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A IMPORTANCIA DA ENTREVISTA E OBSERVAÇÃO COMO TECNICA NA

AVALIAÇÃO PSICOLOGICA
A partir do entendimento de que a Avaliação Psicológica se baseia em teorias
científicas que caracterizam a compreensão de um fenômeno no qual a
realidade é significada a partir do uso de conceitos, noções e de teorias, e que
deve ser realizada por um profissional que tenha recebido treinamento para
essa função. Sendo assim, o processo de avaliação psicológica é uma das
atividades desenvolvida por psicólogos, assim a avaliação psicológica (AP) é
uma prática exclusiva do psicólogo que, de acordo com Resolução nº
009/2018, publicada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2018a), que
conceitua a avaliação psicológica como sendo um:
“Processo estruturado de investigação de fenômenos psicológicos,
composto de métodos, técnicas e instrumentos, com o objetivo de prover
informações à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou
institucional, com base em demandas, condições e finalidades
específicas”.
A Avaliação Psicológica visa investigar de forma ampla e profunda os aspectos
psicológicos, a partir de demandas específicas e exclusivas de cada indivíduo
avaliado (Groth-Marnat & Wright, 2016). Outrossim, além dos cuidados éticos
inerentes a esse processo, também é fundamental que o psicólogo saiba
identificar os objetivos de cada avaliação psicológica a ser conduzida
(Bandeira, Trentini, & Krug, 2016), tenha conhecimento teórico acerca dos
construtos a serem mensurados (Primi, 2018), bem como o domínio na
condução das técnicas de mensuração e elaboração de documentos
provenientes de tal processo (CFP, 2018; Schneider, Marasca, Dobrovolski,
Müller, & Bandeira, 2020).
Todo o processo de entrevista e observação desenvolvido pelo psicólogo deve
sempre respeitar as regras do código de ética profissional que rege a categoria
conforme está na Resolução CFP nº 10/2005 que diz que o psicólogo deve:
“ Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de
trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços,
utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente
fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação
profissional; ”
Uma entrevista pode ser feita com diferentes finalidades e com vários objetivos.
É um procedimento complexo que requer treinamento especializado e
constante atualizações por parte do psicólogo. As entrevistas psicológicas
podem ser estruturadas, semiestruturadas ou livres. O psicólogo diante da
demanda e da finalidade pode decidir que tipo de entrevista irá utilizar.
Na entrevista estruturada usa se um planejamento muito preciso em que o
entrevistador dispõe de um conjunto de perguntas que devem ser feitas ao
avaliando com objetivo de obter dados específicos que permitam gerar
hipóteses, e se necessários encaminhamentos. Na entrevista semiestruturadas
também têm um roteiro e um conjunto básico de questões, mas o entrevistador
não fica totalmente preso a esse roteiro e, em função das respostas, pode
conduzir a entrevista para outros rumos e explorar com mais profundidade
informações que o entrevistado traz.
A entrevista livre, é mais aberta, podendo partir de uma pergunta mais
generalista e seguir sendo construída ao longo do seu desenvolvimento. De
acordo com Tavares (2003), em um contexto de avaliação, mesmo a entrevista
livre deve ter algum tipo de direcionamento por parte do avaliador. Para
Ocampo e Arzeno (2009), a entrevista inicial se caracterizaria como uma
entrevista semidirigida. Para as autoras, nesse tipo de entrevista, o paciente é
quem constrói a forma como as informações serão trazidas. É ele quem irá
definir quais dados relativos ao seu problema serão abordados primeiramente e
que outros dados serão incluídos. O avaliador poderá auxiliar na estruturação
desse campo de informações questionando aquilo que pode ter se mostrado
como contraditório, impreciso, ambíguo ou incompleto e assinalando algumas
questões quando o paciente não souber como iniciar ou dar continuidade ao
seu relato durante a entrevista
O processo de interação verbal é importante, mas também deve-se ficar atento
aos gestos, expressão facial, tom de voz, silencio e hesitações que podem
trazer informações importantes que precisam serem levadas em consideração.
Dentre os métodos que o psicólogo utiliza na realização da avaliação
psicológica, a entrevista e a observação tem um papel fundamental e de
grande importância como técnica de investigação e coleta de dados com a
finalidade de avaliar, descrever e delimitar como serão os procedimentos, quais
instrumentos serão utilizados, avaliar e compreender a demanda do
