Você está na página 1de 9

o interêsse profissional e

as provas de kude:r
MARCIONILLA L. C. DE AZEVEDO *

PREAMBULO

Com êstes e outros artigos referentes às provas de Interêsse,


julgamos apresentar contribuição de valor, tanto informativo como
sugestivo, no campo da psicologia aplicada.
Informativo, porque muitos estudantes do Curso de Psicolo-
gia nos têm procurado para obter esclarecimentos sôbre essas provas,
visto que, nas faculdades, êles se voltam geralmente para o estudo
atraente de outros testes, denominados de Personalidade, cujo con-
teúdo verbal e mecanismo de projeção, ante estímulos neutros
ou de situações figurativas, dão margem a uma interpretação mais
complexa, incluindo parte da Psicologia clínica ou psiquiátrica.
Podendo ser o "neurótico", sob determinada acepção, aquêle
que é prêso de mêdos, fobias, impulsos compulsivos ou conflitos
dificilmente auto-suparáveis, - e êste é quase o homem comum
nas civilizações atuais - isso justifica a procura e a valorização
de provas como o Rorschach, o T.A.T., o P.M.K., o M.A.P.S., o
Koch e outros. Ficam assim relegados a um segundo plano, as provas
que tratam, especificamente, dos traços característicos das atitudes,
do comporta.mento ou ajustamento profissional de cada um. Passam
estas a ser usadas, somente, na informação, na orientação ou na
seleção profissional.
Nossa contribuição poderá ter também valor sugestivo, se
considerarmos que, além de outros motivos, estas provas podem for-

*) Psicóloga do Instituto de Seleção e Orientação Profissional - Rio de Janeiro.


60 PROVAS DE KUDER A.B.P./3

necer um prognóstico, uma previsão capaz de estabelecer certo equi-


líbrio intra-individual e social, e isto porque admitimos que o
trabalho promove o bem-estar individual e coletivo.
A Psicologia contemporânea se dedica, entre outras tarefas,
à pesquisar o verdadeirci interêsse do indivíduo, pois ~uitos se
preocupam com o trabalho apenas no sentido de maior rendimento,
ao passo que outros se preocupam com um rendimento melhor no
sentido de mais adequado ao equilíbrio de cada qual. A quantidade
ou a qualidade estão na dependência da natureza da tarefa a executar
e do dinamismo intrínseco daquele que a exerce ou que vá exercê-la.
Geralmente, tanto o empregador como o empregado desejam
um rendimento ideal, para o qual converge certo fator de rentabi-
lidade. Mas êste fator não é aquêle que se restringe ao valor econô-
mico monetário. Tem um sentido mais amplo, porquanto abrange
as energias vitais, em todo o seu conjunto.
O homem econômico, dentro dos limites normais, tendendo
para o economicus de Spranger, é o tipo do homem prático, capaz
de aproveitar, de modo adequado, aquilo que a natureza lhe oferece;
utiliza os fatôres que estão inseridos na sua estrutura pessoal e os
que se originam do ambiente social ou da cultura em que vive;
assim entrosados uma interação racional, êles lhe fornecem a satis-
fação necessária a realização de suas tarefas profissionais. Esta
satisfação integral, confirmada pelo êxito da profissão, abrange um
campo específico da psicologia, pois resulta de mais perfeito ajus-
tamento entre valores inter e extra-individuais.
Não podemos imaginar um homem feliz quando conflitos
o envolvem. E o que vem a ser um conflito senão o resultado de
desajustamento, de antagonismo entre tendências e atitudes expres-
sas, entre elementos intra-individuais e fatôres extra-pessoais?
Assim, certos elementos profundos que caracterizem a personalidade,
devem ser levados em conta no comportamento profissional.
Da adequação dêsses fatôres intrínsecos e extrínsecos, cir-
cunscritos à área pessoal, sem causar dano aos demais elemento;:;
externos, é que provirá a felicidade humana. Ora, é inegável que
essa adequação se pode dar em vários setores da vida, mas, especial':'
mente, no campo profissional e no campo afetivo.
Aqui nos limitamos ao campo profissional, desejando com
isto contribuir para a adequação do homem a um dos setores da
vida, onde se destaca () estudo das suas aptidões e dos seus interês-
ses, o que inclui conhecimento de certos fatôres inatos, ajustáveis
a incentivos normais externos.
Por isso, quando nos foi outorgada a responsabilidade de
dirigir os trabalhos da Seção de Interêsses do ISOP procuramos nos
p.profundar sôbre o verdadeiro papel dos interêsses na profissão.
A.B.P./3 PROVAS DE KUDER 61

