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UNIVERSIDADE WUTIVI – UNITIVA

Faculdade de Engenharia, Arquitectura e Planeamento Físico

Curso de Licenciatura em Engenharia Civil

ADIÇÃO DA SERRADURA NA PRODUÇÃO DE BLOCO DE SOLO-CIMENTO SEM


FUNÇÃO ESTRUTURAL (BLOCO FRESCO) PARA EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS.

Trabalho submetido em cumprimento dos requisitos para obtenção do Grau de

Licenciatura em Engenharia Civil

Candidato: Charton Maria João Mercedes

Supervisor: Doutor Jeremias Abel Palalane

Boane, Março 2022


. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

UNIVERSIDADE WUTIVI – UNITIVA

Faculdade de Engenharia, Arquitectura e Planeamento Físico

Curso de Licenciatura em Engenharia Civil

ADIÇÃO DA SERRADURA NA PRODUÇÃO DE BLOCO DE SOLO-CIMENTO SEM


FUNÇÃO ESTRUTURAL (BLOCO FRESCO) PARA EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS.

Candidato: Charton Maria João Mercedes

Supervisor: Doutor Jeremias Abel Palalane

Boane, Março 2022

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Universidade Wutivi
Faculdade de Engenharia, Arquitectura e Planeamento Físico

Curso de licenciatura em Engenharia Civil


DECLARAÇÃO

Universidade Wutivi Faculdade de Engenharia, Arquitectura e Planeamento Físico Curso de


Licenciatura em Engenharia Civil Declaração Declaro por minha honra que esta monografia, no
presente momento, submeto a UNIVERSIDADE WUTIVI, em cumprimento dos requisitos para
obtenção do grau de licenciatura em Engenharia civil, nunca foi apresentada para obtenção de
qualquer outro grau académico e que constitui o resultado da minha investigação pessoal, tendo
indicado no texto e na bibliografia as fontes que utilizei.

O Autor O Supervisor

____________________________ ______________________________
Charton Maria João Mercedes Doutor Jeremias Abel Palalane

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Dedicatória

Dedico este trabalho/pesquisa aos meus pais em especial a


melhor mãe do mundoMaria Carlos Gulube Coutinho

A família Mercedes, Gulube e Macicame por estarem


directamente envolvidas no processo da minha formação.

(Estar de passagem neste mundo não impede viver e


construir legado, a memoria e vida de um homem só é
lembrada com seu legado/obras)

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AGRADECIMENTOS
Tempo se foi mas deixou seus frutos, frutos esses de grandes batalhas travadas. Foram 6 anos de
muita luta e dedicação que a intervenção de algumas pessoas e vontade de Deus, consegui vencer
esta batalha.

A gradeço a Deus pelo dom da vida, sabedoria, paciência. Agradeço a mim pelo foco, persistência e
ter acreditado no meu potencial para conquistar este grau.

Agradeço também aos meus tio Paito e Madalena (Gulube) por terem ajudado a dar os primeiros
passos a esta caminhada que chega ao fim.

O meu especial agradecimento ao meu supervisor Doutor. Jeremias Palalane pela paciência e o
profissionalismo durante esta caminhada, por me ajudar a alcançar este feito hoje concretizado, por
me mostrar as melhores directrizes para o êxito.

Digo obrigado a minha companheira Virgínia Aguida Manhique que nos últimos 3 anos tornou-se
suporte, apoio e conselheira.

Agradecer ao pessoal do laboratório da faculdade de Engenharia da Universidade Wutivi em


especial os técnicos Cossa e Delcastro pelo suporte em várias ocasiões.

As turmas de Engenharia Civil de 2015, 2016 e 2017 meu obrigado pelo companheirismo, suporte
nas batalhas, em especial agradecemos aos companheiros das trincheiras Hélio Chissaque, Edson
Quimo, Salomão, Etiene Mapasse, Edson Mavambe Irshade Mahire, Dúlcio, Chamussodine,
Edilson, Gleyse.

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RESUMO
A consequência da subida do aquecimento global remete-nos a necessidade de busca de novas
formas e materiais de construção para mitigação deste fenómeno no interior dos edifícios
residências. O presente trabalho tem como objectivo avaliar a substituição de solo em blocos de
solo-cimento sem função estrutural para edifícios residenciais por serradura de madeira extraída nos
coqueiros, em percentagens equivalentes de 25%, 50% e 75%.

Esta pesquisa e estudo foram desenvolvidos no âmbito da elaboração da monografia como requisito
para conclusão do curso de licenciatura em Engenharia Civil baseada na avaliação da adição da
serradura de madeira a base coqueiros na produção de blocos frescos de solo-cimento sem função
estrutural para edifícios residenciais por via de comparação dos resultados registados das amostras
em adição da serradura em relação as que teve-se substituição de solo por serradura de madeira de
coqueiros, tendo como bases reguladoras as normas obtidas no Instituto Nacional de Normalização
e Qualidades (INNOQ) para o bloco de solo-cimento sem função estrutural.

Os resultados obtidos na pesquisa foram satisfatórios. Para o ensaio de resistência compressão a


composição que mais destacaram se foram as amostras de T75, tendo atingido aos 28 dias uma
média de 3 MPa. As amostras com o mesmo traço apresentaram resultados positivos no segundo
ensaio de absorção de água, a média da capacidade de absorção de água de corpo de prova foi de
12,81 %. O terceiro ensaio de condutividade térmica confirmou que o T75 apresenta melhores
características de ser empregue no fabrico de blocos de solo-cimento sem função estrutural para
edifícios residências, tendo sido a média da temperatura interna fixada no intervalo de 24 °C a 27
°C.

Estes dados são indicadores do forte potencial da serradura de madeira de coqueiros como um
aditivo para produção de blocos sem função estrutural para garantia do conforto térmico nos
edifícios residenciais.

Palavra-chave: Bloco de solo-cimento sem função estrutural, Bloco Fresco, Serradura de madeira
de coqueiros.

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ABSTRACT

The consequence of the rise in global warming leads us to the need to search for new forms and
building materials to mitigate this phenomenon inside residential buildings. This study aims to
evaluate the replacement of soil in soil-cement blocks without structural function for residential
buildings by wood sawdust extracted in coconut trees, in equivalent percentages of 25%, 50% and
75%. This research and study were developed as part of the preparation of the monograph as a
requirement for completion of the degree course in Civil Engineering based on the evaluation of the
addition of coconut wood sawdust in the production of fresh soil-cement blocks without structural
function for residential buildings by comparing the recorded results of the samples in addition of
sawdust in relation to those that had soil replacement by coconut wood sawdust, having as
regulatory bases the standards obtained from the National Institute of Standardization and Qualities
(INNOQ) for the soil-cement block without structural function.

The results obtained in the research were satisfactory. For the compressive strength test, the
composition that stood out the most was the T75 samples, having reached an average of 3 MPa at
28 days. Samples with the same trait showed positive results in the second water absorption test, the
average water absorption capacity of the specimen was 12.81 %. The third thermal conductivity test
confirmed that the T75 has better characteristics to be used in the manufacture of soil-cement
blocks without structural function for residential buildings, with the average internal temperature
fixed in the range of 24 °C to 27 °C. These data are indicators of the strong potential of coconut
wood sawdust as an additive for the production of blocks without structural function to ensure
thermal comfort in residential buildings.

Keyword: Soil-cement block without structural function, Fresh Block, Coconut tree wood sawdust.

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Índice
Dedicatória ............................................................................................................................................... iv

AGRADECIMENTOS .............................................................................................................................. v

RESUMO ................................................................................................................................................. vi

ABSTRACT ............................................................................................................................................ vii

Índice de Figuras .................................................................................................................................... xiii

Listagem de Símbolos e Unidades .......................................................................................................... xv

Listagem de Abreviaturas....................................................................................................................... xvi

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1

1.1. Delimitação do tema ....................................................................................................................... 2

1.1.1 Delimitação espacial .................................................................................................................. 2

1.1.2. Delimitação Contextual ............................................................................................................. 2

1.2. Problematização.............................................................................................................................. 2

1.3. Hipótese .......................................................................................................................................... 3

1.4. Importância do tema ....................................................................................................................... 3

1.5. Objectivos ....................................................................................................................................... 3

1.5.1. Objectivos Gerais ................................................................................................................ 3

1.5.2. Objectivos específicos ......................................................................................................... 3

1.6. Justificativa ..................................................................................................................................... 4

1.7. Constrangimentos ........................................................................................................................... 4

1.8. Estrutura do Projecto ...................................................................................................................... 6

2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................... 7

2.1. Composição da matéria-prima ........................................................................................................ 7

2.1.1. Serradura de madeira de coqueiros ..................................................................................... 7

2.2. Cimento Portland ............................................................................................................................ 7

2.3. Agregados ....................................................................................................................................... 8

2.4. Água................................................................................................................................................ 8
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2.5. Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural .................................................................... 8

2.6. Isolantes térmicos ........................................................................................................................... 9

2.6.1. Classificação dos isolantes térmicos ................................................................................... 9

2.7. Conforto térmico.......................................................................................................................... 10

2.8. Calor ............................................................................................................................................. 11

Calor Especifico ............................................................................................................................... 11

2.8.1. Condução de Calor ............................................................................................................ 11

2.8.2. Conversão .......................................................................................................................... 12

