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PSICOPEDAGÓGICA
INSTITUCIONAL
AULA 3
A intervenção da psicopedagogia
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1.1 Hipóteses de ordem da interação
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TEMA 2 – ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
• entrevistas e questionários;
• observações dos intervalos, recreios e aulas;
• levantamento estatístico de notas, faltas, ocorrências, entre outros;
• aplicação de provas projetivas psicopedagógicas;
• análise documental de avaliações, regimentos, propostas pedagógicas,
entre outros;
• oficinas psicopedagógicas;
• outras alternativas, dependendo da queixa e da especialização, por
exemplo, psicodrama.
Não existe uma bateria fixa de instrumentos a serem utilizados. Por isso,
é importante o olhar do psicopedagogo na escolha desses instrumentos para
atingir o seu objetivo, que é identificar o que obstaculiza a aprendizagem de
acordo com a queixa e a observação dos sintomas.
Os instrumentos para a avaliação psicopedagógica institucional são
diferentes da clínica, pois devem ter uma visão ampliada da instituição e não
isolada do sujeito, como é realizada na avaliação psicopedagógica clínica.
Um dos instrumentos práticos e objetivos para iniciar uma avaliação é a
entrevista ou questionário, importante para analisar a instituição.
A entrevista representa um contato mais direto com a pessoa, no sentido
de se inteirar de suas opiniões acerca de determinado assunto. No entanto,
requer um planejamento e um cuidado especial em sua elaboração,
desenvolvimento e aplicação, sem contar que os objetivos propostos devem ser
efetivamente delineados. As entrevistas podem ser estruturadas, constituídas de
perguntas definidas, ou semiestruturadas, permitindo maior liberdade do
psicopedagogo.
A entrevista é uma das técnicas mais flexíveis de coleta de dados.
Conforme Lima (2004, p. 90), pode ser definida:
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Como um encontro entre duas ou mais pessoas a fim de que uma ou
mais delas obtenha dados, informações, opiniões, impressões,
interpretações, posicionamentos, depoimentos, avaliações a respeito
de um determinado assunto, mediante uma conversação de natureza
acadêmica e/ou profissional.
Saiba mais
• O questionário pode conter questões abertas e questões fechadas.
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2 – Na sua visão, indisciplina é quando o aluno:
( ) agride verbalmente e fisicamente.
( ) fala demais.
( ) sai toda hora para ir ao banheiro.
( ) anda pela sala.
( ) Outros.
Quais?____________________________________________________
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O sujeito tem as suas ações coordenadas, de forma que sua autonomia
possa ser desenvolvida. Por meio do grupo, o indivíduo supera ansiedades e
medos.
O objetivo dos grupos operativos é trazer à consciência do grupo o que
pode estar obstaculizando a aprendizagem e provocando a resistência a tarefas
e mudanças, tendo como intuito redefinir alguns papéis e buscar-se elementos
para a solução da tarefa na inter-relação do grupo. O psicopedagogo assume o
papel de mediador no processo de aprendizagem no grupo e na instituição. Deve
facilitar o diálogo, ajudar o grupo a sair dos estereótipos, devolver as perguntas
que lhe são feitas para que possam refletir; quando a comunicação está bem, o
psicopedagogo não deve interferir.
Portanto, o psicopedagogo direcionará o seu olhar para a origem da
instituição, para sua história, suas potencialidades e competências. Escutando
os sentimentos que prepararão o grupo e os discursos nos diversos setores,
observando a analisando as queixas e possíveis soluções que o grupo busca ou
pretende adotar. Dessa forma, dá-se assim um enfoque social e ampliado no
âmbito da ação, podendo agir sobre os grupos que compõem a instituição sem
perder a relação, como um todo que engloba a instituição que representa esses
grupos menores.
Pichon-Rivière (1994), em sua psicologia social, determina que, para um
grupo ser considerado operativo, deve ter uma boa comunicação e buscar
desenvolver em conjunto a tarefa de forma eficaz. Para isso, cada um deve saber
qual o seu papel e desempenhá-lo com dedicação. No entanto, se houver
necessidade de se fazer uma troca de papéis, os indivíduos devem ser flexíveis
e saber como se adaptar a situações novas. Para o autor, os grupos operativos
são sinônimo de mudança, na medida em que deve haver uma relação dialética
entre sujeito e objeto e não uma visão unilateral, estereotipada e cristalizada.
O objetivo é que eles possam aprender a aprender, que possam regular
suas aprendizagens, conhecer a si mesmos como pessoas que pensam e que
sentem durante a ação, como também aprender de uma forma diferente, que
integre afeto, ação e relação. De acordo com a figura 1, tem-se um exemplo de
como é o processo do grupo operativo.
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Figura 1 – Grupo operativo
Grupo
Pré-tarefa Tarefa
operativo
Consciência do
Transformação
grupo
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dos resultados das tarefas propostas no diagnóstico, sendo um instrumento
composto por seis vetores de análise que permitem a observação da operação
interior de um grupo e a integração desses elementos, tornando explícito o que
se encontra implícito.
• filiação;
• pertença;
• pertinência;
• cooperação;
• aprendizagem;
• tele.
Saiba mais
Para saber mais sobre a teoria do vínculo, leia o artigo:
• “A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon”, de
Alice Bastos. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-
ims/index.php/PINFOR/article/viewFile/2348/%202334>. Acesso em: 26 abr.
2019.
NA PRÁTICA
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devido à ausência da família, falta de limites na escola, e observou uma falta de
planejamento e organização dos alunos, bem como a ausência de definição por
parte dos professores e da coordenação, resistência a mudanças e falta de
autoridade. Isso acabava provocando muitas discussões, ansiedades e, muitas
vezes, o professor via o trabalho em sala de aula reduzido a desentendimento
entre alunos, com agressão física, material indevido trazido para a escola por
alunos, empréstimo de material entre alunos como atividade lucrativa e
agressões verbais ao professor. Faça uma análise desse caso considerando as
quatro ordens para formular um primeiro sistema de hipóteses, especificando
cada uma delas.
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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