solicitante/avaliando que são objetos do processo avaliativo. Seguindo assim o
que está definido na Resolução CFP nº007/2009;
“A entrevista psicológica é uma conversação dirigida a um propósito definido de
avaliação. Sua função básica é prover o avaliador de subsídios técnicos acerca
da conduta, comportamentos, conceitos, valores e opiniões do candidato
completando os dados obtidos pelos demais instrumentos utilizados”.
Esse processo de investigação envolve estratégias que integram informações
de diferentes fontes, como, por exemplo, testes, inventários e entrevistas
(American Educational Research Association, American Psychological
Association, & National Council on Measurement in Education, 2014; Meyer et
al., 2001; Urbina, 2014). É através desse procedimento de entrevista que o
psicólogo tem acesso a maior quantidade de informações do outro, neste
momento pode se confrontar, contrapor e esclarecer informações. A definição
de entrevista psicológica que é de Sullivan (1970), que assim a define:
“Uma situação de comunicação vocal entre duas pessoas (a two-
group) mais ou menos voluntariamente integrados num padrão
terapeuta cliente que se desenvolve progressivamente com o
propósito de elucidar formas características de vida das pessoas
entrevistadas, e vividas por elas como particularmente penosas
ou especialmente valiosas, de cuja elucidação ela espera tirar
algum benefício (p.4).”
Na entrevista o avaliador precisa verificar como esta as condições do
avaliando, se toma medicação, se possui dificuldades visuais, se está com
fome ou sono, e situações que possam interferir no seu comportamento e
trazer prejuízo a sua avaliação. O avaliando também precisa estar ciente sobre
a razão pela qual está se submetendo ao processo avaliativo. Bandeira,
Trentini e Krug (2016) destacaram que a primeira etapa em Avaliação
Psicológica, independentemente do contexto de atuação do psicólogo, é ter de
forma bem estabelecida quais serão os objetivos ou a finalidade dela. As
autoras sugerem que o psicólogo, antes mesmo de aplicar qualquer técnica de
mensuração, identifique quais os motivos que levaram o indivíduo a solicitar
esse serviço.
Algumas características e habilidades são indispensáveis para um bom
desempenho do psicólogo (a) em entrevistas e observações, dentre elas
destaca Tavares (2002):
1) estar presente, no sentido de estar inteiramente disponível para o outro
naquele momento;
2) ajudar o entrevistado a se sentir à vontade e a desenvolver uma aliança de
trabalho;
3) facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser encaminhada
ou a buscar ajuda;
4) buscar esclarecimento para colocações vagas ou incompletas;
5) gentilmente, confrontar esquivas e contradições;
6) tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados na entrevista;
7) reconhecer defesas e modos de estruturação do sujeito, especialmente
quando elas atuam diretamente na relação com o entrevistador (transferência);
8) compreender seus processos contratransferências;
9) assumir a iniciativa em momentos de impasse;
10) dominar as técnicas que utiliza.
A observação como técnica em avaliação psicológica é um instrumento que
gera muitas informações, segundo Batista (1996 apuad PASQUALI,2010), pode
ser entendida como uma coleta de dados sem realização de procedimentos
experimentais, colhendo informações de forma natural, conforme os eventos se
sucedem frente ao nosso olhar.
O psicólogo deve manter sempre o foco em qual a finalidade da avaliação,
onde deve ser sua prioridade avaliar examinar comportamento. Assim, saber
observar é uma habilidade fundamental para qualquer pessoa, não apenas
para psicólogo (Dallos,2010). Contudo no que diz respeito a psicologia, o ato
de observar possui expressiva relevância e está presente em todas atividades
desenvolvidas pelos/as psicólogos nos mais diferentes contextos de atuação
(Boeckel, Rolim & Faraco, 2016). Neste sentido o uso da observação como
técnica na avaliação psicológica é de fundamental importância, pois permite
analisar o comportamento no momento em que eles acontecem. Dessa forma,
a observação não pode ser considerada apenas como uma simples atividade
trivial ou como uma simples anotação de fatos, pois, para sua realização, há
um envolvimento de sensações e percepções em que são usadas memorias de
experiências passadas, além de uma interpretação individual da realidade
(Gray, 2012; Yin, 2016).
Concluímos assim que a é de muita importância o bom uso da entrevista e
observação como aliado do psicólogo num processo avaliativo, e que deve ser
utilizado da melhor forma possível, trazendo muitos benefícios para o avaliador
e avaliando.