2.8.3. Radiação ............................................................................................................................ 13

2.9. Condutividade térmica .................................................................................................................. 13

2.9.1. Determinação da condutividade térmica ........................................................................... 13

2.10. Métodos normalizados param a determinação da condutividade térmica .................................. 14

3. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 15

3.1. Quanto a natureza ......................................................................................................................... 15

3.2. Quanto ao tipo .............................................................................................................................. 15

3.3. Quanto a abordagem ..................................................................................................................... 15

3.4. Pesquisa bibliográfica ................................................................................................................... 16

3.5. Procedimento técnico ................................................................................................................... 16

3.6. Proposta da pesquisa ..................................................................................................................... 16

3.6.1 Bloco fresco....................................................................................................................... 16

3.6.2. Preparação da matéria-prima ............................................................................................. 17

3.6.3. Produção das amostras ...................................................................................................... 18

3.6.4. Traços das experiências ......................................................................................................... 18

3.6.4. Ensaio de resistência à compressão ................................................................................... 19

3.6.4.1. Material e equipamentos para ensaio de resistência a compressão ............................... 19

3.6.4.2. Determinação da resistência à compressão ................................................................... 19

3.6.5. Ensaio de absorção na água ............................................................................................... 20


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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

3.6.5.1. Material e equipamento para ensaio de absorção na água ............................................. 20

3.6.6. Determinação Ensaio de absorção a água ......................................................................... 20

3.7. Ensaio da condutividade térmica do bloco fresco de (SMC) ....................................................... 21

3.8.1. Material e equipamento para ensaio de condutividade térmica ........................................ 21

3.8.2. Determinação da condutividade térmica do bloco ............................................................ 21

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................... 24

5. CONCLUSAO E RECOMENDACOES ....................................................................................... 29

5.1. Conclusão ..................................................................................................................................... 29

5.2. Recomendações param estudos futuros ........................................................................................ 30

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 33

Apêndices. .............................................................................................................................................. 35

Anexos .................................................................................................................................................... 49

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Índice de Tabelas
Tabela 1: composição química da madeira…………………………………………………..……..25

Tabela 2: Dimensões do Bloco Vazado solo-cimento sem função estrutural………………...…….27


Tabela 3: Traço para a produção das amostras……………………………………………..….…...38

Tabela 4: Resultados do teste a compressão aos 7 dias dos blocos de T0, primeira experiencia …..52

Tabela 5: Resultados do teste a compressão aos 28 dias dos blocos de T0, primeira
experienciam…………………………………………………….……………………………..……53
Tabela 6: Resultados do teste a compressão aos 7 dias dos blocos de T25, primeira
experienciam……………………………………………………………………………………...…54
Tabela 7: Resultados do teste a compressão aos 28 dias dos blocos de T25, primeira
experienciam………………………………………………………………………………………..55

Tabela 8: Resultados do teste a compressão aos 7 dias dos blocos de T50, primeira
experienciam…………………………………………………………………………………….…..56
Tabela 9: Resultados do teste a compressão aos 28 dias dos blocos de T50, primeira
experienciam……………………………………………………………………………………..….57

Tabela 10: Resultados do teste a compressão aos 7 dias dos blocos de T75, primeira
experienciam…………………………………………………………...………………………...….58

Tabela 11: Resultados do teste a compressão aos 28 dias dos blocos de T75, primeira
experienciam……………………………………………………………………...………………....59

Tabela 12: Ensaio de absorção de água aos 7 dias dos blocos de T0…………………………...…..59

Tabela 13: Ensaio de absorção de água aos 28 dias dos blocos de T0…………………….………..60

Tabela 14: Ensaio de absorção de água aos 7 dias dos blocos de T25………………..…..…..….…60

Tabela 15: Ensaio de absorção de água aos 28 dias dos blocos de T25………………...….….…....60

Tabela 16: Ensaio de absorção de água aos 7 dias dos blocos de T50…………………...…..……..60

Tabela 17: Ensaio de absorção de água aos 28 dias dos blocos de T50……………….……..……..61

Tabela 18: Ensaio de absorção de água aos 7 dias dos blocos de T75……………….…..................61
Tabela 19: Ensaio de absorção de água aos 28 dias dos blocos de T75……………………...…….61
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Tabela 20: Ensaio de medição de temperatura no dia 10/09/21………………………………...…..61

Tabela 21: Ensaio de medição de temperatura no dia 13/09/21………………………………..…..62

Tabela22: Ensaio de medição de temperatura no dia 14/09/21…………………………...…..……62

Tabela 23: Ensaio de medição de temperatura no dia 15/09/21………………………………..…..62

Tabela 24: Ensaio de medição de temperatura no dia 17/09/21………………………………..…..62

Tabela25: Ensaio de medição de temperatura no dia 20/09/21……………………………… ..…..63

Tabela 26: Ensaio de medição de temperatura no dia 21/09/21…………………………..…... …..64

Tabela 26: Ensaio de medição de temperatura no dia 22/09/21…………………………… .……..64

Tabela 27: Ensaio de medição de temperatura no dia 23/09/21…………………………...….. …..64

Tabela 28: Ensaio de medição de temperatura no dia 23/09/21……………………………..... …..65

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Índice de Figuras
Figura 1: Gráfico mostrando elementos com baixa até ata condutividade de calor…………… …..30

Figura 2: Modelo de bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural……………………..….36

Figura 3: Serradura de Madeira dê Coqueiros……………………………………..………………..37


Figura 4: Modelo para ensaio de condutividade térmica com as medições…………………..……42

Figura 5: Modelo para ensaio de condutividade térmica…………………………………..……….42


Figura 6: Termómetro de medição de temperatura………………………………………..……….43
Imagens 7 e 8: Imagem de Serradura de Madeira de Coqueiro. Imagem de mistura de serradura de
madeira de coqueiro, solo e cimento………………………………………………………....……..66

Imagens 8 e 9: Na imagem estufa para secagem dos blocos para o ensaio de absorção a água……66

Imagens 10 e 11: Os Blocos no processo de ensaio de absorção………………………….…….….67

Imagens 12 e 13: Realização de ensaio de resistência a compressão……………………………….67

Imagem 14: Corpo de prova para ensaio de condutividade térmica…………………………….….68

Imagem 15: Produto final da experiência……………………………………………..…….……...69

Imagem 16: Medição do Bloco……………………………………………….………………...…..69

Imagens 17 e 18: Medição do Bloco…………………………………….………………...………..70

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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Índice de Gráficos

Gráfico 1: Médias da resistência a compressão da idade de (corpo de prova) aos 07 e 28 dias .......45

Gráfico 2: Médias dos resultados do ensaio de absorção a água aos 07 e 28 dias ..………...…...…46
Gráfico 3: Médias das temperaturas diárias de cada traço durante três (3) semanas consecutivas
………………………………………………………………………………………………………48

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Listagem de Símbolos e Unidades


min – Minutos;

g – Gramas;

kg – Quilogramas;

MPa – Mega Pascal;

N – Resistência;

Rc – Resistência a Compressão;

Rf – Resistência a flexão;

% – Percentagem;

%F – Percentagem de finura;

M1 – Massa do bloco seca na estufa em Quilograma;

M2 – Massa do bloco saturado em Quilograma;

A – Absorção de água em percentagem;

q – Taxa de transferência de calor;

∆T – Diferença de temperatura;

k – Condutividade térmica do material;

T1 – É a temperatura da superfície emissora em Kelvin;

T2 – É a temperatura absoluta do ambiente que troca calor com o corpo dado e ε é a emissividade
do corpo dado;

h – Coeficiente de transferência de calor por convecção;

As – Superfície de transferência de calor,

m² – Metros Quadrados;

Ts – Temperatura da superfície,

℃ – Grãos Celcius.

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Listagem de Abreviaturas
INNOQ – Instituto Nacional de Normalização de Qualidade;

LEU – Laboratório de Engenharia da Unitiva;

NM – Norma Moçambicana;

NBR – Norma Brasileira;

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;

ASTM – Associação Americana de Testagem de Material;

ISO – Organização Internacional Para Padronização;

INAM – Instituto Nacional de Metrologia;

Eng.º – Engenheiro;

SMC – Serradura de Madeira de Coqueiros

xvi
1. INTRODUÇÃO

Moçambique é um país caracterizado com duas estações climáticos (verão e inverno) no verão é quente
e húmido e no inverno é seco e frio, estes dizem respeito a artigos publicados por Instituto Nacional de
Meteorologia, 2005. O tema do presente trabalho foi escolhido essencialmente da necessidade de
mitigação do desconforto térmico nos edifícios residenciais e redução do consumo de energia eléctrica
devido ao recurso a meios de condicionamento artificial do ar para garantir conforto em ambientes
habitacionais.

Isolantes térmicos são materiais ou combinações de materiais utilizados para minimizar o fluxo de
calor dos sistemas, reduzindo a condução, a convecção e a radiação, pois eles geram uma forte
resistência no caminho do fluxo de calor KAPUNO; RATHORE, (2011).

O conforto térmico é reconhecido como não sendo um conceito exacto, que não implica uma
temperatura exacta. O conforto térmico depende de factores quantificáveis (temperatura do ar,
velocidade do ar, humidade, etc.) e de factores não quantificáveis (estado mental, hábitos, educação,
etc.) Assim, as preferências de conforto das pessoas variam bastante consoante a sua aclimatização
particular ao ambiente local, Khedari et al, (2000).