tsse campo é complexo, envolvendo aspectos inclusive da Psicologia


Social. Delimitando-o, porém, para efeito de pesquisa, aqui apre-
sentamos resultados de uma prova, aceita pela maioria dos nossos
colegas orientadores, como das mais eficientes no campo profissional.
Ela é o Kuder Preference Records, cujos dados, de modo geral vêm
sendo confirmados pelos demais, do processo de aconselhamento: en-
trevistas, questionários pessoais informativos, provas de personali-
dade, etc.
O KUDER PREFERENCE RECORDS tem como autor o
Dr. G. Frederic Kuder, professor de Psicologia na Universidade
de Duke, nos Estados Unidos, e sua editôra nos Estados Unidos
é a Science Researrch Associate (S. R. A.) de Chicago.
No Brasil, obteve os direitos para reprodução o Centro de
Psicologia Aplicada (CEPA), Rua Senador Dantas, 118-sala 912, GB.

Informações sucintas sôbre os Inventários de Interês'se


Os primeiros quastionários relativos a interêsses apareceram
a partir de 1920, nos Estados Unidos, por ocasião de um seminário
de pós-graduação de alunos do Carnegie Hall. Alguns foram cons-
truídos de modo empírico, como as escalas de interêsse vocacional de
E.K. Strong, e outras eb forma que se denominou racional.
Pela forma empírica, Strong estabelece uma comparação en-
tre os interêsses do indivíduo a testar e os de um grupo profissional
que integre uma amostra selecionada em cada profissão; a pondera-
ção dos ítens se faz pela semelhança dos interêsses, gostos, preferên-
cias, etc., maior ou menor, demonstrada nessa comparação.
Na construção racional o organizador do teste parte de
uma hipótese; por ela estabelece, previamente, algumas áreas mais
ou menos independentes, em que os interêsses sejam agrupados e os
ítens formulados, a priori. Após o tratamento estatístico de cada
ítem, ou grupos de ítens, escalas serão organizadas, segundo índices
de correlação e consistência interna dos ítens e das áreas, rejeitan-
do-se uns e aprovando-se outros.
Os questionários do Kuder em geral, exceto a última forma
publicada recentemente, foram construídos sob forma racional.
Atualmente, conhecemos '\4 formas do Kuder Preference
Records. São elas:
Forma A, também denominada Pessoal; forma B e forma C,
denominadas Vocacionais; e forma D, mais específica, com a denomi-
nação de Profissional.
A forma A, pessoal, é um conjunto de duas formas A e C.
A forma B, possui menos um campo de interêsse que a Forma
C. A forma D apresenta especificações dentro da carreira e já com-
porta a forma de construção semelhante a de Strong.
62 PROVAS DE KUDER A.B.P./3

