambiente de trabalho é considerado insalubre.
b) A proteção auditiva é considerada eficaz. Justifique.
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4.1. CONCEITO DE CALOR
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❖ A caracterização da insalubridade por calor deve ser restrita aos ambientes
de trabalho com fontes artificiais de calor e não devido à exposição ao calor
proveniente do sol.
❖ Processo de Aclimatação:
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3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita
consultando-se o Quadro n.º 3.
QUADRO 2*
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,0
400 26,0
450 25,5
500 25,0
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QUADRO N.º 3
TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE
QUADRO 3*
TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h
Sentado em Repouso 100
Trabalho Leve:
Sentado, movimentos moderados com braços e 125
tronco (ex.: datilografia).
Sentado, movimentos moderados com braços e 150
pernas (ex.: dirigir).
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, 150
principalmente com os braços.
Trabalho Moderado:
Sentado, movimentos vigorosos com braços e 180
pernas. 175
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada,
com alguma movimentação. 220
De pé, trabalho moderado em máquina ou
bancada, com alguma movimentação. 300
Em movimento, trabalho moderado de levantar
ou empurrar.
Trabalho Pesado:
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou 440
arrastar pesos (ex.: remoção com pá).
Trabalho fatigante 550
Sendo:
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❖ FORMULA DE CÁLCULO DA TAXA DE METABOLISMO (M)
M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela
seguinte fórmula:
Sendo:
Sendo:
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❖ MONITOR DE STRESS TÉRMICO (TERMÔMETRO DE GLOBO)
LEGENDA:
1. TG. Temperatura do Globo
2. Tbs. Temperatura do Seco
3. Tbn. Temperatura do Úmido
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Faça os cálculos do IBUTG abaixo, sabendo que o descanso ocorre no próprio local
de trabalho:
Responda:
a) Qual o tipo de atividade de cada uma das situações abaixo?
b) As atividades abaixo são insalubres?
SITUAÇÃO 1
COZINHA INDUSTRIAL
AMBIENTE SEM CONTRIBUIÇÃO DE CARGA SOLAR
TAXA DE METABOLISMO
175 Kcal/h
Medições
Tg = 40 °C Tbn = 37,6 °C Tbs = 38,9 °C
MEMORIAL DE CÁLCULO
ATIVIDADE DO TIPO:
LIMITE DE TOLERÂNCIA
Máxima IBUTG =
ATIVIDADE INSALUBRE
SIM ( ) NÃO ( )
SITUAÇÃO 2
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PIZZARIA
AMBIENTE COM CONTRIBUIÇÃO DE CARGA SOLAR
TAXA DE METABOLISMO
220 Kcal/h
Medições
Tg = 45 °C Tbn = 39 °C Tbs = 42 °C
MEMORIAL DE CÁLCULO
ATIVIDADE DO TIPO:
LIMITE DE TOLERÂNCIA
Máxima IBUTG =
ATIVIDADE INSALUBRE
SIM ( ) NÃO ( )
2ª Questão
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Em uma empresa foi realizada a avaliação quantitativa de calor de um Operador de
Caldeira que realiza o abastecimento da fornalha da caldeira e o monitoramento da
mesma, reabastecendo-a quando necessário.
Faça os cálculos do IBUTG sabendo que o descanso ocorre fora do local de trabalho
e responda se o operador de caldeira faz jus ao adicional de insalubridade.
OBS: durante toda a atividade existe contribuição de carga solar.
Abastecendo a fornalha
Tg = 45 ºC
IBUTG=
Tbn = 38,7 ºC
Tbs = 42 ºC
Tg = 30,0 ºC
IBUTG =
Tbn = 27,2 ºC
Tbs = 28,9 ºC
Abastecendo a fornalha
Tg = 47,5 ºC
IBUTG =
Tbn = 40,3 ºC
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Tbs = 44,1 ºC
Tg = 30,5 ºC
IBUTG =
Tbn = 26,0 ºC
Tbs = 28,5 ºC
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