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Faculdade Internacional de São Luís – ISL| Wyden

Graduação em Engenharia Civil

Kassio Pablo Costa da Silva¹; Italo Nalisson A. Ferreira²; Elton Santos Silva³; Pablo
Miller D. Lima; Carlos de Jesus M. Sousa.

WOLL BRICK-Tijolo de Lã

São Luís – MA
2021
Kassio Pablo Costa da Silva¹; Italo Nalisson A. Ferreira²; Elton Santos Silva³; Pablo
Miller D. Lima; Carlos de Jesus M. Sousa.

WOLL BRICK-Tijolo de Lã

Trabalho do curso de graduação em Engenharia


Civil da Faculdade Internacional de São Luís -
ISL|Wyden a respeito dos desafios e buscas por
inovções sustentavéis para construão civil, um
deles, o Tijolo de Lã. Prof. Glauber de Sousa
Alves.

São Luís – MA
2021
RESUMO

Woll Brick ou tijoolos de lã , foram inventados baseados em pesquisas


com finalidades de mudanças de algumas propriedades físicas em relação aos tijolos de
argila convencionais. Em sua fabricação são adicionados: lã de vidro, argila e um
polímero natural extraído de algas marinhas. Como resultado, fabricaram tijolos em que
não há necessidade de serem cozidos ,e apresentam 37% a mais de resistência, se
comparados aos tijolos de argila convencionais. Foi baseada em estudos onde originou-
se esta prática na Srdenha há cerca de 3.000 anos aonde eram misturados plantas com
materias terrosos para aumentar a resistência dos blocos ou tijolos. Estes tijolos são
projetados com finalidade de durar mais tempo e também incorporar um material mais
sustentável , no caso a (lã) na composição terrosa. A fabricação desses tijolos
apresenta também um corte de gastos em seu processo, que vão desde energia em
fornos elétricos, a madeira no caso dos fornos de combustão, já que a secagem dos
mesmo ocorre de maneira natural . A lã é uma grande aliada no processo de secagem,
já que esta auxilia e adianta o processo de secagem , fazendo com que este tipo de tijolo
seque mais rápidos que os de argila convencional. Nos dias atuais é comum a aplicação
desses tijolos em construções em muitas partes do mundo.
PALAVRAS CHAVE: TIJOLOS DE LÃ, RESISTÊNCIA, DURABILIDADE
SUSTENTABILIDADE.

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1 - Introdução

Atualmente o setor da construção está enfrentando a problemática da sustentabilidade


e materiais do futuro, buscando assim, reduzir os impactos ambientais causado pela produção de
materiais para a construção. Um dos indicadores básicos para manejar dados sobre está questão é a
emissão de CO2 na atmosférica que é produzida por tais materiais. Segundo Burke e Keeler
(2010), entre os anos de 1950 a 2000, as emissões de CO2 pelas edificações superou o dobro do
valor inicial em comparação ao transporte e indústria, o que se deve, principalmente ao uso de
fontes de energia poluentes e extração intensa de matéria prima do ambiente (PEREIRA, 2014)
Na realização do cálculo deste indicador, não apenas a fase de produção do material,
mas sim a energia consumida no processo, os componentes que o formam, e todos os processos
que são realizados durante sua vida útil: o CO₂ que é emitido em sua extração inicial, a
transformação anterior dos materiais que compõem o produto, o transporte de energia por
diferentes ações no processo de obtenção do material, sua colocação no local, etc.
No Brasil, a introdução dos conceitos de desenvolvimento sustentável na construção é
recente, podendo-se considerar como marco inicial desse processo o simpósio do Conselho
Internacional para a Pesquisa e Inovação em Construções - CIB - sobre Construção e Meio
Ambiente – da teoria para a prática, ocorrido em 2000. Entretanto, a formação de uma entidade a
nível nacional surgiu somente sete anos depois, com a criação do Conselho Brasileiro de
Construção Sustentável (CBCS), buscando desenvolver e implementar conceitos e práticas mais
sustentáveis em todas as dimensões do desenvolvimento sustentável na cadeia produtiva da
indústria da construção civil (AGOPYAN; JOHN, 2011) Em resposta, criou-se a Política Nacional
sobre Mudanças do Clima (PNMC), instituída pela Lei nº 12.187 de 29 de dezembro de 2009,
oficializando o compromisso nacional voluntário para a mitigação de emissões de gases
causadores do aquecimento global excessivo, estabelecendo metas para 2020 (BRASIL, 2009).
Essa mesma lei salienta a necessidade e objetiva compatibilizar o desenvolvimento econômico e
social nacional às questões ambientais, bem como a mitigação das emissões antrópicas de
diferentes fontes desses gases.
Contudo, no Brasil, há poucos estudos referes às emissões provenientes do setor de
produção de materiais de construção e operação/funcionamento das edificações. Como exemplo,
no Japão, as emissões de CO2 na operação/funcionamento das edificações são três vezes maiores
do que as emissões provenientes das construções (SHUZO et al., 2005)

