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São Luís
2011
1
São Luís
2011
2
Aprovado em ____/____/_____.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Tiago de Melo (Orientador)
Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA)
__________________________________________
1º Examinador (a)
Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA)
__________________________________________
2º Examinador (a)
Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA)
3
A Deus
A minha família e amigos.
4
AGRADECIMENTOS
Provérbios 4:18
6
RESUMO
ABSTRACT
The present work aims at first to demonstrate the possibility of the taxpayer to draw
on the Institute of collateral to anticipate the effects of attachment, realizing obtaining
certificates of tax compliance. In a second stage, revealing the positions taken by the
Treasury in demands and injunctions, see if there is legal interest in refusing the offer
of a security, taking into consideration the interests of the Treasury, and the security
of the entire legal and economic system as well as legal transactions entered into by
any third party debtors of taxes recipients of certificates with positive effects of
negative provided in legal proceedings. It intends also to demonstrate the positioning
of jurisprudence on the subject with a vast jurisprudential research, giving special
focus to the trial of the Regional Courts, and particularly since the Special Appeal no.
1.123.669/RS, to reporting to the Minister Luiz Fux, who was the representative
feature of the controversy about the possibility of offering security in place of
interlocutory injunction for the suspension of the tax credit, which does not tax its
executive was filed in order to obtain a certificate with positive effects as negative.
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10
2 A INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DE REGÊNCIA
CONFORME A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 .................................. 12
3 OS OBSTÁCULOS PARA EXPEDIÇÃO DE CERTIDÕES DE
REGULARIDADE FISCAL E DA CAUÇÃO DE BENS .................................. 14
4 DA JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS PÁTRIOS .................................... 17
4.1 Entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça ................... 17
4.2 Da jurisprudência dos Tribunais Regionais Federais – TRF’S ................. 23
5 PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA ........................................... 32
6 PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE TRIBUTO CONFISCATÓRIO ....................... 34
7 CONFISCO E CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
8 CONCLUSÃO ................................................................................................. 35
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 37
10
1 INTRODUÇÃO
2
Maximiliano, Carlos. Hermenêutica e Aplicação do Direito, 19a edição, Rio de Janeiro, Forense: 2001.
3
BARROZO, Luiz Roberto. Interpretação e Aplicação Constitucional: fundamentos de uma Dogmática
Constitucional Transformadora. 4ª ed. Revista e Atualizada. Saraiva, 2004.
13
4
Apud MADEIRA ABAD, Raphael A solução para as antinomias reais entre regras através da interpretação
sistemática da norma jurídica, disponível em
http://geocities.yahoo.com.br/get_es/get_es/artigos/int_sist.htm.
5
TORRES, Ricardo Lobo. in Normas de interpretação e integração do direito tributário, Ed. Renovar: 2000.
66
Brasília. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, RESP nº 536037/PR, PRIMEIRA TURMA, Data da decisão:
12/04/2005, DJ DATA:23/05/2005, PÁGINA:151, Relator TEORI ALBINO ZAVASCKI.
14
7
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5172.htm.
8
BORGES, Fernando Mauro de Siqueira. REPENSANDO A POSIÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA EM MEDIDAS
CAUTELARES DE CAUÇÃO. Disponível em: www.unafe.org.br/.../Repensando%20a%20Fazenda%20Pública.doc.
15
9
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm
10
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5869.htm
16
11
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5869.htm.
17
12
Disponível em www.stj.jus.br
18
13
Disponível em www.trf4.jus.br
28
processo.
5. Presente o periculum in mora, antecipa-se a tutela cautelar para
ser tomada por termo a caução ofertada, cabendo ao magistrado de
primeiro grau deliberar sobre os pedidos referentes à certidão e à
inscrição no CADIN e sobre o reforço da garantia, se insuficiente
(PORTO ALEGRE, 2003).
15
AMARO, Luciano – 17 ed. - Sã Paulo: Saraiva, 2011. Pág. 163.
34
(BRASIL, 1988).
É óbvio que os tributos (de modo mais ostensivo, os impostos) traduzem
transferências compulsórias (não voluntárias) de recursos do indivíduo para o
Estado. Desde que a tributação se faça nos limites autorizados pela Constituição, a
transferência de riqueza do contribuinte para o Estado é legítima e não confiscatória.