Tôdas elas se apresentam sob o aspecto de um inventário,


isto é, de longa enumeração de ítens, divididos em grupos de 3. Cada
forma possui uma chave de correção específica, que não poderá ser
confundida, embora a fôlha para a resposta e a apresentação do teste
sejam semelhantes. É indispensável conhecer-se a forma que vai ser
corrigida, pois, do contrário, os resultados serão inteiramente dife-
rentes e o trabalho ficará inutilizado.
A primitiva forma A, compunha-se de 40 grupos de 5 ativi-
dades, colocadas em ordem de preferência. A experiência foi feita
na Universidade de Ohio, com 500 estudantes, no ano letivo de
1934-1935. Êsse questionário sofreu grandes modificações devido, espe-
cialmente, ao baixo índice de fidedignidade apresentado pelos ítens.
Foi portanto, reorganizado.
A publicação do primeiro registro de preferência do Kuder
apareceu em 1939, em 7 escalas. Em 1942 surgiu a forma B; novas
revisões dessa forma deram a edição de 1946, bastante ampliada e
que durante anos foi utilizada no Brasil. Há uma forma B, reduzida,
para emprêgo nas indústrias, que apareceu em 1948, mas da qual
não possuímos maiores dados.
A forma C, que estudaremos com maiores detalhes, passou
também por várias revisões. É uma ampliação da forma geral B,
em edição datada de 1950.
A atual forma A, denominada "Registro de Preferência
Pessoal", organizada sôbre respostas de milhares de adultos e estu-
dantes ginasianos, saiu publicado numa 4. a edição, em janeiro ~
1953. Consta de 5 escalas, com diferentes tipos de atividades sociais
e pessoais. Dão elas um dicernimento maior na carreira profissional,
pois especifica a situação em que o indivíduo prefira trabalhar; se
em grupo ou sozinho; e em trabalhos estáveis ou não; se em ativi-
dades intelectuais ou do tipo prático; se fugindo a debates e conflitos
ou fazendo face aos mesmos; e, enfim, se em situação de dirigir
ou ser dirigido.
As escalas são independentes entre si. São em numero de
cinco, a saber:
a) Preferência para trabalhar só ou em grupo - o indiví-
duo desejará ser o centro da atenção de exercer ou não o contrôle
sôbre os demais;
b) Preferência por situações conhecidas ou instáveis; as
atividades são do tipo estável ou variável, em que o indivíduo de-
moIlstre gostar ou não de se aventurar em campos de novas expe-
riências.
A.B.P.j3 PROVAS DE KUDER 63

c) Preferências pelo trabalho teórico ou prático, com idéias


ou coisas; atividades intelectuais que exigem meditação, ou manuais,
dinâmicas, num campo mais objetivo;
d) Preferência para evitar situações conflitivas, ou então
fazer-lhes face; evidencia assim o desejo de atuar num ambiente
tranqüilo, estabelecendc relações amistosas, ou ao contrário, impon-
do seus pontos de vista, facilitando a polêmica;
e) Preferência para dirigir e influenciar outras pessoas, ou
então exercer atividades sob direção; inclui os trabalhos de direção,
com exercício de autoridade, ou, ao contrário, trabalho sob orientação
e direção de outrem.
A forma B, vocacional, possui 9 campos ou áreas amplas de
interêsses semelhantes às da forma C, com exceção de um campo de
atividades, que são as exercidas, em contato constante com a natu-
reza; é a escala denominada Ar livre. Diferencia-se também da forma
C, por não possuir o escore de verificação, o que significa o contrôle
sôbre a confiança nas respostas, da qual falaremos adiante.
Finalmente, a forma C, vocacional, que teve por base res-
postas de um grupo bastante representativo, cêrca de 10 mil pessoas
entre rapazes, môças e adultos de ambos os sexos, distribuídos por
várias regiões dos Estados Unidos, possui 10 campos de Interêsses,
agrupados em um total de 504 ítens. Entre êstes ítens, 75 são desti-
nados à escala de Verificação, sendo 42 pertencentes especifica-
mente a esta escala e os demais servem também a outras áreas
do teste.
A primeira escala a ser apurada é a de Verificação. Na sua
forma original, conclui o autor do teste, que o escore ideal para esta
escala está situado entre 38 e 44 pontos; não se obtendo os pontos
incluídos nesse intervalo, pçderá haver razões para se duvidar do
valor das respostas. Entre 33 e 37 considera-se o resultado como duvi~
doso e, quando não chega a 33, deve-se averiguar as causa que
tenham motivado tal resultado. Também se pode fazer uma nova
aplicação, tomadas as precauções necessárias. Aquêle escore ideal,
entre 38 e 44 pontos foi baseado nas respostas de quase 3 mil casos,
entre estudantes secundários e universitários, e adultos não estu-
dantes. Só foram consideradas as respostas marcadas por 90% da
população testada. O número de pessoas que obtiveram escores
abaixo de 38 ou acima de 44 variava de 1 % a 5%, em que a média
dos escores devido ao acaso foi de 23, e o desvio de 3,65. Para o
contrôle empírico dêsse resultado, o autor submeteu 109 indivíduos
a teste, pedindo-lhes que o preenchessem e obteve um escore V (ve-
rificação) médio de 24,81 e um desvio padrão de 3,70 semelhantes
pois ao daquêle pequeno grupo que não fôra antes integrado ao es-
core V.
64 PROVAS DE KUDER AB.P./3

