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ANÁLISE DO SISTEMA CONSTRUTIVO EPS COMO ALTERNATIVA DE

SUBSTITUIÇÃO DO BLOCO CERÂMICO VISANDO O AUMENTO DA


PRODUTIVIDADE

ANALYSIS OF THE EPS BUILDING SYSTEM AS AN ALTERNATIVE TO


REPLACE THE CERAMIC BLOCK AIMING TO INCREASE PRODUCTIVITY

Raphael Abreu Everton1


Me. André Pinto Morais2

Resumo:

A busca por métodos mais eficientes na construção civil tem sido uma demanda crescente do
setor que enfrentar desafios como escassez de mão-de-obra e prazos de entrega menores. O
artigo apresenta uma análise comparativa entre os sistemas construtivos de Poliestireno
Expandido (EPS) e bloco cerâmico, com o objetivo de comparar seus prazos, orçamentos e
produtividade. Inicialmente, o artigo contextualiza os sistemas e seus principais aspectos, bem
como a produtividade na construção civil, medida através dos indicadores de Razão Unitária
de Produção e Consumo Unitário de Materiais. Em seguida, a análise é feita através de um
estudo de caso da construção de uma residência utilizando o bloco cerâmico e como seria o
seu prazo, orçamento e produtividade, caso fosse feita através do EPS. Concluindo, a pesquisa
demonstra que o EPS é uma excelente alternativa de substituição do bloco cerâmico, pois a
produtividade na construção civil é melhorada, o prazo é menor, porém, os custos são mais
altos. Assim, é necessário que haja mais estudos, abordando aspectos como sustentabilidade,
conforto e resistência estrutural, para conscientizar o setor a respeito dessa alternativa
construtiva.

Palavras-chave: Bloco Cerâmico. EPS. Produtividade.

Abstract:

The search for more efficient methods in civil construction has been a growing demand in the
sector that faces challenges such as labor shortages and shorter delivery times. The article
presents a comparative analysis between Expanded Polystyrene (EPS) and ceramic block
building systems, with the aim of comparing their deadlines, budgets and productivity.
Initially, the article contextualizes the systems and their main aspects, as well as productivity
in civil construction, measured through the Unitary Ratio of Production and Unitary
Consumption of Materials indicators. Then, the analysis is done through a case study of the
construction of a residence using the ceramic block and what would be its deadline, budget
and productivity, if it were done through the EPS. In conclusion, the research demonstrates
that EPS is an excellent alternative for replacing the ceramic block, as productivity in civil
construction is improved, the term is shorter, however, the costs are higher. Thus, more
studies are needed, addressing aspects such as sustainability, comfort and structural
resistance, to make the sector aware of this constructive alternative.

KeyWords: Ceramic Block. EPS. Productivity.

1
Aluno Concludente do Curso de Engenharia Civil – raphaeleverton@yahoo.com.br
2
Orientador – Mestre em Engenharia Civil – andre005501@ceuma.com.br
2

1 INTRODUÇÃO

A construção de um local onde irá se residir está conectado ao processo de evolução


do ser humano. Originando-se desde as cavernas e grutas até as habitações rudimentares e os
modernos arranha-céus, os seres humanos desde os primórdios sempre procuraram uma forma
de se proteger de animais, de condições climáticas, de intempéries da natureza, devido a
necessidade de sentir-se seguro e confortável, a forma como as pessoas constroem suas casas
tem sido influenciada por diversos fatores.
É notório a evolução da construção civil, acompanhando as mudanças culturais,
sociais e tecnológicas da humanidade, contudo, ainda estão presentes as falhas na qualidade
do serviço prestado ao usuário em relação ao conforto em vários aspectos da percepção das
construções. São diversos os fatores que podem intervir na experiência do usuário, tais como
comodidade, bem-estar do usufruidor da obra, estanqueidade, condições gerais de
salubridade, conforto térmico, conforto acústico, saúde, higiene, qualidade do ar, entre outros.
Grande parte das construções brasileiras são feitas através do sistema construtivo
bloco cerâmico, ou seja, um tipo de tijolo relativamente barato, quando comparado a outros
sistemas, e que necessita de um processo de construção de menor complexidade. O bloco
cerâmico é bastante utilizado em casas e pequenas construções, geralmente destinadas a
moradia ou pequenos comércios, principalmente pelo não conhecimento de métodos
alternativos, como é o caso da construção utilizando Poliestireno Expandido (EPS).
O presente estudo tem como objetivo demonstrar como seria a construção de um
imóvel que foi feito utilizando bloco cerâmico, caso fosse escolhido o EPS como sistema
construtivo, através de duas perspectivas, como: prazo e custo. A sua confecção justifica-se
pela necessidade de informação acerca de um método que pode ser utilizado, substituindo o
convencional (bloco cerâmico), demonstrando suas vantagens e desvantagens e auxiliando na
tomada de decisão de usuários finais e construtoras.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONSTRUÇÃO COM USO DE ALVENARIA EM BLOCO CERÂMICO