Portanto, não se quer, com a vedação do confisco, outorgar à propriedade uma
proteção absoluta contra a incidência do tributo, o que anularia totalmente o poder
de tributar. O que se objetiva é evitar que, por meio do tributo, o Estado anule a
riqueza privada. Percebe-se que o princípio atua em conjunto com o da capacidade
contributiva, que também visa a preservar a capacidade econômica do indivíduo.
Torres (1993) considera a vedação de confisco como uma imunidade
tributária da parcela mínima necessária à sobrevivência da propriedade privada, o
que importaria dizer que o confisco equivaleria à extinção da propriedade;
reconhece, porém, esse autor que, inexistindo possibilidade prévia de fixar os limites
quantitativos para a cobrança não confiscatória, a definição concreta de confisco há
de pautar-se pela razoabilidade.
Enfim, o princípio da vedação de tributo confiscatório não será um
preceito matemático; é um critério informador da atividade do legislador e é, além
disso, preceito dirigido ao intérprete e ao julgador, que, à vista das características da
situação concreta, verificarão se determinado tributo invadirá ou não o território do
confisco.
16
PONTES, Helenilson Cunha. O Princípio da Proporcionalidade e o Direito Tributário. São Paulo: Dialética,
2000, p. 104.
37
17
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 138.
18
AMARO, op. cit., 2006.
38
19
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Manual de Direito Tributário. 4. ed. Niterói: Editora Impetus, 2007,
p. 46.
39
medida do mínimo vital é variável, pois está diretamente ligada ao que é oferecido
pelo Estado a seus indivíduos20.
Em relação às empresas, verifica-se que o princípio que garante a
preservação de suas atividades tem o sentido de capacidade contributiva ou de
vedação ao confisco, conforme dissertou Misabel Derzi (2006, p. 338): “Ora, o
princípio da preservação da empresa – pelo menos no que tange à graduação dos
impostos – é a versão, no campo tributário, do princípio da capacidade econômica
de pagar impostos durante a vida societária”.21
E ainda:
Pode-se afirmar que, no Direito Tributário, durante o
desempenho normal das atividades da empresa, o princípio da
preservação (iluminado pelo exercício de sua função social)
tem o sentido de capacidade contributiva, ou de vedação do
confisco22.
20
BALBINO, Juliana Lamego. O PRINCÍPIO DO NÃO-CONFISCO NO DIREITO TRIBUTÁRIO BRASILEIRO
21
DERZI, Misabel Abreu Machado. O princípio da preservação das empresas e o direito à economia de imposto,
in Grandes Questões Atuais do Direito Tributário. Coordenador Valdir de Oliveira Rocha. São Paulo: Dialética,
vol. 10, 2006, p. 338.
22
DERZI, op. cit., 2006, p. 345.
23
DERZI, op. cit., 2006, p. 343.
40
24
BALEEIRO, Aliomar. Limitações Constitucionais ao poder de tributar. 7. ed., ver e compl. à luz da Constituição
de 1988 até a Emenda Constitucional nº 10/1996. Rio de Janeiro: Forense, 1997, p. 52., p. 573.
41
8 CONCLUSÃO
25
COSTA, Regina Helena. Princípio da Capacidade Contributiva. 3. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 1996,
p.79.
42
certidão pretendida.
Assim, é viável a antecipação dos efeitos que seriam obtidos com a
penhora no executivo fiscal, através de caução de eficácia semelhante. Conforme
dito alhures, entender de modo diverso seria conceder ao contribuinte que contra si
tenha ajuizada ação de execução fiscal condição mais favorável do que aquele
contra o qual o Fisco não se voltou judicialmente ainda.
Com efeito, não pode ser imputado ao contribuinte solvente, isto é, aquele
em condições de oferecer bens suficientes à garantia da dívida, prejuízo pela
demora do Fisco em ajuizar a execução fiscal para a cobrança do débito tributário.
Outrossim, instigada a Fazenda pela caução oferecida, pode ela iniciar a
execução, convertendo-se a garantia prestada por iniciativa do contribuinte na
famigerada penhora que autoriza a expedição da certidão.
26 ELIAS, Eduardo Arrieiro. Certidões Negativas de Débito e Medidas Cautelares de Caução de Bens
- Posição Jurisprudencial Pacífica. Disponível em:
http://www.fiscosoft.com.br/main_artigos_index.php?PID=134978&printpage=_
45
REFERÊNCIAS
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.