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AVALIAÇÃO

PSICOPEDAGÓGICA
INSTITUCIONAL
AULA 1

Prof.ª Genoveva Ribas Claro


CONVERSA INICIAL

A intervenção da psicopedagogia

A Psicopedagogia Institucional, como área que estuda o processo de


ensino e aprendizagem, pode contribuir com a instituição no compromisso de
resgatar o prazer no ato de aprender. A aprendizagem dentro da instituição pode
ser algo perturbador, que gera muitos conflitos e dificuldades; com o olhar da
psicopedagogia, podemos perceber essas dificuldades como promoção do
nosso desenvolvimento e aprendizagem, promovendo o bem-estar de todos e
da instituição.
Assim, a avaliação institucional busca compreender quais são os
obstáculos que estão interferindo no desenvolvimento do sujeito e da instituição
para buscar soluções. Para isso, é necessário compreender a instituição de
forma global, de modo que contempla os elementos que a constituem em função
de sua finalidade. Por meio de instrumentos e técnicas, é possível analisar a
manifestação de suas características próprias (identidade), que são as
representações e sentimentos que o indivíduo desenvolve com base em si
mesmo, do conjunto de suas vivências; da sua atividade, referente à prática
humana, do qual transformamos para atender a nossas necessidades e do
grupo; e da consciência, que é a compreensão e apropriação do mundo externo
manifestada na medida em que a instituição se aproxima do seu compromisso
social.
É a consciência da instituição sobre si por meio de uma reflexão coletiva,
com o intuito de olhar-se como um todo coletivo.
Assim, vamos, neste primeiro momento, analisar a Psicopedagógica
Institucional, identificando o seu papel da Psicopedagogia, como também
conhecer os objetivos da Avaliação institucional, verificando quais são os
âmbitos da Psicopedagogia Institucional e as modalidades na avaliação
psicopedagógica institucional.
Vamos iniciar refletindo sobre o que entende pela palavra institucional.
A instituição pode ser considerada como um grupo de pessoas que tem
um mesmo objetivo dentro uma estrutura organizacional, com seus valores,
crenças e costumes.
Quando aparecem os conflitos e as dificuldades de aprendizagem, como
o psicopedagogo pode ajudar? O psicopedagogo é um profissional habilitado
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para minimizar ou superar as dificuldades apresentadas. No entanto, necessita
identificar quais as causas das dificuldades, e isso ocorre com base em uma
avaliação em todos os aspectos da instituição.
Como o psicopedagogo pode contribuir para o desenvolvimento da
instituição?
Observando a necessidade de uma constante modificação das
estratégias organizacionais, adequando-as de acordo com as novas demandas
da sociedade, face ao ambiente cada vez mais inconstante e globalizado. O
Psicopedagogo Institucional tem muito a contribuir com a Instituição nessa
transformação.