A alvenaria de vedação é o tipo de parede que suporta apenas seu peso próprio, mais
as cargas das janelas e portas instaladas nela. Segundo Vasques e Pizzo (2014), o método da
utilização da alvenaria como técnica construtiva, é tão antiga quanto a história da arquitetura.
Este método construtivo bastante tradicional é usado desde a antiguidade, e teve início com as
primeiras civilizações, por volta de 9.000 a 7.000 a.C, sendo que nessa época as estruturas
eram bem mais robustas comparadas ao sistema construtivo atual, pois elas eram utilizadas de
maneira bastante empírica.
O concreto, na construção, é o material mais utilizado no mundo. Demonstra alta
resistência às tensões de compressão, entretanto, demonstra uma baixa resistência à tração. O
concreto armado foi criado no século XIX, inventado pelos europeus como um processo
construtivo, no Brasil ele é o material predominante nos sistemas estruturais. É composto,
portanto, de areia, água, brita de dimensões que dependem da aplicabilidade, cimento e
armadura (barras de aço), surgiu então o nome de concreto armado (MORAIS, 2017).
Observa-se que em todo território nacional, ainda há o predomínio do sistema
3

convencional da construção de residências, ou seja, a construção em tijolo cerâmico. Mesmo


com a baixa produtividade e, principalmente pelo enorme desperdício de materiais e a
presença de inúmeras quantidades de resíduos quando se utiliza esta técnica (NUNES, 2015).
A construção em concreto fabricado no local da obra que utiliza a vedação em bloco
cerâmico, tem como principais componentes o tijolo cerâmico, areia, cimento e cal, sendo o
sistema de vedação mais conhecido e utilizado no país. Atualmente, o mercado da construção
civil oferece diversos tamanhos e formatos de tijolo cerâmico, alguns que auxiliam na redução
de entulho por não ter a necessidade de realizar cortes para passar a tubulação. A imagem 1
mostra a forma estrutural do bloco cerâmico.

Imagem 1 – Estrutura de alvenaria em bloco cerâmico

Fonte: o autor

Cordovil (2013) afirma que a execução de obras em bloco cerâmico acontece em


diversas fases começando pelo assentamento da primeira fiada logo em seguida inicia-se a
elevação das paredes com instalações de componentes de elétrica e hidráulica. Sua execução é
feita toda no local da obra, porém a espessura das paredes são mais ou menos 15 cm e a carga
na estrutura é maior, elevando assim a quantidade de ferragens na edificação.
Os blocos são os componentes com mais importância para alvenaria estrutural, pois
são responsáveis pela resistência relativa a compressão, dado determinante para desenvolver e
controlar os projetos e processos construtivos. Os principais tipos são os cerâmicos, concreto,
sílico-calcários e, as mais importantes características, são resistência à compressão,
estabilidade dimensional, vedação e absorção adequada (SANTOS, 2021).
Leggerini (2020) acrescenta, a respeito dos blocos cerâmicos que estes necessitam ter
as seguintes propriedades desejáveis:
 Resistência a compressão adequada;
 Capacidade de aderência à argamassa, tornando a parede homogênea;
 Dimensões uniformes;
 Resistência ao fogo;
 Alta durabilidade contra agentes agressivos, como umidade, variação de temperatura,
agentes químicos, entre outros.
O assentamento dos blocos cerâmicos, para que ocorra, são necessárias diversas
matérias primas, dentre elas, água, cimento, areia, pedra brita e argila. Utilizada para vedação
4

e também com a função de auxiliar as paredes que suportarão o seu próprio peso. Este tipo de
alvenaria produz muito entulho e muitos desperdícios, pois tem a necessidade de fazer a
execução de cortes para passar as tubulações (CORDOVIL, 2013).

2.2 CONSTRUÇÃO COM USO DE ALVENARIA EPS

O EPS apresenta uma baixa condutividade térmica, este fator dificulta a troca de calor
entre dois ambientes, ou entre o ambiente externo e interno de determinada residência, que,
além de produzir maior conforto as pessoas que ali habitam, fomenta em economia no
consumo de energia elétrica com equipamentos específicos de climatização, seja para
aumentar ou diminuir a temperatura (BORGES, 2013).
Segundo Lakatos e Kálmar (2012), o EPS está presente no cotidiano dos brasileiros
desde o início dos anos 1960. O produto tornou-se conhecido por fornecer muitas vantagens a
um custo impressionantemente baixo: ele é resistente, leve, isolante térmico e impermeável. O
poliestireno expandido provou ser um excelente meio isolante que apresenta consistência
térmica, desempenho na faixa de temperaturas normalmente encontrados em edifícios.
Percebendo assim suas características isolantes, leveza, resistência, facilidade de
trabalhar em função da flexibilidade para moldes e baixo custo em função das vantagens
oferecidas, o uso na construção civil no Brasil passou a ser mais divulgado. Conforme matéria
publicada no G1 Rio Preto e Araçatuba, a ideia de blocos de isopor revestidos surge de uma
utilização anterior (há 40 anos) na Europa de paredes inteiras com a mesma ideia, material
isolante na parte interna e revestidos por outro material na parte externa (SILVA, 2021).
Na matéria a CEO da Day-House, Dayana Almeida, cita que os blocos de isopor
revestidos com concreto garantem ao ambiente uma melhor característica termoacústica,
deixando-o mais arejado e menos propenso a ruídos externos. Conforme NBR 11.752
(ABNT, 2016) o poliestireno expandido (EPS) é um plástico rígido, com propriedades que
retardam à chama, tendo originalmente cor branca. Sua fabricação se dá pela expansão de
grânulos de pré-expandidos de poliestireno, podendo ser moldado já em sua forma definitiva
ou cortado em blocos. A figura 2, ilustra a estrutura de uma residência construída com o uso
do EPS.