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Explanando sobre termas da Engenharia Civil, com os presentes para
discutirmos e apresentarmos nossas colocações a respeito do tema designada a nossa
equipe pelo Mestre e Coordenador de curso Glauber Alves o referido tema trata-se do -
Argamassas, Aplicação, tipificação, classificação, propriedades, traço. Dosagem do
concreto.

2 - Aplicação
Curvas de referência. Resistência a compressão em fator água cimento. Procedimento
de dosagem com ênfase na tecnologia do concreto. As argamassas elas são um dos
materiais mais utilizados que a gente vê dentro da construção civil e elas são utilizadas
para diversas finalidades existindo também diversos dos tipos desse material dentro do
mercado para muitas as situações dentro da construção então um engenheiro arquiteto
ou responsável técnico da obra ele precisa então entender as características de cada
tipificação de argamassas para fazer a escolha adequada da situação para depois não
chegar e dizer que houve algo de errado e aconteceu uma patologia dentro da obra que
claro se deu pelo fato do uso errado e da aplicação equivocada da argamassa.
Então que que é a argamassa que estou falando, ela é nada mais que uma mistura
homogênea entre um ou mais aglomerantes agregados pequenas ou miúdos e água e
pode ou não conter um quarto que seria o aditivo, e os aglomerantes basicamente usados
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são o cimentos Portland, então que que acontece o cimento ele vai reagir na presença da
água e que vai formando uns pequenos cristalzinho que vai ganhando resistência
mecânica com o tempo ou seja ele é basicamente um ligante também que ganha
resistência mecânica quando ele seca e tem também os agregados miúdos que
geralmente são utilizados areias grossa média ou fina pedriscos cascalhos e pôr fim a
água, argamassa possui também algumas características plásticas e adesivas que quando
aplicadas atingindo um período de tempo fica com resistência excelentes para o uso
como colar coisas então para fazer assentamento de blocos de tijolos revestimentos
internos ou externos de alvenarias paredes tetos, reparar peças de concreto,
regularização de superfícies e várias outros , ou seja ela como podemos notar é muito
maleável e possui então muitas situações que podemos utilizar ela.
Porém é bom sempre ficar atento como a disse no começo do nosso podcast da escolha
certa dos tipos para terminar com a situação mais adequada para a obra da tipificação do
material temos em primeiro a AC 1 indicada para o assentamento e revestimento e
placas cerâmicas de ambientes internos podendo ser utilizadas tanto para áreas secas
quanto para áreas molhadas.