TEMA 1 – REFLEXÃO SOBRE A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL

A Psicopedagogia reúne um estudo interdisciplinar com o objetivo de


construir um olhar e uma escuta diferenciada para os processos e dificuldades
de aprendizagem, possibilitando o conhecimento dos sintomas, a busca de
soluções para os problemas apresentados e potencializar as qualidades dos
sujeitos e seus envolvidos.
A aprendizagem não consiste em descobrir o que os outros já sabem, mas
em questionar o que já se sabe, por meio do diálogo e interações com as
pessoas, transformando-se e transformando a sociedade. O psicopedagogo, em
um trabalho de observação, escuta e intervenção em uma instituição, pode
ajudar nas interações entre as pessoas, compreendendo quais são os
obstáculos da aprendizagem que atrapalham o desenvolvimento da instituição e
dos sujeitos e descobrindo as potencialidades que permitam o crescimento da
instituição.
A psicopedagogia institucional atua onde existem relações humanas, nas
escolas, empresas, hospitais, família e outros ambientes não escolares, como
ONGs e serviços sociais. Refere-se ao diagnóstico da dinâmica de
aprendizagem da instituição, e consequentes medidas a serem adotadas para
as mudanças necessárias, ou ao trabalho preventivo e o aperfeiçoamento das
qualidades já existentes. A psicopedagogia institucional tende a superar o
individualismo numa tomada de consciência do grupo para uma atitude de maior
cooperação entre todos.
Asism, é imprescindível que o psicopedagogo institucional busque
constatemente debates e reflexões a fim de elaborar novas aprendizagens
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envolvendo as dimensões afetivas, motoras e relacionais. Desse modo,
desenvolve-se as habilidades profissionais e atitudinais no ambiente ou no
contexto profissional no qual está inserido.
Para Visca (1991), a Psicopedagogia surgiu para que pudéssemos
entender o sujeito como ele realmente é, tornando-se uma atividade
revolucionária, pois busca saber como se aprende, e isso gera uma modificação
grande no sistema institucional, o que pode trazer muita resistência.
O surgimento da Psicopedagogia surgiu na busca de compreender o
motivo pelo qual algumas pessoas não aprendiam. Com a Revolução Industrial,
houve uma exigência maior com a produtividade e o aprendizado de novas
técnicas, assim surgiu a necessidade de qualificar as pessoas para o trabalho e
a preocupação com aqueles que tinham dificuldade em aprender, pois eram
excluídos da sociedade.
Dessa forma, a psicopedagogia surgiu inicialmente com uma proposta de
um trabalho terapêutico, de diagnóstico e intervenção nos processos de
aprendizagem.
Com o avanço da Psicopedagogia, muitos estudos e pesquisas foram
feitos, possibilitando uma integração de conhecimentos de várias áreas, entre
elas Neurologia, Psicologia, Fonoaudiologia, Pedagogia, entre outras,
especializando-se para entender melhor como se dava o processo de
aprendizagem e as possíveis dificuldades ocorridas no processo, para que
pudessem ser superadas ou pelo menos minimizadas.
Diante disso, foi possível identificar que existiam diferentes origens para
as dificuldades de aprendizagem: biológicas, sociais, psicológicas, pedagógicas,
metodológicas, entre outros, como o sistema institucional.
Segundo Visca (1991, p. 15), “a ampliação no âmbito da Psicopedagogia
nos deu a possibilidade tanto de estudar o sujeito individual em profundidade,
quanto extrapolar estes conceitos para o macrossistema, os quais antes não
tinham sido pesquisados“.
A Psicopedagogia é responsável por ofertar um novo olhar a cada sujeito,
mas não pode ser exclusivamente individual; é mais ampla, pois o aprender não
ocorre somente no âmbito do sujeito, e sim, nas relações com outras pessoas.
Em todos os lugares existem pessoas em constante aprendizagem, por meio de
relações sociais e aquisição de novos hábitos e atitudes, para trocar experiências

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e construir conceitos. Com isso, não podemos restringir aprendizagem somente
a clínicas, é preciso avançar até as instituições.