Nicol e Humphreys, (2002) referem que com o intuito de obter um ambiente no interior dos edifícios
termicamente confortável para os seus ocupantes, as normas sobre conforto térmico são uma
ferramenta essencial. Inicialmente estas normas tinham como principal preocupação definir as
condições de conforto térmico, sem ter em conta os consumos energéticos necessários para atingir o
conforto. Mas devido aos problemas ambientais que são cada vez mais evidentes, à necessidade do
desenvolvimento sustentável, estas normas de conforto térmico têm de considerar formas de o atingir
com o menor consumo energético possível.

Observa-se que em Moçambique, a maior parte dos edifícios residenciais convencionais nas paredes
são empregues blocos vazados e tijolos. Estes elementos em exposição ao calor, causam desconforto
aos utentes dos edifícios por causa da quantidade de calor absorvido e posteriormente liberado para o
seu interior.

E para mitigação desses efeitos causados pelo calor são aplicados nos edifícios quebra-sois, paredes
duplas, isolantes térmicos e uso de equipamentos (como: ar condicionados, ventiladores) que por sua
vez aumentam a suficiência energética dos edifícios levando a gostos avultados de energia eléctrica, o
que acarreta custos para o consumidor e para entidade fornecedora de energia. (MATTOS HABIB,
2014).
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tudo exposto leva a criação e proposta de um bloco denominado (Bloco Fresco) que será por si só
elemento construtivo não estrutural e isolante térmico eficiente.

1.1. Delimitação do tema


O tema proposto e vasto e complexo. Desta forma vai-se escolher questões fundamentais e
representativas, analisando e pondo em conta os estudos específicos em cada uma das áreas que fazem
parte. A pesquisa vai-se limitar ao desenvolvimento de elementos de envolvente, paredes.

1.1.1 Delimitação espacial


O estudo desta pesquisa teve lugar no município de Boane, bairro Belo Horizonte nas instalações da
Faculdade de Engenharia, Arquitectura e Planeamento Físico da UniTiva.

1.1.2. Delimitação contextual


Este estudo desenvolveu-se e limitou-se no âmbito do trabalho de final de curso, no contexto de uso da
serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função estrutural (Bloco
Fresco) para edifícios residenciais.

1.2. Problematização
Há medida que os anos passam a sociedade vai-se tornando mais desenvolvida, necessitando de mais
energia e de um maior conforto térmico. Com isto existe um conceito denominado eficiência energética
que permite fazer uma utilização responsável nos serviços que são utilizados no dia-a-dia (CORTES, P.
471 2018).

De acordo com o professor Vahan Agopyan, da Universidade de São Paulo, a construção civil é
responsável pelo consumo de 40% a 75% da matéria-prima produzida no planeta.

Todavia as construções de edifícios residências em Moçambique são feitas de materiais convencionais,


com posterior revestimento no inteiro e exterior, aplicação de elementos construtivos para garantir o
conforto térmico dos edifícios ou aplicação de equipamentos que garantam o conforto no interior dos
edifícios. Esses processos de garantia de conforto térmico acima citados sempre acarretam custos na
construção ou na vida útil dos edifícios. Tendo em conta a problemática levantada acima, coloca se a
seguinte questão: Como garantir o conforto térmico usando blocos de solo-cimento nos edifícios
residenciais sem elevados custos na construção e na vida útil dos edifícios residenciais?

2
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

1.3. Hipótese
Para a Professora Selene Herculano (2014), Hipótese é o sinónimo de suposição. Neste sentido,
hipótese é uma afirmação categórica que tenta responder o problema levantado no tema escolhido
para a pesquisa. É uma pré-solução para o problema levantado. O trabalho de pesquisa irá
confirmar ou negar a hipótese.
 O uso de serradura de madeira de coqueiros pode reduzir a condução térmica do bloco;

 Até que ponto o bloco com serradura de madeira de coqueiros funciona como insolente
térmico.

1.4. Importância do tema


O tema em pesquisa surge na necessidade de responder e resolver problema enfrentados na sociedade e
na construção civil no que concerne o conforto térmico a diminuição de gatos em energia eléctrica e
isolantes para garantir o conforto térmico dos edifícios residências.

No presente trabalho, propôs-se o desenvolvimento do Bloco Fresco com baixa condutividade térmica
para reduzir a transmissão de calor do exterior para o interior dos edifícios residenciais e garantir o
conforto térmico para os usuários.

1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivos Gerais
 Apresentar uma proposta de bloco com baixa condutividade térmica para edifícios
residências, para garantir o conforto térmico nos mesmos, e sem o recurso de equipamentos
electrónicos de condicionamento de ar, paredes duplas ou isolantes térmicos.

1.5.2. Objectivos específicos


 Determinar a percentagem de substituição em massa/volume do solo pela serradura;
 Analisar a condutividade térmica do novo material (bloco fresco);
 Testar a resistência a compressão e absorção da água dos blocos produzidos com aditivo de
SMC;
 Definir a aplicabilidade dos blocos com aditivo d SMC nos edifícios residências os blocos
com aditivo de SMC.

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

1.6. Justificativa
Segundo Gil (2008) justificativa trata-se de uma apresentação inicial do projecto, que pode incluir
factores que determinam a escolha do tema, argumentos relativos à importância da pesquisa e a
referência e a sua possível contribuição para conhecimento de uma questão teórica ou prática.

A cada ano que passa o aquecimento global tem vindo a intensificar, tornando a terra palco de desastres
naturas mais frequentes. Em Moçambique actualmente o verão é mais intenso que o inverno e lavando
mais tempo no seu percurso climático. (INAM 2015)

Nessa conjuntura, a escolha do tema, o estudo e desenvolvimento do bloco (Bloco Fresco) é de


relevante importância pois este poderá contribuir para a melhoria do conforto térmico nos edifícios
residenciais, sem o uso de isolantes térmicos nem o de equipamentos eléctricos para o condicionamento
do ar. O bloco fresco reduz a transmissão do calor do exterior para o interior dos edifícios residenciais,
sem causar desconforto aos utentes e danos a saúda humana. O bloco fresco é viável para a população
de baixo redá, residentes em locais com abundância de coqueiros e onde pratica-se a extracção de
madeira destes, no caso as províncias de Inhambane e Zambézia.

A implementação do bloco fresco em residências é económico, visto que um único elemento tem as
funções de divisória, isolante térmico, reduz a perda na separação do bloco em duas metades e tem um
peso muito inferior ao bloco convencional. É mais viável o uso do bloco fresco nas zonas com paredes
com maior incidência sol durante o dia.

A serradura usada neste trabalho é proveniente da produção barrotes de coqueiros, um material que
depois é incinerado por falta de posterior utilidade e assim contribui para o aquecimento global. Como
forma de reaproveitamento destes resíduos propõem-se o seu uso na produção do bloco fresco.

1.7. Constrangimentos
Foram constrangimentos na materialização do trabalho os seguintes:
 Ocorrência de precipitação
Entende-se por precipitação a água proveniente do vapor de água da atmosfera depositada na
superfície terrestre sob qualquer forma: chuva, granizo, neblina, neve, orvalho ou geada.

No dia 21 de Setembro de 2021 não foi possível a realização dos ensaios de condutividade
térmica devido a precipitação (chuva).

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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

 Pandemia do COVID-19
É uma pandemia em curso de COVID-19, uma doença respiratória causada pelo coronavírus da
síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2).

A pandemia em destaque levou ao enceramento das actividades escolares em todo o país no


fase inicial dos ensaios no Leu.

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1.8. Estrutura do Projecto

Capitulo I: (Introdução), abordara-se o tema em desenvolvimento, delimitação do Estudo e


contextualização do tema, problematização, hipóteses, importância do tema, objectivos gerais,
objectivos específicos, constrangimentos;

Capitulo II: (Revisão da literatura) onde se desenvolve a composição da matéria-prima, “serradura de


madeira de coqueiros”, cimento “Portland”, agregados, água, bloco vazado, isolantes térmicos,
classificação dos isolantes térmicos, calor, calor específico, condução do calor, radiação, condutividade
térmica, determinação da condutividade térmica e métodos normalizados para determinação da
condutividade térmica;

Capitulo III: (Metodologia) procedimentos técnicos, ensaio de granulometria da SMC, proposta da


pesquisa, bloco fresco, Uso de SMC como agregado para bloco vazado de solo-cimento sem função
estrutural Determinação da resistência à compressão e da absorção de água, Ensaio de resistência à
compressão, Ensaio de absorção de água e Ensaio de condutividade Térmica;

Capitulo IV: (Apresentação e discussão dos resultados),è feita a apresentação e análise dos resultados
obtidos;

Capitulo V: (Conclusão) fez-se as considerações finais, corroboração ou refutação das hipóteses e


recomendações para futuras pesquisas.

Capitulo VI: Referências bibliográficas.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Composição da matéria-prima


2.1.1. Serradura de madeira de coqueiros
A serragem/ serradura de madeira de coqueiro é um resíduo sólido resultante da madeira, fonte
energética renovável e com bom poder calorífico. Este resíduo é queimado na carpintaria/serração
ao ar livre sem o uso energético e polui o meio ambiente (SENAFOR (2015),

 Características Químicas
A composição química da madeira vária muito pouco e qualquer que seja a espécie, no estado anidro, a
sua composição média é a seguinte.