Figura 2 – Residência construída com o uso de EPS – Residência K15


5

Fonte: o autor

A utilização de materiais isolantes como alternativas construtivas para blocos de


vedação se dá pelo oferecimento de características termofísicas específicas, como a
capacidade calorifica, a expansão térmica e a condutividade térmica. Dessa forma, o EPS tem
respostas desejáveis quando exposto ao calor (BOGO, PICKLER, 2017).
De acordo com Sariisik (2012), o uso de materiais de alvenaria de bloco de isolamento
(EPS) é mais econômico do que outros materiais de alvenaria em termos de requisitos de mão
de obra, tempo de construção e requisitos de energia durante a vida operacional da
construção. Os sistemas de vedação que usam o EPS como elemento construtivo, se
apresentam como uma boa alternativa a modelos convencionais de vedação em blocos
cerâmicos, que ocasionam uma maior sobrecarga na edificação e geram maior gasto com
materiais e mão de obra, dando ênfase no objetivo de sustentabilidade na construção civil.

2.3 PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Rohr (2022) cita que a produtividade está diretamente ligada a qualidade e a


quantidade de tarefas que são realizadas em um determinado período, bem como todos os
recursos utilizados nesses processos. Bem parecida com a produção, a produtividade é algo
que se difere, pois ela está atrelada ao aumento da produção, ou seja, um sistema mais
produtivo controla melhor o tempo e otimiza as atividades rotineiras, entregando mais e se
esforçando menos.
A produtividade pode ser definida, portanto, como a relação entre o que é produzido e
os fatores que são utilizados para sua produção – tempo, trabalho, matérias-primas – levando
em consideração a quantidade de produto gerado ou qualidade do serviço como resultado,
sendo gerado por um valor produtivo. De certo modo, a produtividade acaba sendo intuitiva,
pois uma otimização na eficiência já tornaria a produtividade melhor (VERDASCA, 2005).
O aumento da produtividade e a consequentemente melhora na qualidade de
atendimento das demandas, possui um impacto direto no alcance das metas coorporativas,
além de reduzir os custos, uma vez que o uso dos recursos é otimizado. De modo operacional,
a produtividade reflete uma alta performance no trabalho, como por exemplo, priorizar as
tarefas pelas suas urgências e não com base na complexidade (ROHR, 2022).
A taxa de crescimento ou decrescimento da produtividade pode deve ser calculada
com bastante cuidado, pois diversos fatores podem influenciar neste valor, como alterações na
tecnologia construtiva. No entanto, o aumento da produtividade em uma organização pode ser
o reflexo de um período em que o setor cresceu por completo, por mudanças de preços
relativos, como o preço dos imóveis em relação ao custo e trabalho e, até mesmo, por
mudanças institucionais, como tributos, legislação trabalhista, entre outros (SIMONSEN,
2010)
A produtividade da mão-de-obra é um dos fatores de grande impacto, para isso é
utilizado o indicador de Razão Unitária de Produção (RUP) que representa o esforço total
realizado pelos funcionários dividido pelo total de serviço realizado. Este indicador serve
como base para a geração de orçamentos, pois reflete o desempenho de processamento da
equipe de determinada empresa (SOUZA, 2017). A equação 1 expressa a fórmula do
indicador RUP.

Hh
RUP= (1)
QS
Onde: Hh = Homens-hora; QS = Quantidade de serviço realizado.
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Simonsen (2010) acrescenta que, geralmente, os períodos em que determinada


empresa aponta altas taxas de crescimento, são os mesmo em que expressam grandes
variações na produtividade dos fatores mais importantes daquele segmento. O aumento de
rendimentos de escala é uma possível explicação, sendo originados por dois principais
motivos: a renda gerada a partir do aumento do tamanho das obras ou pela construtora passar
a ter um número maior de obras.
Souza (2017) afirma que para calcular a produtividade no uso dos insumos, ou seja,
materiais utilizados nas obras, é necessário trabalhar com o indicador de Consumo Unitário de
Materiais (CUM), que é a divisão entre a quantidade de materiais que foram adquiridos e a
quantidade de serviço realizado. A equação 2 expressa a fórmula do indicador CUM.

Qmat
CUM= (2)
Qserviço
Onde: Qmat = quantidade de material; Qserviço = quantidade de serviço realizado.

Homan, Tanaka, Oliveira, Potrick e Pulido (2016) observaram como resultado de seus
estudos as vantagens e desvantagens de se utilizar projetos e normativas que consideram uma
mão de obra especializada, no processo de construção de um edifício que utilizava como
sistema construtivo o uso de alvenaria em blocos cerâmicos. A tabela 1 demonstra as
vantagens e desvantagens de aumentar a produtividade através do uso de colaboradores
especialistas.