REFERENCIAS:

American Educational Research Association, American Psychological Association, & National Council on
Measurement in Education. (2014). Standards for educational and psychological testing. Washington, DC:
American Educational Research Association.

Bandeira, D. R., Trentini, C. M.,  & Krug, J. S. (2016). Psicodiagnóstico: Formação, cuidados éticos,
avaliação de demanda e estabelecimento de objetivos. In C. S. Hutz, D. R. Bandeira, C. M. Trentini,  & J. S.
Krug (Eds.), Psicodiagnóstico (pp. 21-26). Porto Alegre, RS: Artmed.

Boeckel, M. G., Rolin, K. I., & Faraco, C. B. (2016). A observação como estratégia de formação em
psicologia. In J. S. Krug, L. E. Prati, & M. G. Boeckel (Orgs.) Fundamentos e práticas em serviço-escola:
Espaço potencial de formação em psicologia (pp. 71-84). Curitiba: Juruá [ Links ]

HUTZ, Claudio Simon; BANDEIRA, Denise Ruschel; TRENTINI, Clarissa Marceli. Psicometria.
Porto Alegre: Artmed; 2015.

Conselho Federal de Psicologia. (2005). Código de ética profissional do psicólogo. Brasília, DF.
https://doi.org/10.5585/conssaude.v3i0.339

Conselho Federal de Psicologia. (2019b). Resolução nº 018/2019. Brasília, DF


Cozby, P. (2012).  Métodos de Pesquisa em Ciências do Comportamento . (5 ª ed). São Paulo: Editora Atlas
S.A. [ Links ]

Dallos, R. (2010). Métodos observacionais. In G. M. Breakwell, S. Hammond, C. Fife-Schaw, & J. A. Smith


(Eds.), Métodos de Pesquisa em Psicologia (3ª ed., pp. 134-155). Porto Alegre: Artmed. [ Links ]

Danna, M. F, & Matos, M. A. (2015). Aprendendo a Observar. (3ª ed.) São Paulo: Edicon. [ Links ]

FERIANI, Gabriela de Paula et al . A prática da observação sistemática para a formação do(a) psicólogo(a):
relato de experiência. Aletheia,  Canoas ,  v. 54, n. 2, p. 157-164, dez.  2021 .   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
03942021000200016&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  27  maio  2023. 
http://dx.doi.org/DOI10.29327/226091.54.2-15

Gray, D. E. (2012). Pesquisa no mundo real. 2ª ed. Porto Alegre: Penso. [ Links ]


Groth-Marnat, G., & Wright, A. J. (2016). Handbook of psychological assessment (6th ed.).
Hoboken, NJ: John Wiley & Sons.

Pasquali, L. (2010). Instrumentação Psicológica Fundamentos e Práticas. Porto Alegre: Artmed.


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(2020). Planejamento do Processo de Avaliação Psicológica: Implicações para a Prática e para a
Formação. Psicologia: Ciência E Profissão, 40, e214089. https://doi.org/10.1590/1982-
3703003214089.

Urbina, S. (2007). Fundamentos da testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed.

Yin, R. K. (2016). Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso. [ Links ]

A IMPORTANCIA DA ENTREVISTA DEVOLUTIVA


A avaliação psicológica é um procedimento que compreende várias etapas,
cada qual com sua importância e se finaliza com a entrevista devolutiva e
entrega do documento para o avaliando, criança, adolescente, adulto
dependente ou adulto independente, bem como para com os responsáveis e
outros solicitantes. No caso de avaliando criança ou adolescente, deve-se
realizar a devolução de informações tanto à mãe quanto ao pai, conjunta ou
individualmente. Deve ser usado sempre uma linguagem accessível sem uso
de termos técnicos, respeitando as regras do sigilo profissional conforme
orientação que consta na Resolução CFP nº10/2005 que é dever do psicólogo:
“Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de
serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a
tomada de decisões que afetem o usuário ou o beneficiário” e ainda “
Orientar, a quem de direito, sobre os encaminhamentos apropriados, a
partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que
solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho”.
Esta etapa final da avaliação psicológica que compreende a entrevista
devolutiva deve ser conduzida com muito cuidado e atenção, é um momento de
passar para o avaliando os resultados de todo processo avaliativo. O código de
ética traz informações a respeito da entrevista devolutiva, o psicólogo deve ter
um bom manejo ao saber comunicar os resultados. Seguindo o que se pede na
Resolução CFP 06/2019, Art. 18 Para entrega do relatório e laudo psicológico,
é dever da(o) psicóloga(o) realizar ao menos uma entrevista devolutiva à
pessoa, grupo, instituição atendida ou responsáveis legais. § 1.º Na
impossibilidade desta se realizar, a(o) psicóloga(o) deve explicitar suas razões.
§ 2.º Nos demais documentos produzidos com base nesta resolução, é
recomendado à(ao) psicóloga(o), sempre que solicitado, realizar a entrevista
devolutiva.
A entrevista devolutiva deve ser preferivelmente estruturada, a saber que nesta
etapa do processo procura-se responder aos objetivos traçados no início da
solicitação da avaliação, os quais estão relacionados a demanda inicial, e onde
também o avaliando terá oportunidade de se-conhecer melhor e ser informado
sobre possíveis encaminhamentos. Cabe ao psicólogo avaliar e escolher a
melhor forma de conduzir a entrevista. De acordo com Ocampo, Arzeno e
Piccolo (2001), a devolução pode acontecer em uma ou mais entrevistas finais,
pois permite ainda agregar dados ao psicodiagnóstico e sintetizar o caso,
emitindo com maior clareza o diagnóstico e o prognóstico.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS NA ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS


PSICOLÓGICOS
Os documentos produzidos pelo psicólogo deverão seguir orientação conforme
Resolução CFP nº 06/2019, bem como preceitos éticos presentes no Código de
Ética Profissional.
Documento Psicológico
O documento psicológico é a comunicação escrita resultante da prestação de
serviço psicológico à pessoa, grupo ou instituição. Ele pode ser solicitado por
um usuário do serviço de Psicologia, de seus responsáveis legais, de um
profissional específico, das equipes multidisciplinares ou das autoridades, ou
ser resultado de um processo de avaliação psicológica.
A(o) psicóloga(o) deverá adotar, como princípios fundamentais na elaboração
de seus documentos, as técnicas da linguagem escrita formal e os princípios
éticos, técnicos e científicos da profissão. Os envolvidos no processo possuem
o direito de receber informações sobre os objetivos e resultados do serviço
prestado, bem como ter acesso ao documento produzido pela atividade da(o)
psicóloga(o)
Princípios Técnicos
Os documentos emitidos pela(o) psicóloga(o) concretizam informações
fundamentais e devem conter dados fidedignos que validam a construção do
pensamento psicológico e a finalidade a que se destina.
A elaboração de documento decorrente do serviço prestado no exercício da
profissão deve considerar que este é o resultado de uma avaliação e/ou
intervenção psicológica, observando os condicionantes históricos e sociais e
seus efeitos nos fenômenos psicológicos.
O documento escrito resultante da prestação de serviços psicológicos deve
considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do fenômeno
psicológico.
Ao elaborar um documento em que seja necessário referenciar material teórico
técnico, as referências devem ser colocadas, preferencialmente, em nota de
rodapé, observando a especificidade do documento produzido.
Toda e qualquer modalidade de documento deverá ter todas as laudas
numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a assinatura da(o)
psicóloga(o) na última página.
Princípios da Linguagem Técnica
A(o) psicóloga(o), ao redigir o documento psicológico, deve expressar-se de
maneira precisa, expondo o raciocínio psicológico resultante da sua atuação
profissional.
O texto do documento deve ser construído com frases e parágrafos que
resultem de uma articulação de ideias, caracterizando uma sequência lógica de
posicionamentos que representem o nexo causal resultante de seu raciocínio.
A linguagem escrita deve basear-se nas normas cultas da língua portuguesa,
na técnica da Psicologia, na objetividade da comunicação e na garantia dos
direitos humanos (observando os Princípios Fundamentais do Código de Ética
Profissional do Psicólogo e as Resoluções CFP nº 01/1999, 18/2002 e 01/2018,
ou outras que venham a alterá-las ou substituí-las).
Os documentos psicológicos devem ser escritos de forma impessoal, na
terceira pessoa, não devem apresentar descrições literais dos atendimentos
realizados, salvo quando tais descrições se justifiquem tecnicamente.
MODALIDADES DE DOCUMENTOS
Constituem modalidades de documentos psicológicos: Declaração; Atestado
Psicológico; Relatório; a) Psicológico; b) Multiprofissional; Laudo Psicológico e
Parecer Psicológico..
Estrutura
O laudo psicológico deve apresentar as informações da estrutura detalhada
abaixo, em forma de itens
I - O Laudo Psicológico é composto de 6 (seis) itens: a) Identificação; b)
Descrição da demanda; c) Procedimento; d) Análise; e) Conclusão; f)
Referências.
REFERÊNCIAS:
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução nº 006, de 29 de março de 2019. Institui
regras para a elaboração de documentos escritos produzidos por(o) psicóloga(o) no exercício
profissional e revoga a Resolução CFP nº 15/1996, a Resolução CFP nº 07/2003 e a Resolução
CFP nº 04/2019. Brasília, DF: CFP, 2019.