Tabela 1: composição química da madeira


Elementos Quimicos Sua Percentagem
Carbono 49%
Hidrogenio 6%
Oxigenio 44%
Azoto 1%
Cinzas(material
mineral) 1%
Fonte: (Coutinho, 1999, p. 12)

2.2. Cimento Portland

O cimento é produzido a partir de duas matérias-primas principais: calcário e argila. O calcário é


formado por carbonato de cálcio, CaO3, e a argila é constituída fundamentalmente por silicatos
hidratados de alumínio e ferro, resultantes da decomposição de feldspatos (Coutinho, 2012).

Para Gomes e Pinto (2013), o cimento é um ligante hidráulico, isto é, um material inorgânico finamente
moído que, quando misturado com água, forma uma pasta que faz presa e endurece devido a reacções e
processos de hidratação e que, depois do endurecido, conserva a sua resistência mecânica e estabilidade
imerso na água.

Sendo um ligante hidráulico e resistente após o endurecimento, tona-se o material de grande


importância na produção dos blocos porque aumenta a sua resistência.

Segundo a NM93 (2009), o cimento Portland deve atender, conforme o tipo empregado, às NBR 5732,
NBR 5733, NBR 5735, NBR 5736 ou NBR 11578.

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2.3. Agregados

 Definição
Segundo a (NBR 9935/05) agregada para construção civil são materiais minerais, sólidos inertes que,
de acordo com granulometrias adequadas, são utilizados para fabricação de produtos artificiais
resistentes mediante a mistura com materiais aglomerantes de activação hidráulica ou com ligantes
betuminosos.

Agregado miúdo  Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a


mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT de 4,8 mm (peneira de malha quadrada com
abertura nominal de 4,8 mm) e ficam retidos na peneira ABNT 0,150 mm.
- Granulometricamente areia fina (entre 0,06 mm e 0,2 mm), segundo a NBR 7211/83;
- Granulometricamente areia media (entre 0,2 mm e 0,6 mm), segundo a NBR 7211/83;
- Granulometricamente areia grossa (entre 0,6 mm e 2,0 mm), segundo a NBR 7211/83.

2.4. Água
Segundo a (NBR 6136) a água de amassamento deve ser limpa e isenta de produtos nocivos à
hidratação do cimento.

2.5. Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural


Segundo a NM93 (2009) componente para alvenaria de seção transversal útil entre 40% e 80% da
seção transversal total, constituído por uma mistura homogénea, compactada e endurecida de solo,
cimento Portland, água e eventualmente aditivos, em proporções que permitam atender às exigências
desta Norma.
 Secção transversal total Área total da secção transversal compreendida pelo contorno externo do
bloco.
 Secção transversal útil Área da secção transversal total, descontada a área máxima dos furos.
Os blocos comuns devem ter as dimensões padronizadas indicadas na tabela abaixo, sujeitas às
tolerâncias descritas na NM 93 (2009).

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Tabela 2: Dimensões do Bloco Vazado solo-cimento sem função estrutural

Dimensoes Normais (mm)


Tipo
Largura (L) Altura ( H) Comprimento ( C )
A 90 140 390/190
B 140 140 390/190
C 140 140 390/190
Fonte: NM 95, (2009).

2.6. Isolantes térmicos


Isolantes térmicos são materiais ou combinações de materiais utilizados para minimizar o fluxo de
calor dos sistemas, reduzindo a condução, a convecção e a radiação, pois eles geram uma forte
resistência no caminho do fluxo de calor (KAPUNO; RATHORE, 2011).

Os materiais para isolantes térmicos precisam ter uma condutividade térmica baixa, serem inertes
quimicamente, estáveis dimensionamentos e serem de fácil aplicação na superfície. A maioria é
produzida misturando fibras, pós ou pedaços de materiais isolantes com o ar (KAPUNO; RATHORE,
2011).

2.6.1. Classificação dos isolantes térmicos


Os isolantes térmicos estão classificados em quatro (4) grupos que são:

Quanto ao modo de produção.


 Isolantes prefabricados

- Blocos;

-Painéis;

-Placas;

- Mantas;

- Outras (com formas especiais).

 Isolantes executados ‘insitu’

- Isolantes moldados;

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- Isolantes injectados;

- Isolantes projectados;

- Isolantes a granel.

 Quanto a estrutura
- Granular: Os isolamentos granulares consistem em pequenos flocos ou partículas de materiais
inorgânicos, ligados em formas preformadas ou pós-utilizadas (ÇENGEL, 2014).

- Celular: Isolantes celulares são materiais de células fechadas ou abertas. São utilizados nas formas
flexíveis estendidas ou de placas rígidas. Podem se formar em lugares em que se deseja alcançar uma
forma geométrica. Os isolamentos celulares têm uma vantagem que é a baixa densidade, baixa
temperatura e relativamente uma boa resistência à compressão (ÇENGEL, 2014).

- Fibroso: Os materiais fibrosos consistem em partículas com diâmetros pequenos e com filamentos de
baixa densidade. Esses materiais têm alta porosidade (ÇENGEL, 2014; KAPUNO; RATHORE, 2011).

 Quanto à natureza das matérias prima


-Isolantes minerais

- Isolantes vegetais

- Isolantes sintéticos

- Isolantes mistos

2.7. Conforto térmico


O conforto térmico varia consoante o ser humano e mostra a maneira como o corpo e o ambiente estão
interligados. O corpo tem a função de se proteger activando um mecanismo termorregulador que
permite combater as condições de desconforto e manter o equilíbrio de temperatura no seu interior
(Lamberts, 2008).

São várias as definições de conforto térmico, e como tal, pode ser descrito de várias formas. De acordo
com a norma EN ISO 7730 (2005), é a condição da mente na qual é expressa satisfação com o
ambiente térmico. Posto isto, consegue-se perceber que sendo um conceito vasto e que varia de pessoa
para pessoa, também é um factor importante para a saúde e bem-estar do ser humano.

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O conforto térmico está relacionado com o desempenho energético dos edifícios na medida em que se
torna importante o edifício ter determinado características e determinados parâmetros que assegurem
esse conforto. A temperatura de conforto térmico nem sempre é constante e o intervalo de valores em
que ela varia é de 18 °C a 25 °C (Gonçalves, 2017).

2.8. Calor

Define-se calor como energia transmitida unicamente por meio de diferença de temperatura” (Warren,
J. W., 1972, p. 41).

Calor e a energia transferida de um sistema para o outro por meio do gradiente de temperaturas,
espontaneamente a energia transmite-se do sistema mais quente para o outro de temperatura
relativamente baixa ( Axt & Bruckman, 1989).

Calor e trabalho são métodos de transferência de energia e, quando todo o fluxo termina, as palavras
calor e trabalho não têm mais nenhum significado útil (Zemanski, M. W., 1970, p. 297).

Actualmente, considera-se que, quando a temperatura de um corpo é acrescentada, a energia que ele
possui em seu interior, denominada energia interna, também aumenta mais. Se esse corpo é colocado
em contacto com outro, de temperatura mais baixa, haverá transferência de energia do primeiro para o
segundo, energia esta que é chamada de calor. Portanto, o conceito moderno de calor é: calor é a
energia transferida de um corpo para outro em virtude, unicamente, de uma diferença de temperatura
entre eles” (Alvarenga e Máximo, 1986, Vol. 2, p. 412 e 413).

2.8.1. Calor Especifico


Segundo Gilberto L. F. Fraga (p 9 1989), O calor específico é a energia requerida para elevar em um
grau a temperatura de uma unidade de massa de determinada substância de um modo específico.

2.8.2. Condução de Calor


(Segundo Çengel 2014) É um processo pelo qual o calor flui duma região de alta temperatura para
outra de baixa temperatura dentro de um meio (sólido, líquido ou gasoso) ou entre meios diferentes em

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contacto físico directo. Na condução a energia é transmitida por meio de comunicação molecular
directa, sem apreciáveis deslocamentos das moléculas.

Figura 1: Gráfico mostrando elementos com baixa até ata condutividade de calo;
Fonte:(Cengel 2009, p. 21).

2.8.3. Conversão
É um processo de transferência de energia pela acção combinada da condução de calor e movimento da
mistura e armazenagem de energia. Na prática a convecção subentende-se o processo de troca de calor
entre corpo líquido ou gasoso e sólido (segundo Cengel 2009).

(1) Q = hAs× (Ts - T∞)

Onde:
h – coeficiente de transferência de calor por convecção;
As - superfície de transferência de calor, m2;
Ts – temperatura da superfície,℃;
T∞ - temperatura do fluído suficientemente perto da superfície,℃.
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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

2.8.3. Radiação
(Segundo Cengel 2009), É um processo pelo qual o calor é transmitido de um corpo à alta temperatura,
para um de mais baixa, quando tais corpos estão separados no espaço, ainda que exista vácuo entre
eles. Um corpo quente emite energia de radiação em todas as direcções. Quando esta energia atinge um
outro corpo, uma parte desta pode ser reflectida, outra transmitida e o resto absorvido e transformado
em calor. Por outras palavras a radiação é um processo de transmissão de calor por meio de ondas
electromagnéticas.
(2) Qrad = σεA ( - )
Onde:
A - é a área da superfície em m2;
T1- é a temperatura da superfície emissora em Kelvin;
T2- é a temperatura absoluta do ambiente que troca calor com o corpo dado e ε é a emissividade do
corpo dado.