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AC 2 é indicado a muito para revestimento externo parede fachada pisos para áreas
externas assentamento de revestimento de piscina de água fria e é para algo que tem
mais agressividade o ambiente externo tende então ser mais agressivo do que o interno
logicamente. Tem também a AC 3 que é para assentamento de revestimento cerâmicos
de fachadas assentamento de parede de piscina de agua a de sauna para assentamento de
placas grandes geralmente maiores de 60x60 então é para ambientes mais extremos
como podemos ver. e tem também a argamassa de rejunte que é a argamassa utilizada
para preencher as juntas de assentamento entre as placas cerâmicas e dá o acabamento
do revestimento possuem baixa impermeabilidade sua cor é estável e são capazes de
absorver pequenas deformações.

2.1 - Tipos de argamassa colante e suas características


No mercado, atualmente existem 4 tipos de argamassas colantes, estas são:
Ac 1, Ac2, Ac3 e Ac3 E, no entanto, cada tipo de argamassa servirá para determinado
serviço escolha correta terá impacto positivo no desempenho e na qualidade da obra.
Em uma construção ou reforma é comum surgirem dúvidas de qual tipo de argamassa
que irá ser usada. A falta de conhecimento desse tipo de argamassa pode acarretar em
problemas futuros como: despedimento de placas cerâmicas, ocasionando vários gastos
adicionais.
2.2 - Classificação
Argamassa AC- I ou AC-1: É usada para assentar revestimentos de pisos cerâmicos em
ambientes internos como: banheiros e cozinhas
AC- II OU AC-2: Saiba mais ser usada em ambientes externos e internos. Suas
propriedades permitem uso em áreas externas, pois absorvem variações de temperatura.
Podem ser usadas em piscinas de Água Fria piso de áreas públicas e pisos cerâmicos
industriais.
AC- III OU AC-3: Este eu tipo de argamassa mais aderente, por isso está é indicada
para assentamento de revestimentos cerâmicos em fachadas onde o risco de queda de
peças é alto. Uso geralmente em piscinas de água quente e sauna para assentamento de
grandes placas maiores de 60 × 60 cm.
AC3 – E: Está é uma argamassa colante industrializada com maior tempo de cura.

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No Quadro 1.

A argamassa de assentamento de alvenaria é utilizada para a elevação de paredes e


muros de tijolos ou blocos, também chamados de unidades de alvenaria. As principais
funções das juntas de argamassa na alvenaria são:
• unir as unidades de alvenaria de forma a constituir um elemento monolítico,
contribuindo na resistência aos esforços laterais;
• distribuir as cargas atuantes uniformemente na parede por toda a área
resistente dos blocos;
• selar as juntas garantindo a estanqueidade da parede à penetração de água das
chuvas;
• absorver as deformações naturais, como as de origem térmica e as de retração por
secagem (origem higroscópica), a que a alvenaria estiver sujeita.
Para cumprir essas funções, algumas propriedades tornam-se essenciais. No caso de
argamassas de assentamento, as propriedades essenciais ao bom desempenho das
argamassas de alvenaria são:

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• trabalhabilidade – consistência e plasticidade adequadas ao processo de
execução, além de uma elevada retenção de água;
• aderência;
• resistência mecânica;
• capacidade de absorver deformações.
A trabalhabilidade é que garantirá as condições de execução da parede. A retenção de
água é uma propriedade muito importante para as argamassas de assentamento, uma vez
que, após sua aplicação sobre uma fiada de blocos ou tijolos, a argamassa começa a
perder água, pela sucção dos componentes da alvenaria e pela evaporação. Nesse
momento, a propriedade em questão torna- se importante, regulando a perda de água de
amassamento durante o processo de secagem.
A Figura 1 ilustra a perda de água de argamassa fresca em contato primeiro com o
bloco inferior, sofrendo o efeito de sucção pelos seus poros, e o efeito da força de
gravidade também contribui para ocorrer uma ligação mais efetiva entre a junta de
assentamento e o bloco inferior.

