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e mecânicas do concreto
convencional com fibra de bambu e
metacaulim
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................5
2. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.....................................................7
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................................9
3.1. Caracterização........................................................................................................9
3.2. Ensaio de compressão............................................................................................9
3.3. Ensaio de absorção...............................................................................................12
4. CONCLUSÃO.................................................................................................................14
5. REFERÊNCIAS..............................................................................................................15
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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo a análise das influências físicas e mecânicas causadas
pela adição de fibra de bambu e metacaulim no concreto convencional. Pesquisas
indicam que a utilização de compósitos no concreto estrutural tem tido um aumento, e as
fibras do bambu se apresentam como um ótimo material. O metacaulim tem a função de
melhorar a aderência entre as fibras e o concreto, além de potencializar outras
propriedades do concreto produzido. Através da fabricação de corpos de prova e do
ensaio dos mesmos, serão obtidos valores que irão indicar o intensidade da melhora, ou
piora, das propriedades, tais como resistência à compressão, absorção de água, índice de
vazios, e massa específica do concreto.
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1. INTRODUÇÃO
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fibroso ele apresenta grande resistência mecânica, principalmente aos esforços de tração.
Externamente os colmos do bambu se estampam longos e flexíveis, e suas paredes
apresentam uma grande resistência à compressão, chegando até mesmo a valores
maiores que o do concreto em bambus maduros, mas sua resistência à tração fica sendo
sua maior característica.
De fato a resistência do bambu pode ser comparada à do aço, que tem uma massa
específica quase 10 vezes maior. Em média essa propriedade do bambu varia de 850
kg/m³ a 950 kg/m³ (CHAVAMI E BARBOSA, 2007).
A função básica da estrutura seja ela de concreto, aço ou madeira é resistir à
esforços de compressão, tração, cisalhamento ou a ação combinada entre elas. Logo. “O
bambu é um material que possui propriedades mecânicas compatíveis às dos materiais
usados em estrutura de concreto armado” (LIMA JR, et al., 2000).
O cimento é um material extremamente utilizado na fabricação de concreto,
argamassa e pastas. Sua fabricação é altamente poluente e vem estimulando sua
substituição parcial por materiais com propriedades pozolânicas. O metacaulim é um
geopolímero pozolânico constituído de silicato de alumínio ativando termalmente com alta
atividade comparável ou excedendo as atividades da sílica ativa e não é um subproduto
de processos industriais.
Durante o processo de hidratação do cimento, a água reage com o cimento
Portland e forma o silicato de cálcio hidratado (CSH). O subproduto dessa reação é o
hidróxido de cálcio (CH), que tem um fraco vinculo com o concreto, e, por isso,
enfraquece o efeito da CSH (JOHN, 2013).
Siddique e Klaus (2009), dizem que a principal reação do metaculim (Al2O3.2SiO3)
é com o CH derivado da reação do cimento, na presença de água. Essa reação forma um
gel cimentício adicional CSH, junto com produtos cristalinos, como hidratos de aluminato
de cálcio e hidratos de silicato de alumínio (C2ASH8, C4AS13 e C3AH6), que tornam o
concreto mais forte e mais durável.
Os autores dizem ainda que o metacaulim tem inúmeras vantagens, entre elas:
aumento da resistência à compressão e flexão, redução da permeabilidade, aumento da
resistência ao ataque químico, aumento da durabilidade, aumento da trabalhabilidade e
acabamento do concreto e redução da emissão de CO2.
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2. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
A caracterização dos materiais utilizados para fabricação dos corpos de prova foi
iniciada com o ensaio de granulometria do agregado graúdo. Utilizando a norma ABNT
NBR NM 248 foi possível obter o diâmetro máximo da brita a ser utilizada. De acordo com
a mesma norma foi realizado o ensaio de granulometria do agregado miúdo, sendo
encontrado o módulo de finura.
Seguindo a caracterização, foi feito o ensaio de massa específica do agregado
miúdo de acordo com a norma ABNT NBR NM 52, no qual foi conhecida a massa
específica, bem como as massas específicas aparente seca e saturada superfície seca.
Os valores das massas específicas seca, satura e aparente do agregado graúdo foram
conhecidos após o ensaio utilizando a norma ABNT NBR NM 53, bem como o valor de
absorção deste material.
Utilizando a norma ABNT NBR NM 45 foram ensaiadas amostras dos agregados
graúdo e miúdo para obtenção da massa unitária, sendo obtido o valores de ambos, além
da massa unitária compactada do agregado graúdo.
As amostras de metacaulim e cimento foram ensaiadas de acordo com a norma
ABNT NBR NM 23, sendo obtidos os valores de massa específica de ambos.
Por fim, foi utilizado um método alternativo para se conhecer os valores da massa
específica e massa específica aparente do bambu utilizado, já que não há normatização
para esse tipo de ensaio no Brasil.
Com o conhecimento das caracterísitcas dos materiais utilizados foi possível
calcular o traço do concreto. Para tal foi utilizado o método ABCP/ACI. Foram então
calculadas as quantidades de material para o concreto de referência, para o concreto com
adição de 2% de bambu e substituição de 15% de cimento por metacaulim e para o
concreto com 5% de bambu e 15% de metacaulim.