TEMA 2 – O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL

Independentemente do contexto em que esteja inserido, um sujeito


sempre estará vivenciando oportunidades de aprendizagem que o ajudam a
obter um resultado adequado ao proposto pela tarefa principal, ou que o colocam
em dificuldade de compreensão e execução desse processo. O papel do
psicopedagogo institucional é detectar o desafio que impede a conclusão da
tarefa objetivada e criar oportunidades de superação.
O conhecimento do psicopedagogo possibilita a compreensão e a
identificação de fatores relevantes implicados na aprendizagem, tais como o
vínculo entre as pessoas, o grupo e a instituição, as relações interpessoais que
envolvem a comunicação, influências, conflitos e a autoridade. Investiga os
fatores psicológicos da vida social, como o estatuto social, a liderança e os
estereótipos, bem como analisa os fatores sociais da psicologia humana que se
referem à motivação, atitudes, opiniões e preconceitos.
Mas qual é o papel do psicopedagogo?
Segundo Bossa (2000), a atuação psicopedagógica seria de contribuir
para solucionar os problemas de aprendizagem e os fatores que interferem
nesse processo. Podemos dizer que o papel essencial do psicopedagogo é
compreender o que obstaculiza a aprendizagem. Para isso, ele deve estar em
constante pesquisa sobre o momento social e político atual para adequar as
mudanças que são constantes e rápidas, e que interferem no comportamento
humano e nas relações sociais. A maior dificuldade nas instituições são as
resistências às mudanças e às transformações e o engessamento do processo
de aprendizagem.
A sociedade atual é assinalada pelo avanço científico e tecnológico, do
qual expandiu caminhos para novas relações culturais, sociais e econômicas.
Sendo vistas em um contexto mais amplo, as instituições na atualidade são
suscetíveis às tensões da sociedade.
Tornar-se um psicopedagogo institucional significa aprender uma nova
práxis, especializar-se em aprendizagem e compreender como esse processo
se dá no interior de cada um, decorrente das interações e das relações desse
sujeito com os grupos aos quais pertence, com as instituições das quais faz
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parte, com a comunidade e com a cultura local e globalizada. Em conjunto com
a equipe gestora e colaboradores, auxilia na elaboração, implantação, avaliação
e reformulação de projetos, de regimentos e em novos desenvolvimentos de
habilidades, contribuindo na análise e intervenção do clima organizacional,
buscando melhor funcionamento do sistema que resultará na realização dos
objetivos institucionais.
O psicopedagogo institucional deve sempre defender os direitos do
indivíduo no atendimento de suas necessidades e promover seu
desenvolvimento, sem discriminação ou intolerância de qualquer tipo ou grau,
tendo o cuidado de não reproduzir formas de dominação.
Mas de quem a psicopedagogia institucional está a serviço?
Para a Psicopedagogia, o objeto de estudo é o sujeito aprendente, no
entanto, é importante lembrar que o processo de aprendizagem e suas
dificuldades são multifatoriais: biológicos, sociais, econômicos, políticos,
familiares, pedagógicos, entre outros. Na psicopedagogia institucional, o objeto
de estudo é a instituição, assim, é preciso que o psicopedagogo tanto se
encontre inserido no contexto no qual esses processos ocorrem como conheça
aspectos históricos, econômicos, políticos e culturais da população e da
comunidade que atende, seja ela escolar, hospitalar ou empresarial. De acordo
com Grassi (Grassi, 2013, p. 146):

Essa instituição pode ser pública ou privada, uma entidade


assistencial, empresa que presta serviço ou produz bens de consumo,
organização de grande ou pequeno porte, que atue em educação,
saúde, ou outra área, desde que configure um espaço de ensino e
aprendizagem e haja a intenção de prevenir ou tratar as dificuldades
de aprendizagem, com o intuito de melhorar as relações entre seus
componentes e possibilitar a aprendizagem. (Grassi, 2013, p. 146)

O psicopedagogo precisa ter inquietações na busca de conhecimentos


para atender às demandas do ambiente profissional no qual atua, que pode ser,
por exemplo, um hospital, uma empresa ou uma escola.
Algumas estratégias fundamentam o agir do psicopedagogo institucional
e facilitam a mediação da ação em prol da atividade em si. Elementos de teoria
sistêmica, epistemologia convergente, grupos operativos, psicodrama e
dinâmicas de grupo subsidiarão o exercício da ação da psicopedagógica
institucional, os quais estudaremos adiante. Nesse momento, vamos definir
quais são os objetivos da psicopedagogia institucional. O psicopedagogo
institucional precisa propor um trabalho multidisciplinar que pode ser

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desenvolvido em grupo, em diferentes níveis: promoção, prevenção e
tratamento.

TEMA 3 – OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação psicopedagógica é a primeira intervenção do psicopedagogo


na instituição. Nela, fundamentam-se a prevenção e as decisões que serão
tomadas quanto às possíveis dificuldades existentes relacionadas à
aprendizagem, promovendo melhores condições para o seu desenvolvimento.
Podemos dizer que o psicopedagogo deve atuar nas instituições com
trabalho preventivo e, quando necessário, intervir terapeuticamente entre a
instituição e o contexto social que obstaculizou a aprendizagem.
Então, qual seriam os objetivos da psicopedagogia na instituição?
Os objetivos da avaliação psicopedagógica institucional estão em:

• repensar a prática educativa, em uma visão multiprofissional e da


totalidade dos envolvidos na instituição;
• desenvolver o potencial de aprendizagem, para que se possa ter maior
clareza sobre os pressupostos da modificabilidade cognitiva e identificar
as dificuldades no processo de aprendizagem;
• contribuir para o trabalho em grupo, na administração de conflitos e
necessidades, e clarear papéis para a promoção de mudanças e
crescimento do grupo;
• criar estratégias para o exercício de autonomia;
• definir espaços de escuta;
• fazer diagnósticos e realizar os devidos encaminhamentos e orientações.