Aderência, por sua vez, é uma propriedade essencial no caso das argamassas de
assentamento, tendo em vista que ela permitirá à parede resistir aos esforços de
cisalhamento e de tração, além de garantir a estanqueidade das juntas, impedindo a
penetração da água das chuvas.
Com relação à resistência mecânica, principalmente a resistência à compressão, sabe-se
que a argamassa deve adquirir rapidamente alguma resistência, permitindo o
assentamento de várias fiadas no mesmo dia, bem como adquirir resistência adequada
ao longo do tempo. A resistência da argamassa não deve nunca ser superior a resistência
dos blocos.

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A capacidade de deformação está associada ao módulo de elasticidade da argamassa. A
argamassa de assentamento deve poder se deformar sem apresentar fissuras prejudiciais,
ou seja, ela deve, quando sujeita a solicitações diversas, apenas apresentar
microfissuras.
Argamassa de revestimento
Argamassa de revestimento é utilizada para revestir paredes, muros e tetos, os quais,
geralmente, recebem acabamentos como pintura, revestimentos cerâmicos, laminados,
etc.
O revestimento de argamassa pode ser constituído por várias camadas com
características com funções específicas, conforme definido a seguir e ilustrado na
Figura 2.

Chapisco
O chapisco é a parte da argamassa que faz contato direto com a alvenaria. É a primeira
camada de argamassa a ser aplicada e tem a função de criar uma superfície áspera o
bastante para que proporcione maior aderência à próxima camada, o emboço.
É geralmente preparado com cimento, areia grossa e água com um traço de 1:3. A sua
aparência é de uma textura bem viscosa com consistência fluida, facilitando a
penetração da pasta no bloco ou tijolo a ser revestido.
Emboço
Após a aplicação do chapisco, segue-se para a regularização da superfície com o
objetivo de preparar a parede para o assentamento de revestimento cerâmico ou para a
execução do reboco para a posterior pintura.
O emboço é executado com um traço de 1:2:8 ou 1:2:9 de cimento, cal, areia grossa ou
média e água. A cal é utilizada para fornecer à pasta maior flexibilidade, melhor
aderência e melhor trabalhabilidade.

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Reboco
É a última camada de argamassa a ser aplicada em um revestimento. É ele que deixará a
superfície plana e lisa para a realização dos serviços de pintura.
Para uma boa qualidade do reboco, recomenda-se um traço de 1:2:6 de cimento, cal,
areia fina e água. Aditivos, como por exemplo impermeabilizantes, também podem ser
utilizados desde que sejam comprovados por meio de ensaios em laboratórios de acordo
com os requisitos das normas técnicas.
Revestimento decorativo monocamada (ou monocapa) – RDM:
Trata-se de um revestimento aplicado em uma única camada, que faz, simultaneamente,
a função de regularização e decorativa, muito utilizado na Europa;
A argamassa de RDM é um produto industrializado, ainda não normalizado no Brasil,
com composição variável de acordo com o fabricante, contendo geralmente: cimento
branco, cal hidratada, agregados de várias naturezas, pigmentos inorgânicos, fungicidas,
além de vários aditivos (plastificante, retentor de água, incorporador de ar, etc.).
Espessura da argamassa
Para o revestimento de argamassa, devem ser respeitados alguns limites para a
espessura, garantindo maior controle na qualidade da execução e menor custo com a
compra de materiais e mão de obra. Além disso, respeitar os limites de espessura evita
que problemas maiores ocorram com o revestimento a ser aplicado, como
desplacamentos e trincas, e com a pintura.
Para ambientes internos: 5 mm ≤ e ≤ 20 mm Para
ambientes externos: 20 mm ≤ e ≤ 30 mm Para tetos
internos e externos: e ≤ 20 mm
Por exemplo, para a execução de um revestimento em argamassa em uma sala de estar,
a espessura total das camadas de chapisco, emboço e reboco deve ser maior do que 5
milímetros e menor do que 20 milímetros.
Principais funções de um revestimento de argamassa de parede do proteger contra a
ação do intemperismo a alvenaria e a estrutura, no caso dos.
Revestimentos externos; integrar o sistema de vedação dos edifícios, contribuindo com
diversas funções, tais como: isolamento térmico (~30%), isolamento acústico (~50%),
estanqueidade à água (~70 a 100%), segurança ao fogo e resistência ao desgaste e
abalos superficiais;
Regularizar a superfície dos elementos de vedação e servir como base para acabamentos
decorativos, contribuindo para estética da edificação.
Propriedades essenciais ao bom desempenho das argamassas de revestimento:
trabalhabilidade, especialmente consistência, plasticidade e adesão inicial;