Tabela 1 – Vantagens e desvantagens do uso de mão de obra especializada em construções de edifícios


utilizando blocos cerâmicos.
Vantagens Desvantagens
Maior produtividade, qualidade e menor Restrições de possibilidade de alterações
custo não planejadas
Dificuldade de improvisar durante a
Bom desempenho e segurança estrutural
execução da edificação
Canteiro de obra limpo, sem entulhos e
Limitação de grandes vãos e balanços
restos de madeira
Redução de aproximadamente 30% no
valor da construção
Redução na quantidade usada de
ferragem e concreto
Economia no uso de madeira para formas
Menor número de equipes de trabalho e
subcontratados
Fonte: Homan, Tanaka, Oliveira, Potrick e Pulido (2016)

Bezerra e Nunes (2020) concluíram que, visando a produtividade, o uso do EPS


consegue gerar uma redução de 20% a 50% dos custos relativos à transporte por cada unidade
de volume de concreto, a possibilidade de produzir peças maiores sem precisar alterar os
equipamentos do canteiro e uma redução de até 50% do tempo de montagem de estruturas, ou
seja, o sistema EPS possibilita que a obra seja entregue em um prazo menor do que o bloco
cerâmico.
7

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

O estudo de caso analisa as diferenças de produtividade, prazo e orçamento, em uma


construção residencial de bloco cerâmico, caso fosse feita pelo sistema EPS. Basicamente o
estudo se concentra em confrontar os dados dos dois tipos de sistema, buscando criar base
para tomada de decisão na escolha do melhor método para cada caso que pode sem bastante
distintos, principalmente pelos fatores geográficos, disponibilidade de material e mão de obra
especializada.
A metodologia do presente estudo, consiste inicialmente de uma revisão bibliográfica,
de modo a explicar os conceitos dos dois sistemas construtivos e da produtividade na
engenharia civil, auxiliando o melhor entendimento do desenvolvimento do trabalho. Houve
ainda o acompanhamento direto com a construção do imóvel através do sistema de bloco
cerâmico e, por fim, a comparação com o mesmo produto, caso fosse feito com EPS.
O local do estudo de caso foi uma residência localizada na cidade de São Luís, capital
do Maranhão. A residência foi construída na ilha de Upaon-Açu, entre as baías de São Marcos
e São José de Ribamar, no Golfão Maranhense, integrada ao Residencial Damha Araçagy.
Com dois pavimentos – térreo e superior -, a empresa responsável pela construção, em
conjunto com os clientes, optou por utilizar o sistema de bloco cerâmico.
A residência ocupa uma área de 385 m², sendo o depósito, lavabo, sala de TV, suíte 1,
sala de estar, sala de jantar, espaço gourmet, lavanderia, despensa, banheiro externo, piscina,
hidro, deck e garagem as dependências do térreo e escritório, suíte 2, suíte 3 e suíte master as
divisões do andar superior. Além disse, a residência dispõe também de sacadas, halls, escada
e espaços de circulação.

3.1 ORÇAMENTO

O orçamento de toda obra foi dividido em exatos 21 itens e mais centenas de subitens,
no entanto o trabalho considerou apenas os que são necessários a análise dos dois tipos de
sistema, ou seja, itens estruturais. A tabela 2 demonstra o orçamento estrutural da construção
da residência, utilizando o sistema de bloco cerâmico.

Tabela 2 – Orçamento utilizando bloco cerâmico


1 Construção de muro R$ 17.260,28
2 Infraestrutura R$ 204.677,10
3 Superestrutura R$ 34.991,06
4 Paredes e divisórias R$ 31.090,58
5 Cobertura/laje e forro R$ 89.012,87
6 Pavimentação R$ 102.082,12
Total final R$ 479.114,01
Fonte: o autor

O detalhamento dos itens presentes no orçamento foi descrito no Anexo I.

3.2 PRAZO

A construção total da residência durou um ano e um mês, incluindo além das etapas
descritas na tabela 2, a administração local, serviços preliminares, movimentos de terra,
revestimento, esquadrias, instalações hidráulicas, elétricas, SPDA e telefônicas, pintura,
8

piscina e bancadas de granito. No entanto, as atividades que foram consideradas na análise,


levaram sete meses e meio para serem finalizadas – 30 semanas.

3.3 ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE

Os índices ou indicadores utilizados na construção com blocos cerâmicos foram o


RUP e o CUM. As atividades analisadas e que podem ser substituídas pelo EPS totalizaram
exatos 361,24 m². Para desenvolver esses serviços, foram utilizados nove colaboradores
trabalhando 40 horas por semana, totalizando 10800 homens-hora durante as 30 semanas,
adquiriu-se, para isso, material suficiente para construção de 400 m², prevendo possíveis
perdas. Assim, esses dados permitem o cálculo dos indicadores de produtividade.
10.800 hh 2
RUP ( cerâmica )= 2
=29 ,9 hh /m (3)
361 , 24 m
2
400 m
CUM ( cerâmica )= 2
=1 , 11 (4)
361 ,24 m

4 RESULTADOS

O cálculo realizado do RUP e do CUM relativo ao uso do EPS, teve como base o
projeto utilizado com a cerâmica, onde foram mantidos todos os dados originais e gerou-se,
não só um orçamento, mas também uma estimativa de prazo para execução dos serviços,
tendo como base o histórico da empresa e outras obras de diversas dimensões. É possível
observar o orçamento da construção com o sistema EPS através da tabela 3 a seguir.