Para isso, requer o uso de instrumentos e técnicas na coleta dados para


identificar o processo de aprendizado e suas dificuldades, fazendo a análise do
sujeito, grupo, instituição e comunidade. De acordo com a figura a seguir, com
base na epistemologia convergente de Visca (1987) sobre o processo de
aprendizagem e na teoria ecológica de Bronfenbrenner (1996), do qual defende
que o ambiente influencia todos os aspectos de nossa vida, podemos
compreender a complexidade da avaliação psicopedagógica.

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Figura 1 – Sistemas de análise da psicopedagogia

CRONOSSISTEMA

MACROSSISTEMA

EXOSSISTEMA
MESOSSISTEMA
MICROSSISTEMA

SUJEITO

FAMÍLIA
COMUNIDADE IMEDIATA
COMUNIDADE INSTITUCIONAL

ESTRUTURA POLÍTICO-SOCIAL

Fonte: elaborado com base em Bronfenbrenner, 1996.

O sujeito é constituído por um sistema aberto e dinâmico que interage um


com os outros. O primeiro sistema institucionalizado é a família, que está inserida
no microssistema, o contexto mais imediato constituído por padrões de
atividades, papéis e relações interpessoais experienciados pelos indivíduos na
família, no qual suas características físicas, sociais e simbólicas particulares
funcionam de maneira a estimular ou inibir as relações interpessoais.

TEMA 4 – ÂMBITOS DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL

É importante destacar a distinção de atuação que há entre a


psicopedagogia institucional e a clínica. Na institucional, o enfoque da atuação é
com o grupo e com os sistemas. Na psicopedagogia clínica, a atuação tem como
propósito atender diretamente ao sujeito que apresenta dificuldades de
aprendizagem. A figura 2 ilustra essa distinção.

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Figura 2 – Âmbitos de análise da psicopedagogia clínica e institucional

SUJEITO GRUPO INSTITUIÇÃO COMUNIDADE

ÂMBITO CLÍNICO ÂMBITO INSTITUCIONAL


Fonte: elaborado com base em Visca, 1987.

O âmbito do indivíduo aborda a aprendizagem e a dificuldade de um


sujeito. Nessa etapa, é realizado o diagnóstico e tratamento dessas dificuldades
de aprendizagem, assim como a sua prevenção.
O âmbito do grupo aborda a aprendizagem e a dificuldade de
aprendizagem de um grupo em que se está inserido.
O âmbito da sociedade e comunidade envolve a aprendizagem humana
em diferentes culturas e em distintos momentos históricos.
O âmbito da instituição trata do trabalho psicopedagógico na instituição
(escola, empresa, hospital). Refere-se ao diagnóstico da dinâmica de
aprendizagem da instituição, e consequentes medidas a serem adotadas para
as mudanças necessárias, ou ao trabalho preventivo do novo e o
aperfeiçoamento das qualidades já existentes.
Pode-se dizer que a Psicopedagogia Clínica tem uma relação direta com
a criança que apresenta dificuldades de aprendizagem, ao passo que a
Psicopedagogia Institucional avaliação o sistema institucional.
A psicopedagogia pode contribuir em vários contextos.

• Familiar: visa ampliar a percepção dos pais, responsáveis ou tutores


sobre o processo de aprendizagem, de forma a enfocar o papel da família
como complementar ao ensino escolar. Desse modo, pode-se atender às
diferenças e especificidades do sujeito no contexto da aprendizagem.
• Hospitalar: tem como propósito possibilitar a aprendizagem dos internos
em uma perspectiva lúdica, por meio de oficinas pedagógicas que
favoreçam o desenvolvimento e propiciem qualidade de vida no ambiente
hospitalar.

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• Empresarial: abrange as formas de treinamento e enfoca a visão holística
da aprendizagem nos processos que envolvem a construção do
conhecimento organizacional.
• Escolar: propõe diferentes projetos relacionados ao diagnóstico da
aprendizagem propiciada pela escola; a identidade dos sujeitos
envolvidos na dinâmica relacional da aprendizagem; instrumentalizar
diretores, coordenadores, orientadores e professores sobre as
especificidades das dificuldades de aprendizagem e necessidades
educacionais especiais; as relações entre currículo, programas
educacionais e a implantação sistemas educacionais; oficinas envolvendo
o aprender e ensinar de forma a atender as especificidades individuais.