2.9. Condutividade térmica


A condutividade térmica é uma propriedade física do material. Ela indica a quantidade de calor que
fluirá através duma área unitária se o gradiente de temperatura for unitário. Assim a condutividade
térmica k é numericamente igual a quantidade de calor em Joules que passa num segundo através de
uma área unitária (1 m₂) do corpo, numa queda de temperatura de 1K, sobre o trajecto de um metro
(1m) do fluxo de calor.

2.9.1. Determinação da condutividade térmica


Sempre que existir uma diferença de temperatura no corpo do material, ocorrerá a transferência de
calor da região de alta temperatura para a de baixa temperatura do corpo por condução. A Lei de
Fourier determina que a taxa de transferência por unidade de área é directamente proporcional à
diferença de temperatura, conforme a Equação 3 (KAPUNO; RATHORE, 2011).

(3)

Onde:
q = taxa de transferência de calor [W];
A = área de transferência do calor [m²] - normal à direcção do fluxo de calor;
∆T = diferença de temperatura [K];

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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

k = condutividade térmica do material [W/m · K];

O sinal negativo é utilizado para que o fluxo de calor natural seja positivo. De acordo com a segunda
lei da termodinâmica, o calor sempre tem o fluxo na direcção da menor temperatura, por isso a
diferença de temperatura é negativa (KAPUNO; RATHORE, 2011).

2.10. Métodos normalizados param a determinação da condutividade térmica


Existem vários métodos normalizados pela American Society for Testingand Materials (ASTM) ou
pela Organização Internacional para Padronização (ISO) para a determinação experimental da
condutividade térmica em diferentes materiais de construção. A baixa estão indicados metidos da
(ASTM e ISO) para a determinação da condutividade térmica em diferentes matérias de construção.

ASTM C177 – Standard Test Method for Steady-State Heat Flux Measurements and Thermal
Transmission Properties by Means of the Guarded-Hot-Plate Apparatus.

ASTM E2584 – Standard Practice for Thermal Conductivity of Materials Using a Thermal Capacitance
(Slug) Calorimeter.

ISO 8894-1: 2010 – Refractory materials – Determination of Thermal Conductivity – Part 1: Hot-wire
Methods (cross-array and resistance thermometer).

ISO 8894-2: 2007 – Refractory materials – Determination of Thermal Conductivity – Part 2: Hot-wire
Method (parallel).
Porem, para o estudo em causa e execução dos ensaios, não será utilizado nenhuma das normas citadas
acima, devido ao alto custo para adquiri-las.

14
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

3. METODOLOGIA

Para Minayo (2007, p. 44). Metodologia é a discussão epistemológica sobre o “caminho do


pensamento” que o tema ou o objecto de investigação requer; como a apresentação adequada e
justificada dos métodos, técnicas e dos métodos, técnicas e dos instrumentos operativos que devem ser
utilizados para as buscas relativas às indagações da investigação e como a “criatividade do
pesquisador”, ou seja, a sua marca pessoal e especifica na forma de articular teoria, métodos, achados
experimentais, observacionais ou qualquer outo tipo específico de resposta às indagações específicas”.

De acordo com Fonseca (2002), metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente,
significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

3.1. Quanto a natureza


Classifica-se como uma pesquisa aplicada, tem como finalidade gerar informações úteis para solução
de problemas relacionados com o dia dia através da aplicação na realidade por (vergara, 2004). A
pesquisa aplicada caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou
utilizados imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade.

3.2. Quanto ao tipo


Segundo Fonseca (2002. P. 28): a pesquisa experimental selecciona grupos de assuntos coincidentes,
submete-os a tratamentos diferentes, verificado as variáveis estranhas e chegando se as diferenças
observadas nas respostas são estaticamente significantes. (…) Os efeitos observados são relacionados
com as variações nos estímulos, pois o propósito da pesquisa experimental é apreender as relações de
causa e efeito ao eliminar explicações conflituantes das descobertas realizadas.

3.3. Quanto a abordagem


A testagem das hipóteses colocadas sobre a mitigação da condutividade térmica através das paredes
externas dos edifícios residenciais, e necessário a determinação de parâmetros mecânicos e físicos
quantificáveis, em procedimentos repetitivos com diferentes amostras do bloco fresco.

Este método de abordagem segundo Marconi e Lakatos (2007) é classificado como quantitativa, cujas
características principais são, o trabalho de quantificação na colecta de dados que compreende o uso de
modelos estatísticos e matemáticos na compilação de dados.
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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
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3.4. Pesquisa bibliográfica


A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e
publicadas por meio escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas Web sites.
Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porem pesquisas científicas que se baseiam
unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com objectivo de
recolher informações ou conhecimento prévio sobre o problema a respeito da qual se procura a resposta
(FONSECA, 2002, p.320).

3.5. Procedimento técnico


O procedimento técnico desta pesquisa foi concebido com recursos as fontes bibliográficas, internet e
normas.
Na pesquisa experimental o investigador analisa o problema, constrói suas hipóteses e trabalha
manipulado os possíveis factores, que se referem ao fenómeno observado, para avaliar como se dão
suas relações preditas pelas hipóteses (KÖCHE, 2011).

Este tipo de pesquisa reme a comparação de dados, dados estes obtidos na manipulação quantidades e
qualidades das variáveis formadas para responder o problema base.

3.6. Proposta da pesquisa


O ramo da construção civil a presenta uma grande demanda por pesquisas, inovações e melhoria nas
técnicas e metodologias de construção. Motivado por este espírito de pesquisa levou-me ao interesse de
adição da SMC no traço dos blocos solo-cimento sem função estrutural para reduzir a condução do
calor para o interior dos edifícios residenciais e propor conforto térmico no interior. Esta fase
compreende as seguintes etapas:
1˚: Apresentação do Bloco Fresco;
2˚; Produção das amostras;
3˚: Testes laboratoriais das amostras.

3.6.1 Bloco fresco


Como o objectivo é reduzir a condutividade térmica das paredes ensolaradas dos edifícios
residências, veio-se a necessidade de definir novo componente para adicionar nos componentes que
compõem o bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural.
16
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Figura 2:Modelo de bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural


Fonte: Autor (2021)

3.6.2. Preparação da matéria-prima


A matéria-prima é proveniente das fábricas tradicionais (carpintarias) de produção de barrotes extraídos
dos coqueiros, localizado na província de Inhambane distrito de Murrombene. A matéria-prima é
grano-metricamente fina que o facilitou o seu uso, ao impregnar directamente nas misturas de solo-
cimento dos traços definidos.

Figura 3: Serradura de Madeira de Coqueiros.


Fonte: Autor (2021)

Esta etapa integrou três fases que são: aquisição da matéria-prima, transporte e secagem.
- Aquisição: A matéria-prima foi adquirida nas carpintarias de Murrombene, onde cada saco de SMC
pagou-se 100 meticais;
- O transporte: Este material não precisa de muito cuidados ao ser transportado de um ponto para o
outro só deve-se garantir que SMC fique em local seco;
- Secagem: Para uma boa conservação a matéria-prima foi exposta ao sol para diminuir humidade,
evitando surgimento de fungos que causam podridão na matéria-prima.
17
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

3.6.3. Produção das amostras


A produção das amostras foi feita no recinto da Faculdade de Engenharia na Unicidade Wutivi. O
bloco de pesquisa tem as seguintes dimensões:
-Comprimento de 40cm;
-Largura de 15cm;
-Altura de 20cm;
Para melhor compressão das medidas das amostras estão em anexos as imagens 15,16 e 17.

3.6.4. Traços das experiências


Como base foi escolhido o traço (1:4): A partir do traço base foram definidos outros três (3) traços com
adição da SMC nas seguintes percentagem 25%, 50% e 75% explícitos no quadro a baixo. O solo na
mistura para produção das amostras representa 80% do material os restantes 20% são ocupados pelo
cimento nesta conjuntura foi-se reduzindo a percentagem do solo e substituindo pela SMC.

Tabela 3: Traço para a produção das amostras


Nomes Tracos Cimento (kg) Areia Fina (Kg) Area groca (Kg) SMD (kg)
T0 1:2:2 50 100 100 0
T25 1:1.5:1.5:0.5 50 75 75 50
T50 1:1.5:1:1.5 50 75 50 100
T75 1:1.5:0.5:2 50 75 25 150
Fonte: Autor (2021)

As misturas foram feitas de forma manual, usando-se pá de pedreiro comum, para dar forma a
argamassa, o pesquisador teve auxílio de uma forma metálica para a moldagem das amostras. Foi
necessária a produção de 26 blocos para a realização do estudo. Segundo a NM93: 2009 as amostras
foram produzidas considerando as idades de 7 e 28 dias.

Assim sendo, as amostras ficam distribuídas da seguinte forma: 6 amostras para o ensaio de resistência
à compressão, 3 amostra em cada idade, 6 para ensaio de absorção 3 para cada idade 13 para o ensaio o
ensaio de condutividade térmica e 1 amostra para observação visual.

Testes laboratoriais das amostras


As amostras para os ensaios foram organizados em grupos, divididos em idades e identificados
conforme indica a NM 93: 2009.