Tabela 3 – Orçamento utilizando EPS


1 Construção de muro R$ 19.849,32
2 Infraestrutura R$ 225.144,81
3 Superestrutura R$ 41.989,27
4 Paredes e divisórias R$ 43.526,81
5 Cobertura/laje e forro R$ 89.012,87
6 Pavimentação R$ 114.331,97
Total Final R$ 533.855,06
Fonte: o autor

O Anexo I, item 5, permite verificar que a cobertura, laje e forro foram feitos
utilizando o EPS, mesmo na construção original, onde se utilizou blocos cerâmicos, o que é
bastante comum nas construções brasileiras. Isso se deve as propriedades presentes no EPS
como os isolamentos térmico e acústico, além de se adequar melhor a grande variação de
temperatura que ocorrem, principalmente, nas regiões Sul, Norte e Nordeste. Assim, observa-
se que os valores de cobertura, laje e forro, não se alteram com a mudança de sistema.
A confecção do orçamento foi impactada pela dificuldade de encontrar mão-de-obra
qualificada, o que causou o aumento dos valores. Utilizando nove funcionários, cada um
trabalhando quarenta horas por semana, a obra tem um makespan de aproximadamente 19
semanas, gerando um total de 6.840 homem-hora. Além disso, é necessário comprar material
suficiente para construir 380 m². Assim, os seguintes indicadores puderam ser calculados.
9

6.840 hh 2
RUP ( EPS )= 2
=18 ,93 hh /m (5)
361 , 24 m
2
380 m
CUM ( EPS )= 2
=1 , 05 (6)
361 ,24 m

A partir desses valores é possível notar que os indicadores razão unitária de produção
e custo unitário de materiais são menores utilizando o sistema construtivo EPS. Porém, há um
custo maior para que haja substituição do método convencional de bloco cerâmico, o
equivalente a 11,43%.

5 CONCLUSÃO

A utilização do sistema EPS promove diversas vantagens, como a redução do peso


estrutural, resistência mecânica, alta durabilidade, sustentabilidade, isolamento térmico, entre
outros. Além disso, este sistema permite a diminuição da quantidade de materiais utilizados e
da mão-de-obra necessária, devido à sua agilidade de aplicação. Apesar de ser um pouco mais
caro inicialmente, este custo pode ser reduzido significativamente caso haja maior adesão por
parte das pessoas, aumentando a demanda e, consequentemente, o volume de produção.
No estudo de caso, o prazo de construção através do EPS foi menor do que utilizando
bloco cerâmico, o que confirma a agilidade do sistema construtivo. A escassez de mão-de-
obra especializada disponível é um dos fatores que fazem o orçamento do EPS ser um pouco
maior, pois, os trabalhadores envolvidos nesse sistema de construção tendem a receber
salários mais altos em comparação àqueles que atuam em métodos construtivos
convencionais.
Os benefícios encontrados no uso do EPS acompanham um aumento no custo de
construção. Para o caso estudado, observou-se um aumento de 11,43% em relação ao bloco
cerâmico, o que é o principal fator de não aceitação das pessoas na substituição do sistema.
Apesar do aumento no custo, é essencial considerar os benefícios que o sistema EPS oferece.
Embora o valor seja um pouco mais alto, o investimento pode valer a pena devido à agilidade
na construção, à redução do prazo e aos demais benefícios que o material proporciona.
O estudo revelou que os indicadores calculados (RUP e CUM) foram menores no
sistema construtivo com EPS, o que reforça a viabilidade de substituição. O RUP mede a
quantidade de recurso humano, ou seja, homem-hora, necessária para construir um metro
quadrado em uma obra especifica. Portanto, quanto menor esse valor, melhor, pois indica uma
maior eficiência na utilização de mão-de-obra.
Por sua vez, o CUM reflete a quantidade de material utilizada em relação ao que foi
adquirido para execução do serviço. Nesse caso, o valor ideal é o mais próximo de 1, pois
indica um aproveitamento mais eficiente dos materiais, reduzindo desperdício. Assim, os
resultados demonstram que o sistema EPS se destaca por otimizar o uso de recursos humanos
e materiais, sendo uma alternativa vantajosa em termos de eficiência e produtividade para a
construção civil.
Assim, o sistema construtivo EPS apresenta uma produtividade superior, o que traduz
em prazos de execução menores quando compara a construções do mesmo porte que utilizam
outros materiais, como o bloco cerâmico. Contudo, é válido ressaltar que tais benefícios
acompanham um custo mais elevado. Desse modo, deve-se considerar as peculiaridades de
cada projeto e necessidades do usuário final para fazer a melhor escolha no processo de
tomada de decisão entre os dois sistemas.
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REFERÊNCIAS

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Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e em
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VERDASCA, José. Análise de fluxos e produtividade escolar. Universidade de Évora.