As causas que podem levar um indivíduo a obter um escore


V, inferior ou superior aos determinados pelo autor, são os se-
guintes:
a) marcação indevida por não atender às instruções estipu-
ladas no teste (o que não acontecerá se o examinador fôr experiente
e a aplicação eficiente);
b) falta de compreensão na leitura ou significado dos ítens
(a prova é destinada a adultos ou adolescentes maiores de 15 anos,
com o nível cultural mínimo relativo ao 4.0 do ginásio);
c) respostas dadas displicentemente, sem compreender a
finalidade do teste;
d) motivos desfavoráveis de ordem física: gripes, cansaço,
etc.;
e) pouco contrôle emocional durante a execução da prova,
originado, especialmente por rapport insatisfatório para com o exa-
minador ou para com o ambiente onde se efetue a prova, ou para
com o próprio;
f) condições ambientais desfavoráveis: falta de luz, espaço,
comodidade, ruídos próximos, interrupções imprevistas, etc.;
g) preferências tão atípicas que não recaem sôbre aquelas
atividades e~colhidaspela grande maioria das pessoas.
No nosso meio há necessidade de uma pesquisa sôbre êste
escore. Na Colômbia por exemplo, aceita-se o escore entre36e 44,
e nós aqui notamos que muitos indivíduos dos quais não podemos
duvidar da fidelidade das respostas, deram também um escore de
36 ou 37.

Campos, áreas ou escala de Interê~se do Kuder, forma C.

São em número de 10 os campos de atividades apresentados


nesta forma:

O- Trabalho ao ar liv1'e:
Incluem-se atividades relacionadas com animais ou coisas,
exiginc~odo indivíduo a permanência durante muito tempo,
fora de recintos fechados.
Exemplos: administrar fazendas, cultivar sementes, 'Pilotar
navio 01..1 avião.
A.B.P.f3 PROVAS DE KUDER 6.5

1- Mecânico:
Trabalhos com máquinas e instrumentos.
Exemplos: desmonte de um aparêlho mecânico, assistência
técnica a compradores de máquinas.

2 - Cálculos:
Atividades que incluem preferência para lidar eom números.
Exemplos: ser contabilista, estatístico, deduzir fórmulas ma-
temáticas.

3 - Científico:
Indica preferência para a descoberta de fatos novos e solução
de problemas.
Exemplos: ser químico, médico, psicólogo.

4- Persuasivo:
Atividades que exigem capacidade de persuasão; gôsto de lidar.
com pessoas nas promoções de projetos e vendas.
Exemplos: ser perito em material para propaganda; ser corretor
de imóveis; ser vendedor.

5- Artístico:
Compreende as atividades criadoras, envolvendo um "estímulo
ocular".
Exemplo: arquiteto urbanista; escultor, decorador.

6 - Literário:
Preferência por ler e escrever.
Exemplos: jornalista; professor de línguas; bibliotecário.

7 - Musical:
Gôsto por música, de modo geral, tomando parte ativa ou como
espectador.
Exemplos: compositor; músico; empresário de pianistas fa-
mosos.
8 .,.- Serviço Social:
Refere-se a atividades assistenciais, ao desejo de auxiliar ao
próximo.
Exemplos: ser professor; enfermeiro, clérigo.
.66 ' PROVAS DE KUDER A.B.P./3

9- Serviço de Escritório:
Trabalho burocrático ou de administração e os que requerem
precisão e exatidão.
Exemplos: supervisar uma Seção em uma loja; ser escriturário;
estenografo.

MATERIAL PARA APLICAÇÃO DO INVENTARIO


a) O caderno do Inventário;
b) A fôlha de resposta, devidamente identificada;
c) Lápis bicolor.