18
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

3.6.4. Ensaio de resistência à compressão


O ensaio de compressão tem por objectivo estudar a resistência oferecida pelo corpo de prova em
relação a uma força.

3.6.4.1. Material e equipamentos para ensaio de resistência a compressão


Segundo a (NM94, 2009) necessária os seguintes equipamentos:
 Uma régua para tirar as dimensões do bloco ou corpo de prova;
 Uma balança hidrostática;
 Para o ensaio da resistência a compressão tem-se a prensa hidráulica como aparelho de
ensaio que deve satisfazer as seguintes condições:
- Ser provida de dispositivo que assegurem a distribuição uniforme dos esforços aos
provetes ensaiados;
- Permitir a leitura das cargas aplicadas, com tolerância de medições de 2% para carga
máxima estimada para o ensaio.

3.6.4.2. Determinação da resistência à compressão


 Para a realização do ensaio de resistência à compressão foram necessárias seis (6) amostras de
blocos para cada traço dos blocos, para às idades de sete (7) e Vinte e oito (28) dias, totalizando
24 amostras;

 Os blocos passaram pelo processo de cura durante sete (7) dias depois foram levados a balança
e pesados;

 De seguida prosseguiu-se com as medições dos blocos necessárias para definição da área da
actuação da carga. As três (3) dimensões de cada elemento da amostra foram medidas com
exactidão de 0,5mm;

 Foi aplicada uma carga no corpo de prova de maneira uniforme, com velocidade constante de
150N/s até o momento em que ocorre a ruptura do bloco;

 Os resultados dos ensaios de resistência à compressão foram registados, com recurso a


computador conectado a prensa que permite, fazer leituras de forma automática e posterior
interpretação dos dados do ensaio.

Os resultados obtidos nestes ensaios estão anexos nas tabelas 4, 6, 7, 8, 9, 10 e 11.


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3.6.5. Ensaio de absorção na água


O ensaio consiste em medir a massa dos corpos de prova antes e após a imersão em água, para que seja
determinada a absorção da água.

3.6.5.1.Material e equipamento para ensaio de absorção na água


 Tanques com capacidade de 100L e uma altura de 1m.
 Uma régua para tirar as dimensões do bloco ou corpo de prova;
 Uma balança hidrostática;
 Uma estufa com, temperatura que se encontre entre 105°C e 110°C.

3.6.6. Determinação Ensaio de absorção a água


No ensaio de absorção de água escolheu- se três (3) amostras aleatoriamente para cada idade em todos
os traços definidos no estudo realizado, para as amostras que constituem os corpos de prova e que
foram secas em estufa em temperatura que variava de 105 à 1100C até atingirem uma massa constante,
de seguida faz-se a pesagem.
Após a retirada da massa seca dos blocos (M1), os mesmos foram levados para serem imergidos em um
recipiente de água durante 24 horas, posteriormente retirados da água, enxugados superficialmente com
um pano e pesados por um período de três (3) minutos, obtendo assim a sua massa saturada como
(M2). Para se obter a absorção da água, determina-se a diferença percentual de absorção a água entre a
massa do bloco saturado e a massa do bloco seco, calculada em base seca. Os valores individuais de
absorção de água de cada bloco estão expressos em percentagens e não podem ter uma diferença de 5%
a mais e foram obtidos pela equação (1) abaixo apresentada. A sua média deve ser determinada pela
média aritmética dos valores das três amostras e apresentada em forma de gráficos.

Equação 1:

Onde:

M1 = Massa do bloco seca na estufa em Quilograma (g)

M2 = Massa do bloco saturado em Quilograma (g)

A = Absorção de água em percentagem (%)

20
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
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3.7. Ensaio da condutividade térmica do bloco fresco de (SMC)


É um estudo realizado para se saber até que ponto um certo material funciona como isolante térmico.

3.8.1. Material e equipamento para ensaio de condutividade térmica


 Termómetro de Mercúrio;
 Prancheta, papel de anotações, uma caneta.

3.8.2. Determinação da condutividade térmica do bloco


O conceito da condutividade térmica é demasiado importante no estudo de conforto térmico dos
edifícios residenciais.
Para este estudo foram feitos modelos de prova usando blocos frescos (SMC) de solo-cimento sem
função estrutural e blocos convencionais de solo-cimento sem função estrutural que estão divididos em
dois (2) campos, da seguinte forma:

 Primeiro campo
Foi um modelo rectangular construído a base de blocos convencionais de solo-cimento, que foram
fabricados no recinto da faculdade de engenharia obedecendo o traço indicado pela norma
Moçambicana NM 2009. O modelo tem as seguintes dimensões (:altura 60 cm e comprimento 70/56
cm), a cobertura foi do, mesmo material.

 Segundo campo
Neste campo os modelos foram rectangulares construídos a base de blocos frescos de (SMC) sem
função estrutural, que foram fabricados e testados no LEU. Uniformizou-se as dimensões do primeiro
campo e do segundo campo, (altura 60 cm e comprimento 70/56 cm), cobertura foi feita do mesmo
material.

Para este campo construiu-se três (3) corpos de prova referentes a cada traço estudado na investigação.

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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Figura 4: Modelo para ensaio de condutividade térmica com as medições.


Fonte: Autor (2021).

Figura 4: Modelo para ensaio de condutividade térmica.


Fonte: Autor (2021)

O ensaio foi realizado no ambiente livre (natural) com controlo de temperatura exterior, assim pode-se
ter na realidade a funcionalidade do material ou o contrário. Para a colecta de dados de condutividade
térmica foi usado do termómetro de medição de temperaturas. Este ensaio foi feito no intervalo de uma
(1) em umas (1) horas durante três (3) semanas consecutivas. Por vários motivos/condicionantes o
período da realização do ensaio de condutividade térmica do bloco fresco foi reduzido para o período
de 14 dias, contra os 30 dias inicialmente previstos. Devido a ocorrências de precipitação em algumas
datas não foram realizados os ensaios. Ainda esta actividade foi afectada pela pandemia do COVID-19
que o mundo atravessa neste momento.

22
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Figura 5: Termómetro de medição de temperatura


Fonte: Google (2021)

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


As fases ou etapas anteriores são a base desta. A apresentação e discussão de resultados è uma etapa
quer serve para comprovar ou refutar a aplicação deste estudo.

4.1. Ensaio de resistência a compressão


Este ensaio foi feito a seguir a norma (NM 93, 2009), seguindo o número de blocos necessários de
acordo com a norma.
Foram necessariamente 24 blocos para este ensaio refentes a metade para primeira idade de 7 dias e a
outra metade de 28 dias. A origem deste estudo não è necessariamente para resistência mas sim para
conforto térmico mas a NM cobra que estes elemento de construção passem pelos ensaio para se saber
a sua capacidade de resistência a cargas. Como auxilio para interpretação dos dados a baixo tem o
gráfico dos resultados.

Gráfico de resistência a compressão


3.5
3
2.5
2
1.5 T0
1 T25
0.5 T50
0 T75
Aos 7 dias Aos 28 dias
T0 1.5 2
T25 1.7 2
T50 2 2.1
T75 2.1 3

Gráfico 1: Médias da resistência a compressão da idade de (corpo de prova) aos 07 e 28 dias.


Fonte: Autor (2021).

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Segundo as (NM 93, 2009) amostras ensaiadas devem apresentar a média dos valores de resistência à
compressão igual ou maior que 2,0 MPa, e valores individuais iguais ou maiores que 1,7 MPa, aos 28
dias de idade.

Os blocos T25 de SMC aos 7 dias mostraram resistência satisfatória de 1.7 MPa a media, com essa
referência, eram espectáveis aos 28 resultados satisfatórios de todos os traços projectados para a
pesquisa.

No vigésimo oitavo dia (28) a média da resistência a compressão para T25 foi de 2.0 MPa que cumpre
com as exigência colocadas pela (NM 93, 2009).

As amostras T0. T50 e T75 na idade dos 28 dias a presentaram um crescimento expirado e satisfatório
na resistência a compressão, e obteve-se respectivamente os seguintes resultados paraT0 2.0MPa, T50
2.1 MPa e para T75 3.0 MPa.

Comparando os resultados do T0 obtidos no ensaio de resistência a compressão aos 28 dias notou-se


que o traço T25 teve mesmo valor da média que o T0 mas o T50 e T75 tiveram uma resistência maior
quando foram aplicados a carga na prensa.

Desta forma em termos de resistência a compressão, notou-se e comprovou-se que a produção de


blocos de solo-cimento sem função estrutural com adição de 75%, é uma alternativa viável também
segura de acordo com (NM 93, 2009). Pode-se notar que seus resultados estão dentro dos valores
mínimos de resistência a compressão estabelecidos nas normas.

4.2. Ensaio de Absorção de água


Para se saber a capacidade de absorção de água de corpo de prova, calculou-se as percentagens e
expressas em gráficos para melhor explicação e percepção. A (NM 35: 2007) estabelece que os valores
individuais de absorção de água dos corpos de prova não devem ser superiores a 22% e sua média não
deve ser superior 20%.

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Grafico de ensaio de absorção de água


14
12
10
8
6
4
2
0
Ao 7 dias Ao 28 dias
TO 13.51% 12.81
T25 12.71 12.01
T50 10.27 9.74
T75 10.5 9.12

Gráfico 2: Médias dos resultados do ensaio de absorção a água aos 07 e 28 dias.