Conselho Federal de Psicologia. (2005). Código de ética profissional do psicólogo. Brasília, DF.
https://doi.org/10.5585/conssaude.v3i0.339

Copolillo, H. P. (1990). Encontros com a criança e a entrevista de conclusão. In H. P. Copolillo


(Ed.), Psicoterapia psicodinâmica de crianças. São Paulo: Artes Médicas.

Ocampo, M. L. S., & Arzeno, M. E. G. (1981). Devolução de informação no processo


psicodiagnóstico. In M. L. S. Ocampo, M. E. G. Arzeno, & E. G. Piccolo (Eds.), O processo
psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo: Martins Fontes.

Ocampo, M. L. S., Arzeno, M. E. G., & Piccolo, E. G. (2001). O processo


psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo: Martins Fontes.
Ortigues, M. C., & Ortigues, E. (1988). As entrevistas preliminares. In M. C. Ortigues, &
E. Ortigues. Como se decide uma psicoterapia de criança. São Paulo: Martins Fontes.
Hutz, C. S., Bandeira, D. R., Trentini, C. M., & Krug, J. S. (Orgs.) (2016).
Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed.
Urbina, S. (2007). Fundamentos da testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed.

Testes

Aplicação dos testes Quati, AC e BPA, com os acadêmicos em sala de aula,


sob orientação da professora Camila k. Coelho na disciplina Técnicas de
observação e testes objetivos do curso de psicologia. A utilização dos testes se
deu para uso de aprendizagem acadêmica.
Foi realizado a aplicação do teste Quati – versão II- Questionário de avaliação
topológica 5ª edição – 2003. Autor: Jose Jorge de Morais Zacharias. Público
alvo: adolescentes e adultos, a partir da 8ª série do ensino fundamental. Sua
aplicação pode ser individual ou coletiva, sem limite de tempo. A finalidade
deste teste é avaliar a personalidade, identificar a atitude (introversão,
extroversão) e as funções avaliativas (pensamento, sentimento). Data da
aplicação: 19/04/2023.
Os resultados obtidos para este momento no teste aplicado a aluna Adeline
Araujo, foram os seguintes; atitude - extroversão – E; função principal –
Sentimento – ST, e como função menos utilizada o Pensamento – Ss.
A acadêmica Adeline apresenta ser uma pessoa simpática, sua atenção está
voltada para as pessoas. Mostra se ser cheia de tato e manejo para lidar com
os outros. É perseverante, tende a idealizar bastaste as pessoas, instituições
ou causas que admira. Valoriza opiniões, é bem realista, necessita de harmonia
ao seu redor e é muito boa em cria-la. Seu principal interesse está em coisas
que afetam diretamente a vida das pessoas. Tem muita facilidade em aceitar
regras, é esforçada e boa executora. Em seu aspecto sombrio tende a evitar
conflitos.
Neste momento Adeline apresentou resultados no teste que mostram que tem
facilidades em trabalhos pastoral, área de vendas, da saúde, ativista, ações de
cunho social, secretariado e treinamento de pessoal.

Teste AC – autora: Suzy Vijonde Cambraia, seu objetivo é avaliar a capacidade


do sujeito de manter a atenção concentrada num trabalho realizado durante um
período determinante. Público alvo: adolescentes e adultos a partir de 6 anos.
Aplicação: individual ou coletiva com limite de tempo.
A aplicação do teste AC ocorreu no dia 26/04/23, com a acadêmica Adeline,
sexo feminino, 41 anos e escolaridade superior incompleto. A tabela consultada
foi a de Pesquisas 2001. O percentil obtido para esse resultado é 40 que é
classificado como médio geral. Assim, pode se concluir que neste momento a
capacidade de atenção concentrada do examinando é mediana.
Teste BPA –
Data aplicação :10/05/23
Resultados da examinanda Adeline na atenção alternada apresentou 60 de
percentil por faixa etária e 70 por escolaridade com classificação média
superior.
Na atenção concentrada apresentou percentil 80 pontos por faixa etária e
classificação media, seu percentil por escolaridade foi de 60 pontos com
classificação média superior.
Na atenção dividida seu percentil dor faixa etária é de 80 pontos com
classificação superior. Em escolaridade seu percentil ficou em 75 pontos com
classificação média superior.
Os resultados para Adeline neste momento em percentil geral por faixa etária é
70 percentil e classificação média geral. Em geral 75 de percentil e
classificação média superior. Conclui-se que Adeline neste momento tem maior
facilidade em atenção alternada.

Cartilha de avaliação Psicológica 2022 traz instruções quanto ao ambiente para


aplicação de testes: “Cuidar da adequação do ambiente, do espaço físico, do
vestuário dos aplicadores e de outros estímulos que possam interferir na
aplicação”.

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