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retração; aderência; permeabilidade à água; resistência mecânica, principalmente a
superficial; capacidade de absorver deformações.
Traço: Chama-se traço a proporção em volume entre os componentes das argamassas,
variando estes de acordo com a utilização que irá ser dada à argamassa. As tabelas
seguintes apresentam os traços indicados para as utilizações mais comuns das
argamassas.

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3 - Dosagem do Concreto
Dosagem do concreto Dosagem do concreto é o procedimento para determinar a
quantidade de cada material na composição do concreto, ou seja, as quantidades de
cimento, areia, britas e água, para se fazer determinado volume de concreto. Essa
quantidade é normalmente expressa através de proporção dos materiais em massa ou
volume, chamada traço do concreto. A dosagem é definida pelo mestre de obras ou
profissional responsável pela obra.
O pedreiro participa da fabricação e principalmente da aplicação do concreto. Pode
também fazer testes para saber se o concreto está bom para ser utilizado. Existem duas
maneiras de se definir a dosagem do concreto. Uma é a empírica, em que o traço é
definido com base na prática. Deve ser usada somente em obras pequenas e mesmo
assim por decisão e responsabilidade do mestre de obras ou responsável técnico. O
outro método é o racional ou experimental. Seu objetivo é encontrar a quantidade mais
econômica de materiais, para se fazer um concreto adequado para a obra em que será
utilizado. Para isso são usados critérios tecnológicos e o traço é determinado em
laboratório. Os critérios podem ser resumidos em três: ▪ Resistência ▪ Trabalhabilidade ▪
Diâmetro máximo do agregado Resistência do concreto é a resistência à compressão que
o concreto deve ter. Isso é definido no projeto da estrutura da obra, que é feito por
profissionais e empresas especializadas. Compressão é um esforço que a estrutura da
obra deve suportar.
O concreto é um material que suporta muito bem esforços de compressão, e é esta sua
função na estrutura. Por isso, esse é o critério de resistência usado na sua dosagem. Para
suportar os outros esforços é usado o aço, que é um material que resiste tanto a esforços
de compressão quanto de tração. Por este motivo o concreto é feito de concreto mais aço
que forma o concreto armado. Esforços são solicitações a que os corpos estão sujeitos
quando sofrem ações. Existem 5 tipos de esforços: tração, compressão, flexão, torção e
cisalhamento. 1. Tração: esforço que estica a peça. Ex: quando penduramos numa corda.
2. Compressão: esforço que comprime a peça. Ex: quando comprimimos uma pilha de
livros 3. Flexão: esforço que ao mesmo tempo comprime e traciona: comprime as fibras
superiores e traciona as fibras inferiores da peça. Ex: quando fletimos uma régua. 4.
Torção: esforço que torce a peça. Ex: quando torcemos uma borracha.
5. Cisalhamento: esforço que “corta” a peça. Ex: quando dependuramos num galho de
árvore e ele quebra com nosso peso. É como se o galho fosse serrado. Trabalhabilidade
do concreto é o que faz o concreto ser capaz de preencher a fôrma. Um concreto com
boa trabalhabilidade, é aquele que permite encher a fôrma completamente, com o menor
esforço possível.
Quanto mais mole, ou seja, quanto mais água tem o concreto, mais fácil de trabalhar.
Por outro lado, quanto mais água tem o concreto, maior deve ser a quantidade de
cimento para se ter a resistência necessária, devemos achar um traço com a menor
quantidade de água possível, mas suficiente para garantir a trabalhabilidade do concreto.
Esse ponto de equilíbrio depende do tipo de estrutura que será concretada.