Revista Portuguesa de Investigação Educacional, n° 4, 2005. Disponível em:
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/2906/1/An%C3%A1lise%20de%20fluxos_rev
%20port%20inv%20edu%2C%202005.pdf/, acesso em: 18 julho 2023
12

ANEXO I

Orçamento detalhado da obra utilizando blocos cerâmicos


Preço
Item Descrição Un. Qtd. Preço Total
Un.
1 CONSTRUÇÃO DE MURO
1.1 Escavação manual de valas para baldrame. m³ 9,75 36,45 355,39
1.2 Reaterro de vala em camadas de 0,30cm. m³ 5,85 29,25 171,11
1.3 Concreto magro para fundo de vala E = 0,05cm. m² 13,07 20,97 274,08
1.4 Alicerce e baldrame em bloco estrutural 39x19x14cm m² 23,40 60,90 1.425,06
1.5 Impermeabilização com manta asfáltica líquida. m² 58,48 16,43 960,83
1.6 Coluna de ferro 7x17x10mm para cintas inferior e superior. m 39,00 31,68 1.235,52
1.7 Coluna de ferro 7x17x10mm para pilares e sapatas. m 46,80 28,51 1.334,27
1.8 Concreto Fck 15Mpa para colunas do muro m² 2,34 530,00 1.240,20
1.9 Alvenaria de tijolo cerâmica até altura de 2,50m m² 97,50 20,26 1.975,35
1.10 Chapisco em muro interno e externo. m² 195,00 7,21 1.405,95
1.11 Reboco de muro interno e externo m² 195,00 19,44 3.790,80
1.12 Pintura com tinta à base d'agua na área externa. m² 97,50 6,72 655,20
Emassamento com massa acrílica em duas demãos na área interna do
1.13 m² 97,50 9,96 971,10
muro.
1.14 Selador acrílico na área interna do muro em uma demão. m² 195,00 4,21 820,95
1.15 Pintura com tina acrílica em duas demãos, na área interna do muro. m² 97,50 6,61 644,48
Total do item 17.260,28
2 INFRA-ESTRUTURA

2.1 Lastro de concreto E = 5cm para fundo de sapatas e valas e baldrames. m² 97,79 20,97 2.050,66
2.2 Forma em madeirite 15mm p/sapatas em concreto. m² 57,75 54,38 3.140,45
2.3 Formas em madeirite 15mm p/vigas inferiores. m² 106,93 54,38 5.814,85
2.4 Formas de madeirite 15mm para pilares. m² 89,01 54,38 4.840,36
2.5 Forma de madeirite 15mm para vigas superiores m² 25,75 54,38 1.400,29
Armação de vigas inferior e superior e pilares, em Aço CA-50/60 e
2.6 kg 2.685,00 11,58 31.092,30
5,0mm, 6.3mm a 12.5mm.
2.7 Alicerce e baldrame em bloco estrutural 39x19x14cm. m² 94,58 60,90 5.759,92
Impermeabilização com manta asfáltica líquida em duas demãos contra
2.8 m² 208,08 16,43 3.418,75
infiltração.
2.9 Sapatas e arranques
Aço CA-50 - Ferro 5.0 para estribos das sapatas P1 a P19 com tamanhos
2.10 variados de: 0,70x1,10 a 1,40x1,40cm e arranques de 1,20m. kg 54,24 11,07 600,44

Aço CA-60 - Ferro 8.0mm para sapatas P1 a P19 com tamanhos variados
2.11 kg 241,68 11,07 2.675,40
de: 0,70x1,10 a 1,40x1,40cm.
Aço CA-60 - Ferro 10.0mm para sapatas P1 a P19 com tamanhos variados
2.12 kg 174,24 11,07 1.928,84
de: 0,70x1,10 a 1,40x1,40cm e arranques de 1,20m.
13

Aço A-60 - Ferro 12.5mm para sapatas P1 a P19 com tamanhos variados
2.13 kg 373,08 11,07 4.130,00
de: 0,70x1,10 a 1,40x1,40cm e arranques de 1,20m.
2.14 Formas em madeirite 15mm para sapatas e arranques. m² 57,75 54,38 3.140,45
2.15 Concreto Fck 25Mpa para sapatas e arranques. m³ 14,38 530,00 7.621,40
2.16 Vigas baldrame - viga inferior
Aço CA-50 - Ferro 5.0 para estribos das vigas VB1 a VB21 com tamanhos
2.17 kg 156,36 11,07 1.730,91
variados.
2.18 Aço CA-60 - Ferro 8.0mm para vigas VB1 a VB21 com tamanhos variados. kg 265,68 11,07 2.941,08
Aço CA-60 - Ferro 10.0mm para vigas VB1 a VB21 com tamanhos
2.19 kg 42,60 11,07 471,58
variados.
2.20 Aço A-60 - Ferro 12.5mm para vigas VB1 a VB21 com tamanhos variados. kg 86,92 11,07 962,20
Formas em madeirite 15mm para vigas VB1 a VB21 com tamanhos
2.21 m² 106,93 54,38 5.814,85
variados.
2.22 Concreto Fck 25Mpa para vigas VB1 a VB21 com tamanhos variados. m³ 6,17 530,00 3.270,10
2.23 Pilares pavimento inferior - pavimento térreo
Aço CA-50 - Ferro 5.0 para estribos dos pilares P1 a P19 com alturas de
2.24 kg 138,84 11,07 1.536,96
3,0m (pilares pavimento inferior).
Aço CA-60 - Ferro 8.0mm para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m
2.25 kg 96,30 11,07 1.066,04
(pilares pavimento inferior).
Aço CA-60 - Ferro 10.0mm para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m
2.26 kg 26,17 11,07 289,70
(pilares pavimento inferior).
Aço A-60 - Ferro 12.5mm para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m
2.27 kg 677,76 11,07 7.502,80
(pilares pavimento inferior).
Formas em madeirite 15mm para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m
2.28 (pilares pavimento inferior). m² 89,01 54,38 4.840,36