Não há tempo limitado para a execução, mas, de acôrdo com


a estrutura pessoal de cada indivíduo, pode ser integralmente exe-
cutada em meia hora ou em mais de sessenta minutos. A média
é de 40 minutos. Para evitar o cansaço, se julgarmos conveniente
uma interrupção, poderá ela ser feita sem prejuízo para os resulta-
dos.
Embora as instruções estejam escritas nos cadernos de apli-
cação, devemos favorecer as consultas feitas quanto ao significado
de algumas palavras ou dar, de antemão, aquêles que a nossa expe-
riência já demonstrou não serem muito usuais entre os nossos
aplicandos. São os seguintes: editoriais, em um jornal; perito con-
tador; o "ponto" no teatro; tear manual; artigo de fundo; jôgo de
pólo.
Os ítens do Kuder são de escolha obrigatória. Em grupos
de forma tríade, duas respostas serão dadas com lápis vermelho: as
de preferências extremas; uma positiva, a mais agradável para ser
exercida entre as três e uma negativa, a menos preferida. Quando
não haja atividades agradáveis, ou tôdas parecem do agrado do
examinando, deverá êle indicar uma gradação de preferência.

APURAÇÃO DO KUDER
Há duas modalidades para a correção; por meio de máqui-
nas, forma Cm (muito usada nos Estados Unidos), ou por meio de
máscaras perfuradas, forma Ch. Alguns empregam um alfinête para
utilizá-lo nos orifícios das máscaras; nós contamos os pontos ver-
melhos que aparecem nos respectivos campos, quando cada máscara
é ajustada à fôlha de respostas. :Ê:stes pontos nos dão o escore bruto
de cada campo. Procuramos a sua correspondência na tabela de
percentís e traçamos o perfil profissional do indivíduo. Há 4 tabelas
para os escores percentilados: as de adolescentes (masculinos e
femininos), e as de adultos, também para cada sexo.
A.B.P./3 PROVAS DE KUDER 67

No ISOP, está se ultimando, no Serviço de Estatística, as


tabelas de percentís organizadas com 800 indivíduos testados nos
Estados de S. Paulo, Guanabara e Rio de Janeiro.
Os planos para esta pesquisa são de caráter mais amplo, e
esperamos oportunamente levá-lo a efeito em outros Estados mais
distantes. Assim, teremos uma amostra mais representativa de tôda
a população brasileira.
Uma vez realizado o perfil individual, temos então ocasião
de analisar os campos significativos de suas preferências que são os
que aparecem acima do percentil 75; os que ficam abaixo de 25,
não deverão ser aconselhados, a não ser que haja um fator emo-
cional, contribuindo para tal rejeição. Do estudo dêsse perfil po-
demos então prognosticar o êxito ou o fracasso na profissão; natu-
ralmente sem abandonarmos os índices das provas de aptidão que
fazem parte do dossier e do tipo de personalidade que está sendo
testada. A prova de interêsse não é suficiente para um aconselha-
mento. É apenas auxiliar: dá-nos uma contribuição valiosa e indis-
pensável, sem no entanto ser exclusiva. As provas do Kuder pos.:
suem uma lista de profissões que se enquadram nas áreas dos inte-
rêsses, isoladamente, ou em combinação com duas ou mais áreas
significativas.
A consulta a estas listas poderá facilitar aos orientadores
incipientes.
FIDEDIGNIDADE E VALIDEZ
As análises se basearam em uma amostra de 1.381 estu-
dantes colegiais e 650 adultos (nas escalas de 1 a 9), e, posteriormente,
foram feitos novos estudos, inclusive para a escala ao ar livre, dando
resultados bastante satisfatórios. Os coeficientes obtidos foram altos.
Quanto à validade, estudos repetidos foram publicados du~
rante anos seguidos, a partir de 1940.
Orientadores e psicólogos foram consultados, e emprega-
ram-se outros meios para esclarecimento.
Oportunamente, novos detalhes sôbre o assunto serão co..;
nhecidos, além de uma apreciação sôbre a forma D quando sôbre ela
obtivermos dados em nosso meio em número suficiente.

Você também pode gostar