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Se vamos concretar um pilar estreito, por exemplo, é necessário um concreto mais mole
para poder preencher a fôrma. Mas se vamos concretar uma sapata, que é bem larga,
podemos usar um concreto mais seco. Para se determinar a trabalhabilidade do concreto
a norma brasileira define um ensaio (um teste), chamado slump-test ou teste de
abatimento, que o pedreiro deve aprender a fazer. Slump-Teste ou teste de abatimento
com o concreto a ser ensaiado, enche-se um tronco do cone (um funil vazado dos dois
lados), de diâmetro variável de 10 cm a 20 cm e altura de 30cm. O enchimento deve ser
feito em três camadas de igual volume. Em cada uma das camadas, aplicamos 25 golpes
com um bastão de aço, para adensá-la.
Terminado o preenchimento do tronco, suspendemos lentamente o mesmo. O “bolo” de
concreto sofrerá um abatimento, ou seja, desmanchará parcialmente, utilizando uma
régua e tendo-se como referência o próprio cone, medimos o abatimento, ou seja,
quanto o bolo de concreto abateu. Essa medida é feita em centímetros e representa o
slump do concreto. A tabela a seguir mostra a relação entre o tipo de peça a ser
concretada e o slump Tipo de peça a ser concretada A (slump ou abatimento) Sapatas e
peças de fundação pouco armadas 6 + – 1 Sapatas e peças de fundação muito armadas 7
+ – 1 Vigas, pilares e lajes pouco armadas 6 + – 1 Lajes muito armadas 7 + – 1 Vigas e
pilares muito armados 8 +
– 1 Diâmetro máximo do agregado é o tamanho máximo do agregado que pode ser
utilizado. Também depende da estrutura que será concretada e da densidade da
armadura, ou seja, da quantidade de aço que existe dentro da fôrma.
Quanto mais estreita é a peça e maior é a densidade de aço, menor deve ser o tamanho
máximo do agregado, senão o concreto não passa pela armadura. Diâmetro máximo do
agregado deve ser menor ou igual a (adotando o menor) ▪ 1/3 da espessura da laje; ▪ 1/4
da distância entre as faces da fôrma; ▪ 0,8 do espaçamento entre armaduras horizontais; ▪
1,2 do espaçamento entre armaduras verticais. Assim, a partir dos critérios de
resistência e trabalhabilidade, define-se a proporção de cimento e água. Com estes
dados e o diâmetro máximo do agregado define-se a proporção de agregados em relação
ao cimento e à água, chegando- se ao traço. Fabrica-se em laboratório o traço calculado,
mede-se o slump, a resistência e verifica-se se o concreto atende aos critérios. Caso não
atenda, altera-se o traço e se refaz todo o processo até chegar ao traço final. Ensaio de
resistência do concreto os corpos de prova, ou amostras de concreto, são moldados em
cilindros metálicos de 15 cm de diâmetro e 30 em de altura.
O cilindro deve ser preenchido com o concreto, em quatro camadas sucessivas,
aproximadamente de mesma altura. Cada camada deve receber 30 golpes com uma
haste metálica. Os golpes devem ser distribuídos de maneira uniforme na camada, sem
atingir a inferior. Após a compactação da última camada, alisar a superfície com a
colher de pedreiro e protegê-la com uma chapa de material não absorvente. Após 24 h é
feita a desforma e a retirada dos corpos de prova dos moldes. Cada amostra deve ser
identificada e encaminhada o mais rápido possível para o laboratório. Durante o tempo
em que permanecer na obra, os corpos de prova devem ser conservados em areia
úmida, serragem úmida ou

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envolvidos em sacos molhados. No laboratório os corpos de prova são curados e
levados a uma prensa, onde são rompidos, determinando-se sua resistência.