Fonte: Autor (2021).

Observando os resultados colectados no ensaio de absorção de água dos corpos de prova mostramos
que tanto o T0, T25, T50 e T75 apresentam valores dentro dos padrões regulamentados na (NM 35,
2007), que admite valores individuais de até 22% e de média de até 20% d de água absorvida.

Fazendo comparação dos dados do T0 obtidos no ensaio de absorção da água aos 28 dias nota-se que as
amostras com traço T25, T50 e T75 tiveram uma baixa percentagem de absorção de água em relação
aos valores máximos normalizados mais se destaca o resultado das amostras T75 com 9.12 %.

Contudo no que diz respeito a este ensaio o T75 esta apto para ser empregue na produção de blocos de
solo-cimento sem função estrutural com adição de 75% de SMC na percentagem de inertes, é uma
alternativa viável também segura de acordo com (NM 35, 2007). Conclui-se que os resultados estão
dentro das normas

4.3.Ensaio da condutividade térmica do bloco fresco de (SMC)


Condutividade térmica é um conceito muito estuda na previsão e garantia de conforto térmico em
edifícios residenciais. Neste ensaio faz-se simulações para medição de temperatura exterior e interior
para se analisar a redução do calor dentro dos corpos de prova usando o método de comparação. O
ensaio teve a duração de três (3) semanas consecutivas, as medições foram feitas durante os dias úteis

26
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

da semana das 9:h-16:h devidas ao condicionamento na disponibilidade do material da parte da LEU.


Ainda, houve uma interrupção no dia 21 de Setembro de 2021 devido a registo de alto nível de
precipitação que impossibilitou a realização do ensaio nessa data.

Gráfico de medicao de temperatura


45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
10/9/2 13/9/2 14/9/2 15/9/2 16/9/2 17/9/2 20/9/2 21/9/2 22/9/2 23/9/2 24/9/2
021 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
T. exterior 36 37 40 40 28 26 30 33 36 39
T0 29 30 31 33 26 25 25 26 28 29
T25 28 28 30 32 26 25 25 26 28 29
T50 28 28 29 30 26 25 25 25 26 27
T75 27 26 27 29 26 24 24 25 25 26
Gráfico 3: Médias das temperaturas diárias de cada traço durante três (3) semanas consecutivas.
Fonte: Autor (2021).

Olhando para o gráfico é possível notar-se a grande diferença entre as médias diárias do T0 e T75, onde
o T75 apresenta uma grande vantagem no que diz respeito a redução de calor e garantia de um conforto
térmico agradável. A temperatura de conforto térmico nem sempre é constante e o intervalo de valores
em que ela varia é de 18 °C a 25 °C (Gonçalves, 2017). Em concordância com esta perspectiva o traço
T75 esta dentro das normas de conforto térmico e pode ser empregue nos edifícios residenciais para
mitigação do desconforto térmico devido ao calor.

O traço escolhido teve resultados de resistência a compressão maiores que estabelecidos pela norma
(NM93: 2009) sendo que a media ditada pela norma è de 2.00 MPa. Olhado a variação das médias
individuas justifica-se pelo (Processo de fabrico que foi Manual) onde nesse processe ocorre fissuras e
alteração na forca de compactação da mistura o que influencia muito nos resultados das amostras.

No ensaio a da condutividade térmica o T50 e T75 mostraram mais eficientes na redução da penetração
do calor para o interior dos modelos de corpo de prova, onde as medias das temperaturas diárias do T50
fora de (24˚ há 27˚) e do T50 foram de (24˚ há 26˚), temperaturas estas então dentro dos parâmetros de
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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

conforto térmico dos edifícios residências segundo (Gonçalves, 2017), com diferença de um há dois
graus.

A forma do bloco traz com sigo uma grande vantagem na construção civil que é a redução dos resíduos
produzidos na separação de blocos no caso de se precisar só a metade do bloco.

O reaproveitamento deste material SMC é benéfico para o meio ambiente porque na maioria das vezes
a SMC é incinerada depôs do seu armazenamento por muito tempo, essa pratica além de causar
poluição do ar danifica a camada de ozono na atmosfera.

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

5. CONCLUSAO E RECOMENDACOES

5.1. Conclusão
Conclui-se que é possível usar SMC, como substituição em percentagem do solo no fabrico de bloco
vazado de solo-cimento sem função estrutural. Para a validação dos objectivos da pesquisa foram
usadas as normas NM93 (2009) e (NM 35: 2007) que estabelecem padrões para blocos vazados de
solo-cimento sem função estrutural e padrões para resultados de ensaios de resistência a compressão e
absorção de água. Para validação do ensaio de condutividade térmica em relação ao conforto térmico
baseou se na literatura de Gonçalves, (2017).

Pelas hipóteses propostas para o problema em estudo e considerando as conclusões finais após os
resultados obtidos a que melhor descreve a pesquisa é: O uso de serradura de madeira de coqueiros
pode reduzir a condução térmica do bloco.

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

5.2. Recomendações param estudos futuros


Com os resultados obtidos neste trabalho, apresenta-se asa seguintes sugestões para futuras pesquisas:

 Avaliar o desempenho de SMC nas argamassas de reboco;

 Avaliar viabilidade económica de SMC em blocos de solo-cimento sem função estrutural;

 Avaliar a resistência ao fogo do bloco;

 Recorrer ao uso de máquinas para produção das amostras;

 Avaliar as condições térmicas do bloco proposto usando softwares.

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Hill Education, 2014.

COUTINHO, A. S. (2012). Fabrico e propriedades do Betão (Vol. 1). Lisboa: LNEC.

COUTINHO. J. S. (1999). Materiais de construção 1 Madeiras

FONSECA, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.

GILBERTO, L. F. FRAGA (1989) Estudo do calor especifico das Ligas de Heusler

GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa, Curitiba editoras São Paulo: Brasil
2008.

GOMES, A., & PINTO, J. B. (2013). Cimento Portland e Adições. Lisboa.

GONÇALVES, T. M. F (2017) Conforto Térmico no Interior de Edifícios

GLOBO, Vahan Agopyan. Glogo Ciência, p 1, 28 de Jul. 2014

ISO 8894-1: 2010 – Refractory materials – Determination of Thermal Conductivity – Part 1:

ISO 8894-2: 2007 – Refractory materials – Determination of Thermal Conductivity – Part 2:

ISO 7730: 2005 – Ergonomics of the thermal environment Analytical determination and interpretation
of thermal comfort using calculation of the PMV and PPD indices and local thermal comfort criteria

Instituto Nacional de Normalização e Qualidade. (Novembro 2015) Departamento de Planeamento e


Pesquisa: Edição N˚40

KAPUNO, R. R. A.; RATHORE, M. M. Engineering heat transfer.2nd. ed. Massachusetts: Jones &
Bartlett Learning, 2011.

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KHEDARI, J et al. “Ventilation impact of a solar chimney on indoor temperature fluctuation and air
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LAMBERTS, R. (2008) Desempenho Térmico de Edificações

CORTES, L. F. (2018) Metodologia da Problematização e Pesquisa Convergente Assistencial proposta


de praxis em pesquisa

MATTOS HABIB, R. M. (2014) Tempo de Retorno Energético de Isolantes Térmicos na Climatização

de Edificações

NICOL, J & HUMPHE, M (2002) Understanding the Adaptive Approach to Thermal Comfort
NBR 9935/05. (2011) Agregados Terminológicos

NM93. (2009). Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural – especificações. Maputo: Instituto
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NM94. (2009). Determinação De Resistência A Compressão E Absorção De Água. Maputo: Instituto


nacional de Normalização e Qualidade.

NM95. (2009). Bloco Vazado de Solo-Cimento Sem Função Estrutural. Maputo: Institucional de
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SENAFOR (2015) aproveitamento de biomassa resultante da serragem e Painagem da madeira em
Moçambique, Porto Alegre / RS - Brazil – October 7th to 9th, 2015.

SELENE,H (2014) Métodos e Técnicas de Pesquisa SocialWARREN, J. W. The teaching of the


concept of heat. Physics Education, v. 7, n. 1, p. 41-4, 1972.