Concreto Fck 25Mpa para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m (pilares
2.29 m³ 3,29 530,00 1.743,70
pavimento inferior).
2.30 Pilares pavimento superior
Aço CA-50 - Ferro 5.0 para estribos dos pilares P1 a P19 com alturas de
2.31 kg 175,40 11,07 1.941,68
3,0m (pilares pavimento inferior).
Aço CA-60 - Ferro 8.0mm para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m
2.32 kg 96,30 11,07 1.066,04
(pilares pavimento inferior).
Aço CA-60 - Ferro 10.0mm para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m
2.33 kg 54,60 11,07 604,42
(pilares pavimento inferior).
Aço A-60 - Ferro 12.5mm para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m
2.34 (pilares pavimento inferior). kg 860,88 11,07 9.529,94

Formas em madeirite 15mm para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m


2.35 m² 99,08 54,38 5.387,97
(pilares pavimento inferior).
Concreto Fck 25Mpa para pilares P1 a P19 com alturas de 3,0m (pilares
2.36 m³ 4,88 530,00 2.586,40
pavimento inferior).
2.37 Vigas pavimento térreo
Aço CA-50 - Ferro 5.0 para estribos das vigas VT1 a VT25 com tamanhos
2.38 variados. kg 170,40 11,07 1.886,33

Aço CA-60 - Ferro 6,3mm para vigas VT1 a VT25 com tamanhos variados.
2.39 25,17 11,07 278,63
Aço CA-60 - Ferro 8,0mm para vigas VT1 a VT25 com tamanhos variados.
2.40 kg 234,17 11,07 2.592,26
Aço CA-60 - Ferro 10.0mm para vigas VT1 a VT25 com tamanhos
2.41 kg 95,19 11,07 1.053,75
variados.
Aço A-60 - Ferro 12.5mm para vigas VT1 a VT25 com tamanhos variados.
2.42 kg 232,81 11,07 2.577,21
2.43 Aço A-60 - Ferro 16,0mm para vigas VT1 a VT25 com tamanhos variados. kg 280,14 11,61 3.252,43
2.44 Aço A-60 - Ferro 20,0mm para vigas VT1 a VT25 com tamanhos variados. kg 279,25 11,61 3.242,09
Formas em madeirite 15mm para vigas VT1 a VT25 com tamanhos
2.45 m² 201,80 43,28 8.733,90
variados.
2.46 Concreto Fck 25Mpa para vigas VT1 a VT25 com tamanhos variados. m³ 12,98 530,00 6.879,40
14

2.47 Vigas pavimento superior


Aço CA-50 - Ferro 5.0 para estribos das vigas VS1 a VT18 com tamanhos
2.48 kg 159,50 11,07 1.765,67
variados.
Aço CA-60 - Ferro 6,3mm para vigas VS1 a VS18 com tamanhos variados.
2.49 kg 33,74 11,07 373,50

2.50 Aço CA-60 - Ferro 8,0mm para vigas VS1 a VS18 com tamanhos variados. kg 223,40 11,07 2.473,04
Aço CA-60 - Ferro 10.0mm para vigas VS1 a VS18 com tamanhos variados.
2.51 kg 313,80 11,07 3.473,77

Aço A-60 - Ferro 12.5mm para vigas VS1 a VS18 com tamanhos variados.
2.52 kg 407,99 11,52 4.700,04
2.53 Aço A-60 - Ferro 16,0mm para vigas VS1 a VS18 com tamanhos variados. kg 128,00 11,61 1.486,08
2.54 Aço A-60 - Ferro 20,0mm para vigas VS1 a VS18 com tamanhos variados. kg 229,12 11,61 2.660,08
Formas em madeirite 15mm para vigas VS1 a VS18 com tamanhos
2.55 m² 238,91 54,38 12.991,93
variados.
Concreto Fck 25Mpa para vigas VS1 a VS18 com tamanhos variados.
2.56 m³ 13,44 530,00 7.123,20

2.57 Pilares Platibanda


2.58 Aço CA-60 - Ferro 10.0mm para vigas de platibanda. kg 145,64 11,07 1.612,23
2.59 Aço A-60 - Ferro 12.5mm para vigas de platibanda. kg 45,21 11,52 520,82
2.60 Treliças para platibanda m 27,60 9,45 260,82
2.61 Aço CA-50 - Ferro 5.0 para vigas de platibanda. kg 62,64 11,07 693,42
Formas em madeirite 15mm para vigas VS1 a VS18 com tamanhos
2.62 m² 40,40 54,38 2.196,95
variados.
2.63 Concreto Fck 25Mpa para vigas VS1 a VS18 com tamanhos variados. m³ 1,79 530,00 948,70
2.64 Escada
Aço CA-60 - Ferro 6,3mm para estrutura da escada conforme projeto
2.65 kg 64,48 11,07 713,79
estrutural.
Aço CA-60 - Ferro 8,0mm para estrutura da escada conforme projeto
2.66 kg 240,37 11,07 2.660,90
estrutural.
Aço CA-60 - Ferro 10.0mm para estrutura da escada conforme projeto
2.67 kg 34,00 11,07 376,38
estrutural.
Formas em madeirite plastificado de 18mm para estrutura da escada,
2.68 conforme projeto. m² 25,69 54,38 1.397,02