4 - Relação água/cimento: o que é e como afeta a qualidade final do


concreto
A água é um dos elementos essenciais na produção de concreto, pois ela reage com o
cimento promovendo o endurecimento do concreto. Justamente por isso, um dos fatores
que caracteriza a produção do concreto plástico é algo que chamamos de relação
água/cimento. E é sobre ela que nós falamos neste texto.
Nos próximos tópicos, a Tecnomor explica conceitualmente o que é a relação
água/cimento e mostra como ela pode afetar a qualidade final do concreto. Continue a
leitura e confira!

4.1 - O que é relação água/cimento


Há mais de 100 anos, em uma série de experiências com diferentes composições para a
produção do concreto, o especialista Duff A. Abrams descobriu a importância da
quantidade de água utilizada nas misturas deste tipo de produção.
O que ele observou em seus ensaios foi que a quantidade de água pode alterar a
estrutura interna da pasta que virá a ser o concreto. Depois que a mistura endurece, a
quantidade de água que foi usada influencia a resistência e a durabilidade do material.
Em outras palavras, o que Abrams descobriu foi que a relação água/cimento é
inversamente proporcional à resistência do concreto. É em homenagem a ele que a Lei
de Abrams tem o nome que tem. Esta, inclusive, é a lei que forma a curva de correlação
do fator água/cimento com a resistência à compressão do concreto.
No Brasil, a NBR 12655:2015 aponta como requisito para concretos convencionais
valores para a relação água/cimento em massa de 0,65 a 0,45, dependendo da classe de
agressividade e qualidade do concreto.
No entanto, na produção de concretos de alta resistência e alto desempenho e com o
auxílio de aditivos redutores de água esta relação é reduzida significativamente.

4.2 - Como ela afeta a qualidade final do concreto


Tanto a falta quanto o excesso de água podem afetar negativamente a qualidade dos
resultados — entregando um concreto de baixa qualidade e não muito confiável.

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Acompanhe as possíveis consequências do uso indevido da relação água/cimento:

4.3 - Excesso de água


A água em excesso na mistura, ou seja, a que não foi utilizada no processo de hidratação
do cimento gera vazios na estrutura do concreto, na forma de poros capilares. Estes
poros têm formatos variados e formam um sistema interconectado, aleatoriamente
distribuído em toda a pasta de cimento. Estes poros capilares interconectados são os
principais responsáveis pela permeabilidade da pasta de cimento endurecida.
E a permeabilidade, por sua vez, é um dos fatores que faz o concreto ser mais ou menos
durável. Quanto mais baixo o nível de permeabilidade for, mais resistente às interações
com agentes naturais este mesmo concreto será. Na prática, isso quer dizer que o
excesso de água — que aumenta a permeabilidade do concreto — diminui sua
durabilidade.

4.4 - Falta de água


Como citado, o processo fundamental para endurecimento do concreto é a reação de
hidratação — e ela precisa de água para ocorrer. Sem água, não há hidratação.
Assim, quando há falta de água, as reações de hidratação não ocorrem de forma
completa, gerando um concreto de baixa qualidade e sobrando cimento anidro em sua
estrutura.
Sendo assim, é fundamental que a quantidade de água na mistura seja controlada para
que o material seja de alta qualidade.