Durante a execução do concreto referência a água foi colocada aos poucos na
betoneira e foram feitos alguns testes de slump até o momento em que atingiu o valor de
13 cm, que se encontra no intervalo desejado. Esse valor foi obtido sem utilizar 1,85 litro
da quantidade total de água calculada no traço.
Para a execução dos próximos dois traços foi utilizado um aditivo plastificante com
dosagem em torno de 600 ml para cada 100 kg de cimento para melhorar a
trabalhabilidade da mistura. O aditivo foi colocado no balde junto com a água corrigida.
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Estes dois traços contam também com a presença de metacaulim e fibras de
bambu. O material pozolânico foi misturado previamente em um recipiente com o cimento
até atingir uma mistura equilibrada. Já as fibras de bambu foram colocadas à betoneira
juntamente com a areia.
Na execução do traço com 2% de bambu e 15% de metacaulim o slump mínimo foi
atingido e sobrou 0,3 litro da água calculada. Já no traço com 5% de bambu e 15% de
metacaulim o slump não foi atingido, porém a mistura já apresentava uma trabalhabilidade
adequada e pelo som causado pela batida da colher no concreto os autores optaram por
não lançar mais água à mistura, restando assim 0,40 litro do volume calculado
Após a fabricação dos 11 corpos de prova de cada traço, os mesmo foram
colocados imersos em um tanque com água para o processo de cura.
Aos 14 dias, 4 corpos de prova de cada traço foram retirados do processo de cura
e foram preparados para o primeiro ensaio de compressão axial, realizado de acordo com
a norma ABNT NBR 5739. Com a idade final de 28 dias os corpos de prova restantes
foram ensaiados, sendo 4 levados à máquina para ensaio de compressão e os outros 3
ensaiados para obtenção do índice de vazios, absorção de água e massa específica.
Foram então coletados todos os dados e calculadas as características necessárias
para a comparação entre os traços presente no próximo item.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Caracterização
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Tabela 2 - Compressão axial para traço de referência.
Corpo de Força corrig. Resistência Média Verificação desv. rel. Média Verificação desv. rel.
prova (kgf) (MPa) (MPa) Desv. rel Condição (MPa) Desv. rel Condição
14 dias
1 41200 22,8
2 40698 22,6
22,4 3,1% OK - - -
3 39190 21,7
4 40494 22,4
28 dias
1 30846 17,1
2 45955 25,5
23,8 28,2% NÃO OK 26,1 2,4% OK
3 47703 26,4
4 47453 26,3
Fonte: Autores (2019).
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Tabela 4 – Compressão axial para traço de 5% bambu e 15% metacaulim.
Corpo de Força corrig. Resistência Média Verificação desv. rel. Média Verificação desv. rel.
prova (kgf) (MPa) (MPa) Desv. rel Condição (MPa) Desv. rel Condição
14 dias
1 15964 8,8
2 15457 8,6
8,3 8,4% NÃO OK 8,5 5% OK
3 13667 7,6
4 14647 8,1
28 dias
1 18488 10,2
2 20749 11,5
11,1 3,6% OK - - -
3 19996 11,1
4 20498 11,4
Fonte: Autores (2019).
A Tabela 5 mostra o resumo dos valores finais de compressão axial de cada traço
correspondente aos ensaios realizados aos 14 e 28 dias após a execução do concreto.
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Gráfico 1 – Compressão axial para todos os traços.
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Tabela 7 - Absorção para traço de 2% bambu e 15% metacaulim.
massa (kg)
Corpo de prova Estufa 72 h Imersão 72 h Média estufa Média Imersão Absorção
4 11,35 12,20
5 11,20 12,05 11,22 12,07 8%
6 11,10 11,95
Fonte: Autores (2019).
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4. CONCLUSÃO
Após a realização dos ensaio e a análise dos resultados obtidos é possível chegar
a conclusão de que a adição de fibras de bambu juntamente com a substituição parcial de
cimento por metacaulim se mostrou ineficaz.
Os valores de resistencia a compressão axial mostram uma significativa queda,
estando os dois traços que contém fibras de bambu e metacaulim abaixo do mínimo
querido pela norma ABNT NBR 6118/2014 para que possa ser utilizado com fim
estrutural. Mesmo utilizando um aditivo que melhora o pega inicial, e consequentemente a
resistência aos 14 dias, não foram observadas mudanças neste sentido entre as
resistências aos 14 e 28 dias.
O ensaio de absorção confirmou que as fibras de bambu retém uma grande
quantidade de água, fato esse que foi notado pelos responsáveis pela pesquisa
juntamente com o professor colaborador durante a execução do traço. Assim pode ter
ocorrido a adição excessiva de água para que se atingisse o valor requerido no teste do
abatimento do tronco cônico.
Fica então como sugestão para uma possível continuação deste trabalho
calculando o traço do concreto de fibras de bambu com uma quantidade de água mínima
e o controle mais rigoroso do uso desta durante a execução, mas que acarrete em um
maior consumo dos outros materiais.
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5. REFERÊNCIAS
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Professor Orientador
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Discente
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Discente
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