2.69 Concreto Fck 30Mpa para escada. m³ 2,45 530,00 1.298,50


Total do item 204.677,10
3 SUPER-ESTRUTURA
Montagem de forma plana para estruturas (sapatas, arranques e pilares),
3.1 em madeirite resinado de 15mm, 03 usos, inclusive escoramento. m² 286,24 32,31 9.248,41

Montagem e desmontagem de forma de vigas, escoramento metálico em


3.2 m³ 547,64 32,31 17.694,25
pé direito simples.
Montagem e desmontagem de forma de laje maciça na área de
3.3 m² 16,30 32,31 526,65
recebimento da escada.
Escoramento de formas até altura de 3,0m com madeira e escoras
3.4 m² 833,88 7,70 6.420,88
metálicas.
Vergas moldada "in loco" em concreto para todos os vãos de janelas e
3.5 m 38,90 28,30 1.100,87
portas, na dimensão de 0,10x0,10cm.
Total do item 34.991,06
4 PAREDES E DIVISÓRIAS
Alvenaria de vedação em tijolo cerâmico de 6 ou 8 furos, assentados com
4.1 argamassa de cimento e areia no traço 1:5, em forma de 1/2 vez. m² 796,99 39,01 31.090,58

Total do item 31.090,58


15

5 COBERTURA/LAJE E FORRO
5.1 Cobertura com telha de fibrocimento
Estrutura de madeira de lei (maçaranduba, pau d'arco ou similar)
5.2 composta por peças, caibros e ripas, na forma do projeto apresentado. m² 269,12 67,15 18.071,41

Cobertura com telha de fibrocimento com caimento de 10% conforme


5.3 m² 269,12 30,78 8.283,51
projeto.
5.4 Pingadeira pré-moldada em concreto simples m 74,36 12,45 925,78
5.5 Rufo e concreto armado fck 9Mpa L = 0,30cm. m 108,35 16,35 1.771,52
Imunização de madeira com produto anticupim (óleo queimado) ou
5.6 m² 269,12 5,10 1.372,51
cupinicida.
Impermeabilização com manta asfáltica aluminada, aplicada com prime
5.7 m² 61,05 46,90 2.863,25
da Sika.
5.8 Laje pré-moldada e Forro de gesso
Laje treliçada TG-8 com enchimento em isopor 7cm com negativação em
5.9 tela 15x15x4.2 e concreto Fck-20Mpa. m² 361,24 85,95 31.048,58

Forro de gesso acartonado aplicado de forma aramado em placas


5.10 m² 361,24 68,31 24.676,30
individualizadas com vedação.
Cortineiros - rasgos no forro de gesso para implantação de cortinas com
5.11 ml 32,50 94,50 3.071,25
espaçamento de 0,20cm.
Soltura paralela às paredes das dependências para implantação do gesso
5.12 ml 144,49 32,40 4.681,48
acartonado.
5.13 Sanca dupla ml 29,50 81,00 2.389,50
Total do item 89.012,87
6 PAVIMENTAÇÃO
Lastros de concreto E = 5cm (piso morto) com argamassa de concreto
6.1 magro no traço 1:2,5:3,5 (cimento, areia e brita 1) no pavimento térreo. m² 208,06 25,92 5.392,92

Regularização de superfície em argamassa e cimento e areia no traço 1:3


6.2 (cimento e areia) com espessura de 3cm m² 361,24 21,79 7.871,42

6.3 recebimento de piso porcelanato nos pavimentos térreo e superior.


Piso cerâmico para garagem, patamar da escada, assentado com
6.4 m² 43,08 93,15 4.012,90
argamassa industrial AC-III.
Piso porcelanato fosco para áreas como banheiros e lavanderia na
6.5 mesma tonalidade do piso principal, assentado sobre argamassa m² 49,18 202,50 9.958,95
industrializada AC-III.
Piso porcelanato polido para dependências como: sala de estar/jantar,
espaço gourmet, suítes, hall de circulação, assentados com argamassa
6.6 m² 343,27 202,50 69.512,18
industrializada AC-III, com rodapé do mesmo piso e dimensão de
0,20cm/h embutido no reboco.
Soleira de granito bege bahia na dimensão de L - 15cm, ou a definir o tipo
6.7 m 15,00 78,98 1.184,70
de granito.
Execução de passeio (calçada) com piso em concreto magro no traço de
6.8 cimento, areia e brita zero 1:2,5:3,5, com acabamento convencional m² 97,35 42,62 4.149,06
(troiado).

Total do item 102.082,12


Total final 479.114,01
16

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