4.5 - Como o uso de aditivos afeta a relação água/cimento


A utilização de aditivos altera algumas das propriedades do concreto e é o caso dos
aditivos redutores de água. Como sua função é reduzir a quantidade de água usada na
mistura, ao aplicá-lo é possível reduzir a relação água/cimento mantendo a
trabalhabilidade ou até aumentar a trabalhabilidade enquanto a relação água/cimento é
mantida.
Isso acontece porque a ação do aditivo na mistura é dispersar as partículas de cimento.
Um dos efeitos desta dispersão é a exposição de uma maior área superficial do cimento
à hidratação. Com mais área superficial exposta, a resistência do concreto após a
hidratação ganha um bom aumento.
O aumento das propriedades mecânicas — resistência à compressão e à flexão
— são normalmente proporcionais à redução na relação água/cimento. Além disso,
a melhor dispersão das partículas promovidas pelo uso de

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superplastificantes também contribui para o processo de hidratação do cimento,
aumentando sua resistência à compressão nas primeiras idades.

5 - Procedimento de dosagem com ênfase na tecnologia do concreto


Ao analisar-se a dosagem do concreto faz-se necessário que se atente a um de seus
principais aspectos que consiste na pesquisa de suas possíveis misturas e seu valor: a
melhor relação entre os insumos do concreto, afim de que a forma mais econômica
possível seja encontrada sem desconsiderar as condições de trabalho e as características
próprias dos materiais existentes. Logo, torna-se essencial que se estude e analise a
dosagem de concreto de acordo e em função de seus aspectos físicos, químicos e
mecânicos tais como: permeabilidade, durabilidade, resistência à compressão e
trabalhabilidade (TARTUCE, 1989).
O outro método é o racional ou experimental. Seu objetivo é encontrar a quantidade
mais econômica de materiais, para se fazer um concreto adequado para a obra em que
será utilizado. Para isso são usados critérios tecnológicos e o traço é determinado em
laboratório.

5.1 - Controle Tecnológico do Concreto


Para que se tenha um bom concreto no canteiro de obra, é necessário um processo
longo, desde o teste do slump (mede a consistência do concreto), até o manejo do
concreto no canteiro de obra.
Importante ressalta que precisamos garantir que o concreto da obra chegue a resistência
do concreto que foi rompido no corpo de prova em laboratório.
5.2 - Características concreto fresco:
 Atender todas as necessidades de modelagem da peça estrutural a ser
concretada;
 Seja apropriado para o tempo de seu manejo;
 Seja adequado para agressividade do meio ambiente na concretagem;
 Ter trabalhabilidade durante todo o processo da concretagem.
5.3 - Características concreto endurecido:
 Atender as resistências e modelo de elasticidade de projeto;

 Suportar as solicitações mecânicas de serviço;


 Suportar as solicitações ambientais de serviço;
 Atender a vida útil de projeto.
Se qualquer de uma das etapas for mal executada causará problemas ao concreto, e não
há como compensar as falhas em uma das operações com cuidados em outra.

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Referências:
Bibliografia: Concreto: Dosagem, Critérios e Teste de Resistência. ConstruFacil RJ,
2013. Disponível em: Acesso em: 31 de mai. De 2021.
ABNT – Execução de revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
Procedimento – NBR 7200 .
Rio de Janeiro – 1998- Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
Especificação – NBR 13749.
Rio de Janeiro- 1996- Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
Terminologia – NBR 13529 – Rio de Janeiro- 1995.
PEREIRA, Caio. Qual a diferença entre reboco, emboço e chapisco? Escola
Engenharia, Atualizado em 9 de abril de 2019.
Disponível em: < https://www.escolaengenharia.com.br/diferenca-reboco-
emboco-e-chapisco/amp/> Acesso em 31de mai. De 2021.
LOPES, Nathalia. Tipos de Argamassas: Entenda as Diferenças. Mapa da
Obra, São Paulo, 04 de jan. de 2020. Disponível em:
<https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/argamassas-tipos/> Acesso em: 29 de mai.
de 2021.
NEVES, Antônio. O Guia Definitivo de Argamassa Colantes: AC1, AC2 e AC3.
BLOK, São Paulo, 03 de set. de 2019, atualizado 20 de abr. de 2021. Disponível
em: <https://www.blok.com.br/blog/argamassa-colante-ac1-ac2- ac3>Acesso em: 29 de
mai. de 2021.

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