ZEMANSKY, M. W., (1970), p. 297, 1970.M. W. The use and misuse of the word heat in physics
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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Apêndices

Tabela 4: Resultados do teste a compressão aos 7 dias dos blocos de T0, primeira experienciam
Fonte: Autor (2021)

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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 5: Resultados do teste a compressão aos 28 dias dos blocos de T0, primeira experienciam
Fonte: Autor (2021)

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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 6: Resultados do teste a compressão aos 7 dias dos blocos de T25, primeira experienciam
Fonte: Autor (2021)

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 7: Resultados do teste a compressão aos 28 dias dos blocos de T25, primeira experienciam
Fonte: Autor (2021)

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 8: Resultados do teste a compressão aos 7 dias dos blocos de T50, primeira experienciam
Fonte: Autor (2021)

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 9: Resultados do teste a compressão aos 28 dias dos blocos de T50, primeira experienciam
Fonte: Autor (2021)

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 10: Resultados do teste a compressão aos 7 dias dos blocos de T75, primeira experienciam
Fonte: Autor (2021)

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 11: Resultados do teste a compressão aos 28 dias dos blocos de T75, primeira experienciam
Fonte: Autor (2021)

Tabela 12: Ensaio de absorção de água aos 7 dias dos blocos de T0


Fonte: Autor (2021)
Peso seco Peso Saturado Percentagem absorvida
Amostra (g) (g) (%)
13120 14853 13.21
T0
Aos 7 13080 14953 14.32
Dias 13134 14843 13.01
Media 13.51

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 13: Ensaio de absorção de água aos 28 dias dos blocos de T0


Fonte: Autor (2021)
Peso seco Peso Saturado Percentagem absorvida
Amostra (g) (g) (%)
12317 13757 11.69
T0
Aos 28 12216 13856 13.43
Dias 12316 13956 13.32
Media 12.81

Tabela 14: Ensaio de absorção de água aos 7 dias dos blocos de T25
Fonte: Autor (2021)
Peso seco Peso Saturado Percentagem absorvida
Amostra (g) (g) (%)
12044 13325 10.64
T25
Aos 7 12307 13835 12.42
Dias 11813 13593 15.07
Media 12.71

Tabela 15: Ensaio de absorção de água aos 28 dias dos blocos de T25
Fonte: Autor (2021)
Peso seco Peso Saturado Percentagem absorvida
Amostra (g) (g) (%)
11617 12870 10.79
T25
Aos 11505 12735 10.69
28Dias 11807 13527 14.57
Media 12.01

Tabela 16: Ensaio de absorção de água aos 7 dias dos blocos de T50
Fonte: Autor (2021)
Peso seco Peso Saturado Percentagem absorvida
Amostra (g) (g) (%)
11109 12661 13.97
T50
Aos 7 10818 12563 16.13
Dias 10721 12525 16.83
Media 10.27

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 17: Ensaio de absorção de água aos 28 dias dos blocos de T50
Fonte: Autor (2021)
Peso seco Peso Saturado Percentagem absorvida
Amostra
(g) (g) (%)
10518 11049 5.05
T50
Aos 28 10551 11566 9.62
Dias 10357 11864 14.55
Media 9.74

Tabela 18: Ensaio de absorção de água aos 7 dias dos blocos de T75
Fonte: Autor (2021)
Peso seco Peso Saturado Percentagem absorvida
Amostra
(g) (g) (%)
9277 10108 8.96
T75
Aos 28 9162 10093 10.16
Dias 9146 10277 12.37
Media 10.50

Tabela 19: Ensaio de absorção de água aos 28 dias dos blocos de T75
Fonte: Autor (2021)
Peso seco Peso Saturado Percentagem absorvida
Amostra (g) (g) (%)
9677 10502 8.53
T75
Aos 7 9462 10273 8.57
Dias 9546 10525 10.26
Media 9.12

Tabela 20: Ensaio de medição de temperatura no dia 10/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (°)
Datas Tempo/Horas
Exterio (°) T0 T25 T50 T75
9:00 30 27 25 25 24
10:00 35 28 27 27 26
11:00 40 30 29 29 28
12:00 42 32 30 30 28
10 de setembro de 2021
13:00 39 32 30 30 28
14:00 39 30 29 29 28
15:00 35 28 28 27 26
16:00 30 28 28 26 24
Medias 36 29 28 28 27

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 21: Ensaio de medição de temperatura no dia 13/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (ᴼ)
Datas Tempo/Horas
Exterio (ᴼ) T0 T25 T50 T75
9:00 30 26 25 25 24
10:00 35 28 27 27 25
11:00 38 29 29 27 27
12:00 44 33 30 30 29
13 de setembro de 2021
13:00 44 35 30 30 29
14:00 38 32 30 30 27
15:00 35 30 27 27 25
16:00 30 28 27 27 25
Medias 37 30 28 28 26

Tabela22: Ensaio de medição de temperatura no dia 14/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (ᴼ)
Datas Tempo/Horas
Exterio (ᴼ) T0 T25 T50 T75
9:00 34 27 26 26 25
10:00 35 27 27 27 25
11:00 42 30 29 28 27
12:00 45 35 32 30 30
14 de setembro de 2021
13:00 46 35 32 31 31
14:00 43 32 32 30 28
15:00 41 32 31 30 26
16:00 35 32 32 30 24
Medias 40 31 30 29 27

Tabela 23: Ensaio de medição de temperatura no dia 15/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (°)
Datas Tempo/Horas
Exterio (°) T0 T25 T50 T75
9:00 41 30 30 28 28
10:00 43 30 30 29 28
11:00 46 34 32 30 30
12:00 41 34 33 32 30
15 de setembro de 2021
13:00 41 33 33 32 30
14:00 40 33 32 32 30
15:00 35 32 32 30 28
16:00 32 34 32 30 28
Medias 40 33 32 30 29

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estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 23: Ensaio de medição de temperatura no dia 16/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (°)
Datas Tempo/Horas
Exterio (ᴼ) T0 T25 T50 T75
9:00 25 26 26 26 26
10:00 27 26 26 26 26
11:00 28 26 26 26 26
12:00 28 26 26 26 26
16 de setembro de 2021
13:00 28 26 26 26 26
14:00 28 26 26 26 26
15:00 28 26 26 26 26
16:00 28 26 26 26 26
Medias 28 26 26 26 26

Tabela 24: Ensaio de medição de temperatura no dia 17/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (°)
Datas Tempo/Horas
Exterio (ᴼ) T0 T25 T50 T75
9:00 25 23 23 23 22
10:00 24 24 24 24 23
11:00 27 24 24 24 23
12:00 27 25 25 25 24
17 de setembro de 2021
13:00 27 25 25 25 24
14:00 27 25 25 25 24
15:00 27 25 25 25 24
16:00 27 25 25 25 24
Medias 26 25 25 25 24

Tabela25: Ensaio de medição de temperatura no dia 20/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (°)
Datas Tempo/Horas
Exterio (ᴼ) T0 T25 T50 T75
9:00 32 26 26 25 24
10:00 28 25 25 25 24
11:00 30 25 25 25 24
12:00 29 25 25 25 24
20 de setembro de 2021
13:00 30 25 25 25 24
14:00 30 25 25 25 24
15:00 30 25 25 25 24
16:00 30 25 25 25 24
Medias 30 25 25 25 24

44
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 26: Ensaio de medição de temperatura no dia 21/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (°)
Datas Tempo/Horas
Exterio (°) T0 T25 T50 T75
9:00
10:00
11:00
12:00
21 de setembro de 2021 Ouve precipitacao que impedio a pratica dos ensaio nesta data
13:00
14:00
15:00
16:00

Tabela 26: Ensaio de medição de temperatura no dia 22/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura
Datas Tempo/Horas
Exterio (°) T0 T25 T50 T75
9:00 29 27 25 24 24
10:00 33 27 26 25 25
11:00 33 26 26 25 25
12:00 33 26 26 25 25
22 de setembro de 2021
13:00 33 26 26 25 25
14:00 33 26 26 25 25
15:00 33 26 26 25 25
16:00 33 26 26 25 25
Medias 33 26 26 25 25

Tabela 27: Ensaio de medição de temperatura no dia 23/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (°)
Datas Tempo/Horas
Exterio (°) T0 T25 T50 T75
9:00 34 26 26 24 24
10:00 32 25 26 24 23
11:00 39 30 28 26 26
12:00 42 30 28 27 26
23 de setembro de 2021
13:00 40 28 28 26 26
14:00 34 28 28 27 26
15:00 34 28 28 27 26
16:00 33 28 28 27 26
Medias 36 28 28 26 25
NB: O dia este acompanhado de corrente de ar muito fresca

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Tabela 28: Ensaio de medição de temperatura no dia 23/09/21


Fonte: Autor (2021)
Temperatura Temperatura Intrior (°)
Datas Tempo/Horas
Exterio (°) T0 T25 T50 T75
9:00 30 25 25 25 24
10:00 37 27 26 26 25
11:00 42 30 30 28 27
12:00 42 30 29 27 27
24 de setembro de 2021
13:00 42 30 29 28 27
14:00 39 30 30 28 27
15:00 41 31 30 28 27
16:00 38 30 30 28 27
Medias 39 29 29 27 26
NB: O dia este acompanhado de corrente de ar

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

ANEXOS

Imagens 5 e 6: Imagem de Serradura de Madeira de Coqueiro. Imagem de mistura de serradura de madeira de coqueiro,
solo e cimento.
Fonte: Autor (2021)

Imagens 7 e 8: Na imagem estufa para secagem dos blocos para o ensaio de absorção a água.
Fonte: Autor (2021)

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. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Imagens 9 e 10: Os Blocos no processo de ensaio de absorção.


Fonte: Autor (2021)

Imagens 11 e 12: Realização de ensaio de resistência a compressão.


Fonte: Autor (2021)

48
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Imagem 13: Corpo de prova para ensaio de condutividade térmica.


Fonte: Autor (2021)

49
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Imagem 14: Produto final da experiência.


Fonte: Autor (2021)

Imagem 15: Medição do Bloco.


Fonte: Autor (2021)

50
. Adição da serradura de madeira de coqueiros na produção de bloco de solo-cimento sem função
estrutural (Bloco Fresco) para edifícios residenciais. 2021

Imagens 16 e 17: Medição do Bloco.


Fonte: Autor (2021)

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