TEMA 5 – MODALIDADES DA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

O psicopedagogo institucional tem papel fundamental na prevenção dos


processos de desenvolvimento da instituição para melhor adaptação ao meio
inserido. Soares (2012, p. 2) aponta que “o psicopedagogo pode atuar em
diversas áreas, de forma preventiva e terapêutica, para compreender os
processos de desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a
várias estratégias objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir”.
As modalidades da avaliação psicopedagógica podem ser:

• preventiva primária: tem como objetivo evitar o problema; agir antes que
os fatos aconteçam. O psicopedagogo atua nos processos educativos
com o objetivo de diminuir a frequência dos problemas de aprendizagem.
• preventiva secundária: tenta impedir sua ampliação e trata dos
problemas agindo imediatamente quando se detecta o problema. O
objetivo é diminuir e tratar dos problemas já instalados, elaborando planos
de intervenção baseados nos diagnósticos da realidade institucional.
• preventiva terciária: diante do problema existente, busca-se eliminar os
transtornos por ele causados, tendo em vista a solução. Ou ainda, quando
não é possível solucionar, prevenir outras complicações
• prática preventiva: busca construir uma relação com a aprendizagem de
maneira saudável, minimizando os problemas, possibilitando, assim,
elaborar projetos de intervenção com base na avaliação diagnóstica.

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Segundo Visca (1987), a prevenção primária refere-se, em uma primeira
versão, ao conjunto de medidas que se preocupam em desenvolver e manter
condições ideais de aprendizagem, sendo sua segunda possibilidade a
implantação de medidas que auxiliem no controle de fatores já obstaculizados
desse mesmo processo; a prevenção secundária caracteriza-se por mobilizar
recursos que contribuam para o não agravamento das dificuldades já existentes
ou, em último caso, propiciem sua reabilitação ou recuperação.
A modalidade terapêutica na instituição pode contribuir, desenvolvendo
trabalhos que possibilitem a integração entre o que se sabe e o que se faz, entre
o que se sabe e o que se sente, entre o que se sente e o que se faz. Não basta
uma discussão sobre um determinado tema para que ele possa ser absorvido
pelos protagonistas da escola; é preciso trabalhar, no grupo, o sujeito cognitivo,
afetivo, social e biológico, em movimento, relacionando-os com os sujeitos, com
sua história e com a história dos outros, aproveitando das experiências do
próprio grupo, auxiliando o grupo em direção ao avanço.

Saiba mais
• Pesquise sobre a Revolução Industrial e as mudanças comportamentais.
Disponível em: <http://www.ufscar.br/cursinhoufscar/seg_revolucaoind.htm>.
Acesso em: 25 abr. 2019.

NA PRÁTICA

A instituição é um organismo que cumpre com uma função de utilidade


pública, e todos os envolvidos são regidos pelo mesmo objetivo, de acordo com
convicções e responsabilidades para a execução com eficiência das propostas
estabelecidas. No entanto, podem existir vários fatores que interferem na
execução da tarefa, como falta de comunicação, dificuldade de vínculo, falta de
liderança, ente outros. Reflita qual o papel do psicopedagogo institucional
realizando uma observação de um grupo de seu convívio e busque identificar os
problemas dentro dele. Pesquise quais estratégias que o psicopedagogo pode
utilizar.

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FINALIZANDO

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REFERÊNCIAS

BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2.


ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano:


experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

GRASSI, T. M. Psicopedagogia: um olhar, uma escuta. Curitiba: InterSaberes,


2013.

PORTO, O. Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento


psicopedagógico. Rio de Janeiro: Wak, 2006.

SOARES, M. A contribuição do psicopedagogo no contexto escolar.


Disponível em: <http://maratavarespsictics.pbworks.com/w/file/fetch/74460590/
126-130624014932-phpapp01.pdf>. Acesso em: 1.º maio 2019.

VISCA, J. Psicopedagogia: novas contribuições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,


1991.

_____. Clínica psicopedagógica: epistemologia convergente. Porto Alegre:


Artes Médicas, 1987

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